A Fenomenologia de Husserl e a Crítica ao Conhecimento Positivista:

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1 A Fenomenologia de Husserl e a Crítica ao Conhecimento Positivista:
A crítica fenomenológica ao naturalismo, ao historicismo e ao psicologismo, Pressupostos da fenomenologia e o método fenomenológico, A definição de consciência Contexto Histórico Séculos XIV e XV: feudalismo para capitalismo. Século XIX: Revolução industrial na Inglaterra e Burguesa na França. Novo entendimento de conhecimento: empírico e experimental e Descobertas tecnológicas. Nascimento Fenomenologia: sociedade alemã Industrialização tardia , confederação germânica tinha 39 estados. Capitalismo: 1834 : Zollverrein (união) (queda de barreiras). Guerra: Franco-Prussiana ( ) fundação do II Reich . Resultado: 25 estados formando um império Bismarck: Extensa legislação trabalhista (mais avançada do mundo). Recuperar o atraso: Desenvolver conhecimento científico Edmund Husserl (1859 – 1938) : Checo, Matemático, Cientista Natural, Filósofo, Judeu convertido ao cristianismo. Critica aos sistemas vigentes para obtenção de conhecimento “Como produzir, identificar e fundamentar uma interpretação verdadeira” Século XIX: desmoronamento dos sistemas filosóficos tradicionais e ascensão do positivismo Psicologia: ciência exata , ciência natural , elimina subjetividade. Matemática: afasta-se da intuição 1880: positivismo questionado quanto ao seu alcance: leis universais? qual o sentido da objetividade? Explica tudo? Não esta subordinado ao psiquismo?

2 Objetivo: resolver simultaneamente crise das ciências do homem e das ciências em geral:
Método: atingir leis universais e verdadeiras sobre o homem, o mundo e o conhecimento. Fundamento da filosofia Psicologia: a possibilidade do fundamento radical de todas as ciências Brentano: dados básicos da análise psicológica: Manifestações da consciência (fenômenos ou atos psíquicos) onde existe intencionalidade. Diferença entre fenômeno psíquico (intencionalidade e percepção original) e físico Crítica ao Psicologismo (Filosofia da Aritmética) Explica os fenômenos do conhecimento como atividades psíquicas Relativismo da verdade: lógica como processo psicológico invalida qualquer possibilidade de validade e verdade universal Psicologia e Filosofia: Não confundir essência ou consciência intencional (conteúdo) com a forma ou processo do ato consciente (psicologismo)‏ Crítica ao Naturalismo: Conhecimento baseado em realidades (naturais). Apenas o empírico e físico são reais. Recusa realidade ideal. Naturalizar o pensamento (conhecimento) ? Crítica associada a crítica ao psicologismo: a ciência também é reduzida a atos psíquicos. atos psíquicos: singulares e particulares (não levam a leis). Crítica ao Historicismo: Ceticismo: conhecimento submetido a condições históricas, sociais e psicológicas. Submeter fato a condições sociais: perde o sentido do fato em questão Críticas as Ciências em geral: Influência da mentalidade objetivista sobre as ciências: ignoram subjetividade, ignoram influência do cientista/sujeito sobre o objeto. Resultados são vazios e deturpados. Nada pode ser descrito sem levar em conta o olhar do sujeito: intencionalidade

3 Fundamentos Epistemológicos: a partir dos limites de:
Descartes: ( ): Dicotomia mente-corpo, cogito. Kant: ( ): Objetos percebidos pelos sentidos (sensibilidade, espaço e tempo) . Mundo: aparência e essência (coisa em sí e impossível de ser conhecido)‏ Hegel ( ): Rompe com aparência e essência Real e racional (unidade contraditória).Fenômeno e essência/ser: movimentos distintos Husserl : Subjetividade da consciência: fonte de conhecimento absoluto e válido. Fenômeno na pureza absoluta, como se apresenta em sí mesmo, revelado à consciência. Coisas podem ser apreendidas em sua essência, na relação sujeito-objeto permeada pela intencionalidade Ser e fenômeno: indissociáveis e podem ser apreendidos Fundamentos e Conceitos Fenomenologia: descrição da estrutura dos fenômenos. busca de um método de conhecimento universal e verdadeiro Ato de conhecer: não ignora a subjetividade dos homens. Inicia na subjetividade (primeira verdade)‏ Características 1 - Independente da experiência, sempre particular/singular 2 – ausência de pressupostos (opiniões, filosofias, ciências) – orientado pelas coisas 3 - evidente por si mesmo, autojustificado, caráter imediato Proposta: retorno a “coisa mesma” (fenômeno, ponto de partida do conhecimento)‏ Fenômeno: Precisa ser des-coberto (obtém uma verdade)‏

4 Necessidade de se despojar de pré-conceitos e pré-juizos sobre o fato antes de este ser percebido.
Passos para evidência apodítica (redução fenomenológica)‏ 1 – Epoché (suspensão) e redução: Atitude natural: mundo existe independente da nossa consciência. Consciência é a evidência do objeto exterior (ainda que ele não exista). começo absoluto no objeto consciente. Suspender o juízo sobre o externo e reduzir a consciência. Realidade transcendente (fora da consciência) e transcendental ( coisas reduzidas na consciência): ambos mundos reais 2 – Redução Psicológica e Redução Transcendental: Psicológica: suspender juízo ao que é exterior ao sujeito. Transcendental: perda do caráter psicológico, eu puro e objeto consciente. Atitude fenomenológica: aprende tudo, sem medo de erro, que é apresentado como fenômeno da consciência. 3 – Objeto Intencional: conhecimento produzido na relação sujeito-objeto com o uso da consciência. Consciência (dimensões) : função mediadora entre sujeito- objeto (não dentro). Intencionalidade: ato, descrição, consciência de alguma coisa. Temporalidade e Horizonte (potencialidade)‏ Conhecimento para um é valido para o outro? Intersubjetividade: necessidade de diálogo e trocas para ultrapassar os limites. Objeto intencional constituído intersubjetivamente é evidência apodítica (suprema)‏ Heidegger, aluno de Husserl: ser tem em si a possibilidade de não-ser. (vir-a-ser). Ser-mundo (em relação). Dasein (ser-ai , ser-no-mundo). Possibilidade de escolher (a partir da necessidade e desejo) Novo estado de existência, novo Dasein.