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Configuração Geopolítica do Mundo
Universidade de São Paulo Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana Geografia Política: teorias sobre o território e o poder e sua aplicação à realidade contemporânea Configuração Geopolítica do Mundo Prof. Titular Wanderley Messias da Costa São Paulo, 2014
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A Evolução das Relações Internacionais no Século XX
Até 1919 De 1919 a 1945 De 1945 a 1990 De 2001 a 2010
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Guerra Fria
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Guerra da Coréia (1953) Os países não-alinhados (1955) Invasão da Hungria (1956) Guerra de Suez (1956) Crise dos Mísseis (1962) Guerra do Vietnã (1966) Invasão da Tchecoeslováquia (1968) América Latina – golpes
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A Nova Ordem Mundial Pós-91
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O pós-Guerra Fria: otimismo e realismo - I
Francis Fukuyama: O triunfo do liberalismo e “o fim da história”. A euforia dos construtivistas na TRI. Samuel Huntington (“choque de civilizações”): o papel dos EUA como a única Grande Potência no novo equilíbrio de forças que se desenhava, razão pela qual preferiu caracterizar a nova ordem internacional como unimultipolar Ao contrário da maioria dos seus colegas e compatriotas, Huntington não compartilhava da euforia dominante, chegando mesmo a ironizar as convicções de Fukuyama a respeito, pois estava convicto de que a vitória do liberalismo e o propalado clima de harmonia do início dos anos noventa não passavam de ilusões. Para ele, em contraposição às expectativas de paz duradoura desses anos, as incertezas e os perigos representados pelas tendências de desintegração e re-agregação, os conflitos locais e nacionais de natureza étnica e religiosa (radicalismo islâmico), a violência e as práticas de genocídio, tudo isso agravado pela demonstrada incapacidade da ONU e da única superpotência de assegurarem a ordem nas diversas regiões do mundo, são todos acontecimentos que rapidamente compuseram um cenário que apenas confirmava as suas sombrias previsões de apenas três anos atrás.
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O “Choque de Civilizações” segundo Samuel Huntington
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Forças do século XXI Fonte: L’Atlas Le Monde Diplomatique, 2007
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O Mundo em 1945 – segundo a ONU
Países fundadores da ONU Outros territórios dependentes Países filiados à ONU após a criação do órgão Estados sob tratado especial com membro da ONU Territórios que em 1949 estavam sob administração da ONU Estados não-membros Territórios administrados pelo mandato da Liga das Nações Fonte:Organização das Nações Unidas
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Adesão à ONU (número de países)
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O Mundo hoje – segundo a ONU
Estados membros Territórios sem administração própria Estados não-membros Estados observadores não-membro da ONU Fonte:Organização das Nações Unidas
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A ONU e o Equilíbrio do Poder
Assembléia Geral: 192 países-membros Conselho de Segurança: 15 membros Permanentes com direito de veto: 5 (EUA, Rússia, China, Reino Unido e França); Proposta de Reforma do CS: 25 países-membros, sendo 11 permanentes
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OTAN – da Guerra Fria à multipolaridade
Criada em 1950 e modificada em Em 1995 foram definidas as condições para a adesão à aliança: democracia efetiva, economia de mercado, proteção das minorias, necessidade de ter solucionado os conflitos de vizinhança e contribuição financeira aos meios militares da aliança; Em 1999: entrada da República Tcheca, Hungria e Polônia. Em 2004: Letônia, Lituânia, Estônia, Romênia, Eslováquia, Bulgária e Eslovênia. Em 2009: Croácia e Albânia. Tratados com Geórgia, Azerbaijão, Armênia, Casaquistão e Moldávia; Acordos com os países do Magreb e aliados do Oriente Médio. Em processo de adesão: Ucrânia e Geórgia. No governo de Sarkozy a França rompe com 50 anos da sua “autonomia estratégica” (Charles De Gaulle) e adere integralmente à OTAN;
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Equilíbrio de Poder: as Grandes Potências
Apesar da crise econômica interna e das dificuldades externas, os EUA mantém-se como a maior potência militar do planeta e é a única dentre elas que atua como “Império Mundial” de fato; A Rússia supera aos poucos a sua crise econômica, mantém-se como a segunda maior potência militar do mundo e decidiu recentemente alargar a sua projeção de influência e poder para além da Europa Oriental e Ásia Central (Pacífico, Índico e A. do Sul); A China é a mais nova grande potência militar do mundo e seu atual planejamento estratégico prevê ampliar a sua esfera de influência e poder na Ásia, África, Pacífico, Índico e A. do Sul.
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Despesas Militares Fonte:Le Monde, 2010
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Military expenditure by region in constant US dollars, 1988–2011
Obs. Os dados para Europa em 1991 não foram disponibilizados, portanto não se tem o total de gasto mundial nesse ano. Fonte: SIPRI, 2012. Org. COSTA, W. M., 2012.
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The 10 largest military spenders, 2011
Fonte: SIPRI yearbook, 2011.
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Gasto Militar Mundial
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Despesas militares 2013
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Poder Militar Global Exército Marinha Força Aérea EUA Rússia Índia
China Coréia do Norte Egito Ucrânia Turquia Brasil Coreia do Sul Japão Tanques 8.325 15500 3569 9150 6600 4767 4112 3657 489 2346 767 Veículos Blindados 25782 27607 5085 4788 2500 18986 6431 8532 1332 2880 3057 Canhão autopropulsado 1934 5990 290 1710 889 1203 961 2258 196 Foguetes 1330 3781 292 1770 880 1469 626 649 210 5424 99 Peças de artilharia 1791 4625 6445 6246 3500 2240 1000 2152 539 492 Marinha Porta-aviões 10 1 2 Fragatas 15 4 45 9 16 Navios de destruição 62 13 11 24 12 Submarinos 72 63 17 69 78 14 5 Força Aérea Total de aeronaves 13683 3082 1785 2788 943 1100 400 989 748 1393 1595 Aeronaves de batalha 2271 736 535 1170 460 343 116 254 54 409 Aeronaves de ataque 2601 1289 468 885 149 358 177 80 269 Aeronaves de transporte 5222 730 706 762 249 437 322 494 Helicópteros 6012 973 504 856 203 245 124 418 252 909 671
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Equilíbrio de Poder Militar e Corrida Armamentista
Países que possuem armas nucleares: os cinco do CS da ONU, mais Índia, Paquistão, Israel e Coréia do Norte. Atualmente, há uma redução dessas armas (EUA e Rússia) e crescimento dos investimentos em armamento convencional; Crescimento de 52% das despesas militares mundiais entre 1996 e 2008 (65% dos EUA, 56% da Ásia de SE, 35% do Oriente Médio e 4,5% da Europa Ocidental); Os EUA representam 50% das despesas mundiais de armas (US$ 711bilhões). Possuem bases militares/apoio logístico em 130 países nos cinco continentes, sendo que 300 mil soldados americanos estão fora do país ( no Iraque e no Afeganistão); Das 100 maiores empresas produtoras de armas, 44 são americanas e 32 européias, mas as americanas são responsáveis por 66% das vendas totais de armamentos.
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The suppliers and recipients of major conventional weapons, 2006 – 2010
Fonte: SIPRI, 2010
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The top 5 suppliers/importers of major conventional weapons (2008 – 2012)
Per cent of global arms exports EUA 30 Russia 26 Germany 7 France 6 U.K. 5 Importers of major conventional weapons worldwide (%) of global imports India 12 China 6 Pakistan 5 South Korea Singapore 4 Fonte: SIPRI, 2013
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SUPERPOTÊNCIA MILITAR EM DECLÍNIO?
EUA: SUPERPOTÊNCIA MILITAR EM DECLÍNIO?
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EUA – Bases Militares Exército, Marinha, Força Aérea e Marines
Total de bases e apoios logísticos: 5.579 4.742 em todos os estados do país 121 em 7 territórios 716 em 38 países: a maior parte na Alemanha (235), no Japão (123) e na Coréia do Sul (87). Na Alemanha possui 75 mil soldados e no Japão 63 mil.
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EUA: Bases Militares (cont.)
No Golfo Pérsico, além do Iraque, os EUA têm bases permanentes nos Emirados Árabes Unidos, Omã, Qatar, Kuwait, Iêmen e Bahrein (sede da V Esquadra). As mais importantes estão na Arábia Saudita, dotadas de aviões F-15 e F-16, caças-bombardeiros F-117 e aviões de espionagem U-2 e AWACS; Na África, a presença militar norte-americana está concentrada na região do “Chifre Africano”: Djibuti, Eritréia e Etiópia; No Oceano Indico, na ilha britânica de Diego Garcia, localiza-se uma das mais importantes bases militares do mundo (EUA/Reino Unido), onde estão estacionadas as “fortalezas voadoras” B-52; No Cáucaso, elas estão na Geórgia e no Azerbaijão. Na Ásia Central, no Afeganistão, Uzbequistão, Tajiquistão, Quirguízia e Cazaquistão; Na Europa, Alemanha, Reino Unido, Itália e Espanha. Além dessas, há as da Islândia (Keflavik), Bélgica, Dinamarca (Thuele), Portugal (Açores), Hungria (Taszar), Turquia (Adana) e Grécia; Na Ásia do Pacífico, Japão (Okinawa, Kadena, Misawa, Atsugi, Yokota e outras) com efetivo de 63 mil homens. Na Coréia do Sul (Kunsan City e Osan), com um total de 37 mil homens e Filipinas. Possui ainda bases em seus territórios do Pacífico, casos de Guam, Wake e Samoa; No Caribe, as principais bases estão em Barbados, Curaçao, Guantánamo e Antilhas Holandesas. Na América Central, em El Salvador e Honduras. Na América do Sul, na Colômbia e no Perú.
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EUA:bases e apoios logísticos militares
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World Map of the Unified Command Plan - USA
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O Mundo Visto pela Casa Branca
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Rússia – A Grande Potência do Heartland
“A partir do século XV os russos emergem no panorama da história mundial como uma “civilização da Terra” e todas as linhas de força geopolítica fundamentais da sua política externa passam desde esta altura a estar sujeitas a um único objetivo: a integração do Heartland, o fortalecimento da sua influência na zona do Nordeste da Eurásia, a afirmação da sua identidade perante seu adversário mais agressivo.....o mundo anglo-saxônico, a “civilização do Mar”. Aleksandr Dugin – A Geopolítica da Rússia Contemporânea Versila, 2014
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Rússia – geopolítica & estratégia
Seu objetivo estratégico central é conter – se necessário militarmente - o avanço dos EUA e da OTAN nas suas tradicionais áreas de influência, em especial a Ucrânia e o Cáucaso. A anexação da Criméia e os movimentos separatistas nas províncias orientais da Ucrânia bem ilustram essa sua revigorada face geopolítica & estratégica: contenção, consolidação e expansão. Mantém-se irredutível diante de movimentos que ameacem seu poder interno e suas esferas de influência: os separatismos como o da Chechênia, a presença no Cáucaso, a instalação de mísseis americanos na Polônia e na República Tcheca e os ingressos da Ucrânia e da Geórgia na OTAN. Reivindica territórios no Oceano Ártico, onde tem contenciosos fronteiriços e marítimos com os EUA e a Noruega e conta com uma “cabeça-de-ponte” no Báltico (base aeronaval de Kaliningrado). Tem acordos de cooperação econômica e militar com a maioria dos vizinhos, com destaque para a China, a Índia e o Irã, seus maiores compradores de equipamento militar;
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Presença Militar da Rússia na CEI - 2007
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CHINA: a nova Grande Potência
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Evolução da Modernização Chinesa: o “socialismo de mercado”
1978 (Deng Xiaoping) - início das reformas. Ex.: substituição das comunas populares no campo pela produção familiar de mercado; 1984 – adoção do planejamento descentralizado e autonomia para províncias e municípios definirem investimentos produtivos; 1990 – abertura aos investimentos estrangeiros, criação de empresas públicas para celebrar joint-ventures, apoio ao setor privado e adoção de mecanismos de mercado (Bolsas de Valores, sistema bancário, entrada na OMC em 2001, etc.); Atualmente o Estado é responsável por 40% do PIB e por 30% do emprego; empresas provinciais e municipais 12% e 6%; privadas 27% e 15%; as de capital estrangeiro 6% e 3%.
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China: ascensão de uma potência naval
O seu principal objetivo estratégico-militar de curto prazo é o de equipar e expandir a Marinha de Guerra, a fim de consolidar a sua presença no Pacífico e no Índico e ampliá-la no futuro para escalas extra-regionais. Já é uma das oito potências navais do mundo; No Pacífico e, sobretudo, pela delimitação das respectivas ZEE – Zona Econômica Exclusiva, disputa com o Japão as Ilhas Senkaku; com Taiwan, Vietnã, Filipinas, Brunei e Malásia as ilhas Spratly e os arquipélagos de Pratas e Paracel. Reivindica soberania marítima nessas regiões sobre uma área total de 4 milhões de km²; A prioridade à Marinha de Guerra visa também confrontar regionalmente o enorme poderio militar norte-americano no Pacífico (bases no Japão, Coréia do Sul, Okinawa, Guam, Singapura, apoio logístico em Taiwan e área de atuação da VII Frota) e no Índico (base de Diego Garcia e área da VI Frota). Ao mesmo tempo, responde à expansão da marinha japonesa nos últimos anos; Essa estratégia militar regional envolve também a implantação de bases navais em países vizinhos aliados: Ilha de Coco na Birmânia, Chittagong em Bangladesh, Gwadar no Paquistão e Hambantota no Sri Lanka. Pequim denomina essa linha de defesa marítima de “Colar de Pérolas”;
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Chine : une mosaïque d’ethnies
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China’s Major Trading Partners: 2010
($ billions)
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China’s Global Share of Merchandise Exports: 1990-2010
($ billions)
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China – Exports (USD Hundred Million) 2010-2014
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Major Chinese Exports: 2010
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Major Chinese Imports: 2010
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China: Comércio de Armas (2006)
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China - military budget and expenditures (1996 – 2008)
The graphic depicts China’s offcial military budget since 1996 and associated DoD estimates of actual military expenditures. DoD estimates include projected expenses for strategic forces, foreign acquisitions, military R&D, and paramilitary forces. All fgures are in 2007 U.S. dollars. Fonte: USA - Secretary of Defense
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Contexto Geopolítico Regional da China, 2008
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China: ascensão da potência naval
O seu principal objetivo estratégico-militar de curto prazo é o de equipar e expandir a Marinha de Guerra, a fim de consolidar a sua presença no Pacífico e no Índico e ampliá-la no futuro para escalas extra-regionais. Já é uma das oito potências navais do mundo; No Pacífico e, sobretudo, pela delimitação das respectivas ZEE – Zona Econômica Exclusiva, disputa com o Japão as Ilhas Senkaku; com Taiwan, Vietnã, Filipinas, Brunei e Malásia as ilhas Spratly e os arquipélagos de Pratas e Paracel. Reivindica soberania marítima nessas regiões sobre uma área total de 4 milhões de km²; A prioridade à Marinha de Guerra visa também confrontar regionalmente o enorme poderio militar norte-americano no Pacífico (bases no Japão, Coréia do Sul, Okinawa, Guam, Singapura, apoio logístico em Taiwan e área de atuação da VII Frota) e no Índico (base de Diego Garcia e área da VI Frota). Ao mesmo tempo, responde à expansão da marinha japonesa nos últimos anos; Essa estratégia militar regional envolve também a implantação de bases navais em países vizinhos aliados: Ilha de Coco na Birmânia, Chittagong em Bangladesh, Gwadar no Paquistão e Hambantota no Sri Lanka. Pequim denomina essa linha de defesa marítima de “Colar de Pérolas”;
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Major Air Units - China Fonte: USA - Secretary of Defense
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China’s import transit routes/critical chokepoints and proposed/under construction SLOC bypass routes Fonte: USA - Secretary of Defense
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China - Medium and Intercontinental Range Ballistic Missiles
China is capable of targeting its nuclear forces throughout the region and most of the world, including the continental United States. Newer systems, such as the DF-31, DF-31A, and JL-2, will give China a more survivable nuclear force. Fonte: USA - Secretary of Defense
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Conventional Anti-Access Capabilities
The PLA‟s conventional forces are currently capable of striking targets well beyond China‟s immediate periphery. Not included are ranges for naval surface- and sub-surface-based weapons, whose employment at distances from China would be determined by doctrine and the scenario in which they are employed. Fonte: USA - Secretary of Defense
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China: regional conventional missiles
Fonte: USA - Secretary of Defense
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Cenários de Conflitos Atuais e Potenciais
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As Guerras de Hoje Desde 1946 elas são basicamente guerras de descolonização (até meados dos setenta) e após isso “guerras civis” e não inter-estatais. As guerras civis são “internas” ou internacionalizadas; Há um acentuado decréscimo no número de vítimas em batalha desde A maior parte das vítimas é de crianças, incluindo aquelas recrutadas pelos exércitos (63 países as recrutam com menos de 18 anos e 21 a partir dos oito anos). Há 300 mil crianças-combatentes hoje no mundo.; Apesar do discurso e das políticas envolvendo a “ameaça nuclear”, as mortes em conflitos armados são causadas por armas leves. Há 107 países produtores delas atualmente (o Brasil é um dos grandes exportadores do mundo); A ONU contabiliza 15 milhões de refugiados no mundo. Há 3 milhões de afegãos dispersos no Paquistão e no Irã; Há 3 milhões de palestinos dispersos na Palestina, Síria, Jordânia e Líbano. Na República Democrática do Congo há 1,7 milhões de refugiados de etnias e países vizinhos em conflito.
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Afghan-Pakistan Border
Fonte: Le Monde Diplomatique, 2010
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IRÃ: PROVÍNCIAS ESTRATÉGICAS
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Ásia Central: “o lado oculto da lua”
O despertar da Ásia Central foi provocado pela guerra no Afganistão e o estacionamento de tropas e de infraestrutura militar dos EUA no Quirguistão e Uzbequistão, uma presença que só pôde ser efetivada, desde o início, contando com o decisivo apoio político e logístico da Rússia, a antiga potência regional e mundial que até recentemente ali estendera o seu domínio de forma absoluta.
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Mar Cáspio e Ásia Central: o “pivô geográfico”
Enormes reservas de petróleo e gás, especialmente no Turcomenistão, Casaquistão Azerbaijão (Bakou). A Rússia perdeu o monopólio da exploração e escoamento; Os novos pipelines gigantes estão sendo construídos pela Rússia, União Européia, EUA e a China. Os traçados desses pipelines envolvem uma complexa geoestratégia, já que eles devem contornar territórios inimigos. Ex.: Rússia evita Polônia, Geórgia e as repúblicas bálticas; os EUA evitam o Irã e desembarcam seus produtos na Turquia e na Índia (passando pelo Paquistão); Essa região, de posição estratégica e hoje conectada diretamente à Europa e à Ásia Oriental, do ponto de vista da “geopolítica do petróleo” é o novo Pivô Geográfico da Eurásia. Entre os construídos e em construção, são 18 gigantescos oleodutos e gasodutos que partem dessa região. Os dois eixos rivais: Rússia-Armênia-Irã e EUA-Turquia-Geórgia-Azerbaijão e Kirguistão.
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Afghanistan et Pakistan, des conflicts emboîtés
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Le Golfe et son environmentaux
géostratégique
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Outras Tendências de Reconfiguração
Geopolítica em Curso
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Expansão da União Européia
Fonte:
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Organizações regionais na África - 2008
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África do Sul – uma potência emergente
O seu PIB (US$ 280 bi) é duas vezes maior que o da Argélia, Egito e Nigéria (os maiores do continente). Também é o mais avançado nas comunicações: possui 9/10 dos internautas do continente. Principais atividades econômicas: mineração, indústria em geral e indústria nuclear e bélica; Relações intensas de vizinhança (Zimbábwe, Lesotho, Moçambique e Comores). Exerce também forte influência na África Central (Sudão, Eritréia e Etiópia) e na Ocidental (Costa do Marfim, Libéria e Serra Leoa). Lidera o principal bloco regional africano: SACU – Southern African Custons Unions; O seu principal parceiro comercial e econômico atual é a China;
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Outras potências emergentes da África Nigéria e Sudão, seguidas por Angola, Etiópia e Uganda
Nigéria é hoje o segundo maior produtor de petróleo da África sub-sahariana e tem grande influência na região centro-ocidental (Togo, Costa do Marfim, Gana e Camarões). Rivaliza com a África do Sul quanto à influência diplomática no continente africano. O alvo de ambos é a ocupação de uma das vagas permanentes no Conselho de Segurança da ONU que deverá ser atribuída a um país do continente; Angola, hoje o maior produtor de petróleo da África sub-sahariana. Com o término da guerra civil em 2002 e impulsionado pelas exportações de petróleo, a acelerada modernização atual do país faz dele o caso mais notável dentre os emergentes do continente; Sudão, politicamente estabilizado e em fase de expansão econômica, exerce forte influência em toda a região centro-oriental e, ao lado da Etiópia, atua para solucionar os conflitos no Chade e na Somália; Uganda, também estabilizado, tem atuado nos últimos anos como base de apoio internacional para a solução dos conflitos em Ruanda e Burundi;
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Integração na África e no Índico
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Índia – a potência da Ásia Meridional
A maior concentração mundial de empresas de Tecnologia da Informação depois dos EUA; Possui 20 das 100 mais importantes empresas de todos os emergentes, nos ramos da siderurgia (Mittal) e dos serviços (Wipro); Suas políticas internacionais são hoje operadas no contexto regional asiático, no âmbito dos BRICS e no G-20; Potência militar e rival do Paquistão (os dois dispõem de armas nucleares). Exerce forte influência junto aos seus pequenos vizinhos na Ásia Meridional (Bangladesh, Sri Lanka, Nepal, Miamar, Butão e Maldivas). Sob sua liderança, foi criada em 1985 a Associação do Sul da Ásia, para cooperação regional;
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Brasil: potência regional com projeção global
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Ártico – A última fronteira da globalização
Espaços marítimos reivindicados por Rússia, Dinamarca, Estados Unidos, Canadá e Noruega. Disputas pela extensão dos direitos de soberania para além das suas 200 milhas marítimas (ZEE). Ex.: a plataforma do Mar de Barent é disputada por Rússia/Noruega e a de Beaufort por EUA/Canadá. Uma comissão da ONU decidirá sobre esses limites. Há diversas bases militares em torno do Estreito de Bering, a “fronteira” EUA-Rússia (definida em tratado de 1990); Com o “aquecimento global”, as novas rotas marítimas na região têm sido alvo da cobiça internacional. A rota entre Tóquio e Roterda, por exemplo, tem km pelo canal do Panamá e pelo de Suez, mas apenas pela “Passagem Noroeste” e de costeando a Rússia; O Canadá defende que a passagem noroeste é inteiramente sua e os EUA e a Europa defendem um regime internacional para essas águas. Essas disputas têm a ver também com o fato de que o Ártico detém por volta de 25% das reservas de petróleo e gás do planeta. Já há grandes explorações no Alasca e na Sibéria; EUA, Rússia, Noruega e UK criaram em 1997 a AMEC – Cooperação Militar e Ambiental do Ártico, para prevenir e solucionar problemas de poluição de origem nuclear (submarinos) e não-nuclear geradas por atividades militares. Também nesse ano foi criado o Conselho do Ártico, um fórum de inspiração ambiental que reúne todos os países e comunidades nativas da região;
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Rotas marítimas polares do Norte
Fonte:
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Obrigado
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