IA 005 Semiótica e Sistemas Inteligentes

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Apresentação em tema: "IA 005 Semiótica e Sistemas Inteligentes"— Transcrição da apresentação:

1 IA 005 Semiótica e Sistemas Inteligentes
DCA-FEEC-UNICAMP Ricardo Gudwin

2 Detalhes do Curso Prof. Ricardo R. Gudwin Home Page do Curso Nota
Sala 307 (3o piso) - Telefone Home Page do Curso Nota 2 Provas (P1 e P2) Exercícios (E = (E1 + … + EN) / N) Seminário (S) NF = (P1 + P2 + E + S) / 4

3 Bibliografia Básica Winfried Nöth - “Handbook of Semiotics” - Indiana University Press, 1995 Umberto Eco - “Tratado Geral de Semiótica” - Editora Perspectiva - Coleção Estudos, 1976 Charles S. Peirce - “Collected Papers of Charles S. Peirce”, Alex Meystel - “Semiotic Modeling and Situation Analysis - An Introduction” AdRem Inc., 1995 Dmitri Pospelov - “Situational Control: Theory and Practice” - Nauka Publishers, 1986 Trechos de diversos outros livros Artigos em periódicos especializados e da web

4 Ementa Prevista Inteligência, Conhecimento e Entendimento Semiótica
Precursores na Filosofia Aristóteles, Locke, Leibniz, Kant Movimentos Filosóficos Pertinentes Metafísica, Monadologia, Estruturalismo, Construtivismo, Pós-Modernismo, Semiótica Semiótica O que é ? Do que trata ? Quem usa ? Histórico da Semiótica Semiótica Peirceana Fundamentos fenomenologia, faneroscopia, categorias

5 Ementa Prevista Semiótica Peirceana Outros Modelos de Signos
Definição de signo, Tipos de Signos, Tricotomias básicas, 10 classes de signos Outros Modelos de Signos Comparação entre diferentes propostas semióticas Semiótica de Eco Biosemiótica Umwelt, Endosemiose, Exosemiose Semiótica e Sistemas Inteligentes O modelo de Meystel, o modelo de Pospelov, o modelo de Deacon e o modelo de Gudwin Semiótica Computacional e ferramentas de desenvolvimento

6 Sistemas Inteligentes
sistemas que exibem um comportamento considerado inteligente Definições na Literatura existem em profusão, desde as mais ingênuas, até as mais elaboradas e detalhadas polêmicas incompletas Palavra-Chave Inteligência O que é isso ?

7 Inteligência O que é inteligência ? Envolve
conhecimento raciocínio pensamento idéias Capacidade de resolver problemas Capacidade de compreender uma situação Capacidade de planejar o futuro e realizar ações de modo que os plano se concretizem Capacidade de aprender coisas novas Capacidade de atingir objetivos Capacidade de determinar objetivos

8 Inteligência Sabemos o que é inteligência ?
Podemos avaliar se algum sistema em particular (natural ou artificial) é ou não inteligente Podemos determinar diversos atributos para um sistema que consideremos inteligente Não temos uma definição geral e completa para o que seja inteligência Podemos dizer algumas coisas sobre a inteligência existe em diferentes níveis (intensidades) atua sobre diferentes domínios (múltiplas inteligências) é uma propriedade composta e derivada em seres humanos, pode ser desenvolvida

9 Inteligência Quem se interessa por estudá-la ?
Filósofos - para entendê-la Educadores - para desenvolvê-la em seres humanos Engenheiros - para criar sistemas que a possuam Desde quando a estudam ? Desde os primeiros filósofos gregos Áreas do conhecimento que lhe são afins Filosofia (do pensamento), Pedagogia (desenvolvimento da inteligência), Biologia celular (comunicação celular), Medicina (sistemas imunológicos), Etologia (inteligência nos animais), Psicologia e Psiquiatria (distúrbios da inteligência), Engenharia dos Materiais (materiais inteligentes), Política (como negociar), Retórica (como convencer), Computação (sistemas inteligentes), etc ...

10 Taxonomia das Inteligências
Inteligência Natural (Análise) Inteligência de compostos materiais Inteligência em compostos orgânicos Inteligência celular Inteligência em animais Inteligência no homem desenvolvimento, terapêutica em distúrbios, modelagem, uso Inteligência Artificial (Síntese) dispositivos mecânicos/materiais dispositivos eletrônicos (computadores) software

11 Inteligência e Semiótica
O que tem a haver Inteligência com Semiótica ? Semiótica é o estudo dos processos de significação como signos são criados como signos são usados como signos “significam” uma das vertentes mais recentes no estudo dos sistemas inteligentes, identifica a capacidade de processar signos como a fonte da inteligência, em todas as classes de sistemas Ou seja, um sistema é inteligente porque processa signos sua inteligência dependerá da quantidade e dos tipos de signos que está apto a processar estudar semiótica é a chave para o entendimento dos sistemas inteligentes, e a criação de sistemas que sejam mais inteligentes

12 Filosofia e Pensamento
Aristóteles categorias do pensamento metafísica Leibniz monadologia Locke entendimento humano Kant crítica da razão pura fenomenologia Peirce semiótica

13 Aristóteles Palavras Expressões Expressões Primárias Categorias
expressam conhecimentos ou conceitos acerca do mundo real Expressões compostas ou primárias Expressões Primárias divididas em 10 categorias: substâncias, quantidades, qualidades, relações, lugares, períodos de tempo, posições, estados, ações ou efeitos. Categorias escrito em 350 a.c.

14 Leibniz Monadologia Princípios Básicos Base do pensamento cartesiano
descreve os elementos básicos formadores da realidade e como a realidade se constrói a partir deles. Princípios Básicos A “Mônada” corresponde àquela substância simples, que é utilizada para a formação de compostos. Por “simples”, se entende que não pode ter partes - indecomponível. Mônadas têm uma série de propriedades: não pode ser alterada; não pode ser decomposta; não pode ser combinada a outras mônadas para gerar novas mônadas; não pode ter suas qualidades modificadas; mas pode ter qualidades; cada mônada é diferente de qualquer outra mônada; nada pode entrar ou sair de uma mônada - unidade básica existencial

15 Leibniz Coisas ou Substâncias Pensamentos Dividem-se em: Mais em:
agregados de mônadas Pensamentos seguem os princípios de uma mônada não aparecem do nada, mas são gerados a partir de outros pensamentos Dividem-se em: idéias simples princípios primários - axiomas e postulados - proposições que podem ser verdadeiras ou falsas verdades contingentes, ou verdades de fato Mais em:

16 Locke “An Essay Concerning Human Understanding” 4 livros 1689
fundador da filosofia analítica da mente, segundo John Stuart Mill 4 livros Sobre as noções inatas não existem princípios inatos na mente Sobre as Idéias idéias simples, sentidos, percepção, retenção, operações mentais, modos do pensamento, idéias complexas, duração, expansão, números, infinito, prazer, dor, poder, substâncias, relações, causa e efeito, identidade e diversidade, idéias claras, obscuras e confusas, idéias reais e/ou fantásticas, adequadas e/ou inadequadas, verdade e falsidade, associação de idéias

17 Locke 4 livros Edição de 1997 Sobre as Palavras
palavras e linguagem, significado das palavras, termos gerais, nomes de idéias simples, modos mixtos, relações, substâncias, partículas, termos concretos e abstratos, imperfeições e abusos das palavras Sobre o Conhecimento e a Opinião conhecimento em geral, níveis de conhecimento, extensão do conhecimento, realidade do conhecimento, verdade, proposições universais, máximas, conhecimento da existência, conhecimento da existência de coisas, melhoria do conhecimento, julgamentos (ou juízos), probabilidade, níveis de aceitação, raciocínio, fé e razão, entusiasmo, erro Edição de 1997 Penguin Books páginas

18 Kant Precursores SENSUALISTAS - objetos sensíveis são as coisas reais que podem ser conhecidas - somente estes são reais INTELECTUALISTAS - somente os objetos gerados pelo entendimento são reais - objetos sensíveis são ilusões EMPIRICISTAS - conhecimento é obtido a partir da experiência, pela formação de conceitos gerais por abstração NOOLOGISTAS (RACIONALISTAS) - conhecimento tem por origem o raciocínio humano CÉTICOS - negam a possibilidade do conhecimento humano

19 Kant 2 Tipos de Pensamentos 2 Mecanismos de Geração de Pensamentos
Intuições ou Conceitos 2 Mecanismos de Geração de Pensamentos Sensibilidade gera intuições Entendimento gera conceitos ou intuições intelectuais Intuições modo de cognição relacionado a um objeto particular representa sempre objetos simples, e não grupos de objetos podem ser empíricas (quando geradas pela sensibilidade) ou intelectuais (quando geradas pelo entendimento)

20 Kant Conceitos Conceitos Empíricos Conceitos Puros
representa características gerais de coisas, ou seja, um grupo de intuições podem ser empíricos ou intelectuais (puros) Conceitos Empíricos gerados por meio da abstração de experiências, ou seja a partir de um certo número de intuições, a partir do reconhecimento de características comuns compartilhadas por estas intuições Conceitos Puros gerados pela mente por si só, de maneira expontânea Sensibilidade e Entendimento são processos complementares e independentes

21 Kant Julgamentos ou Juízos Questões sobre Juízos
proposições acerca do mundo real, que podem ter uma crença em termos de veracidade ou falsidade Questões sobre Juízos qual a sua base ? Qual a relação entre seus elementos ? Juízos Empíricos (baseados na experiência) juízos a posteriori Juízos Necessários (independentes da experiência) juízos a priori

22 Kant Juízos Analíticos Juízo Sintético
Análise do sujeito produz o predicado Juízo Sintético Predicado não pode ser produzido por meio da análise do sujeito Juízos a posteriori são sintéticos Juízos analíticos são a priori Podem existir juízos sintéticos a priori ? Espaço e Tempo Intuições gerada pela mente para acomodar o manifold de sensações geradas pela sensibilidade

23 Kant Lógicas Entendimento
Lógicas Especiais - aplicam-se apenas a alguns tipos de objetos Lógicas Gerais - aplicam-se a objetos de qualquer natureza Lógicas Aplicadas - cuidam de aspectos chamados de “psicológicos”: atenção, impedimentos, desvios e consequências da atenção, a fonte de erros, o estado de dúvida, de convicção, etc Lógica Pura - apresenta regras que caracterizam o entendimento Lógica Transcendental - regras específicas para o tratamento de objetos a priori Entendimento Gera conceitos “puros” Conceitos estão classificados em categorias

24 Kant Juízos Quantitativos Juízos Qualitativos Juízos Modais
Universal: Todo A é B Particular: Alguns As são B Singular: a é B Juízos Qualitativos Afirmativo: A é B Negativo: A não é B Infinito: A é um não-B Juízos Modais Problemático: A pode ser B Assertivo: A (realmente) é B Apodeítico: A necessariamente é B

25 Kant Juízos Relacionais:
Categórico: A é B (Exemplo: Elementos são divisíveis.) Hipotético: Se A é B então C é D (similarmente para ’não é' e ’é um não-’) (Exemplo: Se existe justiça, os criminosos serão punidos) Disjuntivo: a é A ou B ou C (Exemplo: O mundo existe por puro acaso, ou por uma necessidade desconhecida ou por uma causa externa)

26 Kant Categorias: Geração de Conceitos
Quantidade: Unidade, Pluralidade, Totalidade Qualidade: Realidade, Negação, Limitação Relação: Subsistência e Inerência, Causalidade e dependência, comunalidade (reciprocidade entre agente e paciente) Modalidade: Possibilidade e Impossibilidade, Existência e inexistência, necessidade e contingência Geração de Conceitos Extensão - diversas intuições são agrupadas Intensão - abstrai-se um conjunto de características que descrevem o conjunto obtido

27 Idéias Idéia Origem das Idéias Idéias Simples
Bloco básico constitutivo do pensamento Simples ou Complexas Origem das Idéias sensação reflexão Idéias Simples Idéias obtidas a partir de um único sentido Idéias obtidas a partir de mais de um sentidos Idéias obtidas a partir somente de reflexão Idéias obtidas a partir dos sentidos e da reflexão

28 Idéias Simples Idéias obtidas a partir de um único sentido
luzes e cores, sons e ruídos gostos e cheiros calor e frio solidez, macio, áspero, duro, mole Idéias obtidas a partir de mais de um sentidos espaço, extensão, figura, movimento Idéias obtidas a partir somente de reflexão percepção (ou pensamento) volição (desejo, ou vontade)

29 Idéias Simples Idéias obtidas a partir dos sentidos e da reflexão
prazer e dor poder existência unidade Causa das Idéias Simples Sensações obtidas a partir dos objetos do ambiente Qualidade Poder de produzir qualquer idéia em nossa mente Encontram-se no sujeito que detém esse poder Qualidades em corpos estão inseparáveis destes corpos

30 Idéias Simples Qualidades Primárias (ou originais)
idéias produzidas são semelhantes aos próprios objetos solidez, extensão (tamanho), figura, movimento (ou imobilidade) e número Qualidades Secundárias (ou sensíveis) poder que existe em um corpo, em função de suas qualidades primárias insensíveis, de produzir em nós diferentes idéias não estão nos objetos em si, mas nas qualidades primárias do objeto - idéias produzidas não são semelhantes aos objetos cores, sons, gostos, etc. Poderes poder que pode existir em um corpo, em função de suas qualidades primárias, de alterar as qualidades primárias de outros corpos

31 Idéias Simples Qualidades Secundárias Percepção
Imediatamente perceptíveis - capazes de impressionar diretamente nossos sentidos e.g. calor, frio Mediatamente perceptíveis - necessitam de um terceiro corpo, que com seus poderes altera as qualidades primárias do corpo em questão, permitindo que estas possam impressionar nossos sentidos e.g. cor de um objeto que não emite luz Percepção Coordenação dos sentidos de forma a fomentar a criação de idéias Atenção Consciência da Percepção

32 Retenção Retenção 2 Mecanismos Fatores para Retenção na Memória
capacidade de manter as idéias simples recebidas 2 Mecanismos Contemplação: uma vez que uma idéia adentre a mente consciente, ela é mantida por um certo tempo Memória: capacidade de trazer novamente à mente aquelas idéias que já haviam desaparecido da mente consciente ou do campo dos sentidos Fatores para Retenção na Memória atenção, repetição e emoção memória esvanece-se com o tempo, necessitando de algum tipo de “refresh” que a mantenha no relembrar de idéias, a mente está sempre ativa

33 Retenção Dois “defeitos” comuns da memória
“perder” a idéia - esquecimento súbito - ignorância “lentidão” no reavivamento das idéias - estupidez Limitações na Capacidade da Memória nossa memória não é pantomnésica (lembrança de todas as coisas passadas) idéias armazenadas são ponderadas por sua relevância idéias “irrelevantes” são esquecidas Lembrança e Confirmação muitas vezes, alguma idéia pode não mais ser recuperável, no sentido de ser evocada expontaneamente mas caso alguma percepção do passado apareça novamente aos sentidos, sabemos que essa idéia já havia passado pela nossa mente, anteriormente

34 Operações da Mente Discernimento Perspicácia
capacidade de distinguir (discernir) entre diferentes idéias presentes na mente Perspicácia habilidade de montar idéias, agrupando-as rapidamente e em grande variedade sem o discernimento, pouco vale Senso Crítico (discernimento, bom senso) separação cuidadosa entre as idéias, verificando suas similitudes e suas diferenças Idéias podem ser claras ou confusas mente deve operar com ambos os tipos

35 Operações da Mente Comparação Composição Uso de signos Abstração
estabelecer, verificar ou validar uma relação entre diferentes idéias Composição agregar um conjunto de idéias simples, combinando-as em uma idéia complexa Uso de signos capacidade de operar com signos, fazendo com que algumas idéias possam remeter a outras idéias (exemplo: uso de nomes) Abstração capacidade de tomar idéias particulares e, transformá-las em representantes gerais de todas as idéias do mesmo tipo

36 Idéias Complexas Idéias Complexas Principais Meios
criadas a partir de idéias simples e operações mentais operando idéias sobre idéias, pode-se criar infinitas variações sobre as idéias trazidas por sensações e reflexões Principais Meios Combinação de diversas idéias simples em uma única idéia composta trazendo duas (ou mais) idéias (simples ou complexas) e vinculando-as uma à outra, sem uni-las em uma só idéia, gerando uma idéia de relação separando um princípio único que pode ser aplicado a várias idéias e criando uma idéia que representa todo o grupo de idéias que seguem a tal princípio, gerando uma generalização (ou idéia geral, ou “lei”, ou “razão” - logus)

37 Idéias Complexas Podem ser reduzidas a três grandes classes
Modos: apesar de compostas, não contém em si próprias a suposição de subsistir por si mesmas, sendo consideradas dependentes ou afetadas por substâncias simples: são somente variações ou diferentes combinações de uma mesma idéia simples (e.g.: alguns, dúzia, pontuação) mistos: compostos de idéias simples de diferentes tipos (e.g.: beleza, roubo) Substâncias: combinações de idéias simples de modo a representar coisas particulares e distintas que subsistem por si próprias Relações: consideração e comparação entre diferentes idéias, sendo a idéia formada a da comparação, e não a fusão ou união das idéias consideradas

38 Idéias Complexas Modos Simples de Espaço Modos Simples de Duração
distância, imensidão, polegada, milha, metro, lugar, comprimento, largura, altura Modos Simples de Duração horas, minutos, segundos, sucessão, eternidade Modos Simples da Unidade números, nomes de números Modos Simples de Movimento deslizar, caminhar, andar, rolar, girar, Modos Simples de Sons, Cores, Gostos, etc. tonalidades sonoras e cores, etc

39 Idéias Complexas Modos de Prazer e Dor Poder (ou Potência)
bom, mau, bem, mal, paixão, amor, ódio, desejo, alegria, tristeza, esperança, medo, desespero, raiva, inveja, vergonha Poder (ou Potência) potência ativa - poder de fazer potência passiva - poder de receber inclui um tipo de relação Vontade e Entendimento dois tipos de poderes (poderes da mente) faculdades Liberdade e Necessidade direcionadas pelos poderes de terceiros

40 Idéias Complexas Desejo e Vontade Modos Mistos 3 meios de obtenção
coisas distintas (dualidade corpo x mente) Modos Mistos combinações de idéias simples de diferentes tipos a criação de modos mistos não é passiva, mas ativa: a mente exerce um poder ativo na construção dos modos mistos noções criados de acordo com a importância do conceito que transmitem 3 meios de obtenção observação invenção indiretamente - (explicação de nomes)

41 Idéias Complexas Substâncias Tipos de Substâncias
substrato que permite o aparecimento de idéias simples aquilo que tem o poder de gerar idéias simples suporte para qualidades observáveis via sentidos Tipos de Substâncias agrupadas segundo os tipos de qualidades que possuem (atributos) Substâncias Complexas coletivo de substâncias individuais criada pela composição de substâncias individuais Substâncias Abstratas generalização de substâncias individuais

42 Idéias Complexas Relações Tipos de Relações
além das idéias (simples ou complexas) que a mente tem das coisas, há outras que só podem ser obtidas por meio da comparação entre coisas idéias oriundas desta comparação são relações relação é diferente das coisas relacionadas mudança em uma relação pode acontecer sem nenhuma mudança nos elementos relacionados todas as coisas podem ser relacionadas Tipos de Relações relações de causa e efeito relações temporais relações espaciais

43 Idéias Complexas Identidade e Diversidade Outros Tipos de Relações
quando vemos uma determinada substância, sabemos que ela é diferente de uma outra exatamente igual a ela a propriedade que a diferencia é exatamente sua identidade a idéia de identidade pressupõe a idéia de diversidade Outros Tipos de Relações Relações de Proporção Relações Naturais Relações Instituídas Relações Morais (Instituídas Generalizadas) Idéias Claras e Obscuras completas ou incompletas

44 Conhecimento e Opinião
percepção da conexão e coerência (ou incoerência e repugnância) de um conjunto de idéias Tipos de Conhecimento identidades ou diversidades relações co-existência (ou conexão necessári) existência real Conhecimento Atual conhecimento em um determinado instante de tempo Conhecimento Habitual conhecimentos dependentes do estado do indivíduo

45 Conhecimento e Opinião
Conhecimentos Habituais podem ser intuitivos (obtidos diretamente de nossos sentidos) demonstrativos (obtidos indiretamente) Sobre a Realidade do Conhecimento conhecimentos nada mais são do que uma possível visão ou interpretação de uma realidade que desconhecemos Verdade É impossível de ser determinada Crença ou opinião Certeza crença em que nossa verdade seja a verdade real

46 Conhecimento e Opinião
Julgamento (ou juízo) avaliação de certezas procura do conhecimento Máximas axiomas que supomos verdadeiros podem ser fonte de contradição hipóteses Probabilidade aparência de coerência sobre provas falíveis podem ser utilizadas para o raciocínio

47 Conhecimento e Opinião
Raciocínio processo pelo qual podemos alargar nossos conhecimentos ilações ou inferências silogismo - mecanismo imperfeito de raciocínio Divisão das Ciências Física: conhecimento das coisas, como elas são, suas constituições e propriedades, operações, etc. Prática: a habilidade de aplicar nossos poderes e ações de modo a obter coisas boas e úteis Semiótica: doutrina dos signos; considera a natureza dos signos, o uso que a mente tem deles no entendimento das coisas ou seu uso para a disseminação do conhecimento entre mentes inteligentes

48 Hume David Hume Idéias Simples Impressões x Idéias (ou Pensamentos)
Filósofo escocês Inspirado em Newton e Locke tentou descrever como a mente funciona em adquirir o que se convenciona chamar de “conhecimento” concluiu que nenhuma teoria da realidade é possível e não pode haver nenhum tipo de conhecimento além da experiência “An Enquiry Concerning Human Understanding” Idéias Simples sensações (vívidas, reais) lembranças ou reflexões (apagadas, esvanecidas) Impressões x Idéias (ou Pensamentos)

49 Hume Idéias Conexão entre Idéias Relações de Causa e Efeito
cópias imperfeitas das impressões composições, transposições, aumentos ou diminuições de outras idéias ressalva: podem resultar de abstrações de diversas impressões Conexão entre Idéias Semelhança, Contiguidade (em tempo ou espaço) e Causa e Efeito Relações de Causa e Efeito constatadas pela experiência e não pelo raciocínio

50 Positivismo Positivismo Fases
sistema filosófico que restringe-se à análise dos dados da experiência, excluindo idéias “a priori” ou especulações metafísicas natureza da “realidade” está além de qualquer especulação possível todo conhecimento sobre a realidade deve ser baseado nos dados “positivos” da experiência além da “realidade”, existem a “lógica pura” e a “matemática pura”, vistas como “relações entre idéias” Fases Augusto Comte, Empirio-criticismo, Positivismo Lógico, Empiricismo Lógico, filosofia analítico/linguística

51 Positivismo Três Estágios do Desenvolvimento Intelectual
Estágio Teológico - tudo é explicado como sendo advindo da divindade Estágio Metafísico - poderes desconhecidos, qualidades ocultas, forças vitais, enteléquias (teologia despersonalizada) Estágio Positivo - estudo dos fatos positivos e sua regularidade na natureza, de forma a descrever estas regularidades como leis geradas, formadas pela abstração de fatos particulares Objetos do Mundo real complexos de sensações Substâncias conceito supérfluo e sem-sentido

52 Reducionismo Principal Ferramenta do Positivismo Principais Operações
entidades de um determinado tipo são coleções ou combinações de entidades de um tipo mais básico expressões denotando estas entidades são definíveis em termos de expressões denotando entidades mais básicas corpos físicos são coleções de átomos pensamentos são combinações de impressões do sentido idéias complexas são agregados de idéias simples Principais Operações Análise Síntese

53 Análise Ana = Igual Lise = Quebra
Análise = Quebra da Igualdade (ou da homogeneidade)

54 Síntese Sin = Junto Thesis = Tese Sinthesis = Teses Juntas

55 Principais Movimentos Filosóficos do Século XX
Filosofia Analítica Russell, Carnap, Popper, Wittgenstein, Frege Estruturalismo Saussure, Bakhtin, Levi-Strauss, Jakobson, Barthes, Althusser Fenomenologia Husserl, Weber, Heidegger Existencialismo Sartre, Merleau-Ponty Pragmatismo Dewey, William James, Peirce Pós-Modernismo Foucault, Derrida, Nietzsche, Kuhn, Baudrillard

56 Estruturalismo História Princípio Básico Principal Conceito
Movimento filosófico baseado nos trabalhos de Saussure sobre textos e linguagem, estendido à sociologia por Levi-Strauss e posteriormente a outras áreas do conhecimento Princípio Básico individualidade das coisas não tem nenhuma importância todo a importância está nos relacionamentos entre coisas, ou seja, nos padrões, sistemas ou estruturas formados por estes relacionamentos Principal Conceito Estrutura: união de todos os possíveis inter-relacionamentos entre elementos básicos

57 Estruturalismo Máxima Estruturalista
Nenhum elemento pode ser examinado ou explicado fora do contexto do padrão ou estrutura do qual faz parte Portanto, são os padrões, não os elementos, que são os únicos objetos válidos de serem estudados Relações que Compõem uma Estrutura Podem ser quaisquer Relações Funcionais Relações de Interação Relações Físicas Não necessariamente precisam ser binárias relações triádicas relações tetrádicas etc...

58 Estruturalismo Estrutura S = <E, R>, onde
E = conjunto de elementos (nós) R   En = conjunto de relações (conexões)

59 Linguagem e Estruturalismo
Significado das Palavras está nas relações das próprias palavras com outras palavras não depende dos objetos do mundo Linguagem pode ser especificada por uma gramática Gramáticas Formais Textos Estruturas Estrutura Linear  Grafo Semântico Visão Estruturalista aquela que ignora o significado individual dos termos, mas considera somente a relação entre os termos

60 Fenomenologia e Objetivismo
Fenômeno parte desconhecida da realidade que pode ser capturada e avaliada por meio de sensores o termo “fenômeno” aparece como uma alternativa para a discussão da realidade, sem se entrar em conflito com a questão do objetivismo no mundo real Objetivismo posição filosófica que assume a existência de um mundo real objetivo, no qual estamos imersos, e que tem sua forma e organização transparentes a nossas habilidades perceptivas e cognitivas, porém independentes destas neste contexto, o que nossa mente faz é constatar a presença dos objetos existentes no mundo, e nomeá-los adequadamente para uma comunicação com outros seres (nominalismo)

61 Fenomenologia Platão Kant Positivistas
fenômenos estão em oposição à essência das coisas - ou seja, são formas fracas e frágeis da realidade Kant fenômenos estão em oposição à idéia de “coisa-em-si” (também chamada de nômeno) objetos ou eventos que são interpretados pelas categorias Positivistas seguem Kant, dizendo que os fenômenos são objetos e eventos no tempo e espaço, sendo assim capazes de serem descritos e observados o único conhecimento que podemos ter é o propiciado pelos fenômenos, e mesmo assim, este é intrinsecamente relativo

62 Fenomenologia Fenomenalismo Fenomenologia (Movimento Fenomenológico)
posição filosófica que aparece em virtude das dificuldades apresentadas devido ao dualismo fenômeno/objeto tudo o que conhecemos é o fenômeno não conhecemos nada sobre as causas externas que geram o fenômeno Fenomenologia (Movimento Fenomenológico) descrição e estudo das aparências termo associado ao método investigativo originalmente desenvolvido por Brentano e depois aperfeiçoado por Husserl ênfase nas descrições das experiências humanas, também chamadas de “objetos da experiência” o que se faz é ignorar a discussão sobre a natureza do mundo externo, e focalizar os estudos sobre a idéia de fenômeno

63 Fenomenologia Mundo Real Aplicando o método de Análise
grande e complexo fenômeno Aplicando o método de Análise Fenômeno global é particionado em fenômenos menores até que sub-fenômenos podem ser modelados adequadamente

64 Fenomenologia Fenômeno Global Como é impossível modelar esta “coisa”
idéia primitiva de “substância” ou “coisa” primitiva Como é impossível modelar esta “coisa” Quebra-se esta em outras por meio de análise aplica-se recursivamente este algoritmo gerando as “coisas” materiais que vemos em nosso dia a dia “Coisa Global” Abstração primitiva do pensamento humano pode ser utilizada como abstração em mentes artificiais para gerar um modelo da realidade criação da mente artificial, sem um compromisso maior de sua “existência real”

65 Construtivismo O que é ? Principais Colaboradores
Teoria que modela o aprendizado humano em termos da participação ativa do sujeito-aprendiz na solução de problemas e no pensamento crítico relacionado à atividade de aprendizagem que este esteja engajado O sujeito “constrói” seu próprio conhecimento, testando idéias e abordagens relacionadas com seu próprio conhecimento e experiências anteriores, aplicando-os a novas situações e integrando o conhecimento adquirido ao seu rol de conhecimentos anteriores Principais Colaboradores Jean Piaget, Seymour Papert, Jerome Bruner, Lev Vygotsky, John Dewey

66 Construtivismo Como aprendemos ? Instrutor Aprendiz
Construção de novos entendimentos como uma combinação de conhecimentos passados, informações novas e “motivação de aprender” indivíduos escolhem que idéias aceitar e como avaliar sua coerência com visões pré-estabelecidas do mundo Instrutor apresenta problemas, monitora a exploração dos aprendizes, eventualmente interfere nesta exploração, guiando os aprendizes para regiões promissoras e promove novos padrões de pensamento Aprendiz é autônomo para explorar seu “espaço de aprendizagem”

67 Construtivismo Giambattista Vico Método de Aprendizagem
“somente podemos compreender claramente o que construímos por nós mesmos” ciclo “percepção-ação” Método de Aprendizagem mecanismo inato, que age em fases Fases da Aprendizagem (Piaget) Sensório-Motor - experiências sensoriais e de movimentos Pré-Operacional - uso de símbolos para idéias e objetos Operacional Concreto - lógica com referências físicas Operacional Formal - conceitos abstratos, pensamento lógico-analítico, sem a necessidade de referências físicas

68 Construtivismo Conhecimento Mecanismo Básico da Aprendizagem (Piaget)
armazenado em “Estruturas Mentais” Mecanismo Básico da Aprendizagem (Piaget) aprendizagem ocorre devido a adaptações nas interações com o ambiente novos dados, chegam do ambiente, criando um conflito que demanda uma resolução (desequilíbrio). Estes dados são comparados às estruturas mentais existentes. Caso nenhuma experiência anterior seja correlata, esta nova nova experiência é incorporada ao conhecimento existente (assimilação) Caso haja alguma experiência correlata, as estruturas mentais correspondentes são modificadas de modo a se adaptar à nova experiência (acomodação)

69 Construtivismo Princípios Construtivistas
o cérebro é um processador paralelo - ele processa simultaneamente vários tipos de informação, incluindo pensamentos, emoções e conhecimentos. Técnicas de instrução devem empregar diferentes estratégias de aprendizagem o aprendizado afeta toda a fisiologia do ser - instrução não pode se ater somente ao intelecto a busca de significado é inata - significado é uma coisa pessoal e única a busca pelo significado ocorre por comparação com padrões. Idéias isoladas devem ser conectadas com conceitos globais emoções são críticas no aprendizado. Este, é determinantemente influenciado por emoções, sentimentos e atitudes do instrutor o cérebro processa partes e o todo simultaneamente

70 Construtivismo Princípios Construtivistas
aprendizagem envolve tanto a focalização da atenção como a percepção periférica aprendizagem envolve tanto processos conscientes como inconscientes - aprendizes necessitam de tempo para processar como ou o quê aprenderam temos pelo menos dois tipos de memória: um sistema de memória espacial e um conjunto de sistemas para memorização bruta (“decorar” fatos) entendemos e lembramos melhor quando os fatos e habilidades estão imersos em nossa memória espacial aprendizagem é aumentada pelo desafio e inibida pela coerção cada cérebro é único - a instrução deve ser multi-facetada, de modo a permitir que os aprendizem expressem suas preferências

71 Pós-Modernismo Origem Modernidade Pós-modernismo
reação contra a visão de mundo cartesiana-positivista Modernidade começando no iluminismo, tentou descrever o mundo de uma maneira racional, empírica e objetiva assumia que havia uma verdade a ser descoberta, uma maneira de se obter respostas às questões propostas pela condição humana Pós-modernismo rechaça as certezas prometidas pela razão o sujeito pós-moderno não utiliza nenhum meio racional de avaliar suas preferências com relação a julgamentos de verdade, moralidade, estética e objetividade tudo é possível, nada é impossível

72 Pós-Modernismo Exemplos do Pensamento Pós-Moderno na Ciência
Teoria da Complexidade Robert Rosen e os sistemas complexos dualidade máquina/organismo falha no método de análise fabricação da vida Teoria da Auto-Poiese Maturana e Varela circularidade autopoiese = autogeração organismo e estrutura Auto-organização violando a lei da entropia

73 Sistemas Complexos Positivismo/Reducionismo Começo dos Problemas
manteve-se como paradigma dominante na ciência durante bom tempo Começo dos Problemas Algumas áreas do conhecimento apresentavam um desenvolvimento lento e sem progressos Biologia, Física Quântica, Estudo da Inteligência Dificuldade estaria na metodologia positivista/reducionista de desenvolver ciência Abordagens Alternativas Biologia Teórica Robert Rosen

74 Sistemas Complexos Organismo Relações de Implicação (Causa e Efeito)
O que é um organismo ? Um organismo é um tipo de máquina ? O que é uma máquina ? Relações de Implicação (Causa e Efeito) origem do comportamento de máquinas Estudo de Máquinas Autômatos - Comportamento Sofisticado Seria um organismo um tipo sofisticado de autômato ? Como proceder ao estudo de máquinas/organismos Modelos e Teorias de Modelagem Máquina física e máquina formal

75 Relação de Modelagem

76 Relação de Modelagem Função de Codificação (Observações e Medições)
função que mapeia N em F Função de Decodificação (Predições) função que mapeia F em N Relação de Modelagem entre N e F F modela N no que diz respeito às partes de N e F que são utilizadas como domínio/contra-domínio das funções de codificação e decodificação Se as funções de codificação e decodificação comutam F é dito um “modelo exato” de N Caso contrário F é somente uma “simulação” de N, com respeito às funções de codificação e decodificação utilizadas

77 Analogia e Similaridade

78 Modelos Analíticos e Sintéticos
interseção de funcionalidades modelagem funcional ou relacional Modelos Sintéticos união de partes modelagem tradicional (positivismo/reducionismo) Constatações Todo modelo sintético é também analítico Existem modelos analíticos que não são sintéticos Existem sistemas naturais que não podem ser modelados por modelos sintéticos Sistemas Complexos

79 Máquinas e Organismos Máquinas Organismos Modelagem Relacional
sistemas naturais “simples” (admitem modelos sintéticos) Organismos sistemas naturais “complexos” (não admitem modelos sintéticos) demandam um tipo de modelagem analítica Modelagem Relacional O que se preserva é a funcionalidade e o relacionamento entre os componentes do modelo, e não as componentes em si Organismos não são máquinas portanto não podem ser estudados como máquinas Biologia Relacional

80 Teoria Autopoiética Circularidade Essencial
Natureza de sistemas biológicos estrutural, temporal, manutenção de sua integridade física Experiência vivida por sistemas biológicos ciclo estímulo-resposta Exploração da cognição Como estudar esta circularidade sem cair em pensamentos circulares ? Deduzindo X a partir da presunção de X por si mesmo Empregando um framework rigoroso para na análise destas circularidades Teoria Autopoiética (Maturana e Varela) Analisa as circularidades operacionais e configuracionais de sistemas biológicos

81 Teoria Autopoiética Campos de Aplicação Histórico
imunologia, interfaces homem-computador, terapia familiar, sociologia, economia, filosofia pós-moderna, administração pública Histórico 60-70: questionamento das noções correntes sobre cognição estudo de organismos - nova definição de sistema “vivo” autopoiese: a auto-produção dos componentes realizando a organização de um sistema organização: configuração processual definitiva sistema vivo: qualquer sistema exibindo autopoiese em um espaço físico

82 Teoria Autopoiética Principais Trabalhos Cognição
Principles of Biological Autonomy [Maturana & Varela, 1979] Autopoiesis and Cognition: The Realization of the Living [Maturana & Varela, 1980] The Tree of Knowledge [Maturana & Varela, 1991] Cognição Fenômeno Biológico consequência da circularidade e complexidade na forma de qualquer sistema cujo comportamento inclui a manutenção desta mesma forma mudança no foco: do “processo” de cognição para o “organismo” onde ocorre a cognição (approach “orientado a objeto”)

83 Teoria Autopoiética Organismos Características Operacionais
unidades capazes de auto-geração no espaço físico Características Operacionais auto-regulação auto-referência Teoria Autopoiética Aspectos formais Aspectos fenomenológicos Observador tudo que é dito, é dito por um observador sistema “vivo” capaz de distinguir e especificar aquilo que considera como sendo parte de si próprio ou uma entidade diferente de si próprio

84 Teoria Autopoiética Descrições Distinção
estados internos do sistema que são derivados da experiência (interação com o ambiente) são basicamente dependentes de cada observador são dependentes da história do observador são dependentes de interações passadas com outros observadores observador atua em função das “descrições” que possui Distinção separação de uma unidade do fundo no qual esta se acha inserida (inclusive o próprio observador) habilita o observador a operar como se estivesse externo ao ambiente em questão

85 Teoria Autopoiética Atributos Fundamentais de um Sistema Organização
Organização e Estrutura Organização conjunto de relacionamentos entre componentes de um sistema determina a forma do sistema em um dado momento determina a identidade do sistema, que é mantida independente de mudanças dinâmicas na composição do sistema no tempo Organon (grego) instrumento, ou ferramenta denota a participação instrumental de cada componente na constituição de uma unidade

86 Teoria Autopoiética Estrutura Structo (latim) Uma organização
instância particular e específica de uma organização realização sistêmica unitária de uma organização componentes atuais e as relações entre estes componentes para a constituição de uma unidade determina somente o espaço onde uma unidade existe e pode ser perturbada Structo (latim) aquilo que se constrói Uma organização pode ser “realizada” por diversas e diferentes estruturas cada uma delas seguirá o mesmo conjunto de relações que define a organização

87 Teoria Autopoiética Autopoiese Sistema Autopoiético
grego - auto + poiesis (criação, produção) Sistema Autopoiético organizado (definido como uma unidade) como uma rede de processos de produção (transformação e destruição) de componentes que produzem os componentes que: por meio de sua interação e transformação regeneram continuamente e realizam a própria rede de processos (relações) que os produziram constituem-se de uma unidade concreta no espaço em que existem, por meio da especificação do domínio topológico de sua realização enquanto rede qualquer unidade atingindo estas especificações é um sistema autopoiético qualquer sistema autopoiético é um sistema “vivo”

88 Teoria Autopoiética Configuração particular de uma unidade
sua estrutura - não é suficiente para defini-la enquanto unidade a característica chave de um sistema “vivo” é a manutenção de sua organização - preservação da rede de relações que o define como uma unidade sistêmica Outra definição (sistema autopoiético) sistema que opera como um sistema homeostático, tendo sua própria organização como variável crítica fundamental que deve permanecer constante Autonomia e Autopoiese sistemas autopoiéticos são tipos de sistemas autônomos sistemas autopoiéticos exibem a propriedade de autonomia

89 Teoria Autopoiética Sistemas Autônomos
unidades composicionais definidas por uma rede de interação entre componentes que: por meio de sua interação recursiva, regeneram a rede de interações que os produziram realizam a rede como uma unidade no espaço onde seus componentes existem, constituindo e especificando as fronteiras do sistema em relação ao ambiente externo Diferença entre Autonomia e Autopoiese sistemas autopoiéticos necessitam produzir seus próprios componentes, além de conservar sua organização Fecho organizacional sistemas autônomos são “fechados em sua organização”

90 Teoria Autopoiética Domínio Diferentes Domínios
região ou esfera circunscrevendo a relação entre sistemas observados e as unidades (meio) com as quais estes interagem (domínio fenomenológico) próximo e todos os demais possíveis estados de relações ou atividades entre as dadas unidades (domínio de interações) Diferentes Domínios de interações - todas as interações possíveis em um sistema de relações - todas as relações de uma entidade/observador fenomenológico - ações e interações cognitivo - todas as descrições possíveis de serem obtidas consensual - sequências de estados intertravados entre sistemas linguístico - interações comunicativas

91 Teoria Autopoiética Espaço Determinação Estrutural
contexto no qual as unidades são delineadas fundo estático referencial nos quais os sistemas são definidos espaço físico, com características ontológicas Determinação Estrutural atual curso de mudanças de uma entidade sistêmica é controlado pela estrutura que compõe o sistema (ao contrário da influência direta de seu ambiente) comportamento do sistema é restringido por sua constituição mudanças potenciais no sistema são circunscritas pelo: range de transformações estruturais potenciais do sistema conjunto de perturbações potenciais afetando o sistema perturbações disparam mudanças estruturais, que são funções da própria organização e estrutura do sistema

92 Teoria Autopoiética Interação entre Sistemas Acoplamento Estrutural
história de influências mútuas na estrutura de dois (ou mais) sistemas, fruto da determinação estrutural, de modo que haja uma congruência estrutural entre os sistemas que estão interagindo Acoplamento Estrutural resultado da interação entre sistemas pode ser do sistema com seu ambiente ou com outro sistema Acoplamento de um Sistema com o Meio resultado: adaptação do organismo ao meio Acoplamento de um Sistema com outro Sistema resultado: domínio consensual


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