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COMUNICANDO MÁS NOTÍCIAS

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Apresentação em tema: "COMUNICANDO MÁS NOTÍCIAS"— Transcrição da apresentação:

1 COMUNICANDO MÁS NOTÍCIAS
IMPLICAÇÕES ÉTICAS NA COMUNICAÇÃO COM O PACIENTE ONCOLÓGICO

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3 Comunicando Más Notícias
Tarefa complexa no exercício da prática médica Acompanha as mudanças ocorridas no campo biomédico e social Não se trata de uma simples informação de diagnóstico Relação médico-paciente  comunicação

4 Comunicação Comunicação e comunhão são palavras que compartilham da mesma origem etimológica: idéia de união, ligação e compartilhamento.  Comunicação – a capacidade de trocar ou discutir idéias, de dialogar, com vista ao bom entendimento entre pessoas. Comunicar – pôr em contato ou relação; ligar; unir.

5 Comunicação Dimensão Simbólica: lingüística
Dimensão Existencial: as emoções, os sentimentos e os valores adquiridos. Referente à experiência singular de cada um em sua existência. Tudo é linguagem

6 Más Notícias Qualquer informação que envolva uma mudança drástica na perspectiva de futuro em um sentido negativo. Afeta o domínio cognitivo, emocional, espiritual e comportamental. Altera a dinâmica familiar.

7 Comunicando Más Notícias
Pode Interferir:  Nível de compreensão da informação pelo paciente  Satisfação pelos cuidados médicos  Nível de esperança  Ajustamento psicológico

8 Comunicando Más Notícias
Ausência nos currículos da faculdade médica Falta de preparo Difícil prever a reação do paciente Angústia e temor da morte, inerentes à condição humana Morte = Fracasso Terapêutico

9 O Médico - Samuel Luke Fildes (1891)

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11 O Câncer Avanços no Tratamento X Sentença de Morte: Inimigo satânico
Doença vergonhosa Caroço Massa “Aquela doença”

12 O Câncer Doença revestida simbolicamente por conteúdos negativos
Punição e culpa Teorias Psicológicas: responsabilidade do sujeito na produção e remissão da doença

13 O Câncer Tratamento como linguagem militar:
“ O câncer é um inimigo a ser combatido.” “O tratamento é uma luta a ser travada.” “ A quimioterapia é uma guerra química.”

14 Comunicando Más Notícias Medos
De causar dor Desesperança Fracasso terapêutico Justiça Reações emocionais do paciente Expressar suas próprias emoções Medo pessoal da doença e da morte

15 Comunicando Más Notícias
A crença generalizada de que a revelação de um diagnóstico sombrio afetará negativamente a evolução do paciente ou sua colaboração com o plano terapêutico.

16 Entre Verdades e Mentiras: o Silêncio
Desde Hipócrates encontramos orientações a seus discípulos para esconder a maioria das informações ao paciente, não devendo revelar nada sobre sua condição futura ou presente. No juramento Hipocrático, o dever ético de não produzir ou evitar todo tipo de dor, física ou moral, pode ser uma das justificativas para a tentativa de reduzir, ou mesmo alterar, as informações dolorosas dadas ao paciente.

17 Entre Verdades e Mentiras: o Silêncio
Nos fins do séc. XIX, o código de ética médica Americano incentivava a ocultação da verdade ao paciente: “É, portanto, um dever sagrado guardar-se com cuidado a esse respeito, evitar todas as coisas que têm tendência a desencorajar o paciente, e a deprimir seu espírito.”

18 Entre Verdades e Mentiras: o Silêncio
MODELO MODERNO X MODELO CONTEMPORÂNEO

19 Entre Verdades e Mentiras: o Silêncio
Um século depois observamos mudanças na orientação: “O médico deve lidar honestamente com o paciente e seus colegas. O paciente tem o direito de saber seu estado clínico, passado e presente, e de ficar livre de quaisquer crenças errôneas relativas à sua condição.”

20 Entre Verdades e Mentiras: o Silêncio
É vetado ao médico: Art.59: “Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta ao mesmo possa provocar-lhe dano, devendo, nesse caso, a comunicação ser feita ao seu responsável legal.”

21 Entre Verdades e Mentiras: o Silêncio
Art.70: “Negar ao paciente acesso a seu prontuário médico, ficha clínica ou similar, bem como deixar de dar explicações necessárias a sua compreensão, salvo quando ocasionar riscos para o paciente e para terceiros.”

22 Comunicando Más Notícias Por que Comunicar?
Fortalece a relação médico-paciente Reduz a incerteza da situação vivida pelo paciente Oferece uma direção ao doente e sua família Minimiza sentimentos de isolamento, solidão e medo Grande maioria das pessoas quer saber

23 Entre Verdades e Mentiras: o Silêncio
A mentira pode ocorrer na tentativa de minimizar o sofrimento do paciente e, provavelmente dos profissionais e familiares, mas há conseqüências que interferirão na qualidade da relação médico-paciente e, especialmente, na forma como o paciente conduzirá seu tratamento e os momentos finais de sua vida.

24 Entre Verdades e Mentiras: o Silêncio
“A questão não consiste, efetivamente, em saber se convém ou não dizer-lhe a verdade, mas na maneira como compartilhar com ele tal conhecimento, como permitir-lhe que nos diga o que sabe, que compartilhe conosco o que sente.” Hennezel

25 Entre verdades e mentiras: o Silêncio
Conspiração do Silêncio Se estabelece quando todos sabem que o outro sabe, mas ninguém se encontra em condições de conversar abertamente com o principal envolvido- o doente- impondo a este a única saída possível: o isolamento. Hennezel

26 Protocolo SPIKES Setting Perception Invitation Knowledge
Explore Emotions Strategy and Sumary Buckman & Baile

27 Protocolo SPIKES 1º - Reunir toda a informação disponível do enfermo e de sua doença. O médico deve se inteirar do nível de conhecimento do doente a respeito de sua doença, suas expectativas, bem como sua disposição para ouvir más notícias. 2º - Fornecer informação clara de acordo com as necessidades e desejos do paciente.

28 Protocolo SPIKES 3º - Dar suporte ao paciente, empregando habilidades para reduzir o impacto emocional e o isolamento. 4º - Desenvolver como estratégia, um plano de tratamento, com a contribuição e cooperação do paciente.

29 Protocolo SPIKES 1º - Preparar a entrevista
2º - Descobrir o que o paciente sabe 3º - Identificar o que o paciente quer saber 4º - Oferecer a informação ao paciente 5º- Responder às reações do paciente 6º- Estratégia e resumo plano de tratamento

30 Protocolo de Comunicação de Más Notícias
Avaliar o estado emocional e psicológico do paciente Dar informação de forma gradual Descobrir o que o paciente sabe sobre sua doença Descobrir o quanto o paciente quer saber Dividir, compartilhar a informação Ser realista, evitando a tentação de minimizar o problema

31 Protocolo de Comunicação de Más Notícias
Não discutir com a negação, aceitar as ambivalências Não estabelecer limites nem prazos Ajudar a manter a esperança Avaliar como o paciente se sente após receber as notícias Assegurar que o paciente tenha suporte emocional de outras pessoas Planejar e assegurar o acompanhamento do paciente Programar outro encontro com o paciente

32 Comunicando Más Notícias: Habilidades
Escuta ativa  processo de duas vias Atitude empática e suportiva  percepção da perspectiva a partir da qual o paciente está se expressando. Atenção ao canal não-verbal: postura, gestos, tom de voz, proximidade e contato físico.

33 Comunicando Más Notícias: A Família
Diagnóstico grave: O que contar? Como contar?  Padrão de comunicação familiar

34 Comunicando Más Notícias: A Família
Tentando evitar a dor  substima-se a capacidade de enfrentamento e resiliência do paciente. Lembrete: a tristeza, a raiva, o medo, a angústia e a dor são inerentes à condição.

35 Comunicando Más Notícias: A Família
“ A decisão de calar o diagnóstico não faz desaparecer a verdade. É esta e não a experiência desagradável de ser informado, o que vai consternar o doente.” Marcos G. Sancho

36 Responsabilidade Ética
Ética Principialista : Beneficência, Não-Maleficência, Autonomia e Justiça Princípios válidos prima-facie AUTONOMIA

37 Responsabilidade Ética
O paciente autônomo é o que pode seguir um plano de tratamento, de acordo com suas próprias escolhas, a partir das elucidações desenvolvidas na relação com seu médico. Comunicação com o Paciente Relação Médico-Paciente

38 Responsabilidade Ética
Princípio de Respeito à Autonomia. Ser autônomo não é o mesmo que ser respeitado como um sujeito autônomo. Maior responsabilidade e investimento na relação médico-paciente.

39 Responsabilidade Ética
Não se trata apenas de um reconhecimento de que o outro tem o direito de ser autônomo, mas sim de criar condições, a partir da relação estabelecida, para que o outro tenha os recursos necessários e desenvolva a capacidade de exercê-lo. ComunicaçãoRecursosTomada de Decisões.

40 Responsabilidade Ética
O estilo, bem como os instrumentos e recursos utilizados na comunicação com o doente, serão fortes aliados e determinantes no estímulo e no respeito ao exercício de sua autonomia. Modelo de Relação Médico-Paciente:  paternalista informativo compartilhado

41 Responsabilidade Ética
O respeito à autonomia do doente, se traduz em habilitá-lo a exercer sua autonomia, suportando suas escolhas pessoais e acompanhando-o durante o tratamento, ainda que este esteja embasado em valores e crenças diversos aos do médico.

42 Responsabilidade Ética
Câncer  Evolução rápida Foco na comunicação do diagnóstico e prognóstico  Fase inicial da doença Paciente com funções preservadas, de forma a não impedir, ou não deixar dúvidas quanto a sua capacidade de tomar decisões autonomamente.

43 Escolhas Autônomas Como quer viver o tempo que lhe resta:
 Relacionamentos Com quem compartilhar e reparar suas relações Organização de assuntos afetivos e econômicos Sonhos e desejos que quer e pode realizar

44 FREUD “ A arte de enganar um paciente não é certamente muito desejável...Espero que quando chegar a minha hora encontrarei alguém que me tratará com maior respeito e me diga quando devo estar preparado.” (1899)

45 FREUD “ Tem-se tentado me colocar numa atmosfera de otimismo: o câncer está retrocedendo, as manifestações reativas são temporárias. Não acredito em nada disso e não gosto de ser enganado.” (1939)

46 Comunicando Más Notícias
Fátima Geovanini


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