Um outro mundo possível. Duas utopias urgentes para o século XXI.

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1 Um outro mundo possível. Duas utopias urgentes para o século XXI

2 Estamos numa encruzilhada. A dinâmica da economia e a razão técnico-científica que fundamentam o mundo globalizado nos conduziram a uma encruzilhada: Como garantir a sustentabilidade da terra? Como promover uma a solidariedade e fraternidade entre todos os povos?

3 I. A questão ecológica. Diante do avanço tecnológico e da sociedade de consumo......... Se impõe a utopia de salvaguardar o planeta Terra.... E dessa vez não haverá uma “Arca de Noé” para salvar alguns escolhidos: não há escolha ou alternativa, ou no salvamos todos ou perecemos todos.

4 1.1. O paradigma ecológico. Exige um novo olhar para a natureza. Diferente da perspectiva da produção e do consumo. Um novo olhar que supere a visão utilitarista da natureza. Uma olhar que exige repensar a nossa sociedade de consumo.

5 II. A unidade da família humana. Exige a superação da separação entre: Aqueles que se beneficiam dos avanços tecnológicos e da biotecnologia e dispõem de todos meios de bem-estar. E aqueles que vivem em um contexto perverso de pobreza, miséria e exclusão social.

6 2.1. O capital globalizado. É em parte responsável pelo fosso que separa povos e nações. Tudo é feito mercadoria desde o desejo de acumulação desenfreada de riquezas em detrimento da devastação da natureza e do empobrecimento da vida humana.

7 2.2. A unidade na pluralidade. A utopia da família humana exige: O respeito pelo outro em sua irredutível diferença (étnica, social, cultural, religiosa, econômica, política,..) A tolerância. A solidariedade irrestrita. Enfim... o querer sair de si mesmo para pensar no outro.

8 III. A utopia e suas possibilidades, hoje. Por que buscar utopias? Porque nossas vidas estão marcadas pela dor, pelo sofrimento, pela injustiça e por sistemas que nos desumanizam. A utopia é um lugar ideal, onde nossas necessidades, desejos e anseios são satisfeitos, no qual podemos viver em harmonia e em paz

9 3.1. Um outro mundo, aqui e agora. Um lugar no qual possamos ser pessoas melhores, no qual possamos ter uma sociedade mais justa, em paz, que promova uma vida mais harmoniosa. Essa utopia não pode estar pensada em um futuro para além da realidade; é preciso que se concretiza em nosso cotidiano histórico.

10 IV. Uma virada civilizatória. A globalização do mercado e a hegemonia científico- tecnológica em questão.

11 Um momento singular. Hoje, após anos de hegemonia, esse sistema socioeconômico-político começa a ser questionado em seus pressupostos antropológicos e éticos. Para muitos, o atual radicalismo neoliberal tem poucas chances de sobrevivência, abrindo espaço para novas metas solidárias.

12 Uma crise de proporções planetárias. Exige uma nova sensibilidade: “O progresso de uma civilização se mede pelo aumento da sensibilidade para com o outro”. A educação é chamada a participar de maneira efetiva na salvação de vidas humanas concretas.

13 A educação como êxodo de si mesmo. Trata-se da educação para a alteridade, para o sair de si mesmo. Diz respeito à educação do desejo de atenção e de cuidado... A sensibilidade para com o outro.

14 Portanto......educação para a sensibilidade social significa, ao mesmo tempo, aquisição de hábitos comportamentais e desenvolvimento da capacidade de prestar atenção no outro que nos interpela desde nossos contextos.

15 Por último, uma questão: Tudo aquilo que é......economicamente viável.... e tecnologicamente possível,...é eticamente admissível ?