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Política como moralidade: A banalização da ética

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Apresentação em tema: "Política como moralidade: A banalização da ética"— Transcrição da apresentação:

1 Política como moralidade: A banalização da ética
Franklin Leopoldo e Silva

2 Introdução Hannah Arendt mostra que Eichmann, nazista encarregado de organizar o transporte de judeus para os campos de concentração: - não era um homem tomado pelo ódio, uma assassino frio. - Era apenas um funcionário do sistema que cumpria com eficiência as ordens, dando o melhor de si para que as coisas funcionassem da melhor forma possível na esfera de sua administração. - Tinha plena consciência de suas responsabilidades e desejava ascender na carreira e contribuir para o bem do Estado e da sociedade

3 Defesa: nada do que fez era contrário às leis então vigentes no Estado alemão.
Era apenas um elo na imensa cadeia burocrática e militar dotada de complexa funcionalidade.

4 A consciência está de algum modo presente em todos os atos, atuando operacional e reflexivamente.
- A consciência do ato: o sujeito pensar no faz e ser capaz de julgar os próprios atos. Esse tipo de juízo fazia Eichmann dos atos que praticava e das responsabilidades que assumia? - Julgava seus atos de modo determinado: condições de possibilidades, combinados com dados empíricos, para a produção de resultados objetivos = eficácia técnica.

5 Dentro dessa lógica, é possível produzir, de forma ordenada e estável, soluções para vários problemas de diversas ordens, inclusive a solução final. Nesse sentido, o mal pode ser uma realização técnico-científica que ocorre a partir dos critérios de evidência na sua adequação e eficiência na sua aplicação

6 Aplicação de regras produzidas pela racionalidade técnica:
Haveria apenas uma diferença de grau entre administrar uma repartição burocrática e organizar a morte de milhões de seres humanos Racionalidade técnica: juízo técnico determinante = conjunto de ações determinadas pelas condições de uma eficácia planejada e prevista Não há necessidade da reflexão para discernir o valor das ações e julgar o que seria melhor a partir de critérios objetivos e subjetivos.

7 Juízo reflexionante: - Princípio é a liberdade de produzir a norma que se considera aplicável à realidade. - O ato de julgar exclui a determinação estritamente mecânica ou funcional. - Capacidade humana: a liberdade de escolher, buscar e discernir critérios de valor - Instância subjetiva com alcance coletivo, comunitário.

8 A capacidade de julgar a partir de si mesmo, no interior de uma interação humana em que subjetividade e alteridade se constituem em regime de reciprocidade que se manifesta na comunidade humana.

9 A incapacidade de julgar não foi regra geral durante o período nazista, mas vem sendo algo como um modo de vida desde há muito tempo. O Ocidente estaria marcado por esta característica: - renúncia ao julgamento ao pensar comunitariamente - renúncia à dimensão pública do sujeito moral e político – o cidadão, na sua efetividade.

10 A política: Requisito: A disposição para o confronto das opiniões subjetivas, num procedimento que visa ao interesse da polis. O sujeito político é aquele cuja opinião subjetiva não está vinculada à defesa do interesse particular. A dimensão pública é desde o início o critério orientador.

11 Exigência do deslocamento: a consideração da opinião do outro em igualdade de condições com a sua própria opinião. Para compreendê-la. Requisito fundamental da democracia: Vínculo interno entre universalidade e singularidade - Condição da experiência política: relação entre subjetividade e alteridade. Intersubjetividade. - Cada um pode reconhecer-se no geral a partir de sua singularidade - A individualidade se define pelo vínculo comunitário e pela isonomia (Igualdade perante a lei) da palavra compartilhada. - Interligação entre autonomia e isonomia

12 A universalidade do juízo político
- ocorre a partir da relação dialógica entre os juízos singulares. - Universalidade de consenso Política ocorre entre os indivíduos, no espaço comum da vida pública.

13 Vida política: individualismo moderno e Estado como configuração de poder.
Impossibilidade: - O indivíduo é um ser abstrato: sem raiz na vida comunitária autêntica - Comunidade: agregado de elementos extrinsecamente relacionados por uma instância a quem o poder foi delegado ou transferido. - Situação de submissão: - A cidadania como ethos do mundo político se perdeu.

14 A política e a ética Ponto de vista ético: modernidade: a predominância dos interesses - O ser humano centro de gravidade moral no interesse (regulado pela razão ou acirrado). - Passagem da subjetividade à individualidade empreendedora. - Hegemonia da vida privada regida pelos padrões do individualismo possessivo. (a moral do interesse)

15 A transição da autenticidade para a inautenticidade na política
A defesa do interesse significa o desaparecimento da política.

16 Locke: a dimensão pública se identifica com a regulação e a articulação de interesses individuais (interesse individual anterior a sociedade). Vida em comum pensado como subsidio para a manutenção e o fortalecimento da vida individual Legitimação do interesse privado

17 Banalização da ética e o desaparecimento da política
O enaltecimento do interesse individual privado tem como conseqüência colocar em plano secundário o significado do interesse público. A impossibilidade da universalização concreta dos “direitos do Homem” esta ligado ao vetor individualista da experiência histórica moderna.

18 Manipulação ideológica e massificação
O coletivo não pode ser identificado como comunidade política, mas como identificação maciça com projetos de poder totalitário.

19 A rejeição ética da política
Configura a contradição em que vivemos O indivíduo como ser social, como condição histórica efetiva. A ruptura entre ética e política: ruptura entre indivíduo e sociedade e ruptura do indivíduo com ele mesmo. Dificuldade de o indivíduo reconhecer-se na sua identidade social e poder atuar como sujeito político

20 O grande triunfo da democracia formal e a condição de preservação do sistema consistem em induzir os indivíduos a praticarem a indiferença política como realização da liberdade individual

21 O recolhimento do indivíduo à sua individualidade coincide com a preservação do interesse privado e a manutenção das suas garantias A moralidade privada aparece como único critério de julgamento de qualquer conduta (inclusive as públicas)

22 Círculo - Nas suas ações os indivíduos não distinguem o interesse privado do interesse público - No julgamento dessas ações não se separa a esfera pública da vida privada - Conseqüência: não se tem conduta política nem se faz qualquer juízo político sobre as condutas

23 Quando a vida política é autêntica, sua moralização é desnecessária porque o verdadeiro sentido da vida pública esta na reciprocidade entre ética e política Quando a vida política é inautêntica, sua moralização é inútil porque a quebra de reciprocidade compromete o sentido dos dois elementos e de sua vinculação intrínseca

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