Gilson Carvalho HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA.

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2 Gilson Carvalho HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

3 A Saúde Coletiva perdeu o médico pediatra e especialista em financiamento de Saúde Gilson Carvalho, no dia 3 de julho de 2014. HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

4 Nascido em 1946 em Aracaju, Gilson de Cássia Marques de Carvalho cresceu em Campanha, Minas Gerais, cidade que considerava sua terra natal adotada, conforme citou em alguns dos artigos que escrevia. HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

5 Carvalho era formado pela Escola Federal de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e doutorado em Saúde Pública pela USP. Foi especialista ainda em Pediatria e Administração Hospitalar. HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

6 Exerceu medicina em Alfenas (MG), Jacareí e São José dos Campos. Na área pública atuou também como diretor estadual da Vigilância Epidemiológica na RMVale. Pelo Governo Federal, foi Secretário Nacional de Assistência à Saúde, diretor do Departamento do SUS e de Controle e Avaliação do Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social). HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

7 Em 2013, Gilson participou do debate ‘Para onde vai o SUS?’ na Escola Nacional de Saúde Pública. A fala de Gilson Carvalho também foi permeada por questionamentos sobre o futuro do SUS. Segundo ele, essa resposta depende de como serão enfrentados os desafios que são postos na atualidade; e eles não são poucos. “Envolvem questões práticas, e os profissionais da ponta do serviço nem sempre tem tempo para refletir”. HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

8 Gilson perguntou: “Cadê vocês? O que os intelectuais da academia estão fazendo para ajudar os profissionais da prática, amarrados com o cotidiano? Vocês precisam nos ajudar a construir o SUS!” HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

9 Ele criticou o mix de serviços público e privado e destacou que, “o SUS permite que toda vez que ele não for suficiente se busque o privado para complementá-lo, mas não para substituí-lo, como vem ocorrendo. Há uma promiscuidade nessa relação. Há um movimento mundial de terceirização, inclusive temos terceirizado com muita facilidade as responsabilidades, as culpas e, consequentemente, as soluções” HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

10 O Ministério da Saúde agregou mais um quadro à Galeria de Honra dos Sanitaristas do Ministério para Gilson Carvalho. Foi o 23º retrato a ser incluído na parede que já comporta fotografias de personalidades como Zilda Arns e Sérgio Arouca. HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

11 Na ocasião, o ministro Arthur Chioro, comentou que “Gilson foi responsável pela formação de várias gerações de médicos, inclusive pela minha. Foi uma pessoa que apoiava nossas ações com profundos valores éticos. Ele era um companheiro que já militava antes do SUS e merece pertencer ao grupo de referências que estão fazendo do Brasil um país que se compromete com mais vida e mais saúde” HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

12 Conhecido como um dos idealizadores do SUS, o médico defendia a participação social na formulação de políticas de saúde pública. O profissional é autor de diversos livros, trazendo várias contribuições nas áreas de pesquisa e ensino. HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

13 Gilson deixou uma grande lacuna no processo de formar opinião e informar aos governos locais e a sociedade brasileira sobre a necessidade de aumentar os recursos federais para viabilizar e tornar possível o cumprimento das promessas da Constituição de 1988 na área de saúde. HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

14 12 Semanalmente publicava a Domingueira, produção crítica sobre temas atuais. A última Domingueira reflete a síntese de seu pensamento e da luta travada por ele nos últimos 25 anos. HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

15 A última Domingueira: “O Sistema Único de Saúde que defendemos é aquele que busca: a UNIVERSALIDADE, EQUIDADE, INTEGRALIDADE, PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE, GESTÃO ÚNICA EM CADA ESFERA DE GOVERNO, CARÁTER PÚBLICO SEM SER ESTATAL… EM RESUMO: POVO COM SAÚDE, ATENDIDO COM QUALIDADE! No fim falta dinheiro para a saúde? Falta, não apenas por não ter, mas porque se perde na arrecadação, nos desvios e na corrupção. Quem presta o serviço corretamente, com dignidade e justiça, fica sem receber ou recebe atrasado e o valor recebido é um preço vil pelo serviço prestado! Os gestores públicos municipais, que buscam administrar com honestidade, ainda maioria, se perdem nas limitações financeiras que impossibilitam dar uma resposta eficiente à população” Gilson Carvalho, em 1º de junho de 2014 HOMENAGENS DO 11º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA

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