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Profª Conceição A. Turini
CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM TOXICOLOGIA TRATAMENTO DO PACIENTE INTOXICADO Profª Conceição A. Turini CCI-Londrina - PR
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TRATAMENTO DO PACIENTE INTOXICADO
OBJETIVO Conhecer as etapas básicas do tratamento das intoxicações para aplicá-las no atendimento do paciente intoxicado, em ambiente pré-hospitalar e hospitalar
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TRATAMENTO DO PACIENTE INTOXICADO
Conteúdo ETAPA I - Abordagem inicial do paciente: avaliação das funções vitais e medidas de suporte e reanimação ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação Anamnese Exame físico Exames laboratoriais Outras informações úteis no diagnóstico
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TRATAMENTO DO PACIENTE INTOXICADO
Conteúdo ETAPA III - Tratamento da intoxicação Interromper ou diminuir a exposição Administração de antídotos e antagonistas Aumentar a excreção do agente tóxico Medidas não específicas ETAPA IV - Considerações especiais
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TRATAMENTO DO PACIENTE INTOXICADO
O QUE É UMA INTOXICAÇÃO ? Manifestação clínica do efeito nocivo, resultante da interação de uma substância química com um organismo vivo
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TRATAMENTO DO PACIENTE INTOXICADO
Quando suspeitar ? Vítimas de trauma crânio-encefálico Coma Convulsão Acidose metabólica Arritmia cardíaca súbita Colapso circulatório Resgate de incêndio Alteração repentina do estado mental
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ETAPA I- Abordagem inicial do paciente
“Tratar o paciente e não o toxicante” Estabilização: rápida exame geral: avaliação das funções vitais medidas de suporte e reanimação objetivo: prevenir o agravamento do estado do paciente
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ETAPA I – Abordagem inicial do paciente Avaliação inicial: ABCDE
Airway – vias aéreas Breathing – respiração e ventilação Circulation – circulação Disability – incapacitação: estado neurológico Exposure – exposição/controle ambiental
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ETAPA I – Abordagem inicial do paciente
A - Avaliação da permeabilidade das vias aéreas aspirar secreções ou vômitos retirar próteses dentárias remover resíduos de alimentos evitar a queda da língua colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo intubar o paciente, se necessário se houver edema ou lesão faringo-laríngea grave: realizar traqueostomia
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ETAPA I – Abordagem inicial do paciente
B- Avaliação da respiração - avaliar se o paciente respira normalmente - administrar oxigênio, se necessário Sinais de oxigenação inadequada: cianose taquipnéia hipoventilação transpiração retração supraesternal e intercostal alteração do estado mental
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ETAPA I – Abordagem inicial do paciente
C - Avaliação da circulação Avaliação geral e tratamento inicial estabilidade hemodinâmica: medir pressão sangüínea, a freqüência e o ritmo cardíaco iniciar monitorização eletrocardiográfica contínua acesso venoso colheita de sangue para exames de rotina infusão intravenosa de soro fisiológico ou ringer lactato pacientes graves (hipotensos, obnubilados, convulsionando ou em coma) – passar cateter vesical de demora
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ETAPA I – Abordagem inicial do paciente
D- Incapacitação: estado neurológico 1. Avaliação neurológica rápida - nível de consciência - tamanho das pupilas - reflexo pupilar 2. Escala de coma de GLASGOW – mais detalhada e precisa; pode ser facilmente aplicada
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ETAPA I – Abordagem inicial do paciente
PARÂMETRO RESPOSTA OBSERVADA ESCORE Abertura ocular Espontânea 4 Ao estímulo verbal 3 À dor 2 Nenhuma 1 Melhor resposta verbal Orientado 5 Confuso Palavras inapropriadas Sons incompreensíveis Melhor resposta motora Obedece comandos 6 Localiza a dor Retirada Flexão (decorticação) Extensão (decerebração) Fonte: Finkelsztejn et al., 2004.
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Escala de Coma de Glasgow
Interpretação (soma) Abertura Ocular Resposta Verbal Resposta Motora TOTAL
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ETAPA I – Abordagem inicial do paciente
E- Exposição/controle ambiental remoção completa das roupas e acessórios/ evitar hipotermia avaliação de sinais externos: - icterícia: agentes hepatotóxicos e hemolíticos arsina - metanol - etanol - anilina – clorofórmio - edema queimaduras com cáusticos - animais peçonhentos - pele erupções, eritema, hiperemia, necrose, coloração
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
A - Anamnese B - Exame físico: sintomatologia clínica C - Exames laboratoriais D - Outras informações úteis
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
A- Anamnese (5 W) Who (quem): identificar o paciente e suas condições, incluindo patologias de base e uso de medicamentos What (o quê): identificar o agente tóxico When (quando): horário do evento Where (onde): via e local da exposição Why (por que): motivo/circunstância da exposição
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
A - ANAMNESE - base do diagnóstico toxicológico Interrogar o paciente e/ou seus acompanhantes Dados do paciente - idade - peso - sexo - gestante - atividade profissional
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
A- ANAMNESE Dados do toxicante e da exposição - identificação da substância ou do produto (composição) - apresentação do produto - associação com outro(s) produto(s) - quantidade do produto - via e o tempo de exposição - horário e local da exposição
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VERIFICAR A FORMULAÇÃO DO PRODUTO
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
A- ANAMNESE Dados da circunstância - acidente: individual ou coletivo - acidente ocupacional - intencional: tentativa de suicídio/homicídio, aborto - prescrição médica - automedicação - erro de administração - abuso de drogas - violência/maus tratos - síndrome de abstinência
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
A - ANAMNESE Outras informações importantes - história de casos anteriores - condição física e psíquica do paciente - medicação habitual - onde esteve nos últimos dias e com quem - vômitos ... aspecto - investigação do entorno: restos do toxicante, embalagens vazias, seringas, notas de despedida, ambiente contaminado (trabalho, doméstico; odores; etc)
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
B- EXAME FÍSICO 1. Sinais vitais - Pressão arterial - Freqüência cardíaca - Tamanho da pupila Síndromes tóxicas - Atividade peristáltica - Temperatura - Exame neurológico 2. Pele e mucosas 3. Odores e secreções
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SÍNDROMES AUTONÔMICAS Peristaltismo intestinal
B- EXAME FÍSICO SÍNDROMES AUTONÔMICAS Pressão arterial Função cardíaca Tamanho da pupila Sudorese Peristaltismo intestinal α adrenérgica – β adrenérgica ou + ou – Adrenérgica mista Simpatolítica – – Nicotínica Muscarínica Colinérgica mista Anticolinérgica
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B- EXAME FÍSICO Síndrome colinérgica muscarínica
PRINCIPAIS SÍNDROMES TÓXICAS B- EXAME FÍSICO Síndrome colinérgica muscarínica Manifestações clínicas sudorese/sialorréia bradicardia peristaltismo broncorréia êmese diarréia incontinência urinária miose sibilos Agentes prováveis acetilcolina toxinas de fungos anticolinesterásicos: inseticidas organofosforados e carbamatos neostigmina fisostigmina
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PRINCIPAIS SÍNDROMES TÓXICAS
B- EXAME FÍSICO Síndrome colinérgica nicotínica Manifestações clínicas taquicardia hipertensão fasciculações paralisia Agentes prováveis inseticidas à base de nicotina nicotina do tabaco inseticidas organofosforados e carbamatos
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PRINCIPAIS SÍNDROMES TÓXICAS
B- EXAME FÍSICO Síndrome anticolinérgica Manifestações clínicas taquicardia/hipertensão pele seca, vermelha e quente peristaltismo retenção urinária hipertermia agitação psicomotora confusão mental alucinações visuais/delírio mioclonia/midríase movimentos coreatetóides coma Agentes prováveis atropina anti-histamínicos antidepressivos fenotiazínicos cogumelos vegetais beladonados
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PRINCIPAIS SÍNDROMES TÓXICAS
B- EXAME FÍSICO Síndrome simpatomimética Manifestações clínicas excitação do SNC hipertensão arritmias cardíacas convulsões Agentes prováveis cocaína anfetaminas aminofilina efedrina nafazolina cafeína antagonista adrenérgicos teofilina fenilpropanolamina
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PRINCIPAIS SÍNDROMES TÓXICAS
B- EXAME FÍSICO Síndrome narcótica Manifestações clínicas depressão do SNC depressão respiratória miose hipotensão hipoventilação Agentes prováveis codeína morfina heroína propoxifeno
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PRINCIPAIS SÍNDROMES TÓXICAS
B- EXAME FÍSICO Síndrome extrapiramidal Manifestações clínicas disfasia/disfagia hipertonia/trismo opistótono espasmos musculares crises oculógiras torcicolo laringoespasmo choro monótono catatonia Agentes prováveis fenotiazina haloperidol clorpromazina metoclopramida
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PRINCIPAIS SÍNDROMES TÓXICAS
B- EXAME FÍSICO Síndrome de depressão do SNC Manifestações clínicas sonolência hipotensão bradicardia confusão mental coma parada respiratória parada cardíaca Agentes prováveis benzodiazepínicos anticonvulsivantes barbitúricos anti-histamínicos opióides derivados da imidazolina antidepressivos
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PRINCIPAIS SÍNDROMES TÓXICAS
B- EXAME FÍSICO Outras síndromes Convulsiva anfetaminas antidepressivos carbamazepina teofilina cafeína fenilpropanolamina Ataxia benzodiazepínicos hidantoína etanol piperidina fenotiazínicos benzidamina
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
B- EXAME FÍSICO 2. Pele e mucosas (sinais cutâneos) sudorese ou pele/mucosas secas síndromes autonômicas hiperemia monóxido de carbono, anticolinérgicos, interação de etanol com dissulfiram (vasodilatação) palidez simpatomiméticos palidez acentuada e localizada anfetaminas (vasoespasmo arterial) Cianose agentes metemoglobinizantes
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
B- EXAME FÍSICO 3. Odores e secreções (características) Odor Aspecto visual (resíduos do agente tóxico) Coloração Presença / quantidade Anormalidades
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B- EXAME FÍSICO SINAIS/SINTOMAS AGENTE MIOSE
anticolinesterásicos, opiáceos, barbitúricos, fenotiazinas, álcool MIDRÍASE simpaticomiméticos, cocaína, anticolinérgicos, vegetais beladonados NISTAGMO carbamazepina, fenitoína, barbitúricos, etanol, toxinas animais HIPERTERMIA neurolépticos, cocaína, anticolinérgicos, salicilatos, anti-histamínicos, antidepressivos, fenotiazinas, teofilina HIPOTERMIA etanol, barbitúricos, opiáceos, monóxido de carbono, sedativos, AGITAÇÃO PSICOMOTORA, ALUCINAÇÕES anticolinérgicos, cocaína, LSD, antidepressivos tricíclicos, etanol, carbamazepina SINAIS EXTRAPIRAMIDAIS neurolépticos, antidepressivos tricíclicos
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B- EXAME FÍSICO SINAIS/SINTOMAS AGENTE TAQUICARDIA
antidepressivos tricíclicos, anticolinérgicos, cocaína, simpaticomiméticos, cafeína, organofosforados, carbamatos BRADICARDIA organofosforados, carbamatos, opiáceos, alfa-adrenérgicos, digitálicos, beta-bloqueadores, clonidina, bloqueadores de canal de cálcio CIANOSE depressores respiratórios, agentes metemoglobinizantes (sulfona, nitritos) PELE DE COLORAÇÃO RÓSEA monóxido de carbono, cianeto QUEIMADURAS DE MUCOSA ORAL OU PELE substâncias cáusticas (alcalinas, ácidas) CONVULSÕES organoclorados, estricnina, organofosforados, cocaína, teofilina, anticolinérgicos
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
C - EXAMES LABORATORIAIS ESSENCIAIS 1. EXAMES COMPLEMENTARES DE ROTINA • hemograma • ionograma (Cl-, Na+, K+) • glicemia • uréia e creatinina plasmáticas • coagulograma (tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial ativada-TTPa, tempo de atividade da tromboplastina-INR, fibrinogênio) • função hepática (ALT, AST, γGT, fosfatase alcalina, albumina, globulinas) • exame de urina (hemoglobinúria, mioglobinúria) • enzimas musculares (creatinina quinase total-CK, CK-MB, lactodesidrogenase, aldolases) • gases sangüíneos • eletrocardiograma
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
C - EXAMES LABORATORIAIS ESSENCIAIS 2. ANÁLISES TOXICOLÓGICAS pouco úteis para o tratamento inicial úteis em suspeitas de homicídio, assalto ou abuso infantil TESTES QUALITATIVOS identificação do agente e podem ser úteis na manutenção e tratamento específico TESTES QUANTITATIVOS E SEMI-QUANTITATIVOS predizer a evolução da intoxicação necessidade ou não do uso de antídotos específicos necessidade ou não de medidas dialíticas
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
C - EXAMES LABORATORIAIS ESSENCIAIS 2. ANÁLISES TOXICOLÓGICAS DOSAGEM SÉRICA DE PARACETAMOL: Avaliação do paciente após 4h de história Nomograma de RUMACK-MATTHEW
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
C - EXAMES LABORATORIAIS ESSENCIAIS 2. ANÁLISES TOXICOLÓGICAS Níveis > 450 µg/dL ANTÍDOTO Níveis Séricos de Ferro 0-100 µg/dL: níveis normais µg/dL: toxicidade mínima µg/dL: toxicidade moderada µg/dL: toxicidade severa >1000 µg/dL: potencialmente letal
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
C - EXAMES LABORATORIAIS ESSENCIAIS 2. ANÁLISES TOXICOLÓGICAS REALIZAÇÃO DA ANÁLISE: o resultado do exame vai alterar a abordagem e o tratamento do paciente? este resultado estará em mãos em tempo hábil? AMOSTRAS: - conteúdo gástrico - urina - sangue
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
C - EXAMES LABORATORIAIS ESSENCIAIS 2. ANÁLISES TOXICOLÓGICAS LIMITAÇÕES Disponibilidade de métodos adequados Metabólitos ativos Erros de colheita da amostra Armazenamento inadequado da amostra
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
C - EXAMES LABORATORIAIS ESSENCIAIS 3. RADIOGRAFIA ABDOMINAL revelar cápsulas radiopacas sais de bismuto sais de ferro camisinhas contendo drogas outros materiais radiopacos: chumbo corpo estranho metálico
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
D - OUTRAS INFORMAÇÕES ÚTEIS PARA O DIAGNÓSTICO INTOXICAÇÕES POTENCIALMENTE GRAVES PODEM CURSAR INICIALMENTE COM SINTOMATOLOGIA LEVE OU ASSINTOMÁTICAS Paracetamol, paraquat, sais de ferro, super warfarínicos, mercúrio, arsênico, 2,4-D, cogumelos tóxicos EVITAR ALTA PRECOCE
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação
D - OUTRAS INFORMAÇÕES ÚTEIS PARA O DIAGNÓSTICO 2. SUBSTÂNCIAS ÚTEIS NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO COMA TÓXICO NALOXONA - reverte o coma causado por opiáceos FLUMAZENIL- reverte o coma causado por benzodiazepínicos GLICOSE- reverte o coma causado por hipoglicemiantes OXIGÊNIO - acelera a recuperação de coma carboxiemoglobínico
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Resumo da Avaliação Clínica
Suporte Básico: monitorizar e manter funções vitais identificando prioridades História: Extrair o maior número de informações possíveis (5 Ws) Exame Físico: Sinais vitais, nível de consciência, odores e secreções
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ETAPA II - Diagnóstico da intoxicação CONSIDERAÇÕES TOXICOCINÉTICAS
GRAVIDADE DOSE TÓXICA PICO DE AÇÃO VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO (L/kg) VIDA MÉDIA (t1/2) VIA DE ELIMINAÇÃO LIGAÇÃO PROTÉICA (%) NÍVEIS SÉRICOS Faixa de normalidade Faixa de toxicidade
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TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO
- Lavar pele e olhos - Êmese – Lavagem gastrica - Carvão ativado -Catárticos - Remoção intestinal EXPOSIÇÃO ABSORÇÃO Quelantes - Antídotos - Imunoterapia - Múltiplas doses de carvão ativado - Remoção extra-corpórea CIRCULAÇÃO Inibidores metabolismo (ex: etanol, metanol) METABOLIZAÇÃO ELIMINAÇÃO Destoxificação (ex: NAC) ÓRGÃO ALVO O2, azul de metileno, oximas receptores: naloxona, flumazenil, atropina EFEITO TÓXICO Tratamento sintomático
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ETAPA III – Tratamento da intoxicação
A- Interromper ou diminuir a exposição B- Administração de antídotos/antagonistas C- Aumentar a excreção do agente tóxico D- Medidas não específicas
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO DE SUPERFÍCIE EXPOSIÇÃO CUTÂNEA: • retirar vestes contaminadas • lavagem corporal ou da área afetada (exaustivamente) • pacientes sem condições: descontaminação no leito • proteção do socorrista (avental, luvas e máscara)
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DESCONTAMINAÇÃO CUTÂNEA
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO DE SUPERFÍCIE EXPOSIÇÃO OCULAR: lavagem ocular exaustiva • cabeça lateralizada no sentido médio lateral • eversão da pálpebra • lavar por 30 min com água ou solução fisiológica correntes • não usar neutralizantes • avaliação por oftalmologista
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO DE SUPERFÍCIE EXPOSIÇÃO RESPIRATÓRIA: • remoção da vítima do local de exposição • socorrista deve estar protegido • fornecer 02 a 100% e suporte ventilatório adequado • lavagem corporal devido contaminação cutânea associada
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL CONTROVÉRSIAS utilização excessiva necessidade de indicação precoce remoção insuficiente do agente tóxico estimula a passagem do agente tóxico pelo piloro retarda o uso do carvão ativado não altera o tempo de evolução da intoxicação riscos dos procedimentos
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL CRITÉRIOS PARA INDICAÇÃO • risco potencial causado pela ingestão • possibilidade de remoção significativa • riscos dos procedimentos X benefícios da remoção do agente tóxico
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL ÊMESE LAVAGEM GÁSTRICA USO DE ADSORVENTES USO DE CATÁRTICOS IRRIGAÇÃO INTESTINAL
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL ÊMESE VANTAGENS realizável no local da ocorrência procedimento rápido tempo de latência curto remove partículas grandes CONTRA-INDICAÇÕES crianças < a 6 meses depressão do SNC presença de convulsões ou agitação psicomotora ingestão de cáusticos ingestão de derivados de petróleo e hidrocarbonetos
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MEDIDAS PROVOCADORAS DE ÊMESE
A- Interromper ou diminuir a exposição DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL MEDIDAS PROVOCADORAS DE ÊMESE 1 - ESTÍMULO FÍSICO 2 - ESTÍMULO QUÍMICO 2a - SOLUÇÃO EMETIZANTE ANIÔNICA 2b - XAROPE DE IPECA 2c - APOMORFINA
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MEDIDAS PROVOCADORAS DE ÊMESE
A- Interromper ou diminuir a exposição DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL MEDIDAS PROVOCADORAS DE ÊMESE 2a - SOLUÇÃO EMETIZANTE ANIÔNICA (detergente neutro de cozinha) mecanismo de ação: irritação gástrica local latência: 5 minutos dose: 20 ml diluído em 200ml água (morna), VO EFEITOS ADVERSOS: - dor abdominal - diarréia
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL MEDIDAS PROVOCADORAS DE ÊMESE 2b - XAROPE DE IPECA (em desuso, no Brasil) Cephaellis ipecacuanha mecanismo de ação: EFEITOS ADVERSOS - irritante gástrico local vômitos incoercíveis - emético de ação central diarréia latência: minutos arritmias cardíacas - administração oral convulsões
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL MEDIDAS PROVOCADORAS DE ÊMESE 2c - APOMORFINA (uso proscrito) mecanismo de ação: emético de ação central latência: 5 minutos administração subcutânea EFEITOS ADVERSOS - depressão respiratória - depressão neurológica - hipotensão
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL LAVAGEM GÁSTRICA INDICAÇÕES: ingestão de agentes potencialmente tóxicos pacientes c/ depressão respiratória ingestão de agentes que provocam sintomatologia grave e imediata CONTRA-INDICAÇÕES: derivados de petróleo e cáusticos diminuição do reflexo de proteção de vias aéreas (coma e convulsões)
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL LAVAGEM GÁSTRICA TÉCNICA usar sonda de grande calibre (nº em adultos e nº 8-12 em crianças) intubação traqueal para proteção de vias aéreas decúbito lateral esquerdo conferir posição correta da sonda retirar primeiro líquido drenável sem diluir (reservar amostra para análise toxicológica) infundir solução fisiológica 0,9% retirar volume infundido repetir até retorno límpido
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A- Interromper ou diminuir a exposição
LAVAGEM GÁSTRICA
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL LAVAGEM GÁSTRICA Respeitar capacidade gástrica: crianças: 5-6 ml / kg de peso / vez máximo de 100 ml/infusão adultos: 5-6 ml / kg de peso / vez máximo de ml/ infusão volume total: RN ml Lactentes 2 a 3 litros Escolares 4 a 5 litros Adultos a 8 litros
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL LAVAGEM GÁSTRICA FATORES QUE AFETAM O RESULTADO: técnica adequada características do agente tóxico: apresentação e dose velocidade de absorção efeito na motilidade intestinal tempo decorrido entre ingestão e a lavagem gástrica
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL LAVAGEM GÁSTRICA COMPLICAÇÕES: aspiração pulmonar efeitos cardio-respiratórios intubação endotraqueal inadvertida trauma (sangramento, perfuração)
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL ADSORVENTES - CARVÃO ATIVADO HISTÓRIA: 1830 – França (Touery) PREPARAÇÃO: pirólise de material orgânico a partir da polpa de madeira ativação: por passagem de gás oxidante em altas temperaturas que remove substâncias previamente adsorvida e produz uma fina rede de poros APRESENTAÇÃO: Pó Suspensão aquosa Suspensão com sorbitol
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL ADSORVENTES - CARVÃO ATIVADO MECANISMO DE AÇÃO: adsorvente eficaz para quase todas as substâncias CAPACIDADE DE ADSORÇÃO: 950 m2/g m2/g EFICÁCIA: - inversamente proporcional ao tempo de ingestão - diretamente proporcional à quantidade e freqüência das doses administradas
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CARVÃO ATIVADO
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL ADSORVENTES - CARVÃO ATIVADO INDICAÇÕES: - ingestão de doses potencialmente tóxicas - agente tóxico de ação prolongada ou com circulação entero-hepática - em caso de suspeita de ingestão concomitante de outras substâncias ADMINISTRAÇÃO: via oral ou sonda nasogástrica, em suspensão, diluído 1:4 ou 1:8 DOSE (isolada ou seriada): Crianças - total de 1 a 2 g/kg de peso Adultos a 100 g/dose
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL ADSORVENTES - CARVÃO ATIVADO RESTRIÇÕES AO CARVÃO ATIVADO: proporção ideal 1 : 10 não adsorve bem todas as substâncias NÃO SÃO ADSORVIDOS PELO CARVÃO ATIVADO: ácidos, álcalis, álcoois, metais, lítio e cianeto EFICÁCIA QUESTIONÁVEL: etilenoglicol, metanol, ipeca, malation, DDT
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL ADSOVENTES - CARVÃO ATIVADO CONTRA-INDICAÇÕES: RN ou pacientes muito debilitados ingestão de cáusticos ingestão de voláteis alterações neurológicas (depressão do SNC, convulsões) cirurgia abdominal recente e diminuição da motilidade intestinal administração de antídoto via oral (ex: NAC – intoxicação por paracetamol) EFEITOS ADVERSOS: vômitos e constipação
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL ADSORVENTES - CARVÃO ATIVADO Complicações da utilização constipação obstrução gastrintestinal pneumonite por aspiração
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL ADSORVENTES – TERRA DE FÜLLER INDICAÇÃO: adsorção de paraquat ADMINISTRAÇÃO: VO ou por sonda DOSE: 60g diluído em 200 ml de manitol, 6-6 horas COMPLICAÇÕES: pouco freqüentes (formação de fecalitos)
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL CATÁRTICOS Catárticos Reduzem o tempo de trânsito intestinal e os efeitos constipantes das doses múltiplas de carvão ativado Mais usados: sorbitol sulfato de sódio sulfato de magnésio
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL CATÁRTICOS DOSAGENS: Sorbitol a 70% - adultos: 250 mL - crianças: 4mL/kg Sulfato de Sódio ou Magnésio crianças mg / kg de peso / dose adultos a 20 g / dose ADMINISTRAÇÃO: Associação com carvão ativado, em doses múltiplas Repetir com a metade da dose se não houver eliminação de fezes com carvão em menos de 6 horas
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL CATÁRTICOS CONTRA-INDICAÇÕES: - obstrução intestinal ou íleo paralítico - pacientes c/ insuficiência renal aguda ou hipervolemia: não utilizar catárticos que contêm sódio ou magnésio EFEITOS ADVERSOS: - várias doses: perda de fluidos, hipernatremia, hiperosmolaridade - pacientes com insuficiência renal aguda: hipermagnesemia - distensão abdominal: cólicas e vômitos
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL IRRIGAGAÇÃO INTESTINAL INDICAÇÕES: - ingestão de ferro, lítio e outros agentes não adsorvidos pelo carvão - presença de camisinhas ou “sacos’ com drogas dentro do intestino EFEITOS ADVERSOS: - náuseas - vômitos - cólicas intestinais - diarréia
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL IRRIGAÇÃO INTESTINAL CONTRA-INDICAÇÕES: - perfuração intestinal - obstrução intestinal - hemorragia gastrintestinal significativa - instabilidade hemodinâmica - vômitos incoercíveis
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A- Interromper ou diminuir a exposição
DESCONTAMINAÇÃO GASTRINTESTINAL NUNCA REALIZAR: DILUIÇÃO DOS AGENTES TÓXICOS aumento da área de contato entre o toxicante e a mucosa risco de causar lesão mais extensa da mucosa risco de facilitar a absorção do agente tóxico aumento do risco de broncoaspiração Utilização de leite excepcionalmente (pequena quantidade) NEUTRALIZAÇÃO: produção de calor - REAÇÃO EXOTÉRMICA aumenta a gravidade da lesão de mucosa
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ETAPA III – Tratamento da intoxicação
A- Interromper ou diminuir a exposição B- Administração de antídotos/antagonistas C- Aumentar a excreção do agente tóxico D- Medidas não específicas
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B- Administração de antídotos/antagonistas
Agentes capazes de neutralizar ou reduzir os efeitos de uma substância potencialmente tóxica Antídoto Substância que se opõe ao efeito tóxico atuando sobre o toxicante Antagonista Substância que exerce ação oposta à do agente tóxico
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B- Administração de antídotos/antagonistas
Principais antídotos e antagonistas ANTÍDOTOS/ANTAGONISTAS N-Acetilcisteína (Fluimucil) Atropina Azul de Metileno Biperideno (Akineton) Deferoxamina (Desferal) Dimecaprol (BAL) EDTA cálcico Etanol Flumazenil (Lanexat) Hipossulfito de Sódio) Naloxona (Narcan) Nitrito de Sódio Penicilamina (Cuprimine) Pralidoxima (Contrathion) Vitamina k1 (Kanakion) AGENTE TÓXICO Paracetamol Organofosforados e carbamatos Metahemoglobinemias Liberação extra-piramidal Ferro Metais Chumbo Metanol e etilenoglicol Benzodiazepínicos Cianeto Opióides Organofosforados Cumarínicos
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B- Administração de antídotos/antagonistas
Principais antídotos e antagonistas Uso imediato Atropina Anticolinesterásicos Etanol Metanol Naloxona Opióides Oxigênio Monóxido de Carbono Nitritos Cianeto Hipossulfito de sódio Nitritos
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B- Administração de antídotos/antagonistas
Principais antídotos e antagonistas Uso após a avaliação N-acetilcisteína Paracetamol Pralidoxima Organofosforados Deferoxamina Ferro Azul de Metileno Metemoglobinemia Quelantes Metais pesados
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ETAPA III – Tratamento da intoxicação
A- Interromper ou diminuir a exposição B- Administração de antídotos/antagonistas C- Aumentar a excreção do agente tóxico D- Medidas não específicas
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
MÉTODOS DIURESE FORÇADA MANIPULAÇÃO DO pH URINÁRIO Alcalinização Acidificação DIÁLISE GASTRINTESTINAL Doses múltiplas de carvão ativado e catárticos REMOÇÃO EXTRA-CORPÓREA Hemoperfusão Hemodiálise Exsanguineotransfusão Diálise peritonial
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Fonte: Schvartsman, C. ; Glezer, M. In: Knobel, E. , v. 2, 1998, p
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
MÉTODOS DIURESE FORÇADA - aumenta a eliminação de substâncias de excreção renal EFICÁCIA: manter débito urinário de 5 a 8 ml/kg/h - pacientes com volume urinário pequeno: administrar pequenas doses de furosemida por sonda vesical de demora (sistema fechado) monitorar débito e pH urinários
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
MÉTODOS DIURESE FORÇADA - COMPLICAÇÕES: hipocalemia (monitorização e reposição de potássio) - CONTRA-INDICAÇÕES: Insuficiência renal aguda Insuficiência cardíaca Distúrbios hidro-eletrolíticos graves
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
MÉTODOS MANIPULAÇÃO DO pH URINÁRIO 1. ALCALINIZAÇÃO : uso de bicarbonato de sódio pH urinário 8,0 ionização de ácidos fracos ADMINISTRAÇÃO: 1 a 2 mEq/kg em bolus seguido de manutenção suficiente para atingir o pH desejado inicialmente: 0,5 mEq/kg/hora em infusão contínua
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ALCALINIZAÇÃO URINÁRIA
Efeito do pH urinário sobre a reabsorção e excreção de uma substância ionizada Parede Urina pH Plasma tubular ácido HX H+ + X- Á C I D O S F R A C O S Urina pH Parede básico tubular Plasma X- + H+ HX Fonte: Repetto, 1997
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
1. ALCALINIZAÇÃO INDICAÇÕES • Intoxicações graves com: - instabilidade hemodinâmica - depressão respiratória - depressão importante do sensório sonda vesical de demora (sistema fechado) monitorar débito e pH urinários • ácidos fracos: fenobarbital, salicilatos, clorpropamida, metotrexato
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
1. ALCALINIZAÇÃO
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
1. ALCALINIZAÇÃO CUIDADOS ESPECIAIS - monitorização do pH sangüíneo: < 7,55 - monitorização do pH urinário: cada 2 horas - gasometria arterial e ionograma: cada 2 a 4 h COMPLICAÇÃO: hipocalemia, alcalose e hipernatremia
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
MÉTODOS MANIPULAÇÃO DO pH URINÁRIO 2. ACIDIFICAÇÃO NÃO RECOMENDADA pelos riscos da administração de ácidos por via endovenosa (ACIDOSE METABÓLICA) AGENTES: anfetaminas estricnina cocaína antidepressivos tricíclicos
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
MÉTODOS DIÁLISE GASTRINTESTINAL Doses múltiplas de carvão ativado e catárticos MECANISMO DE AÇÃO I- Adsorção 1. Substâncias livres ou metabólitos secretados ativamente no TGI 2. Substâncias secretadas passivamente sangue/TGI II – Bloqueio da circulação entero-hepática
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
MÉTODOS DIÁLISE GASTRINTESTINAL ADMINISTRAÇÃO DAS DOSES SERIADAS: - VO ou por sonda - dose: 0,5 g/kg cada 4 ou 6 horas até 48 horas - administrar catárticos 1 h após o carvão ou associado
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
INDICAÇÃO DE DOSES SERIADAS DE CARVÃO Amitriptilina Carbamazepina Ciclosporina Dapsona Diazepam Digitoxina Digoxina Metotrexato Nortriptilina Fenobarbital Fenitoína Salicilatos Teofilina Valproato
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
REMOÇÃO EXTRA-CORPÓREA INDICAÇÕES: – intoxicação grave – piora progressiva do quadro clínico – dose potencialmente tóxica – concentração plasmática – produto de biotransformação mais tóxico: metanol – vias de eliminação deficientes: insuficiencia renal aguda
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
MÉTODOS DIALÍTICOS SÃO INDICADOS PARA SUBSTÂNCIAS COM: – peso molecular < daltons – pequeno volume de distribuição (<1 L/kg) – pequena ligação com proteínas plasmáticas – fraca ligação tecidual
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
MÉTODOS PARA REMOÇÃO EXTRA-CORPÓREA 1. HEMODIÁLISE Indicações: Piora clínica apesar de suporte terapêutico máximo Evidência clínica de toxicidade grave Confirmação laboratorial de nível tóxico letal Absorção de dose potencialmente fatal Comprometimento renal Coma prolongado Intoxicações graves por: fenobarbital, metanol, lítio, etilenoglicol, salicilatos, paraquat
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
Contra-indicações de hemodiálise Paciente hemodinamicamente instável Hipotensão Hemorragia Trombose venosa Tromboembolia gasosa Presença de coagulopatia Infecção Hepatite Desequilíbrio hidroeletrolítico Anafilaxia
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
MÉTODOS PARA REMOÇÃO EXTRA-CORPÓREA 2. HEMOPERFUSÃO Atua como um análogo parenteral do carvão ativado Vantagens Não é limitada por baixa solubilidade aquosa ou alto peso molecular Não é limitada por ligação às proteínas plasmáticas
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico COMPLICAÇÕES DOS MÉTODOS
HEMODIÁLISE HEMOPERFUSÃO hipotensão hipotensão hipotermia hipotermia hemorragias hemorragias distúrbios de coagulação leucopenia distúrbios metabólicos infecção embolia gasosa trombocitopenia hipoglicemia hipocalcemia edema pulmonar
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
MÉTODOS PARA REMOÇÃO EXTRA-CORPÓREA 3. EXSANGUINEOTRANSFUSÃO Método pouco utilizado Indicação: Casos graves, sem resposta aos tratamentos convencionais Complicações: anemia aguda, anafilaxia, infecções, distúrbios de coagulação
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
MÉTODOS PARA REMOÇÃO EXTRA-CORPÓREA 4. DIÁLISE PERITONEAL Método pouco utilizado na remoção de agentes tóxicos Baixa taxa de remoção X tempo de diálise longo Mais utilizada em crianças Tratamento de IRA nos acidentes ofídicos
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C- Aumentar a excreção do agente tóxico
MÉTODOS PARA REMOÇÃO EXTRA-CORPÓREA 4. DIÁLISE PERITONEAL Complicações - dor - hemorragias - perfuração de vísceras - arritmias - infecções subcutâneas - peritonite bacteriana - pneumonia - distúrbios hidroeletrolíticos
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ETAPA III – Tratamento da intoxicação
A- Interromper ou diminuir a exposição B- Administração de antídotos/antagonistas C- Aumentar a excreção do agente tóxico D- Medidas não específicas
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D - Medidas não específicas
SINTOMÁTICAS CONVULSÕES DOR HIPERTERMIA/HIPOTERMIA REAÇÕES ALÉRGICAS VÔMITOS HIPER/HIPOTENSÃO COMA CHOQUE
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D - Medidas não específicas
SUPORTE - APORTE CALÓRICO E NUTRIENTES - CORREÇÃO DOS DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS - CORREÇÃO DOS DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS - ASSISTÊNCIA RESPIRATÓRIA, CARDIOCIRCULATÓRIA E NEUROLÓGICA - CONTROLE DAS FUNÇÕES RENAL E HEPÁTICA
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RESUMO ABORDAGEM PACIENTE INCONSCIENTE PACIENTE CONSCIENTE
Glasgow < ou = 8, ou insuficiência respiratória PACIENTE CONSCIENTE Função respiratória conservada Intubação e ventilação mecânica Avaliar necessidade de oxigenação suplementar e acesso venoso Cateter de grande calibre na veia Glicemia capilar Monitorar oximetria de pulso e ECG Monitorar oximetria de pulso e ECG Tratar hipoglicemia, choque, convulsões, hiper ou hipotermia Tratamento sintomático Histórico junto aos acompanhantes e exame físico Anamèse e exame físico Afastar causas estruturais metabólicas e infecciosas. Exames complementares de acordo com o caso: TC de crânio, RX coluna cervical, punção lombar e outros
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RESUMO ABORDAGEM Afastar causas estruturais, metabólicas ou infecciosas Agente tóxico identificado ou quadro clínico sugestivo Agente tóxico não identificado e quadro clínico não sugestivo Dosagem do agente ?? Exames toxicológicos de triagem Tratamento: descontaminação, antídoto, aumento da excreção, sintomáticos, monitorização, observação clínica Avaliar necessidade de descontaminação, monitorização, observação clínica se houver suspeita de trauma imobilizar coluna cervical no início da abordagem intoxicações intencionais e dependência química serviço de saúde mental
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D - Medidas não específicas INGESTÕES QUE NÃO NECESSITAM TRATAMENTO
Sabão em pedra Detergentes aniônicos Espuma de banho Creme de barbear Velas Massa de modelar Canetas esferográficas Tintas de caneta Crayons de cera Lápis de cor Giz Borracha Baton Pintura para olhos Xampu Cremes hidratantes Sachets Pasta de dentes Adoçantes Termômetros Graxa de sapato Desumidificadores Jornal
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D - Medidas não específicas
TRATAMENTO NECESSÁRIO NA INGESTÃO SIGNIFICANTE Colônias e perfumes Loção pós barba Tinturas de cabelo Desodorantes Bronzeadores Amaciantes de roupas Contraceptivos orais CUIDADO com baterias de disco
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ETAPA IV - Considerações especiais
A - Seguimento do paciente B - Intoxicação em gestantes C - Intoxicação em crianças D - Avaliação psicossocial E - Intoxicações ocupacionais F - Notificações
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Centro de Controle de Intoxicações de Londrina
CCI Londrina (0xx43) Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná Universidade Estadual de Londrina Av. Robert Kock, 60 - Vila Operária - Caixa Postal 1611 CEP: Londrina/PR
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