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PublicouLaís Coronel Alterado mais de 10 anos atrás
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Desta rua retornamos até chegar à Igreja. Ao nos aproximarmos desta, o sino tocava anunciado a chegada da banda para o início da celebração. Neste percurso cantou-se: Para ver, para ver, para ver a mãe de Deus. Nós viemos de tão longe para ver a mãe de Deus. Ainda na Rua José Soares da Rocha fomos até a casa de José Faustino Adão, Rei que repassou a coroa neste ano (casa de Noêmia). Nesta casa se apanhou o mastro a ser erguido na frente da Igreja. Também se cantou sobre o que se tinha ido fazer ali, como na casa em que se apanhou a bandeira.
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Ao iniciar a celebração (não era missa porque não tinha a presença de um padre), uma moça saldou os presentes e explicou a festividade do dia para a Igreja: Nossa Senhora do Rosário, mãe dos excluídos. O grupo de Congado quando entrou na Igreja cantou: Senhora do Rosário, essa casa cheia, no mesmo ritmo de Senhora do Rosário, essa festa é sua. Antes, porém da entrada do grupo na Igreja o mastro foi colocado no fundo deste espaço para que lá permanecesse até o fim da celebração, momento em que ocorreu seu levantamento.
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O grupo de Congado, como na missa do último ano, ganhou a nave da Igreja de forma que, através dos batuques dos tambores e das cantorias entoadas por eles, a Igreja fosse realmente transformada em seu espaço. A maioria das pessoas presentes na Igreja acompanhava o grupo nas cantorias. A intenção da celebração colocada pela comentarista no altar pedia pelas pessoas já falecidas, em modo especial pelos irmãos do Congado já falecidos. Nomes como o da irmã e o sobrinho recém falecidos de Dona Maria José foram aí citados.
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Na hora das preces um fato interessante. A celebração parecia atender às determinações dos folhetos da Igreja para cada dia do ano (leitura e evangelho escolhidos e dizeres das preces). A leitura e o evangelho não possuíam nenhuma coerência com a festividade celebrada, estes momentos soaram mesmo como frios, por tratar de assuntos que em nada remetiam ao evento festivo. As preces, porém, não simplesmente possuíam coerência com o momento; embora parecesse que sem planejamento específico para o evento, estas faziam referência à expansão do cristianismo pelo mundo. Numa mistura entre linguagem poética e de texto informativo, de maneira bem pouco comum nas missas que já presenciei, as preces utilizavam-se de metáforas e dados estatísticos para descrever e fazer constatações de como o cristianismo avança ao longo da história pelo planeta.
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A primeira fala iniciou dizendo que quando no Brasil o sol se põe ele nasce na Austrália. A partir daí se apresentou alguns dados que revelam a situação dos cristãos na Oceania e pediu-se que rezássemos por estes povos. Em seguida, falou-se do continente asiático; disseram qualquer coisa sobre o sol e pediu-se que rezássemos de modo especial pelos asiáticos em função deste continente abrigar a maior parcela da população mundial e em detrimento a menor percentagem de cristãos no mundo em relação aos números absolutos da população. Pediu-se também que rezássemos pelo continente africano, ainda pouco cristão. Ao falar da Europa solicitaram que recordássemos com gratidão daqueles que trouxeram para nós a palavra de Cristo, aqueles que nos evangelizaram. Falaram ainda sobre a América, onde o cristianismo é bastante difundido.
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Durante a celebração João deixou o grupo de congado para tocar na banda da Igreja, embora durante este momento não tenha havido nenhuma manifestação dos congadeiros. Ao final da celebração foi anunciado que ocorreria uma homenagem especial para DLourdes, Rainha que recebeu a coroa em 2006, em função de uma doença vencida por ela recentemente. Na homenagem estiveram presentes netos da Rainha que entraram na Igreja levando flores.
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