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Efetividade da Promoção da Saúde no Espaço Urbano

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Apresentação em tema: "Efetividade da Promoção da Saúde no Espaço Urbano"— Transcrição da apresentação:

1 Efetividade da Promoção da Saúde no Espaço Urbano
Resultados Preliminares do Programa das Academias da Cidade na Redução das Iniquidades Intra-Urbanas Waleska T. Caiaffa Professora Titular de Epidemiologia e Saúde Pública Observatório de Saúde Urbana Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais

2 Introdução

3 As doenças crônicas são evitáveis ​​e passíveis de intervenções no ambiente físico e social, que são capazes de promover a adoção de hábitos e comportamentos saudáveis A prática regular de atividade física no lazer (AFL) é um determinante importante da saúde Os índices de sedentarismo observados na população mundial e no Brasil são alarmantes (OMS, 2005) (OMS, 2010) No Brasil a prevalência de sedentárismo varia de 55,3% a 96,7% (Hallal, et. al., 2007)

4 Programa das Academias da Cidade
No Brasil, a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) inclui a promoção de atividades físicas na agenda nacional Tem se observado um crescimento das iniciativas de larga abrangência populacional, sob a forma de programas e campanhas em prol de estilos de vida mais ativos Programa das Academias da Cidade Pouco se sabe sobre a efetividade das intervenções comunitárias para a promoção da atividade física (Hallal, et. al., 2009)

5 ARCABOUÇO CONCEITUAL DA SAÚDE URBANA
Caiaffa et al, 2008

6 Objetivo

7 Objetivo geral Objetivo específico
Caracterizar os estilos e modos de vida da população com vistas ao desenvolvimento e implantação de propostas de intervenção que contribuirá para qualidade de vida geral (Estudo Saúde em Beagá) Objetivo específico Avaliar o impacto da implementação das Academias da Cidade na redução das disparidades de saúde para DCV Informações: Atividade física no lazer (AFL), características sócio demográficas, hábitos e comportamentos, relacionados à saúde e suporte social

8 Métodos

9 Projetos Saúde em Beagá
Bem-estar dos adolescentes Move-SE Material, subjetivo, saúde e segurança, educação, comportamentos e relacionamentos Estilo de vida, obesidade, dieta e atividade física Determinantes sociais Vizinhança, ambiente físico e capital social

10 População de estudo 1º. Estudo: Inquérito domiciliar
As entrevistas foram realizadas durante o período de agosto de 2008 a fevereiro de 2009 Belo Horizonte

11 Amostragem por conglomerados em 3 estágios
Estratificada pelo Índice de Vulnerabilidade à Saúde (IVS) * 1º estágio: Sorteio setores censitários (SC) 2 º estágio: Sorteio domicílios 3 º estágio: Sorteio moradores Academia Vila Leonina Academia Amilcar Viana Academia Milionários Academia Vila Pinho

12 IVS - Descrição e detalhamento dos indicadores
F onte de Indicadores Informação Peso Descrição 0, 5 1 - P e r c n t u a l d o m i í s p b á g q ou ausente S , 00 2 esgotamento sanit ário n a d e q u o ou ausente 0, 50 3 - P r c t l m i í s p destino do lixo de forma Total=2,00 Habitaç ão , 75 4 Percent al d e domic ílios improvisados no setor censitário 0,25 5 Raz ão de moradores por domic ílio Total= 1 ,00 Educaç 6 Percentual de pessoas analfabetas 0,50 7 Percentual de chefes de fam ília com menos de 4 anos de estudo 2 Renda 8 ília com renda de at é 2 al ários m nimos 1 , 5 9 - Renda m é dia do chefe de fam ília (invertida) Total=2,00 Sociais/ S a úde 0, 25 10 - Coeficiente de óbitos por doenças cardiovasculares em pessoas de 30 a 59 anos 1,50 1 1 - Ó bitos p ropor cionais em pessoa s com menos de 70 anos de idade 0, 25 1 2 - Coeficiente de óbitos em menores de 5 anos de idade 1 ,00 1 3 - Pr o porç ão de chefes de fam ília de 10 a 19 am os Total= 3 ,00 Fonte: PBH/SMSA/GEEPI, 2003

13 Distribuição das áreas de IVS por setores censitários
RISCO 2003 Nº setores 2.563 média 2,83 mediana 2,86 desvio padrão 0,99 mínimo 0,25 máximo 6,86 percentil 25 2,06 50 2,86 75 3,47 Fonte: PBH/SMSA/GEEPI, 2003

14 Critério para seleção dos setores censitários
Proximidade com as Academias da Cidade Academia Vila Leonina Academia Amilcar Viana Academia Milionários Academia Vila Pinho

15 2º Estudo: Participantes das Academias de Saúde
Academias da Cidade Espaços públicos com infra-estrutura: - avaliação e orientação da prática de atividade física e nutricional - promoção da saúde no cotidiano da população Adoção de estratégias de redução dos fatores de risco para as doenças crônicas e suas complicações Priorização para áreas de maior vulnerabilidade à saúde (PBH, 2008)

16 Participantes da Academia da Cidade - Milionários
Por solicitação da comunidade no Orçamento Participativo 2003/2004 Espaço físico disponibilizado para recreação e prática esportiva (Jun/2007) Início das atividades (Mar/2008) Critério de inclusão para participação no estudo: Livre demanda (procura espontânea) Encaminhamento pelas Unidades Básicas de Saúde do distrito sanitário 16

17 Academia da Cidade

18 319 indivíduos com idade > 18 anos
Indivíduos incluídos no estudo 1º. Estudo: Inquérito domiciliar 2º Estudo: Participantes das Academias de Saúde 148 setores censitários 5436 domicílios elegíveis 4048 domicílios participantes 4048 indivíduos com idade > 18 anos 1042 adolescentes (11 a 17 anos) 319 indivíduos com idade > 18 anos

19 Análise dos dados Foi realizada uma análise estratificada por grupos de acordo com a proximidade da Academia e a classificação do IVS Análise descritiva das variáveis - Atividade física (AF); sócio-demográficas; hábitos e comportamentos; relacionadas à saúde e suporte social da atividade física Associações entre AF e as variáveis estudadas foram investigados utilizando o modelo de Poisson com variância robusta As análises foram realizadas considerando os pesos amostrais e utilizou-se STATA (V.10.0)

20 Índice de vulnerabilidade à saúde (IVS)
Indicador composto por informações que traduzem as desigualdades intra-urbanas (saneamento, habitação, saúde/sociais, educação e renda) Classificação IVS Baixo <2,33 Médio 2,33-3,31 Alto 3,32-4,31 Elevado >4,31

21 Grupos de estratificação
Definidos a partir da distância em relação à Academia do Milionários e o IVS ACADEMIA < 1000 m n = 713 ACADEMIA > 1000m e maior NSE* n = 1832 menor NSE* n = 1571 Adultos residentes a mais de 1000 metros da Academia e com IVS classificado como Alto e Elevado Indivíduos pertencentes à Academia + Adultos residentes a menos de 1000 metros da Academia Adultos residentes a mais de 1000 metros da Academia e com IVS classificado como Baixo e Médio * NSE – nível sócio-econômico

22 Nível de atividade física no lazer
Obtido foi por meio da versão longa do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) Os indivíduos foram classificados como ativos segundo as recomendações atuais vigentes: Prática de pelo menos 150 minutos por semana de atividade física (AF) moderadas e/ou 60 minutos por semana ou mais de AF vigorosas no seu tempo livre. Craig et al., 2003; CELAFISCS, 2010

23 Suporte social da atividade física
Escore formado a partir de três indicadores: - Recebe incentivo de amigos e/ou familiares para praticar AF - Pode contar como uma carona ir até o local para praticar AF - Tem pelo menos um amigo e/ou familiar que pratica AF Escore Suporte social da AF Nenhum 1 Baixo 2 Médio 3 Alto

24 Resultados

25 Variáveis sócio-demográficas, de hábitos e comportamentos e de saúde – n=4367, Belo Horizonte/Brasil, % Academia (n=319) % Saúde em Beagá (n=4048) Regional Barreiro - 58,6 Oeste 41,4 IVS * Baixo 3,3 21,9 Médio 76,7 38,7 Elevado 18,7 32,0 Muito elevado 1,3 7,4 Média (IC 95%) 3,08 (3,03-3,13) 3,02 (2,93-3,10) * valor-p<0,05

26 Variáveis sócio-demográficas, de hábitos e comportamentos e de saúde – n=4367, Belo Horizonte/Brasil, % Academia (n=319) % Saúde em Beagá (n=4048) Sexo * Feminino 88,1 54,1 Idade * 18 -34 11,3 42,0 35-54 48,9 36,5 ≥ 55 39,8 21,5 Estado civil * Com parceiro 66,8 51,5 Raça Branca 43,6 39,6 Anos de estudo * ≥ 9 anos 38,9 57,9 Renda¹ * ≥ 5 sm 22,4 34,4 ¹salário mínino: 465,00 * valor-p <0,05

27 % Academia (n=319) % Saúde em Beagá (n=4048)
Continuação % Academia (n=319) % Saúde em Beagá (n=4048) Consumo de fruta * ≥ 5 vezes/semana 67,7 49,9 Consumo de verdura * 84,9 77,8 Fumo atual * 5,3 18,5 Sobrepeso (IMC ≥ 25 kg/m²) * 72,6 51,2 Suporte Social da AF Nenhum 7,2 16,9 Baixo 22,9 25,1 Médio 36,0 34,5 Alto 33,9 23,4 Percepção de saúde * Boa/Muito boa 58,9 69,2 Razoável 32,3 24,9 Ruim/Muito ruim 8,8 5,9 Plano de saúde * 39,5 46,4 Atividade física * Ativos (>150min/sem) 84,3 29,4

28 Distância em relação à Academia do Milionários
Saúde em Beagá < 1000 metros da Academia 261 (87,0%) 459 (9,2%) > 1000 metros da Academia 39 (13,0%) 3589 (90,8%) Total 300 4048 Academia Milionários & 19 indivíduos da academia não puderam ser georeferenciados

29 Descrição do IVS e os grupos de estratificação (n=4116)
Belo Horizonte, Brasil, * ACADEMIA < 1000 m ACADEMIA > 1000m Menor IVS Maior IVS Total n =713 n=1832 n=1571 n=4116 IVS Baixo 2,4 37,7 - 20,9 Médio 71,9 62,3 39,0 Elevado 25,6 81,1 32,8 Muito elevado 0,1 18,8 7,3 Média (IC 95%) * 3,1 (2,9-3,3) 2,4 (2,3-2,5) 3,8 (3,7-3,9) 3,0 (2,9-3,1) *254 indivíduos excluídos da análise: 19 indivíduos da academia não puderam ser georeferenciados e 235 não têm informação para a variável relacionada à prática de atividade física. * valor-p<0,05

30 Variáveis sócio-demográficas, hábitos e comportamentos, relacionadas à saúde e suporte social da AF e grupos de estratificação (n=4116), Belo Horizonte, Brasil, * ACADEMIA < 1000 m n=713 ACADEMIA > 1000m e Menor IVS n=1832 Maior IVS n= 1571 Total n=4116 Sexo % Feminino 58,1 54,9 53,1 54,4 Idade % 18 -34 43,2 38,1 46,4 41,6 35-54 38,9 36,8 34,9 36,2 ≥ 55 17,9 25,1 18,7 22,2 Estado civil % Com parceiro 54,5 49,3 56,6 51,7 Raça % Branca 42,4 48,2 26,9 39,7 Anos de estudo % ≥ 9 anos 59,4 68,5 40,1 57.0 Renda¹ % ≥ 5 sm 25,8 45,6 14,0 33,7 *254 indivíduos excluídos da análise: 19 indivíduos da academia não puderam ser geo-referenciados e 235 não têm informação para a variável relacionada à prática de atividade física. ¹salário mínino: 465,00

31 ACADEMIA < 1000 m n=713 ACADEMIA > 1000m e Menor IVS n=1832
Continuação ACADEMIA < 1000 m n=713 ACADEMIA > 1000m e Menor IVS n=1832 Maior IVS n= 1571 Total n=4116 Consumo de frutas % ≥5 vezes/semana 50,3 57,1 39,3 49,8 Consumo de verduras % 81,8 80,1 72,6 77,3 Fuma atual % 13,9 17,6 19,3 18,0 Sobrepeso % 11,8 15,1 21,2 17,2 Suporte Social da AF % Nenhum 18,8 26,0 25,3 Baixo 39,4 35,8 31,6 34,4 Médio 30,0 23,1 21,9 Alto 67,2 72,5 63,9 68,9 Percepção de saúde % Boa/Muito boa 27,5 22,4 28,4 25,0 Razoável 39,1 56,5 45,8 Ruim/Muito ruim 5,3 5,1 7,7 6,1 Plano de saúde %

32 Atividade física e grupos de estratificação (n=4116) Belo Horizonte, Brasil, 2008-2009

33 Análise multivariada entre AF e fatores individuais (n=4116)
Belo Horizonte/ Brasil, ACADEMIA < 1000 m n=713 ACADEMIA > 1000m e Menor IVS n=1832 >1000m e Maior IVS n= 1571 RP IC 95% Sexo feminino - 0,7 0,5-0,8 0,6 0,5-0,9 Idade (Ref=18-34 anos) 0,5-1,0 55 + 0,4-0,9 Com parceiro 0,8 0,6-0,9 Anos de estudo ≥ 9 anos 1,3 1,1-1,7 Renda > 5 sm 1,1-1,6 Frutas ≥ 5x/semana 1,8 1,2-2,8 1,4 Verduras ≥ 5x/week 1,9 1,3-2,6 Fumo atual Suporte social AF (Ref=Nenhum) Baixo 1,2 0,7-1,6 2,0 1,2-3,3 Médio 1,5 1,1-2,2 2,4 1,6-3,8 Alto 1,6 1,2-2,3 1,5-3,8 Percepção de saúde (Ref=Muito/bom) Razoável 0,4-0,8 Ruim/Muito ruim 0,4-1,3 0,5 0,3-0,9

34 Discussão e Conclusão

35 A prevenção primária das DCV é dependente da redução efetiva dos maiores fatores de risco para as DCV, particularmente controle do tabaco e mudanças no estilo de vida (AF e dieta) A estratégia da triagem do alto-risco (high risk approach) tipicamente aumenta as iniqüidades SE Redução absoluta X redução relativa

36 Diferenças sociais são observadas na dieta, tabaco e AF
AF maior em melhor NSE, dieta melhor, maior escolaridade A percepção da importância do Programa da Academia da Cidade para a comunidade foi maior nas regiões mais pobres da cidade Intervenções direcionadas aos indivíduos X intervenções estruturais (social e físico) Intervenções estruturantes/estruturais = redução das iniqüidades sociais Iniquidades sociais e de saúde são ubíquas e intervenções para reduzir DCV podem ter efeitos diferenciais com alguns grupos populacionais obtendo efeitos melhores ou maiores Simões, et. al., 2009

37 Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
November 1-5, 2011 Urban Health action toward equity Ministério da Saúde Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte


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