O processo de INTROJEÇÃO

Apresentação em tema: "O processo de INTROJEÇÃO"— Transcrição da apresentação:

1 O processo de INTROJEÇÃO
Sándor Ferenczi O processo de INTROJEÇÃO

2 1909 – Texto “Transferência e Introjeção”
A INTROJEÇÃO 1909 – Texto “Transferência e Introjeção” Primeira definição do conceito INTROJEÇÃO Primeiro e único processo psíquico O fundante do aparelho psíquico A “base”; o “começo de tudo”!!

3 1912 – Texto “O Conceito de Introjeção” Melhor definição do conceito
A INTROJEÇÃO 1912 – Texto “O Conceito de Introjeção” Melhor definição do conceito (...) como a extensão ao mundo externo do interesse, auto-erótico na origem, pela introdução dos objetos exteriores na esfera do ego. Insisti nessa “introdução” para sublinhar que considero todo amor objetal (ou toda transferência) como uma extensão do ego ou introjeção (Ferenczi, S. 1912, p.181)

4 A INTROJEÇÃO (...) como a extensão do investimento dirigido aos objetos, a absorção do mundo externo na esfera do ego e uma metabolização dessa apropriação (Pinheiro, T. 1995). (...) uma espécie de “abraço” que o indivíduo faz com os objetos, dilatando o seu ego e assim seu psiquismo (Mezan, R. 1996) (...) um processo que permite o enriquecimento da própria pessoa (Mayo, G. D. 1995).

5 Sinônimo do amor ou da transferência
A INTROJEÇÃO Sinônimo do amor ou da transferência Como decorrente da expansão da pulsão, até o objeto (mudança de direção pulsional) Uma parte das sensações de prazer ou desprazer, auto erótica na origem, desloca-se para os objetos que as suscitaram = no início a criança gosta apenas da saciedade, depois começa a gostar também da mãe, ou seja, do objeto que lhe proporciona a saciedade.

6 Serve a construção narcísica do sujeito como trama da libido.
A INTROJEÇÃO Serve a construção narcísica do sujeito como trama da libido. Semelhante as concepções de Freud, publicadas, 05 anos após, no texto “Introdução ao Narcisismo”. Processo longo e complexo. É a própria forma de funcionamento do aparelho psíquico; “aquilo que o psiquismo pode e sabe fazer”.

7 É diferente; oposto da projeção
A INTROJEÇÃO É diferente; oposto da projeção Projeção = é mecanismo de defesa diante do desprazer; não é constitutivo Introjeção = é processo; é constitutivo; possui função defensiva diante do desamparo Único processo que produz algo na esfera psíquica: representações, fantasias e identificações, assim como a apropriação do sentido.

8 A INTROJEÇÃO E A APROPRIAÇÃO DO SENTIDO
“Objetivos” da Introjeção Apropriação do sentido Só pela Introjeção o objeto começa a “povoar” de representações o aparato psíquico. Objeto: suporte daquilo que visa a introjeção; ou sejam a apropriação das representações investidas das quais o objeto é portador. (...) trata-se de trazer para a esfera psíquica os sentimentos do objeto (Pinheiro, T. 1995, p.46).

9 A INTROJEÇÃO E A APROPRIAÇÃO DO SENTIDO
“Objetivos” da Introjeção Inserção do sujeito no universo simbólico A produção da fantasia (produção imaginária) Bases identificatórias; identificação por traço Constituir o aparato egóico (diferente de Freud, para quem o ego é constituído por identificação) Introjeta fantasia identifica

10 A INTROJEÇÃO E A APROPRIAÇÃO DO SENTIDO
“Objetivos” da Introjeção Incluir na esfera psíquica o diferencial prazer/desprazer (é o primeiro objeto introjetado que inaugura o sentido de prazer ou desprazer que ele carrega). Permitir uma concepção de inter-subjetividade desde o início, uma vez que os investimentos pulsionais são realizados pelo bebê desde os seus primeiros contatos com seu meio ambiente.

11 A INTROJEÇÃO E A NOÇÃO DE PULSÃO
Diferente de Freud! Ferenczi = não precisa da noção de apoio para explicar o conceito de pulsão, pois a introjeção não tem vínculo com a ordem somática. A introjeção resulta de uma extensão da pulsão sexual do ego para os objetos. Freud = precisa da noção de apoio, pois inicialmente, as pulsões sexuais se apóiam nas funções vitais (pulsões de auto-conservação) que lhes fornecem uma fonte orgânica, uma direção e um objeto.

12 A INTROJEÇÃO COMO AVESSO DA PULSÃO DE MORTE
Movimento de aglutinar, unir, apropriar, pasteurizar as diferenças, transformar o estranho e familiar; “fazer do outro eu mesmo”; na tentativa de amenizar o desamparo. = Funcionamento defensivo contra o desamparo ≠ Reverso da pulsão de morte!! *Relação com o conceito de narcisismo, o qual só foi organizado por Freud em 1914.

13 INTROJEÇÃO Obedece a uma ordem hierárquica de complexidade.
No momento da organização do aparelho psíquico, é como se existissem as introjeções possíveis e as introjeções impossíveis. Introjeções possíveis = sentidos passíveis de serem assimilados pela organização psíquica. Introjeções impossíveis = sentidos não passíveis de serem assimilados pela organização psíquica.

14 A INTROJEÇÃO IMPOSSÍVEL
Introjeção que não acontece; “a introjeção do agressor” Torok e Abraham = INCORPORAÇÃO Incorporação = marcas de acontecimentos que não podem ser dotadas de sentido no psiquismo; proibidas de serem ditas; “uma mentira que deverá ser escondida para sempre”, produzindo a clivagem psíquica.

15 A INTROJEÇÃO IMPOSSÍVEL
Incorporação ≠ recalque Incorporação - proibido de ser lembrado. “Não existe conversa”; “a palavra é enterrada”; não pode ser associada com nada. É o grito. É a expressão através do corpo, pois não há linguagem. Recalque - suscetível de ser lembrado. “Tem conversa” entre as instâncias; “a palavra corre” (sonhos, atos falhos).

16 A INTROJEÇÃO IMPOSSÍVEL
Não realização da introjeção Quando o objeto vem a faltar ou... Quando o objeto não possui as condições necessárias para servir de mediador... Fator etiológico do trauma

17 Até a próxima aula!!!