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Fonte: Museu do Louvre, Paris/ Reprodução
Idade Contemporânea I Índice A Europa no século XIX Estados Unidos: a escravidão em xeque Fonte: Museu do Louvre, Paris/ Reprodução O imperialismo e o neocolonialismo A liberdade conduzindo o povo, de Eugéne Delacroix, óleo sobre tela de A obra faz referência aos diversos grupos sociais que participaram da Revolução de 1830, na França.
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Época de revoltas e revoluções
A Europa no século XIX Época de revoltas e revoluções Entre 1814 e 1815, o chamado Congresso de Viena tenta restabelecer a velha ordem europeia, anterior ao domínio de Napoleão. Novas forças (burguesia liberal, proletariado e camadas médias urbanas), advindas com a Revolução Industrial e influenciadas pelos ideais da Revolução Francesa, emergem contra a restauração, que implicava autoritarismo e repressão. Três correntes políticas se afirmam nesses movimentos revolucionários: liberalismo, nacionalismo e socialismo. .
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Fonte: Royal Museum of Fine Arts of Belgium, Brusselsris/ Reprodução
Primeira onda revolucionária ( ): Levantes no reino de Nápoles, na península Ibérica, na França (1820), na Grécia (1821) e na Rússia (1825). Em sua maioria, acabam sufocados por forças governamentais. A Revolução Liberal do Porto (1822), em Portugal, resulta na primeira Constituição portuguesa. Fonte: Royal Museum of Fine Arts of Belgium, Brusselsris/ Reprodução Episódio da Revolução na Bélgica de 1830, pintura de Egide Charles Gustave Wappers (1835). Segunda onda revolucionária (1830): provoca impacto profundo nos países situados a oeste do rio Reno. Na França, leva à derrocada da dinastia Bourbon. A Bélgica, com ajuda dos ingleses, liberta-se da Holanda. Na Polônia, irrompe uma revolta nacionalista, abafada pelo governo russo. Na península Itálica, eclodem levantes contra a dominação austríaca.
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Fonte: Wikipedia / Reprodução
Terceira onda revolucionária (1848) ou Primavera dos Povos Após uma sucessão de más colheitas, a vida da população entrava em crise. Nas cidades atingidas pelo desemprego e pela fome, as camadas mais pobres também sofriam. Dessa situação resultaram diversas manifestações e protestos. Na Galícia austríaca, eclode a maior revolta camponesa desde a Revolução Francesa. Na França, manifestações populares nas ruas levam à abdicação do rei Felipe e à proclamação da Segunda República. Em Berlim, na Prússia, operários e burgueses entram em confronto com tropas do governo. Na Áustria, irrompem conflitos em diversos pontos. Em abril, na Hungria, é proclamada a República. Na Boêmia (atual República Tcheca) é convocado um parlamento autônomo. A onda revolucionária também atinge a península Itálica, onde desencadeia fortes sentimentos nacionalistas, liberais e republicanos. Fonte: Wikipedia / Reprodução Cena da Revolução de 1848 em Berlim, de autor desconhecido.
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Vitorioso, o reino de Piemonte e Sardenha amplia seu território, anexando os ducados de Parma, Modena e Toscana e parte dos Estados Pontifícios. Formação da Itália Início do século XIX: península Itálica dividida em reinos e ducados. Boa parte desses Estados está sob o domínio da Áustria. Onda revolucionária incentiva a mobilização para a expulsão dos austríacos e a reunião de todos os reinos e ducados em um único país. 1860: Giuseppe Garibaldi ( ), líder do corpo de republicanos chamados “camisas vermelhas”, invade o reino de Nápoles e derrota as tropas de Francisco II,da Casa de Bourbon, que controlava o Sul do que hoje é a Itália. 1833 e 1844: várias tentativas de insurreição promovidas pelo republicano Giuseppe Mazzini. 1861: eleito o primeiro parlamento italiano. Rei Vítor Emanuel II ( ), de Piemonte e Sardenha, é reconhecido rei da Itália. 1866: anexação de Veneza. 1870: conquista do restante dos Estados Pontifícios. O papa Pio XI não reconhece o novo Estado e refugia-se no Vaticano. 1859: o reino de Piemonte-Sardenha alia-se ao imperador da França, Napoleão III ( ) e entra em guerra contra a Áustria.
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Confederação Germânica é extinta.
A Áustria, derrotada, se submete à reforma política proposta por Bismarck. Confederação Germânica é extinta. Cria-se a Confederação Germânica do Norte. Unificação da Alemanha Confederação Germânica: bloco formado por 39 Estados, dos quais os mais importantes eram Prússia e Áustria. Napoleão III exige que os Estados germânicos do Sul não se integrem à Confederação. O governo da Prússia assume uma atitude agressiva contra a França. 1862: o rei da Prússia, Guilherme I, nomeia Otto von Bismarck para o cargo de chanceler (primeiro-ministro). O aristocrata, que ficaria conhecido como Chanceler de Ferro, defendia a unificação dos Estados germânicos. 1870: França e Prússia entram em guerra. Prussianos prendem Napoleão III e cercam Paris. 1864: Bismarck alia-se ao governo da Áustria e lança-se em uma guerra contra a Dinamarca. 1871: Bismarck usa o palácio de Versalhes para proclamar o II Reich da Alemanha unificada, sob o governo de Guilherme I. Franceses cedem à Alemanha, Alsácia e Lorena. 1866: Pela demora de Bismarck em dividir o território conquistado com os austríacos, o governo da Áustria declara guerra à Prússia. 6
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Fonte: Wikipedia / Reprodução
Com a prisão de Napoleão III, os republicanos franceses instauram a Terceira República. Assume o poder, um representante da burguesia, Adolphe Thiers, que firma com Bismarck um acordo de paz. Os trabalhadores não concordam com os termos do acordo e se rebelam. Com o auxílio da Guarda Nacional, tomam o poder em Paris, em 18 de março de 1871. Em substituição ao governo, os revolucionários criam a Comuna de Paris. Composta de 90 pessoas eleitas por voto universal masculino. A Comuna durou apenas dois meses, até ser sufocada por tropas do governo, mas é considerada o primeiro governo de origem proletária. Fonte: Wikipedia / Reprodução Cartaz com os dizeres: A Comuna de Paris DECRETA: O alistamento obrigatório é abolido; A guarda nacional é a única força militar permitida em Paris; Todos os cidadãos válidos fazem parte da guarda nacional.
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Estados Unidos: a escravidão em xeque
Avanço para o Oeste 1776: surgimento dos Estados Unidos, com a emancipação das Treze Colônias inglesas da América do Norte. 1783: Inglaterra reconhece a independência de suas ex-colônias. Estadunidenses iniciam a conquista em direção ao Oeste do rio Mississípi. : guerras contra a Inglaterra. : guerras contra o México. : Corrida do Ouro na Califórnia. 1862: lei Homestead Act, que concedia gratuitamente pequenos lotes de terra no Oeste a colonos imigrantes. World history atlas – Mapping the human journey. London: Dorling Kindersley, 2005. A expansão dos Estados Unidos
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Escravistas versus antiescravistas
1820: os Estados Unidos são formados por 22 estados. Os estados do Norte empregavam mão de obra livre; os estados do Sul, mão de obra escrava. Compromisso do Missouri: estabelecia que os novos estados situados ao Norte deveriam adotar o trabalho livre e os que ficassem ao Sul poderiam escolher o trabalho escravo. Década de 1930: o avanço para o Oeste ameaça o equilíbrio de forças na representação do Congresso, o que consequentemente coloca em pauta a questão da escravidão. Boa parte do mundo ocidental já havia extinguido essa forma de trabalho. 1850: havia nos Estados Unidos mais de 2 mil associações escravagistas. 1852: lançamento do romance A cabana do pai Tomás, libelo contra a escravidão. 1854: o Partido Republicano adere à campanha abolicionista. 9
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Fonte: Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos
Guerra de Secessão ( ) 1860: Abraham Lincoln ( ), do Partido Republicano, é eleito presidente dos Estados Unidos. Defende o final gradual da escravidão. 1861: onze estados do Sul se separam da União e formam uma confederação autônoma. Tem início uma sangrenta guerra civil entre Norte industrializado e Sul agrícola. 1862: governo abole a escravidão nos estados confederados. Abril de 1865: sem apoio externo, o Sul acaba se rendendo ao Norte. Logo depois o presidente Abraham Lincoln é assassinado em Washington por um escravista. Fonte: Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos Assassinato do presidente Abraham Lincoln. Litografia de cerca de 1865.
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Fonte: Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos
Racismo e exclusão – Apesar da extinção da escravidão nos Estados Unidos, os ex escravos não tinham acesso livre à terra, à educação e ao trabalho. Em 1865, surgia no Sul a sociedade secreta de brancos racistas Ku Klux Klan. Somente na década de 1960, após inúmeros conflitos, os afrodescendentes passaram a ter os mesmos direitos civis e políticos do brancos. Expansão econômica – A Guerra de Secessão acabou por arrasar o Sul, mas impulsionou a economia industrial dos estados do Norte. Nesse período ocorre: a descoberta de reservas de cobre e petróleo, a invenção de equipamentos agrícolas, o crescimento dos transportes ferroviário e hidroviário, o uso do telégrafo e do telefone se espalham, as exportações dão um salto e há um grande afluxo de imigrantes. Fonte: Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos Política imperialista – O crescimento econômico e industrial dos Estados Unidos fizeram com que a nação se tornasse uma grande potência e propiciou o desenvolvimento de uma política imperialista. 1898: Havaí é anexado aos Estados Unidos. Os norte-americanos assumem o controle das Filipinas, das ilhas Guam, Porto Rico e Cuba. 1904: Corolário Roosevelt – big stick policy Alexander Graham Bell, escocês, inventor do telefone, 1904.
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Segunda Revolução Industrial
O imperialismo e o neocolonialismo Segunda Revolução Industrial 1856: é aperfeiçoado na Inglaterra o processo de produção do aço. Há um consequente avanço na metalurgia e na siderurgia. 1859: descoberto petróleo no subsolo de região da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Graças à gasolina, um dos derivados do petróleo, novas máquinas são construídas. 1879: invenção da lâmpada elétrica 1886: fabricação do automóvel. Tendência à concentração de capital. Capital bancário une-se ao capital industrial. Capitalismo monopolista. Necessidade de novos mercados consumidores e de fontes de matérias-primas (carvão, ferro, petróleo). As grandes empresas e bancos passam a fazer investimentos em regiões da África, Ásia e América Latina. Surge, assim, um novo tipo de imperialismo, chamada de neocolonialismo.
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Fonte: Punch Londres/Arquivo da editora
As justificativas para essa nova colonização da Ásia e da África, apesar de serem econômicas, eram pautadas em uma suposta missão civilizadora. De acordo com ela, os europeus deveriam levar aos povos ditos primitivos ou bárbaros os valores da civilização ocidental e cristã. Tal processo causou a destruição de tradições e valores milenares dos povos africanos e asiáticos. Fonte: Punch Londres/Arquivo da editora Charge inglesa ironiza o sonho de Cecil Rhodes, colonizador e homem de negócios inglês, de ver as possessões britânicas na África de se estenderem do extremo sul do continente até o Egito, no norte.
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World history atlas – Mapping the human journey.
London: Dorling Kindersley, 2005. A partilha da África O domínio europeu na África duraria quase cem anos. Só na segunda metade do século XX os africanos reconquistariam sua independência. Algumas regiões, como Angola e Moçambique, permaneceram na condição de colônia até a década de 1970. 14
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Revolta dos Cipaios (Inglaterra e Índia) – 1857
Duby, Georges. Grand atlas historique. Paris: Larousse, 2006. Conflitos Revolta dos Cipaios (Inglaterra e Índia) – 1857 Guerras do Ópio (Inglaterra e China) – /1856/1858 Guerra dos Boxers (China e tropas de ingleses, franceses, alemães, russos, japoneses e norte-americanos. Posse da Manchúria (Japão,China e Rússia) – 1904 e 1905 15
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