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RAIVA Profª Adriana Amaral
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1- Descrição da doença A raiva é uma doença que acomete mamíferos, e que pode ser transmitida aos homens, sendo portanto, uma zoonose. É causada por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os animais. Descrição da raiva: - é uma zoonose causada por vírus; - envolve o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução da doença; - todos os animais mamíferos são suscetíveis à doença; - a imunidade pode ser adquirida através da vacinação.
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“A prevenção da raiva é direcionada para o tratamento profilático sempre que houver suspeita. Após o início do quadro não existe tratamento.”
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Agente Etiológico Vírus da raiva humana Gênero Lyssavirus
Família Rhabdoviridae Retrovírus neurotrópico
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Agente etiológico Resiste a: - dessecação - congelamento e descongelamento - pH entre 5 e 9 É sensível a: - solventes orgânicos, como os detergentes, éter, clorofórmio, acetona, etanol 45-70%, compostos iodados - pasteurização - radiação ultravioleta
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Reservatórios Ciclo Urbano: Ciclo Silvestre: Cães e gatos Morcegos
Raposas,macacos, gatos do mato, jaguatiricas, entre outros
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Ciclos Epidemiológicos
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Fisiopatologia MORDEDURA; arranhadura e/ou lambedura de mucosas
Saliva do animal doente Virus se multiplica no ponto de inoculação Sistema Nervoso Central Disseminação generalizada Sistema Nervoso Periferico Eliminação do vírus pela saliva
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Modos de transmissão A transmissão ocorre quando o vírus da raiva existente na saliva do animal infectado penetra no organismo, através da pele ou mucosas, por mordedura, arranhadura ou lambedura, mesmo não existindo necessariamente agressão. - Na literatura só há referências de transmissão inter-humana através do transplante de córnea. - Animais silvestres são os reservatórios naturais do vírus, propiciando a contaminação de animais domésticos.
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Período de Incubação Média: 45 dias no homem 10 a 60 dias no cão
Depende: Localização e gravidade da mordedura Proximidade de troncos nervosos Concentração de partículas virais inoculadas
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Período de Transmissibilidade
Cães e gatos: 2 a 5 dias antes dos sinais clínicos. Óbito 5 a 7 dias após os sintomas Animais silvestres: ??? Morcegos: vírus em latência por longos períodos sem sintomatologia aparente
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Susceptibilidade e Imunidade
Todos os mamíferos são susceptíveis Não há imunidade natural no homem A imunidade é garantida pela vacinação acompanhada ou não do soro
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O que fazer quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver vacinado contra a raiva
- Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão. - Procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo. - Não matar o animal, e sim deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva. - O animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas ou animais. - Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, voltar imediatamente ao Serviço de Saúde. - Nunca interromper o tratamento preventivo sem ordens médicas. - Quando um animal apresentar comportamento diferente, mesmo que ele não tenha agredido ninguém, não o mate e procure o Serviço de Saúde.
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Sinais indicativos da raiva
Variam conforme a espécie. (raiva furiosa) Quando a doença acomete animais carnívoros (raiva paralítica). freqüência eles se tornam agressivos. quando ocorre em animais herbívoros, sua manifestação é a de uma paralisia. No entanto, em todos animais costumam ocorrer os seguintes sintomas: - dificuldade para engolir - salivação abundante - mudança de comportamento - mudança de hábitos alimentares - mudança de hábitos - paralisia das patas traseiras Nos cães, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um "uivo rouco", e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.
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Manifestações Clínicas
Pródromos: Mal-estar, hipertermia, anorexia, cefaléia, náuseas, dor de garganta, irritabilidade e alterações do comportamento Clínica: Hiperestesia, parestesia e fasciculações no sitio de inoculação
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Manifestações Clínicas
Evolução: Ansiedade e delírios Hiperexcitabilidade progressiva e espasmos musculares involuntários Alterações do SNA: sialorréia, lacrimejamento, midríase e hipotensão 5 a 7 dias
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Manifestações Clínicas
Estado de consciência preservado, até evoluir para coma e óbito Disfagia, aerofobia, hidrofobia, hiperacusia e fotofobia
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Diagnóstico Diferencial
Tétano Botulismo Encefalite pós-vacinal Tularemia Doença por arranhadura do gato Quadros psiquiátricos Encefalites virais
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Tratamento Não existe tratamento clínico Isolamento
Equipe treinada usando EPI SNG, sonda vesical, PVC Beta-bloq., anti-ácidos Corrigir choques e arritmias
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Aspectos Epidemiológicos
Europa e Japão encontram-se livres do ciclo urbano EUA e Canadá: Ciclo silvestre Países em desenvolvimento: Ciclo urbano No Brasil: Doença endêmica
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20,85% 58,8% 9,4% 10,8% 0,15% Dados: Região Sul último caso: 1987
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Transmissores Cães e gatos: 80,52% dos casos Morcegos: 10,13 dos casos
Outros: 4,94% dos casos
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SOBRE O ANIMAL Período de observação por 10 dias restrito a cão e gato. Considera-se suspeito todo cão ou gato que apresentar,mudança brusca de comportamento,ou sinais e sintomas compatíveis com a raiva como:salivação abundante,dificuldade para engolir,mudança de hábitos alimentares e paralisia das patas traseiras
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Se durante o período de observação o animal morrer,ou desenvolver sintomatologia compatível com a raiva,amostra do seu SNC – laboratório- diagnóstico. Sacrificar – cuidados para evitar acidentes Agressão por outros animais domésticos (bovinos, caprinos,eqüídeos e suínos,avaliar e indicar o tratamento – não observa. Animais silvestres,mesmo domiciliados e domésticos – indicar tratamento sistematicamente
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Caso Suspeito Quadro clínico sugestivo de encefalite, com antecedentes ou não de exposição ao VRH
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Caso Confirmado Caso suspeito confirmado laboratorialmente ou caso suspeito com evolução para obíto
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Caso Descartado Caso suspeito com diagnóstico confirmado laboratorialmente por outra etiologia ou caso suspeito sem evolução para óbito
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Notificação Individual, compulsória e imediata!!!
Todo caso humano suspeito de raiva
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Não aguardar os resultados dos exames para iniciar as medidas de controle e investigação.
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Medidas Prioritárias Assistência médica ao paciente
Qualidade de assistência Confirmação diagnóstica Proteção da população Investigação epidemiológica
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5- MEDIDAS DE CONTROLE DA RAIVA:
Controle da raiva canina; Ações de educação em saúde; Estratégias de prevenção: - Tratamento profilático de pessoas agredidas; - Vacinação periódica e rotineira de pelo menos 80% da população canina e felina; - Eliminação de 20% da população canina errante.
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SOBRE O FERIMENTO Lavar imediatamente com água corrente e sabão.
Mucosa ocular – soro fisiológico Contato indireto – apenas lavar(utensílios) Lambedura em pele íntegra –lavar Não se recomenda sutura do(s) ferimento(s) * Quando necessário aproximar as bordas com pontos isolados infiltrando o soro anti-rábico,quando indicado 1 hora antes da sutura
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Sobre o ferimento Proceder a profilaxia do tétano
Havendo contaminação da mucosa seguir o tratamento indicado para lambedura da mucosa
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Características do Ferimento Superficiais X Profundos
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Acidentes Leves Ferimentos superficiais únicos no tronco e membros por mordedura ou arranhadura Lambedura de pele
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Acidentes Graves Ferimentos profundos, múltiplos em qualquer região e/ou arranhadura do gato Lambedura em lesão grave Cabeça, face, pescoço, mãos e pés Morcego
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BASES GERAIS DO TRATAMENTO
A profilaxia contra raiva deve ser iniciada o mais precoce possível. Sempre que houver indicação,tratar o paciente em qualquer momento INDEPENDENTE do tempo transcorrido entre a exposição e o acesso a unidade de saúde. A história vacinal do animal agressor NÃO constitui elemento suficiente para a dispensa da indicação do tratamento anti – rábico humano. Havendo interrupção do tratamento,completar as doses de vacina prescritas anteriormente e não iniciar nova série.
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Abandono de tratamento
Garantia de tratamento Busca ativa imediata
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Educação em Saúde Posse responsável do animal
Desmistificar a castração dos animais domésticos Medidas de informação Divulgar os serviços especiais Não valorizar a proteção ao cão errante Estimular a imunização canina
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“A vacinação periódica de 80% dos cães e gatos quebra o elo da cadeia epidemiológica”
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A identificação de um caso de raiva humana é um sinal claro da falência do sistema de vigilância epidemiológica de uma localidade!
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