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Rússia: O Oriente encontra o Ocidente

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Apresentação em tema: "Rússia: O Oriente encontra o Ocidente"— Transcrição da apresentação:

1 Rússia: O Oriente encontra o Ocidente
David Fanning José António Frade Disciplina: História da Música do Século XIX Docente: Professora Doutora Luísa Cymbron 2004/2005

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3 1800-55. Período de Alexandre I (1801-25) e Nicolau I (1825-55)
Vastidão territorial. Hierarquia social: - Estado centralizado na figura do Czar - Aristocracia urbana e rural - “Massa” de camponeses e servos, que vivem em condições medievais, sem sentido de nacionalidade Administração pública é recrutada da nobreza. Ausência de oposição política. Sistema de ensino: - Nobreza rural através de aulas privadas por prof. alemães. - Nobreza urbana em escolas privadas. eieiiieiieieieiieieiieieieiieieiie

4 Vida musical S. Petersburgo: Centro da vida cultural. Vida musical associado ao convívio: Salão (música de câmara; concertos privados) – Concertos públicos – Ópera: Italiana e Francesa Subsidiada pela corte. Produções com os melhores cantores estrangeiros. Outras companhias (Alemã; Russa). Companhia Russa: Menos subsidiada. Faz tradução para russo de óperas. Grande influência: Em 1808 estreia Das Donauweibchen de Kauer. É adaptada em russo, prepara o caminho para outras óperas na língua com temática de fadas,Natureza, sobrenatural. Freischutz (1824) 4

5 O início da Escola Russa Glinka 1804-1857
A Companhia Russa possui uma prática de criação de óperas utilizando melodias populares por vezes com temática russa. Catarino Cavos e M. Soler Glinka - Descendência aristocrática. Viaja pela Europa. - Procura de forma assumida o património popular como solução para a criação da identidade cultural russa. - Influências francesas e italianas. O material popular é conservado com as suas características rítmicas e harmónicas. - Substitui diálogo falado pelo recitativo. - Inaugura o “Diletantismo”. - Cria a cor orquestral característica da musica russa. - Ivan Sussanine (1836); Ruslan e Lyudmila (1842) Kamarinskaya semente da tradição sinfónica russa

6 1855-81. Período de Alexandre II
Plano social Desanuviamento das tensões sociais: Emancipação dos servos (1861) reformas; censura mais punitiva que censória. Abrandamento da censura tem como consequência, a aproximação e intervenção dos intelectuais (intelligentsia) na vida social, através de reuniões em associações com função educativa do povo, a partir de exibições itinerantes. A vida do povo é inspiração e modelo artístico. Realismo literário: década de 60 e 70. Desenvolvimento das publicações. Fosso económico com os restantes países. Período de amadurecimento nacionalista; efervescência intelectual e confronto de ideias. 6

7 Os dois centros da vida musical russa
Grupo dos Cinco: Balakirev ( ) Borodin ( ) Cui Musorgsky ( ) R. Korsakov ( ) Consciência nacionalista, progressista e antiacadémica. Anton e Nicholas Rubinstein: Criação da Sociedade Musical Russa (1859). Criação do Conservatório de S. Petersburgo (1862). Conservatório de Moscovo (1866) Tradição ocidental e estrangeira, Cosmopolita e conservadora.

8 O cosmopolitismo de A.Rubinstein 1829-1894
Menino prodígio, viaja em tournées pela Europa, primeiro com o professor Villoing e mais tarde, numa carreira profissional, sendo considerado juntamente com Liszt os melhores pianistas do seu tempo. Introduz na Rússia o modelo profissional do ensino da música a partir do modelo alemão, fundando o Conservatório e a Sociedade Musical Russa. É alvo do ataque do Grupo dos Cinco, devido à introdução exclusiva dos modelos musicais europeus, que se afastam dos modelos estéticos dos nacionalistas. Introduz no seu reportório nomes desconhecidos: Byrd, Rameau, C. P.E. Bach etc. Professor de Tchaikovsky constituiu uma grande influência na obra deste compositor. Obra multifacetada segundo os moldes românticos: Sinfonia, Lieder, Concerto, Musica de Câmara.

9 O Grupo dos Cinco e a acção de Balakirev 1837-1910
O Grupo dos 5 – O grupo é formado a partir do convívio entre Dargomizhsky e Balakirev. A partir deste convívio Balakirev, conhece Musorgsky em 1858, Korsakov em 1861 e Borodin em Balakirev assume a liderança e actividade pedagógica do grupo. Atitude estética – (Stasov) Moderna; antiacadémica; desprezo pelos modelos da ópera francesa e italiana (Offenbach; Meyerbeer; Rossini; Verdi); atitude Diletante; culto de Glinka; sentimento nacionalista. Durante uma década formam um grupo compacto e interveniente. Debate de ideias, estudo em conjunto do reportório pessoal e estrangeiro. Preocupação individual pela criação de ópera. Projecto de criação colectiva de obras (Mlada 1872). O grupo desfez-se a partir de vários acontecimentos: o afastamento temporário de Balakirev da vida musical; dissidências internas como opiniões negativas de Cui sobre o Boris Gudonov de Musorgsky, nomeação de Korsakov para o Conservatório.

10 Balakirev Funda com Lumakin a Escola de Música Livre de S. Petersburgo (1862) com o objectivo: - Manter vivo o ideal de educação espontânea, sem dogmatismos escolásticos. - Cultivar a música nacional; os progressistas ocidentais (Berlioz; Liszt) - Alternativa aos ideais estéticos de ensino de Rubinstein. É o único membro que vive da prática musical: pianista e director de orquestra. Tem uma formação autodidacta adquirida na biblioteca de Ulibishev. Obra pianistica influência de Chopin: nocturnos, mazurkas; valsas. Obra orquestral influência de Liszt: Poema Sinfónico. Sinfonia é um teatro sem palco  Tchaikovsky (Romeu e Julieta). Dirigiu a Sociedade Musical Russa ( ) após saída de Rubinstein Compositor essencialmente de música instrumental.

11 Musorgsky 1839-1881 Nasceu numa família de camponeses.
Com 17 anos é introduzido na área de convívio de Dargomizhsky, onde conhece Balakirev. Atitude independente do grupo dos 5. Assume o diletantismo como forma de partilhar a alma do povo. Esforço artístico: Criação de um recitativo próprio, a partir do estudo da língua russa. Obra: Dedicação quase exclusiva à voz – ópera e canções -; não escreve sinfonias. - Boris Godunov (1868) ; Khovanshina (1872) ; Quadros de uma Exposição (1874) A sua obra reflecte os modelos de Glinka, Dargomizhsky, música popular, mas também, Berlioz, Liszt, Verdi, Wagner. Influência: profunda em Debussy, Ravel, Janácek, Prokofiev, Shostakovich.

12 Rimsky-Korsakov Podemos considera-lo o arquitecto do “estilo russo”. Faz revisão e finalização de obras dos colegas, adaptando-as ao gosto do Ocidente, contribuindo para: - estabelecer na época o reportório destes músicos. - assegurar a continuidade do reportório para as gerações futuras. - “exportar” o estilo para a Europa. Assume uma atitude profissional afastando-se do diletantismo. Acção pedagógica profunda: exerce em 1871 funções de docência no Conservatório de S. Petersburgo. Em 1889 a 1ª exibição do Anel de Nibelungos exerce uma profunda influência na sua obra levando-o a pegar no projecto Mlada.

13 1881-1894. Período de Alexandre III
Plano social Final da idade de “ouro” do Realismo, com a morte de Musorgsky; Dostoievsky Retrocesso a uma autocracia reaccionária. Sergei Witte dá início a alguma modernização e equilíbrio financeiro Início do processo de industrialização, forçando os camponeses a um processo industrial, e ao aparecimento do primeiro proletariado.

14 1881-1894. Período de Alexandre III
Vida musical Desenvolvimento das teorias socialistas. Publicação da 1ª edição do Capital de K. Marx em 1872. Fim do período em que o artista contribuía activamente para o desenvolvimento da vida intelectual do país. Este envolvimento voltará, mas com outras características: a arte pela arte, com rasgos de misticismo através de Skryabin. Taneyev introduz na Rússia a influência de Brahms. Belyayen funda a sociedade a Sociedade de Concertos Russos, em 1885 com uma contribuição importante na edição de obras. ª representação do Anel de Nibelungo. A recepção a Wagner é muito díspar pelos compositores.

15 Tchaikovsky 1840-1893 . Referência das novas gerações.
Diferenças com o Grupo dos 5: - Não partilha da idolatria a Glinka. - Não partilha da posição de Diletante. - Abrange a maioria dos géneros musicais e não somente os vocais. Estudou no C. S. Petersburgo com A. Rubinstein. É juntamente com Korsakov, o ponto de referência da nova geração de compositores. Superação da dicotomia entre o Ocidente e o Oriente. Sinfonismo de Berlioz/Liszt fundem-se ás qualidades da música russa: melodia, cor, timbre, harmonia. A produção da sua obra, vasta, evidencia o modelo de um compositor clássico ao abordar de forma tão completa todos os géneros musicais. Ópera: Descrição de ambientes russos (rural, alta sociedade), a partir de autores nacionais Oprítchnik (Lajetchnikof); Eugênio Onéguine (Puchkine) Música instrumental: Modelo romantismo alemão/francês.

16 1894-1917. Período de Nicolau II Plano social
Nicolau II segue uma política de absolutismo. A família imperial é um espectáculo dramático. Expansão para o extremo oriente provoca a guerra com o Japão. derrota da Rússia. Revolução industrial avança a passos largos. Revolução de 1905. O Czar é obrigado a fazer concessões liberais (dumas). Revolução socialista de Queda do Czarismo. Fundação da U.R.S.S.

17 Skryabin Representa com outros artistas (Kandinsky etc.) o 3º renascimento russo. A intervenção social abrange a Humanidade, não o político ou cultural de um povo. Mysterium; Prométhée. Criação artística representa uma intuição mística, o conhecimento do transcendente. Influência predominante em Stravinsky, Prokofiev, Shostakovich. Ocupa cargos: Conservatório de Moscovo; Instituto S. Catarina. Pode ser considerado um proto-serialista, mas não entra na área da atonalidade. Virtuosismo pianistico perto de um Chopin; Sinfonia: Wagner, Debussy. O decadentismo não se tornará na corrente dominante, do inicio sec. XX mas uma corrente realista ( A Mãe Gorky).

18 Conclusão A base, o pano de fundo dos compositores nacionais, são os modelos do romantismo musical. As divergências entre “nacionalistas” e “não-nacionalistas” são por vezes aparentes. Há contactos entre eles. A música extrai o seu conteúdo da vida (povo), e quer retornar à sua fonte. A música russa irá exercer uma grande influência na evolução musical em finais do sec. XIX, constituindo um “antídoto” e uma alternativa a Wagner e ao pós-Wagnerismo, para músicos como Debussy, Ravel e outros.


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