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LEITURA E ESCRITA: aspectos históricos, sociais e culturais

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Apresentação em tema: "LEITURA E ESCRITA: aspectos históricos, sociais e culturais"— Transcrição da apresentação:

1 LEITURA E ESCRITA: aspectos históricos, sociais e culturais
rEFERÊNCIAS KOCH, I. G. V. ; ELIAS, V. M. Ler e commpreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. KOCH, I. G. V. ; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009.

2 Introdução Um dos temas mais rocorrentes nos estudos do texto/discurso é o processamento das atividades de leitura e escrita e a sua relação com aspectos históricos, sociais e culturais. Foi especialmente a partir dos anos setenta na LT que a tônica no estudo dos mecanismos textuais de leitura e escrita passou a ser os seus elementos contextuais, pragmáticos, cognitivos e, ainda, a sua forçosa ligação com a história, a cultura e a sociedade.

3 Concepção de leitura O que é ler? Para que ler? Como ler?
Koch e Elias (2006) lembram que essas perguntas podem ser respondidas de diferentes maneiras, a depender noções de sujeito, de língua, de texto e de sentido que se adote. Segundo as autoras, essas diferentes perspectivas revelarão, consequentemente, a concepção de leitura a ser assumida.

4 Concepção de leitura Diferentes concepções de leitura: Foco no autor
Foco no texto Foco no autor-texto-leitor

5 Concepção de leitura Foco no autor
De acordo com Koch (2002), nesta concepção a língua é vista como representação do pensamento, incluindo a noção de sujeito psicológico, individual, dono de sua vontade e de suas ações. A leitura é entendida, aqui, como atividade de captação das ideias do autor, sem se levar em conta as experiências e os conhecimentos do leitor, a interação autor-texto-leitor com propósitos constituídos sociocognitiva e interacionalmente.

6 Concepção de leitura Foco no texto
Nesta concepção, a autora destaca que a língua é concebida como estrutura, incluindo a noção de sujeito determinado, “assujeitado” pelo sistema, caracterizado por uma espécie de “não consciência”. Assim, a leitura é uma atividade que exige do leitor o foco no texto, em sua linearidade, uma vez que “tudo está dito no dito.”

7 Concepção de leitura Foco na interação autor-texto-leitor
Diferentemente das concepções anteriores, na concepção interacional (dialógica) da língua, os sujeitos são vistos como atores/construtores sociais, sujeitos ativos que – dialogicamente – se constroem e são construídos no texto, considerado o próprio lugar da interação e da constitução dos interlocutores.

8 Concepção de leitura Foco na interação autor-texto-leitor
O sentido é, nessa concepção, construído na interação texto-sujeitos e nao algo que preexista a essa interação. A leitura é, pois, uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos.

9 Exemplos (Ex. 1) (Ex. 2) Exemplos extraídos do site Humor Político (

10 Exemplos (Ex. 3) (Ex. 4) Exemplos extraídos do site Humor Político (

11 Exemplos (Ex. 5) (Ex. 6) Exemplos extraídos do site Humor Político (

12 Concepção de leitura A perspectiva adotada por Koch e Elias (2006)
Fundamentamo-nos, pois em uma concepção sociocognitivo-interacional de língua que privilegia os sujeitos e seus conhecimentos em processos de interação. O lugar mesmo da interação – como já dissemos – é o texto cujo sentido “não está lá”, mas é construído, considerando-se, para tanto, as “sinalizações” textuais dadas pelo autor e os conhecimentos do leitor, que, durante todo o processo de leitura, deve assumir uma atitude “responsiva ativa”. Em outras palavras, espera-se que o leitor concorde ou não com as ideias do autor, complete-as, adapte-as, uma vez que “toda compreensão é prenhe de respostas e, de uma forma ou de outra, forçosamente, as produz.” (BAKHTIN, 1992: 290)

13 Concepção de leitura A leitura de acordo com os PCNs (1998)
A leitura é o processo pelo qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante das dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas. In: Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental: língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEP, 1998, p

14 Objetivos da leitura Conforme Koch e Elias (2006) não podemos nos esquecer de que a constante interação entre o conteúdo do texto e o leitor é regulada também pela intenção com que lemos o texto, pelos objetivos da leitura. Assim, há textos que lemos: por que queremos nos manter vem informados (jornais, revistas); para realizar trabalhos acadêmicos (dissertações, teses, l ivros, periódicos científicos);

15 Objetivos da leitura por prazer, puro deleite (poemas, contos, romances); para simples consulta (dicionário, catálogos); para orientação obrigatória (manuais, bulas); por caírem em nossas mãos (planfetos, folders); por saltarem aos olhos (outdoors, cartazes, faixas, placas).

16 Pluralidade de leituras e sentidos
Considerar o leitor e seus conhecimentos e que esses conhecimentos são diferentes de um leitor para outro implica aceitar uma pluralidade de leituras e de sentidos em relação a um mesmo texto. Vejamos o exemplo a seguir, em que o mesmo texto icônico (a imagem de um homem caçando uma mosca) pode apresenar diferentes leituras a depender da perspectiva histórica assumida pelo leitor.

17 Exemplo (Ex. 7)

18 Leitura, escrita, sistemas de conhecimentos e processamento textual
Koch (2004) destaca um conjunto de conhecimentos que são ativados pelo falante por ocasião do processamento textual, quais sejam: (1) conhecimento linguístico (2) conhecimento enciclopédico (3) conhecimento interacional (4) conhecimento relativo a modelos textuais globais

19 Exemplos (Ex. 8) (Ex. 9) jornal Meia Hora, 07/03/13

20 Exemplos (Ex. 10) (Ex. 11) A evolução da leitura.
Isso se chama leitura. É como as pessoas intalam um novo programa em seus cérebros. A evolução da leitura.

21 Concepção de Escrita O que é escrita?
Koch Elias (2009) destacam que responder a esta questão é uma tarefa difícil porque a atividade de escrita envolve aspectos de natureza variada (linguística, cognitiva, pragmática, sócio-histórica e cultural). Essa natureza propicia, inclusive, estudos da escrita sob diversas perspectivas, tais como:

22 Concepção de Escrita A forma como a escrita, ao longo do tempo vem se constituindo produto sócio-histórico-cultural, em diferentes suportes e demandando diferentes formas de leitura (CHARTIER, 2003, 2002, 2001); O modo pelo qual ocorre processo de aquisição da escrita por parte da criança (FERREIRO; TEBEROSKY, 1999); O modo como a escrita é concebida como atividade cognitiva que demanda a ativação de conhecimentos estratégicos (TORRANCE, 1999; GALBRAIT, 1999).

23 Concepção de Escrita Apesar da complexidade da questão, as autoras frisam que não é raro em situaçãoes cotidianas como definições bem gerais de escrita tais como: “Escrita é inspiração.” “Escrita é uma atividade para alguns privilegiados.” “Escrita é expressão do pensamento (no papel ou em outro suporte)” “Escrita é domínio de regras da língua.” “Escrita é trabalho.”

24 Concepção de Escrita Diferentes concepções de escrita: Foco na língua
Foco no escritor Foco na interação

25 Concepção de Escrita Foco na língua
Subjacente a essa concepção de escrita encontra-se uma concepção de linguagem como um sistema pronto, acabado, devendo o escritor se apropriar desse sistema e de suas regras. O sujeito é (pré)deteminado pelo sistema O texto é visto como simples produto de uma codificação realizada pelo escritor a ser decoficada pelo leitor. Não há espaço para implicitudes (tudo está dito no dito).

26 Concepção de Escrita Foco no escritor
A escrita é aqui entendida como uma atividade por meio da qual aquele que escreve expressa seu pensamento, suas intenções, sem levar em contar as experiências e os conhecimentos do leitor ou a interação que envolve esse processo. O sujeito é psicológico, individual, dono e controlador de sua vontade e de suas ações. O texto é visto como simples produto lógico do pensamento (representação mental) do escritor.

27 Concepção de Escrita Foco na interação
Nesta concepção interacional (dialógica), aqui a escrita é vista com produção textual, cuja realização exige do produtor a ativação de conhecimentos e a mobilização de várias estratégias. O escritor, assim, “pensa” no que vai escrever e em seu leitor, numa espécie de planejamento guiado pelo princípio interacional. Os sujeitos são atores sociais/ativos que – dialogicamente – se constroem e são construídos no texto. O texto é visto como evento comunicativo Há lugar para toda uma gama de implícitos.

28 Uso de estratégias na produção escrita
Ativação de conhecimentos sobre os componentes da situação comunicativa; Seleção, organização e desenvolvimento das ideias, de modo a garantir a continuidade do tema e sua progressão; Balanceamento entre informações explícitas e implícitas, de informações “novas” e “dadas.” Revisão da escrita guiada pelo objetivo da produção e pelo tipo de interação que ele pretende estabecer com o leitor.

29 Exemplo (Ex. 12)

30 contexto no processo de leitura e produção de sentidos?
Texto e contexto Subjacente à concepção de leitura de base interacional (autor-texto-leitor), há o pressuposto de que um texto não existe a priori, mas é construído na interação sujeitos-texto. Mas o que significa, em termos práticos, considerar o contexto no processo de leitura e produção de sentidos?

31 Exemplo (Ex. 13) 08/03/13

32 Texto e contexto Na leitura e produção de sentido do texto, é preciso que se considere: A materialidade linguística consitutiva do texto e o efeito de humor que produz; O gênero textual charge e sua funcionalidade; A tematização proposta no título (Leilões, balcão de negócios e afins), circuncrita à realidade política brasileira; A data de publicação O meio de publicação

33 Concepção de contexto Koch e Elias (2006) lembram que um dos conceitos centrais nos estudos da Linguística Textual é o de contexto. Tal conceito, no entanto, foi sendo revisto nas diferentes fases da LT. Primeiro momento (análises transfráticas): contexto/entorno verbal Segundo momento (virada pragmática): contexto pragmático ou comunicativo Terceiro momento (virada cognitiva): contexto sociocognitivo.

34 (van DIJK, 1977, apud KOCH, ELIAS, 2006: 73)
Concepção de contexto Quando adotamos, para entender o texto, a metáfora do iceberg, que tem uma pequena superfície à flor daa água (o explícito) e uma imensa superfície subjacente, que fundamenta a interpretação (o implícito), podemos chamar de contexto o iceberg com um todo, ou seja, tudo aquilo que, de alguma forma contribui para ou determina a construção do sentido. (KOCH, ELIAS, 2006: 59) […] conjunto de todas as propriedades da situação social que são sistematicamente relevantes para a produção, compreensão ou funcionamento do discurso e de suas estruturas. (van DIJK, 1977, apud KOCH, ELIAS, 2006: 73)

35 Considerações finais “A compreensão não requer que os conhecimentos do texto e os do leitor coincidam, mas que possam interagir dinamicamente” (ALLENDE; CONDEMARÍN, 2002: 126-7)

36 REFERÊNCIAS ADAM, J-M. A linguística Textual: introdução à análise textual dos discursos. São Paulo: Cortez, 2008. BIROLI, Flávia. Dizer (n)o tempo: observações sobre história, historicidade e discurso. In: SIGNORINI, I. (org.) (Re)discutir texto, gênero e discurso. São Paulo: Parábola, 2008. ELIAS, V. M. da S. et al. Ensino em meios digitais: uma questão de leitura e escrita. In: BENTES, A.C.; LEITE, M. Linguística de Texto e Análise de Conversação: panorama das pesquisas no Brasil. São Paulo: Cortez, 2010. CÂMARA JR., J. M. Manual de Expressão Oral e Escrita. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. COSTA VAL, M. da G. Redação e Textualidade. 2a ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. DISCINI, N. Comunicação nos textos. São Paulo: Contexto, 2005. GOMES, L. F. Hipertexto no cotidiano escolar. São Paulo: Cortez, 2011. GRÉGOIRE, J.; PIÉRART, B. Avaliação dos problemas de leitura: novos modelos teóricos e suas implicações diagnósticas. Poro Alegre: Artes Médicas, 1997. KOCH, I. G. V. As tramas do texto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

37 REFERÊNCIAS KOCH, I. G. V. O texto e a construção dos sentidos. 8 ed. São Paulo: Contexto, 2005. KOCH, I. G. V. ; ELIAS, V. M. Ler e commpreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. KOCH, I. G. V. ; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009. LOPIS-ROSSI, M. A, Gêneros discursivos no ensino e leitura e produção de textos. IN: KARWOSKI, Acir M. et al. (orgs.). Gêneros texuais: reflexões e ensino. São Paulo: Parábola, 2011. MARCUSCHI, L. A. Produção textual, Análise de Gêneros e Compreensão. São Paulo, Parábola, 2008. MENDONÇA, Marina Célia. Língua e ensino: políticas de fechamento. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. Introdução à linguística: domínio e fronteiras. vol. 2 São Paulo: Cortez, 2001. NEGRI, L. et al. (orgs.) Sentido e Significação: em torno da obra de Rodolfo Ilari. São Paulo: Contexto, 2004. VAN DIJK, T. A. Discurso e contexto: uma abordagem sociocognitiva. São Paulo: Contexto, 2012. XAVIER, A. C. Leitura, texto e hipertexto. In: MARCUSCHI, L. A.; XAVIER, A. C. (orgs.) Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.


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