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SPINOZA.

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Apresentação em tema: "SPINOZA."— Transcrição da apresentação:

1 SPINOZA

2 Começa com definições:
Spinoza ( ) Filósofo racionalista. Para uns um ateu, para outros um ébrio de Deus... Atitude religiosa diante da natureza. Obra principal: Ethica, ordine geometrico demonstrata (Deutscher) ===================================================================================================================================== Começa com definições: Causa sui = aquilo cuja essência implica na existência, i.e. cuja natureza não pode ser concebida senão como existente. Ela é a: Substância = aquilo que é em si e por si é concebido, i.e. aquilo cujo conceito para ser formado não precisa do conceito de outra coisa. Para ele a substância é a NATUREZA

3 Daí que para ele SUBSTÂNCIA = DEUS = NATUREZA
========================================================================================================= Para Descartes existem duas (três) substâncias: Res extensa = atributo essencial EXTENSÃO Res cogitans (finita e infinita (Deus é única substância absoluta)) = atributo essencial PENSAMENTO =================================================================================================================== Para Spinoza a SUBSTÂNCIA é única, pois senão precisaria limitar-se com outras e não seria mais independente.. Ora, essa substância não é outra que não DEUS. Daí que para ele SUBSTÂNCIA = DEUS = NATUREZA

4 A EXTENSÃO e o PENSAMENTO
Essencialmente essa substância é constituída de ATRIBUTOS em número infinito! E precisa ser assim, pois Deus é realidade suprema e portanto perfeição suprema e riqueza suprema, daí que ele precisa ter uma infinitude de propriedades essenciais... Mas de todos os atributos, só dois nos são cognoscíveis: A EXTENSÃO e o PENSAMENTO

5 Ser livre é ser determinado sem ser coagido.
Se Deus é a única substância, ele é causa IMANENTE e não TRANSITIVA de todas as coisas, ou seja: TUDO ACONTECE NELE MESMO. Como o que é imanente à natureza de uma coisa lhe pertence necessariamente, tudo o que deriva de Deus se lhe deriva NECESSARIAMENTE. Assim, tudo o que acontece, acontece necessariamente... Donde: LIBERDADE em Spinoza não existe no sentido LIBERTARISTA, mas DETERMINISTA/COMPATIBILISTA : liberdade é ausência de coação. Ser livre é ser determinado sem ser coagido.

6 Por isso Deus age segundo as leis da natureza e mesmo assim é livre, pois não é coagido! O mundo decorre de Deus como a soma dos ângulos de um triângulo que resulta em 180 graus. Tudo o que acontece é determinado por Deus, não pela liberdade de sua vontade, mas pela natureza absoluta de sua potência infinita. (por ignorância das causas o homem pensa que pode fazer comércio com Deus, fazendo-lhe culto e esperando que ele assim satisfaça a sua cega cupidez e insaciável avareza.) Daí que: 1) Tudo é rigorosamente necessário. 2) Não existe finalidade alguma no universo.

7 Existe a NATURA NATURANS (os atributos) e a NATURA NATURATA
Existe a NATURA NATURANS (os atributos) e a NATURA NATURATA... A essa última pertencem os MODOS, as modificações dos atributos... Cada modo tem dois aspectos: físico e mental. Exemplos de modos: CORPO = determinação da essência divina sob o atributo da extensão. IDÉIA = conceito formado pelo espírito e pelo qual o espírito é pensante MODOS AFETIVOS (como o amor)... A idéia é o modo fundamental do pensamento, o qual é atributo de Deus, donde em Deus há a idéia de sua essência e de tudo o que lhe segue...

8 Tudo advém de Deus necessariamente, de modo que as idéias advém do atributo do pensamento, assim como os corpos advém do atributo da extensão. A substância pensante e a substância extensa são uma e a mesma, ora apreendida sob o atributo do PENSAMENTO, ora apreendida sob o atributo da EXTENSÃO. A mente humana é modo do atributo do pensamento, como de todos os modos do pensamento, sendo idéia do corpo (versão da definição aristotélica de alma como forma do corpo).

9 CONHECIMENTO

10 Conhecimento: A MENTE (mens) é consciência do corpo, apercebendo-se das MODIFICAÇÕES DELE, e por meio dessas modificações, conhecendo indiretamente os OUTROS CORPOS... Mas essas são formas INADEQUADAS de conhecimento, posto que INDIRETAS. A MENTE não é só IDÉIA DO CORPO (idea corporis) mas também IDÉIA DA IDÉIA (idea ideae). O conhecimento inadequado é, portanto, o conhecimento sensível, empírico...

11 Que é o caso das LEIS DA MATEMÁTICA E DA FÍSICA.
O CONHECIMENTO ADEQUADO começa na concepção das coisas nos aspectos comuns a todas, Que é o caso das LEIS DA MATEMÁTICA E DA FÍSICA. ===================================================================================================================== Em resumo, há 3 Gêneros de conhecimento: Conhecimento por imagens confusas vindo da EXPERIÊCIA SENSÍVEL e de sua memória. Conhecimento de NOÇÕES COMUNS, ex: conhecimento matemático (teorema de Pitágoras). CONHECIMENTO INTUITIVO, “que procede da idéia adequada dos atributos divinos à idéia adequada das essências das coisas”.

12 Ex.: a lei das proporções me é intuitiva: sei que ½ = 3/x onde x = 6.
================================================================================================================================= Conhecimentos do gênero 2 e 3 são verdadeiros e necessários, pois refletem a ordem da natureza, onde tudo é necessário. A noção do contingente é produto da imaginação; só a razão entende o mundo SUB SPECIE AETERNITATIS (à luz da eternidade), sendo conhecimento adequado e perfeito de Deus. Assim, para Spinoza o espírito humano é capaz do conhecimento adequado da essência eterna e infinita de Deus, nisso consistindo a sua bem aventurança...

13 - A mente sofre na medida em que tem idéias INADEQUADAS, idéias advindas das PAIXÕES, que são CONHECIMENTO DO CORPO (imperfeito). A mente AGE na medida em que tem idéias ADEQUADAS, que são advindas de sua própria natureza. ================================================================================================================================== Como a mente é idéia do corpo, deve buscar fazer com que este SE CONSERVE, daí que a consciência do que potencia o corpo potencia também a mente (mens). A ALEGRIA (laetitia) é a consciência desse aumento de potência... enquanto a TRISTEZA (tristitia) é a consciência de uma diminuição da potência.

14 As paixões fundamentais são três:
ALEGRIA (laetitia), TRISTEZA (tristitia) e DESEJO (cupiditas) Delas se derivam todas as outras, ex: AMOR = alegria acompanhada da idéia de uma causa exterior. ÓDIO = Sofrimento acompanhado da idéia de uma causa exterior. “O ódio pode ser aumentado pelo ódio recíproco, podendo ser cancelado pelo amor” > Daí que devemos proporcionar alegria ao que nos odeia na medida do possível!

15 (“Tudo compreender é tudo perdoar”)
O ódio e o amor diminuem quando percebemos que a CAUSA de nossa tristeza ou alegria não é livre, mas determinada por outras e ainda outras causas e assim ao infinito! Ora, como o ódio não passa de tristeza, quando as causas imaginadas pela tristeza são reconhecidas como infinitas, o ódio SE DISTRIBUI EM UMA INFINIDADE DE OBJETOS, diluindo-se... (“Tudo compreender é tudo perdoar”)

16 As paixões tem como atividade fundamental
A atividade racional, o conhecimento adequado, a contemplação... Assim, o caminho para o bom uso das paixões é o que a razão nos prescreve... O que a razão exige é que cada um ame a si mesmo e busque aquilo que lhe é realmente útil em aumentar a potência do próprio ser. Nessa virtude consiste a felicidade. Como somos mente, o que é útil para nós é o que nos conduz ao conhecer, Logo o bem supremo da mente é conhecer a Deus. . Isso não é egoísmo, pois quanto mais o homem conhece mais se permite que os outros seres humanos, na medida em que dotados de razão, usufruam desse conhecimento.

17 ===================================================================
Alegria é boa, sofrimento é mau. Alegria é a consciência do aumento de potência do corpo... =================================================================== O ÓDIO nunca pode ser bom e as paixões a ele relacionadas, como INVEJA, ESCÁRNIO, DESPREZO, IRA, VINGANÇA... (paixões limitadoras) E as ações movidas por essas paixões são sempre torpes e injustas. Como o ódio é sempre mau, quem vive segundo a razão deve sempre que possível retribuir com amor e generosidade o ódio, a ira e o desprezo.

18 A COMPAIXÃO é inútil, devemos ajudar ao próximo porque a razão prescreve, mas não por compaixão, pois ela nos leva a SOFRER junto com o outro. O ARREPENDIMENTO do mal realizado é maléfico, pois só acrescenta sofrimento ao sofrimento. (“Arrependimento é perda de tempo”, Henry Miller) A HUMILDADE é um mal porque é sofrimento da própria impotência (“A humildade é boa, mas sem ela se vai mais longe”, provérbio popular). SOBERBA é um mal, pois depende do conhecimento errado de si (excesso). AVILTAMENTO é um mal, também por depender de conhecimento errado de si (defeito).

19 _______________________________________
Já que tudo é determinado, não há mal na natureza, sendo o conhecimento do mal uma idéia inadequada. Portanto, se tivermos somente idéias adequadas, não teremos conhecimento do mal. _______________________________________ Nós nos libertamos das paixões pela força da razão, adquirindo assim LIBERDADE. A RAZÃO domina as PAIXÕES na medida em que as CONHECE, objetivando-as...

20 Uma paixão deixa de sê-lo quando se tem dela uma idéia clara e distinta, uma vez que ter dela tal idéia significa considerá-la efeito de uma realidade dependente de um número infinito de causas, todas elas necessárias... Quanto isso acontece a paixão sofrida deixa de suscitar ódio ou amor pela causa, já que ele se dá conta de que a causa já foi determinada por infinitas outras. Desse modo o amor e o ódio SE DILUEM distribuindo-se em infinitas realidades! Assim, organizando nossos pensamentos, nós organizamos também nossas paixões, vendo-as como momento necessário da eterna ordem das coisas, que é Deus.

21 Devemos amar a Deus, mas Deus não nos ama,
Pois a eterna ordem das coisas – Deus – não tem paixões. O espírito humano não pode ser totalmente destruído com o corpo, “restando nele algo de eterno” - Sentimos que na mente como idéia do corpo há algo de eterno... (Derek Parfit: metáfora do túnel de vidro.)

22 que é parte do infinito amor com o qual Deus ama a si mesmo!
A vida do espírito é conhecimento. O conhecimento do terceiro gênero gera a suprema alegria do espírito, que unida à idéia de Deus, produz o AMOR DEI INTELLECTUALIS - o amor intelectual à Deus, que é parte do infinito amor com o qual Deus ama a si mesmo! Essa é a BEM EVENTURANÇA através da qual anulamos o excesso das paixões (libidines)...


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