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O QUE É AUTISMO: uma resposta possível

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Apresentação em tema: "O QUE É AUTISMO: uma resposta possível"— Transcrição da apresentação:

1 O QUE É AUTISMO: uma resposta possível
M.C.M. Kupfer, São Paulo/BR

2 Olhando ao redor São muitas as manifestações chamadas de autisticas em crianças nos dias de hoje. O autismo encontra expressões diversas e em diferentes idades. Quais são essas “variações”?

3 Crianças com capacidades únicas ou ilhas de inteligência.
Encontramos: Crianças com capacidades únicas ou ilhas de inteligência. Adultos com funcionamento intelectual pleno. Cálculos matemáticos por exemplo. São os escritores como Temple Grendin, Donna Williams, Amélie Nothomb.

4 Olhando ao redor Adultos que escrevem mas não falam.
Crianças que quase não falam e aprendem pouco. Crianças com grande prejuízo de desenvolvimento. Crianças afetivas e ao mesmo tempo sem contato. É o caso de Annick Deshayes. Libres propos philosophiques d’une autiste. Presses de la Renaissance, Paris, 2009, p. 57.

5 Ponto comum a todas essas manifestações: dificuldades na relação com os outros, de modo geral.
Mas como explicar que haja autistas carinhosas?

6 Classificações psiquiátricas
DSM-IV “Prejuízo severo e invasivo em diversas áreas do desenvolvimento: habilidades de interação social recíproca, habilidades de comunicação, ou presença de comportamento, interesses e atividades estereotipados”.

7 Classificações psiquiátricas
CID-10 “Grupo de transtornos caracterizados por alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e modalidades de comunicação e por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo.”

8 Características apontadas por outros pesquisadores
As crianças autistas: Resistem ao toque e ao abraço Ficam felizes quando deixadas sozinhas. Estão sempre em seu próprio mundo. Têm problemas de empatia. Não entendem o interesse ou desejo dos outros. Não precisam exibir seus interesses para os outros. Empatia: [teoria da mente]

9 O FOCO NA ISR Partimos de uma primeira característica marcante dos autistas: não sabem relacionar-se. Mas Nem todas as crianças autistas encaixam-se aí: algumas são afetivas e parecem gostar de relacionar-se com os outros.

10 Foco nas relações iniciais
M.-C. Laznik, pesquisadora franco-brasileira, ajuda a entender que as crianças autistas sabem RECEBER carinho e amor. Mas não sabem DAR PARA RECEBER carinho e amor. Segundo Laznik, o bebê se dirige à mãe para nela provocar seu prazer de estar com ele.

11 O Foco nas relações iniciais
As crianças aprendem muito cedo que, se derem amor, poderão recebê-lo de volta. É dando que se recebe, já dizia S. Francisco de Assis. Se uma criança dá amor e prazer, descobre que provoca em sua mãe uma reação de prazer, que dá origem a uma grande satisfação em retorno.

12 Primeira resposta Dessa perspectiva, pode-se dizer que:
A criança autista aprendeu apenas a primeira parte da estrutura do relacionamento humano: receber. Algumas aprendem a segunda: dar. Mas nenhuma aprendeu a terceira parte: dar para receber

13 Primeira resposta Isso explica que comportamentos carinhosos convivam com falta de empatia Falta a capacidade de entender ou tentar entender os outros. Disso podem resultar todas as demais dificuldades de um autista

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15 [Cena recortada só da barriguinha]

16 "Uma cena mostra um bebê que brinca com a mãe
"Uma cena mostra um bebê que brinca com a mãe. Ela o estimula e finge comer seu pezinho. Ele gosta e demonstra certo prazer. Mas não lhe ocorre dar seu pezinho. Ele não parece interessar-se por aquilo que poderia dar prazer ao outro…. Os bebês nascem com um interesse pelo interesse dos outros. Não é o caso dos bebês de nossos filmes familiares”(Laznik, 2005, p.181). Sinal difícil de isolar. Então fizemos um protocolo

17 Consequências para o diagnóstico e o tratamento do autismo
1. O protocolo IRDI 2. A intervenção IRDI nas creches

18 IRDIs IRDIs: protocolo de 31 indicadores clínicos de risco, criado pelo GNP para uso por pediatras em consultas regulares, para a detecção de problemas de desenvolvimento em crianças de zero a dezoito meses. KUPFER, M. C. M. ; JERUSALINSKY, Alfredo ; BERNARDINO, Leda Fischer ; WANDERLEY, Daniele de Brito ; ROCHA, P ; MOLINA, Silvia Eugenia ; SALLES, Lea ; STELLIN, Regina Maria Ramos ; PESARO, Maria Eugenia ; LERNER, Rogério . Valor preditivo de indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil: um estudo a partir da teoria psicanalítica. Latin American journal of fundamental psychopathology on line, v. 6, p , 2009.

19 IRDIs nas creches Cuidados psíquicos na infância reduzem a incidência de distúrbios mentais tanto na infância como na vida adulta. O protocolo IRDI pode ser um guia no acompanhamento do desenvolvimento psíquico A pesquisa atual pretende avaliar o IRDI como um instrumento de promoção de saúde mental nos primeiros estágios do desenvolvimento da criança

20 0 a 4 meses incompletos 1-Quando a criança chora ou grita, a professora sabe o que ela quer 2-A professora fala com a criança num estilo particularmente dirigido a ela (mamanhês) 3-A criança reage ao mamanhês 4-A professora propõe algo à criança e aguarda a sua reação 5- Há troca de olhares entre a professora e a criança

21 4 a 8 meses incompletos 6- A criança começa a diferenciar o dia da noite 7- A criança utiliza sinais diferentes para expressar suas diferentes necessidades 8-A criança solicita a professora e faz um intervalo para aguardar sua resposta 9- A professora fala com a criança dirigindo-lhe pequenas frases 10- A criança reage ( sorri, vocaliza ) quando a professora ou outra pessoa está se dirigindo a ela. 11- a criança procura ativamente o olhar da professora 12- A professora dá suporte às iniciativas da criança sem poupar-lhe esforços 13-A criança pede ajuda de outra pessoa sem ficar passiva

22 8 a 12 meses incompletos 14-A professora percebe que alguns pedidos da criança podem ser uma forma de chamar sua atenção 15- Durante os cuidados corporais, a criança busca ativamente jogos e brincadeiras amorosas com a professora 16- A criança demonstra gostar ou não de alguma coisa 17-professora e criança compartilham uma linguagem particular 18- A criança estranha pessoas desconhecidas para ela 19- A criança possui objetos prediletos 20- A criança faz gracinhas 21-A criança busca o olhar de aprovação do adulto 22-A criança aceita alimentação semi-sólida, sólida e variada

23 12 a 18 meses 23- A professora alterna momentos de dedicação à criança com outros interesses 24-A criança reage bem às breve ausências da professora e reage às ausências prolongadas 25-A professora oferece brinquedos como alternativas para o interesse da criança pelo corpo materno 26-A professora já não se sente mais obrigada a satisfazer tudo que a criança pede 27- A criança olha com curiosidade para o que interessa à professora 28-A criança gosta de brincar com objetos usados pela professora e pelo pai 29- A professora começa a pedir à criança que nomeie o que deseja, não se contentando apenas com pequenos gestos 30- Os pais colocam pequenas regras de comportamento à criança 31-A criança diferencia objetos maternos, paternos e próprios

24 Referências Bibliográficas
Laznik, M.C. (2005). Les interactions sonores entre les bébés devenus autistes et leurs parents. In M.F. Castarède, Au commencement était la voix. Paris, Érès.


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