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PublicouLucca Valverde de Sá Alterado mais de 9 anos atrás
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QUAL O FUTURO DA AGRICULTURA PARA TRÁS-OS-MONTES?
UTAD, Vila Real, 26 de Junho 2015
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O sector agrícola em Trás-os-Montes: Especialização na Diversidade
QUAL O FUTURO DA AGRICULTURA PARA TRÁS-OS-MONTES? O sector agrícola em Trás-os-Montes: Especialização na Diversidade Luis Tibério, UTAD José Nobre, DRAPN Carlos Fonseca, UTAD Ana Alexandra Marta-Costa, UTAD UTAD, Vila Real, 26 de Junho 2015
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O sector agrícola em Trás-os-Montes: Especialização na Diversidade
SUMÁRIO O abandono agrícola; O ajustamento estrutural e as mudanças agro-ecológicas; A diversidade cultural e a especialização produtiva e territorial; O perfil do agricultor e a origem do rendimento; As práticas agrícolas emergentes; O investimento , o VAB e o Emprego; A valorização dos produtos. Informação retirada do INE (RA 2009); Dados quantitativos, estudos e relatórios gentilmente fornecidos pela DRAPNorte.
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Abandono? A agricultura em TM “resiste”. Nº Explorações RGA 1989
VAR 89/09 (%) VAR 99/09 (%) TM 80.551 70.006 61.804 - 23 - 12 EDM 67.546 49.037 - 56 NORTE - 42 - 19 PORTUGAL - 49 - 27 Fonte: INE, 2022; DRAPN, 2015
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Abandono? A agricultura em TM “resiste”. Nº Explorações em TM
Fonte: DRAPN, 2015
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Abandono? A agricultura em TM “resiste”. Superfície Agrícola Utilizada
RGA 1989 RGA 1999 RA 2009 VAR 89/09 (%) VAR 99/09 (%) TM - 12 - 5 EDM - 27 - 2 NORTE - 17 - 4 PORTUGAL - 8 - 5 Fonte: INE, 2022; DRAPN, 2015
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Abandono? A agricultura em TM “resiste”. Superfície Agrícola Utilizada
Fonte: DRAPN, 2015
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Abandono? A produção animal está em queda.
Explorações e efectivo animal Fonte: INE, 2011
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Escala? A dimensão média das explorações cresce. Mas….!
Dimensão Média (ha) RGA 1989 RGA 1999 RA 2009 TM 6,0 6,6 7,0 EDM 2,6 3,2 4,3 NORTE 4,1 4,9 5,8 PORTUGAL 6,7 9,3 12,0 Fonte: INE, 2022; DRAPN, 2015
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Escala? O efectivo médio também cresce. Dimensão Média dos Efectivos
EFETIVO MÉDIO POR EXPLORAÇÃO RGA 1989 RGA 1999 RA 2009 Bovinos 4,6 7,5 12,2 Suínos 3,2 4,3 4,7 Ovinos 45,3 60,7 60,8 Caprinos 19,9 23,7 29,3 Colmeias e Cortiços 11,9 22,8 33,5
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Escala? As exploração agrícolas em TM são de pequena dimensão económica (DE) Valor de Produção Padrão Total (VPPT ) e Dimensão Económica PT – 4, 64 Mil milhões de euros DE = 15,2 mil euros/expl. TM – 378 milhões de Euros 8% DE = 6,1 mil euros/expl. EDM – 550 milhões de euros 12% DE =11,2 mil euros/expl. Fonte: INE, 2011
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Escala? As exploração agrícolas em TM são de pequena dimensão económica (DE). Expl. Muito pequenas (< 8 mil euros) – 84%, 126 milhões de euros, 33% VPPT Expl. Pequenas (8 mil a < 25 mil euros) – 12%, 102 milhões de euros, 27% VPPT; Expl. Médias (25 mil euros a < 100 mil euros – 3% (cerca de 2 mil), 85 milhões de euros, 23% VPPT; Expl. Grandes (>= 100 mil euros) – 284 explorações (0%), 65 milhões de euros, 17% VPPT Fonte: INE, 2011
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Um sector marcadamente mais mecanizado
RGA 1989 RGA 1999 RA 2009 Total de Tratores - (nº de máquinas) 12612 21161 30027 Motocultivadores - (nº de máquinas) 611 2267 2842 Motoenxadas (Motofresas) - (nº de máquinas) 99 368 710 Motoceifeiras (Motogadanheiras) - (nº de máquinas) 2751 2641 1721 Ceifeiras-debulhadoras - (nº de máquinas) 352 346 301 Máquinas Agrícolas Fonte: DRAPN, 2015
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Um sector excessivamente “tratorizado”?
Fonte: DRAPN, 2015
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…Mas menos “irrigado” Superfície Irrigável 70.862 99.854 41.179 93.100
DESIGNAÇÃO RGA1989 RGA 1999 RA 2009 EVOLUÇÃO DE 1989 P/ 2009 Nº DE EXPLOR. ÁREA (ha) Nº EXPLOR. (%) ÁREA (%) Total 70.862 99.854 41.179 93.100 22.428 46.665 -68 -53 Fonte: DRAPN, 2015
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A paisagem agro-ecológica em TM está a mudar!!
Fonte: DRAPN, 2015
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As culturas temporárias tradicionais parecem não ser atractivas
Fonte: DRAPN, 2015
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As culturas permanentes revelam-se mais atractivas
Fonte: DRAPN, 2015
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A Norte, o ajustamento estrutural tem vindo a consolidar-se respeitando a diversidade cultural.
Fonte: DRAPN, 2015
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As exploração agrícolas em TM tendem para a especialização produtiva: Especialização na diversidade.
Orientação Técnico-Económica (OTE) : Explorações especializadas - 75% (46 mil explorações): culturas permanentes (57%), (sobretudo vinha, 24%, olival, 9% e fruticultura, 8%) e herbívoros, 9%; Explorações mistas ou combinadas - 25% (15 mil explorações): Policultura, 11% e explotações mistas de culturas agrícolas e criação de gado (12%); Concentração da viticultura no Douro, o Olival na Terra Quente e a fruticultura no Douro Sul Fonte: INE, 2011
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Perfil do produtor agrícola singular RA, 2009)
Idade “relativamente” elevada e nível de instrução a melhorar. Homens (64%. -12% em relação a ) e mulheres (34%, variação positiva de 30%); Com menos de 35 anos (2%, variação negativa de 52% entre 1999 e 2009); De 35 a menos de 45 anos (8%, variação negativa de 44%); De 45 a menos de 65 anos (43%, variação negativa de 18%); Com 65 anos ou mais (47%, variação positiva de 10%); Fonte: INE, 2011
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Perfil do produtor agrícola singular RA, 2009)
Idade “relativamente” elevada e nível de instrução a melhorar. Sem qualquer nível de instrução (22%, variação negativa de 44%); Com o 1º Ciclo do Ensino Básico (51%, variação negativa de 9%); Com 2º e 3º Ciclos Ensino Básico (17%, variação positiva de 46%); Ensino Secundário e pos secundário (4% e tem evoluído de forma muito positiva); Ensino Superior (6%, evolui de forma positiva); O nível de instrução Secundário e Superior é maioritariamente não agrícola ou florestal. Fonte: INE, 2011
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Origem do rendimento do agregado doméstico (%)
O rendimento do agregado doméstico provém sobretudo de fontes exteriores à exploração agrícola Origem do rendimento do agregado doméstico (%) Exclusiv. Expl. Princip. Expl Princip. Ext. Expl. PORT 6 11 84 EDM 12 83 TM 7 82 BL 4 9 87 BI 90 RO ALE 14 80 ALG 88 AÇO 17 71 MAD 13 Pensões e reformas; Salários sector terciário; Salários sector secundário Fonte: INE, 2011
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Praticas Agrícolas A adopção de “novas” praticas agrícolas é insipiente. Mobilização reduzida do solo em culturas temporárias – 2% das expl.; 2% da área; Sementeira directa é praticamente inexistente; Enrelvamento da entrelinha em culturas permanente - 6% em relação ao total de expl. com culturas permanentes (EDM lidera com 24%); Análises ao solo com regularidade– 10% do total de expl. (2º valor mais elevado a nivel nacional depois dos Açores); Aplicação de estrume é ainda pratica corrente em 50% das expl.. Chorume nem por isso; MPB é quase inexistente – representa 0,6% das expl. e 2% da área em modo de produção convencional. Fonte: INE, 2011
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Investimentos PRODER O rejuvenescimento da agricultura e a criação de valor pela transformação e melhoria de processos de comercialização foi a aposta a NORTE. Investimento PRODER Total na área da DRAPN – 797 milhões de Euros; Instalação de jovens agricultores – beneficiários; 288, 5 milhões de Euros (36%); Modernização e Capacitação das Empresas Agrícolas (Componente 1) – 394 beneficiários; 84,2 milhões de Euros (10%); Modernização e Capacitação de Empresas de Transformação e Comercialização (Componente 2) – 247 beneficiários 253, 7milhões de Euros (32%); Investimentos de Pequena Dimensão – beneficiários; 37, 4 milhões de Euros (4,7%). Fonte: DRAPN, 2014
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Investimento (Milhões Euros)
Investimentos PRODER A Delegação do Douro destaca-se na instalação de jovens agricultores Jovens Agricultores - Investimento e Prémio de Instalação Delegações Nº de Beneficiários Investimento (Milhões Euros) % de Beneficiários % do Investimento DRAPN 2500 288,5 Região TM 1200 130,3 48 45 Alto TM 359 38,7 30 Douro 604 68,7 50 53 Nordeste 237 22,9 20 18 Fonte: DRAPN, 2014
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Investimento (Milhões Euros)
Investimentos PRODER A região não revelou grande aptidão pela medida “modernização e capacitação de empresas agrícolas “ Modernização e Capacitação de Empresas Agrícolas - Componente 1 Delegações Nº de Beneficiários Investimento (Milhões Euros) % de Beneficiários % do Investimento DRAPN 394 84,2 Região TM 190 31,0 48 37 Alto TM 27 5,6 14 18 Douro 150 22 79 71 Nordeste 13 3,4 7 11 Fonte: DRAPN, 2014
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Investimento (Milhões Euros)
Investimentos PRODER A região liderou o investimento no âmbito da medida “modernização e capacitação de empresas de Transformação e Comercialização “ . Com destaque para a Delegação do Douro. Modernização e Capacitação de Empresas Transformação e Comercialização Delegações Nº de Beneficiários Investimento (Milhões Euros) % de Beneficiários % do Investimento DRAPN 247 253,7 Região TM 165 142,6 67 56 Alto TM 18 9,5 11 7 Douro 136 125 82 87 Nordeste 8,4 6 Fonte: DRAPN, 2014
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Investimento (Milhões Euros)
Investimentos PRODER A região revelou particular apetência pela linha “investimentos de pequena dimensão” Investimentos de Pequena Dimensão Delegações Nº de Beneficiários Investimento (Milhões Euros) % de Beneficiários % do Investimento DRAPN 1900 37,4 Região TM 1351 26,3 71 70 Alto TM 204 4,2 15 16 Douro 940 18 68 Nordeste 207 4,1 Fonte: DRAPN, 2014
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VAB do Sector Agrícola em TM
O sector agrícola em TM tem elevado peso (37%) no VAB da actividade económica primária da região norte . Grande Porto, Douro e Alto Tras-os-Montes são as regiões que registam maiores taxas de crescimento Fonte: DRAPN, 2015
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Emprego no Sector Agrícola em TM
O emprego agrícola da região TM tem grande importância (38%) no emprego total do sector no contexto da região norte. Fonte: DRAPN, 2015
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Valorização dos produtos
Os modos particulares de produção e a qualificação de produtos ainda não acrescentam valor O MPB envolve cerca de 750 produtores e uma uma área aproximada de 18 mil hectares: olival 6000 ha ; pastagens 3500 ha; frutos secos ha e floresta 2600 há; Apenas 150 explorações pecuários estão orientadas para o MPB. Mais de 1/3 são apicultores; A presença no mercado de produtos obtidos em MPB é residual; A região regista um elevado numero de produtos qualificados (DOP/IGP/ETG); A presença no mercado e o valor dos produtos DOP/IGP tem ainda elevada margem de crescimento. Fonte: GPP, 2011; DGADR, 2012
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Agricultura em TM ontem (Carlos Lima, 1999)
Predomínio da pequena agricultura familiar; Praticada por uma população envelhecida; Com custos de produção relativamente elevados; Com fracas relações de mercado; Grande diversidade agro-ecológica; Com produtos de reconhecida fama e qualidade; Financeiramente debilitada; Deficiente tecido organizativo. E década e meia depois???
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SINTESE Agricultura em TM hoje!
O ajustamento estrutural e a mecanização prosseguem; O abandono de culturas temporárias, o decréscimo generalizado da produção animal, o aumento de incultos, de matos e floresta está a mudar a paisagem agrária transmontana; Apesar de uma certa especialização produtiva e territorial a diversidade cultural ainda é característica da região; A pequena dimensão física, mas sobretudo económica, é (ainda) nota dominante ; Fonte: INE, 2011
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SINTESE Agricultura em TM hoje!
O rendimento do agregado familiar provêm sobretudo de fontes exteriores à exploração; A “empresarialização” da agricultura em TM (ainda) não é uma realidade; O agricultor transmontano possui idade “relativamente” elevada, mas os níveis de instrução estão a melhorar; Os “fortes” investimentos na modernização das explorações, sobretudo ao nível da transformação e processos de comercialização, ainda não produziram os efeitos desejados; A adopção de algumas práticas agrícolas amigas do ambiente é ainda insipiente. A agricultura química está enraizada; Mecanismos de valorização como os modos particulares de produção e a qualificação de produtos tardam a dar frutos! Jovens agricultores tendem a privilegiar actividades “não tradicionais”. Fonte: INE, 2011
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