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PublicouDaniel Casqueira Fortunato Alterado mais de 9 anos atrás
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Caso Clínico:Intoxicações por agentes químicos
Eula Leisle Braz Lima e Priscilla Sampaio Coordenação: Elisa de Carvalho Escola Superior de Ciências da Saúde/ESCS/SES/DF
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Caso Clínico Identificação : Queixa principal:
V.G.S. , 1 ano e 10 meses, sexo masculino, natural de Brasília - DF, procedente de Taguatinga – DF. Queixa principal: “Tomou detergente há 1 hora.”
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Caso Clínico HAD: Mãe relata que há aproximadamente 1 hora a criança ingeriu mistura de detergente, soda caústica e água que estava num copo do Mc Donalds. Refere que foi somente um gole. Evoluiu com 3 episódios de vômitos com rajas de sangue e queimadura química em orofaringe. Mãe tentou oferecer leite mas o paciente não aceitou.
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Caso Clínico Antecedentes: Nascido de parto normal a termo.
Mãe não realizou pré-natal. Peso:4 Kg E: 51 cm Chorou ao nascer Recebeu alta em 24h sem intercorrências. Uso de leite de vaca desde o nascimento.
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Caso Clínico Antecedentes: Nega internações e cirurgias.
Nega alergia alimentar e medicamentosa. Cartão de vacinação completo. Dieta atual : 6 refeições, pobre em fibras, rica em carboidratos.
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Caso Clínico Antecedentes:
Mãe: 38 anos, ex- tabagista, do lar, saudável Pai: 33 anos, saudável Irmãos: 3 ( 4, 12 e 17 anos saudáveis)
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Caso Clínico Condições sócio - economicas :
Reside em casa de alvenaria, 4 cômodos, uso de fossa asséptica. Possui 01 cachorro e 01 pássaro.
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Caso Clínico Exame Físico: FC: 120 bpm FR: 32 ipm
REG, hipoativo, normocorado, hidratado, afebril, eupnéico, anictérico, acianótico. Oroscopia: mucosa com hiperemia, leve edema labial, abundante sialorréia, língua edemaciada com pontos esbranquiçados discretos.
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Caso Clínico Exame Físico: AR: MVF com alguns roncos
ACV , abdome e extremidades: sem alterações
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Caso Clínico Evolução:
Apresentou 01 vômito com rajas de sangue logo após a internação. O médico assistente foi orientado pelo Centro de intoxicações do DF a ofertar água ou leite em pequenas quantidades, contudo o médico da endoscopia do HDB não recomendou tal conduta orientando a manter o paciente em dieta zero, sendo seguida esta conduta.
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Caso Clínico Evolução:
Segundo DIH : realizada EDA e introduzido antibioticoterapia : Ampi + Sulbactam , indicados pela DIP. Manteve boa evolução e recebeu alta com manutenção da sonda nasogástrica e Omeprazol até que completasse 30 dias do incidente.
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Caso Clínico Exames: 16/03: HC + Bioquímica:
Leu: (S:80%, Bt: 6%, L: 10%, E: 0) HM:4.75 HG: Ht: Plaq: 318 Ca:9.7 Na:138 K:3.5 Cl: Mg: 1.6
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Caso Clínico Exames: 17/03: EDA
Esôfago: liso, calibre e distensibilidade preservadas; em toda extensão apresenta ulcerações extensas com fibrina espessa, ocupando toda circuferência do orgão. Estômago: sem alterações Duodeno: não visualizado HD: Esofagite Caústica- Zargar 2B
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Caso Clínico Exames: 17/03: EDA Conduta: Sonda por +- 4 semanas.
Hidratação+ sintomáticos + omeprazol IV ATB empírica: Ceftriaxone + Clinda Monitorização rigorosa dos sinais vitais (perfuração-taquipnéia e leucocitose) 4 sem: realizar esofagograma p/ avaliar estenose
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Intoxicações por agentes químicos
No ano 2004, foram registrados casos de intoxicação humana no país.
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Intoxicações Causas(desde 1985): acidente _55,5%
tentativa de suicídio _20,7% ocupacional 7,4%
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Intoxicações Faixas etárias mais acometidas: < de 5 anos _ 23,8%
20 a 29 anos _ 18,2%.
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Intoxicações Acidentes: animais peçonhentos _ 35,7%
medicamentos _ 17,9% domissanitários _ 11,6%
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Intoxicações Circunstância ocupacional: 35,2% animais peçonhentos
28,9% agrotóxicos 15,2% produtos químicos industriais.
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Intoxicações A Região Sudeste registrou 44,7% dos casos de intoxicação humana. Principais agentes tóxicos que causaram intoxicações(desde 1996): medicamentos _29,0% animais peçonhentos _24,8% domissanitários _7,8%
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Intoxicações Principais agentes tóxicos que causam intoxicações em menores de 5 anos: medicamentos _38,6% domissanitários _18,0% produtos industriais _8,3%
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Intoxicações No ano 2004, foram registrados 404 óbitos
Suicídio _ 58,4% (medicamentos,agrotóxicos, raticidas e drogas de abuso) Acidentes _ 13,6%. Idade mais afetada: 20 aos 59 anos (66.8%) Causas principais: agrotóxicos _ 38,4% medicamentos _18,3%
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Intoxicações Região Sudeste _ maior número de óbitos Região Centro-Oeste _ maior letalidade Regiões Sudeste e Sul _ menor letalidade
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Ingestão de agentes químicos
Fatores de risco!!! Embalagens Preço Falta de informação Áreas rurais
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Ingestão de agentes químicos
Álcalis: NaOH e KOH Ácidos: Clorídrico, Sulfúrico, Nítrico, Fosfórico e Acético Outras: Permanganato de K, amônia e iodo.
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Ingestão de agentes químicos
Patogenia: Álcalis: necrose por liquefação 3 fases: Aguda(7 a 10 dias), Cura aparente( 3 a 8 sems) e Crônica (variável) Ácidos: necrose por coagulação das proteínas formando camada protetora
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Ingestão de agentes químicos
Patogenia: Gravidade, localização, extensão e as complicações dependem destes fatores: tipo, pH, quantidade, concentração, tempo de exposição, estado físico.
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Ingestão de agentes químicos
Quadro Clínico: Assintomáticos até casos graves com infecção, choque e alterações respiratórias e hemodinâmicas. Odinofagia, disfagia, sialorréia, dor retroesternal, disfagia, edema de mucosas, recusa alimentar.Chiados, tosse, rouquidão. Transmural: febre, taquicardia e choque
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* HG,Eletrólitos, Gasometria, Radiografia de tórax e Abdome
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Ingestão de agentes químicos
Conduta: EDA (12 a 48 h), Classificação Zargar: 0:normal 1:edema ou hiperemia 2a:mucosa friável, ulceração superficial 2b:ulcerações + profundas ou circunferencial 3a:Múltiplas ulcerações 3b:Necrose extensa
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Ingestão de agentes químicos
Esofagite: locais preferenciais
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Ingestão de agentes químicos
Tratamento: Analgesia, diluição? Suporte nutricional enteral Antiácidos e bloqueadores da bomba de prótons – 6 a 8 sems Internação : Hidratação venosa, atb, SNG com auxílio endoscópico Corticóide: acometimento respiratório
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Ingestão de agentes químicos
Complicações: Hemorragia digestiva, Pneumonia Perfuração de órgãos(mediastinite e peritonite) Estenoses: 10 a 20%(Iniciar dilatação e esofagograma a partir da terceira ou quarta semana) Neoplasia, gastrite, úlcera
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Ingestão de agentes químicos
Prognóstico: Distúrbios de dismotilidade Maior risco para carcinoma, ulceração e metaplasia. Acompanhamento periódico principalmente após 20 anos do acidente
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Ingestão de agentes químicos
Prevenção: Educação e aprovação de leis. Soluções mais diluídas Tampas de difícil abertura. “MELHOR OPÇÃO TERAPÊUTICA!” Centro de Toxicologia:
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Bibliografia KASPER,D.L; Et AL., Harrison: Medicina Interna.
Carvalho E.; Et Al., Gastroenterologia pediátrica Matuguma,S.E;Et AL., Atualização Terapêutica 2005 Papel da Vigilância Sanitária na prevenção de intoxicações na infância_ FIOCRUZ
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OBRIGADA!! OBRIGADA!
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