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O IFRJ E O CENTENÁRIO DA REVOLTA DA CHIBATA Brasil. Século XIX. Um mundo em que se enxergava aquele que era diferente do colonizador como coisa, objeto,

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1 O IFRJ E O CENTENÁRIO DA REVOLTA DA CHIBATA Brasil. Século XIX. Um mundo em que se enxergava aquele que era diferente do colonizador como coisa, objeto, propriedade. Contra o "outro" podia-se tudo: maus tratos, humilhações, exploração da capacidade de trabalho. Homens e mulheres se uniam por um mundo melhor e travavam batalhas que colocavam em xeque a sociedade excludente e violenta. Quilombos, fugas, capoeiras e revoltas. Vinte e dois anos depois da promulgação da Abolição, no ano de 1910, um grupo de marinheiros, cansados de viverem sob todos os tipos de constrangimentos moral e físico, na Marinha de Guerra do Brasil, protagonizou um importante levante chamado de REVOLTA DA CHIBATA. As reivindicações iam além do fim dos maus-tratos físicos. Exigiam progressão e crescimento profissional. A Revolta levou meses para ser organizada, até que no dia 22 de novembro de 1910, João Cândido, Francisco Dias Martins e outros marinheiros, com os encouraçados, navios de guerra de grande porte, voltados para a Capital Federal da República, o Rio de Janeiro, ameaçaram iniciar o bombardeio, caso suas reivindicações não fossem acatadas. O que estava sendo questionado era a forma como negros eram tratados nos porões e no pátio dos quartéis da Marinha de Guerra do Brasil. Mesmo passados vinte e dois anos após a Abolição, era comum, em represália a qualquer falta disciplinar, a correção com castigos tais como: prisão a ferros, palmatória, golilha e outros. No entanto, a que mais causava aversão aos marinheiros era a aplicação de chibatadas. O motivo estava na confirmação de que aquele trabalhador ainda estava sendo tratado como escravo. De um lado, uma maioria de marinheiros negra, do outro todos os oficiais brancos. Mais de sessenta nos depois, na década de 70 do século XX, Aldir Blanc ao compor "Mestre-Salas dos Mares", foi continuamente censurado sob o argumento do censor de que "o problema é essa história de negro, negro, negro". Para Blanc, aquelas palavras tinham atropelado, "não pelas piadas de tiziu, pudim de asfalto, etc, mas pelo panzer do racismo oficial". (Hélio Silva: 2000) Vale lembrar que esse era um período de ditadura militar e os antigos marinheiros haviam sido considerados "subversivos" por exigir mudanças na poderosa Marinha de Guerra do Brasil. No entanto, a postura desses brasileiros não era a de causar danos maiores, fizeram, sim, uma estratégia de negociação. Poderíamos contar muitas mais histórias nessa introdução, no entanto, o que o IFRJ pretende é atuar como interlocutor no processo de construção da reflexão sobre as relações raciais no nosso país, com seus diferentes Campi ações pedagógicas, de pesquisa e extensão, visando acurar o olhar, o sentir, com o compromisso de divulgar nossa história e cultura, compromisso expresso em nossa missão institucional e nas resoluções e orientações do MEC. No ano 2010, do século XXI, comemora-se o CENTENÁRIO DA REVOLTA DA CHIBATA, por isso desejamos realizar eventos que fujam do jargão tradicional das comemorações pontuais das efemérides, mas que, de fato, sejam o passo inicial para abordamos momentos importantes da nossa história e estabelecer um diálogo qualificado, em todos os níveis e modalidades de ensino, corroborando nosso compromisso institucional com uma educação de qualidade e que leve em conta a diversidade de nossa sociedade. Esperamos construir juntos este processo, por isso contamos com o empenho e a participação de todos os nossos Campi.


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