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DCP 2006 MESTRADO EM EDUCAÇÃO MULTIMÉDIA Educação Multimédia II Ano lectivo de 2005-2006 2º Semestre.

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1 DCP 2006 MESTRADO EM EDUCAÇÃO MULTIMÉDIA Educação Multimédia II Ano lectivo de 2005-2006 2º Semestre

2 DCP 2006 Capítulo 4 Ciência - Sociedade

3 DCP 2006 Principais aspectos a abordar A Emergência de um Novo contrato entre a Sociedade e a Ciência (4.1) A Influência da Ciência na Sociedade (4.2) O impacto da Ciência na mudança da maneira como vivemos (4.2.1). O impacto da Ciência na Saúde (4.2.2). O impacto da Ciência na Defesa (4.2.3). O impacto da Ciência na Política (4.2.4). Influência da Sociedade na Ciência (4.3): O impacto da Globalização, da mudança de Economia e da mudança da Sociedade sobre a Ciência (4.3.1). Repensar a Ciência em face do nova relação entre a Sociedade e a Ciência (4.3.2): Modo 2 de produção Científica (4.3.2.1). Modos 3 de produção Científica (4.3.2.2). A Ciência Conectada ou em Rede (4.3.2.3).

4 DCP 2006 Repensar a Ciência em face do papel do Sujeito Epistémico (4.3.3): As Culturas Epistémicas (4.3.3.1). A Cognição Distribuída (4.3.3.2). A necessidade contemporânea de um conhecimento global (4.3.4): A solução da Transdisciplinaridade (4.3.4.1). A solução da Migração Conceptual (4.3.4.2). A necessidade de um conhecimento Socialmente Robusto (4.3.5). A ligação com a Natureza: o Conceito de Sustentabilidade e a Ciência da Sustentabilidade (4.4). A ligação com a Técnica e com o Poder: O Modelo de Tripla Hélice para as relações Universidade – Indústria - Governo (4.5). A avaliação da Ciência numa perspectiva social (4.6). O Financiamento da Ciência (4.7). O Construtivismo Sócio Científico (4.8).

5 DCP 2006 4.1 O novo contrato social da Ciência com a Sociedade - Gibbons (2005) Na era Industrial Existia um contrato social entre a Ciência e a Sociedade. A Investigação Científica era financiada pela Sociedade. E as instituições científicas (Universidades) forneciam à Sociedade os resultados dessa investigação - o conhecimento público e o treino de novas gerações de cientistas. Sociedade vista como um receptor submisso (Ciência Sociedade) Na Sociedade de Informação Passa a existir um diálogo com entre a Ciência e a Sociedade Modo 2 de Produção Científica conhecimento contextualizado e robusto – válido na prática social que ultrapassa as fronteiras disciplinares, salvaguardando o Ambiente e tentando optimizar as relações com o Poder e a Indústria produzido informalmente, através de redes de comunicação (Internet).

6 DCP 2006 Um pouco artificialmente, podemos separar: a influência da Ciência na Sociedade (efeito das ideias científicas na Sociedade); da influência da Sociedade na Ciência (possível origem social das ideias científicas). A Sociedade não é só uma consumidora de Ciência e dos produtos baseados nela; a Sociedade também produz múltiplos impactos na comunidade científica e no mundo industrial.

7 DCP 2006 4.2 A influência da Ciência na Sociedade Existe um movimento contínuo, de produtos, processos e ideias do domínio da Investigação e Desenvolvimento (I&D) para o tecido empresarial, que importa manter na crista da onda da inovação científica, numa sociedade caracterizada, como vimos, por uma Economia do Conhecimento (Schumpeter, 1942), constituindo a manutenção da qualidade de tal fluxo a principal preocupação de várias instituições, entre as quais as Universidades.

8 DCP 2006 O impacto da Ciência na mudança da maneira como vivemos Basta-nos imaginar um dia normal… o tocar do despertador, consequência da observação das leis do pêndulo; a água que utilizamos, cuja consideração da pressão atmosférica permitiu construir bombas que elevam a água a reservatórios donde é distribuída por um sistema de canalização ao domicílio. o aquecimento da água para o banho ou para o café, potenciado pela queima de gás canalizado ou em botija, provavelmente proveniente da destilação fraccionada do petróleo ou da libertação de calor devido ao efeito da passagem de uma corrente eléctrica por uma resistência (efeito Joule). a roupa que vestimos, o transporte que utilizamos …tudo isto são produtos da aplicação de princípios científicos sofisticados.

9 DCP 2006 O Impacto da Ciência na Saúde Aumento da esperança de vida dos cidadãos, especialmente nos países desenvolvidos, devido aos progressos da medicina e das tecnologias associadas: à cirurgia, aos meios auxiliares de diagnóstico (como análises clínicas e imageologia médica recorrendo aos Raios X, Ultra Sons e Ressonância Magnética Nuclear) e às terapias (fisioterapias, radioterapias, quimioterapias) das quais se destaca o recurso preventivo ou curativo de medicamentos. São exemplo: a invenção da vacina, o combate à febre e à dor resultante da observação das virtudes analgésicas e antipiréticas da casca do salgueiro.

10 DCP 2006 O Impacto da Ciência na Defesa A Ciência desenvolve-se de uma forma muito acelerada sob pressão das necessidades de defesa, principalmente em tempo de guerra, devendo-se a essas circunstâncias o desenvolvimento de dispositivos que se vêm a revelar muito úteis em tempo de paz. Como exemplos recentes e destacados deste estado de coisas podem citar-se a propulsão por jacto, o radar e a energia nuclear.

11 DCP 2006 O impacto da Ciência no Estado e noutras Instituições Hoje, as características da produção do conhecimento científico e principalmente a sua relação com o poder, seja do Estado, seja de outras instituições, é muito diferente. Estamos perante um novo tipo de conhecimento: holístico e não fragmentado, contextualizado, orientado para a missão e resultante da interdisciplinaridade, multidisciplinaridade e até, da transdisciplinaridade. Como resultado, os centros de decisão deslocam-se para a Praça Pública – internet - e escapam ao poder censório das instituições.

12 DCP 2006 O papel das instituições e muito especialmente do Estado perante esta nova concepção da Ciência e dos mecanismos da sua produção será então: Por um lado o de erradicar os males que lhe estão diagnosticados (Hills, 2002): a fragmentação do conhecimento, a referenciação Interna, o peer review, o cronismo, a corrupção social, a ausência de contexto, a fuga à realidade, a objectividade levada ao extremo, a desumanização da Ciência, as atitudes autoritárias relativamente ao conhecimento e ao sucesso, etc. E por outro fomentar um conhecimento holístico, conduzido pelo contexto, uma Investigação orientada para a missão e não para o céu azul, o trabalho de equipa e não individual, publicações com muitos autores, as bases de conhecimento heterogéneas, o pensamento divergente, a prática de uma filosofia reflexiva em vez da de afirmações objectivas e autoritárias, o estímulo de um certo pragmatismo baseado no princípio de acção inteligente e a tentativa de projectar a Ciência fora da Academia, promovendo a divulgação da Ciência e a literacia Científica.

13 DCP 2006 4.3 A influência da Sociedade na Ciência O impacto da Globalização sobre a Ciência A globalização é uma tendência incontornável da Sociedade actual, que se caracteriza por uma economia orientada pela procura, num mercado global, competitivo e com exigências de flexibilidade. Consequências da globalização e de uma forma geral da Sociedade contemporânea na Ciência e Tecnologia Necessidades crescentes e permanentes de Investigação e Desenvolvimento Aumento do papel das pessoas (individualmente ou em grupos informais) na produção de conhecimento. Praça pública ou Ágora, potenciado pela internet, onde a Ciência encontra o público e o público responde à Ciência.

14 DCP 2006 Repensar a Ciência em face da nova relação entre a Sociedade e a Ciência A importância do contexto e a pressão da economia: o Modo 2 de produção Científica Gibbons, Nowotny e Scott no The New Production of Scientific Knowledge referiram a necessidade de mudança de um Modo 1 para um Modo 2 de produção científica, devido às exigências de crescente contextualização e socialização do próprio conhecimento. Referem que uma proporção muito significativa do conhecimento científico era gerada por aplicações (e não apenas por curiosidade), estando portanto profundamente ligadas ao contexto e aos aspectos sociais desse contexto (Modo 2) e não exclusivamente ao conteúdo (Modo 1). A Ciência não pode ser considerada como um espaço autónomo claramente demarcado da Sociedade, da Cultura e da Economia.

15 DCP 2006 O Modo 2 de produção de conhecimento científico e tecnológico : foca-se no contexto e nas pessoas, o que contrasta com o processo convencional designado por Modo 1, centrado nas instituições. em aplicações, particularmente inovações (em vez da simples curiosidade que impulsionaria o Modo 1) Recorre à transdisciplinaridade para a resolução dos problemas, ao contrário do modo 1 caracterizado por um ambiente disciplinar e académico e caracteriza-se por um sistema de propagação que é uma rede informal de interacções e comunicações que ignora as barreiras institucionais (Internet)

16 DCP 2006 O Modo 1 corresponde a uma Sociedade Científica orientada para a explicação, muito sensível à autoridade académica, contida na disciplina académica, obcecada pelo rigor científico e sujeita a inibições causadas pelo medo de errar, que produz um conhecimento baseado em explanações ex-post. O Modo 2 corresponde a uma Sociedade Científica orientada para a solução, conduzida pela exploração das oportunidades emergentes da tecnologia e do mercado e produzindo o novo conhecimento como resultado da resolução dos problemas. Gibbons, Nowotny e Scott vêm mais tarde proclamar interdependência entre estes dois modos de produção de conhecimento e mesmo a simbiose entre eles, referindo que deveriam, co-desenvolver-se para benefício mútuo.

17 DCP 2006 O Modo 3 É referido na literatura a existência de outros modos de produção de Conhecimento que contrastam com o Modo 1 e 2, que embora sob a mesma designação, Modo 3, tratam de conceitos completamente diferentes Modo 3 à Japonesa: o Modo de Produção Científica controlado pelo Conhecimento Tácito - relacionado a gestão Modo 3 à Escandinava: o Modo de Produção Científica Orientado para o Futuro – relacionado com a necessidade de inovação

18 DCP 2006 MODO 1 Orientado para a explicação MODO 2 Orientado para a solução MODO 3 Orientado para o futuro Pontos Fortes Construção de conhecimento sólido, ex-post, baseado no porquê. Produção de soluções viáveis, que respondem ao mercado Criação de inovações radicais que se antecipam ao mercado Base Cultura Académica, disciplinas especializadas Ideal ingénuo de parques tecnológicos technological fixes Estandardização antecipada: Definir tecnologias com 10 a 20 anos de antecipação Dificuldades Predição caso a caso, difícil Não se adaptar à competição inovativa da Economia do Conhecimento Falhanço estrondoso perante uma possível ruptura paradigmática A Ciência Contemporânea prevê co-existência de três modos de produção científica, dependendo a sua escolha do problema que se tenha em mãos.

19 DCP 2006 Consequências de uma Ciência Conectada ou em Rede Nova forma de pensar e de agir, que se aplica a todas as estruturas em rede, podendo transferir-se, muitos dos conhecimentos entre diferentes aplicações das redes. Barabasi (2002) introduz a A Nova Ciência das Redes e as suas propriedades matemáticas. A ideia chave é que para a actuação sobre uma rede é preciso a identificação dos seus centros mais conectados, os hubs ou simplesmente centros, até porque a remoção de nodos traz consequências completamente diferentes para a rede se forem afectados centros ou não. O autor realça o reducionismo que caracterizou a Ciência do século XX, enchendo a Sociedade de especialistas mas não formando quase ninguém com perfil generalista nem multidisciplinar.

20 DCP 2006 A Diminuição do Tamanho do Mundo pelas Redes Segundo Duncan Watts (2003) a realidade social, e concretamente a actividade científica, tem que ser compreendida tanto pela maneira como as pessoas se ligam, em que cada vez mais são ultrapassadas as convencionais barreiras disciplinares, como pela maneira como se comportam, em que se destacarão comportamentos, mesmo quando estritamente disciplinares, cada vez mais regulados por sinergias multidisciplinares. A Análise do Discurso nas Redes (DNA-Discourse Network Analysis) É a metodologia que procura estudar os diferentes modos de comunicação produzidos e relacioná-los com diferenças sociais. Segundo Hey e Cohen (2001), a grande utilidade do DNA é melhorar a capacidade de trabalhar em diferentes sítios de produção de conhecimento, caracterizar o processo da construção do conhecimento e a formação das cadeias de novo conhecimento.

21 DCP 2006 Repensar a Ciência em face do papel do Sujeito Epistémico Existem duas posições antagónicas e dominantes no campo da definição do Sujeito epistémico: uma que pode chegar a fazer perder essa qualidade aos intervenientes humanos (Culturas Epistémicas). e outra que apenas admite uma partilha da cognição com artefactos e através destes últimos com outros intervenientes humanos (Cognição Distribuída).

22 DCP 2006 As Culturas Epistémicas Segundo Karin Knorr-Cetina (1999), a diferentes Ciências correspondem diferentes culturas que designa por culturas epistémicas, na medida em que o sujeito epistémico pode passar a ser a experiência e deixar de ser o experimentador. Refere como exemplos contrastantes: o caso da Física de Altas Energias, em que centenas de cientistas desempenham um papel muito limitado e especializado nas experiências, não chegando nenhum deles, nem ninguém, a ter consciência da totalidade dos eventos, sendo essa consciência até certo ponto assumida, segundo a autora, pela experiência ou por uma consciência colectiva que dela emerge. e o caso da Biologia Molecular em que os Cientistas se mantinham como sujeitos epistémicos primários

23 DCP 2006 A Cognição distribuída Giere (1998) recorre ao conceito de cognição distribuída para justificar a heterogeneidade das práticas científicas A cognição distribuída é um conceito que designa a partilha dos modelos mentais dos experimentadores com outras entidades (equações, programas de computador, planos, etc.), artefactos (instrumentos, máquinas, modelos, etc) ou outros sujeitos, sem o fazer perder o controlo sobre o processo cognitivo. Contraria a posição de Knorr-Cetina no que se refere à atribuição da qualidade de sujeito epistémico a uma entidade impessoal como a experiência. Este exagero é temperado pelo conceito de cognição distribuída que pode ser feita entre os investigadores e os artefactos que são no fundo uma extensão das suas capacidades e não propriamente por uma entidade irreal como a experiência.

24 DCP 2006 A necessidade e oportunidade contemporâneas de um conhecimento global A solução da Transdisciplinaridade é um conceito de alto nível produzido pela ligação de várias disciplinas a partir dos níveis mais baixos de interdisciplinaridade e multidisciplinaridade e envolve, não só a ligação, como a fusão entre disciplinas completamente diferentes, que requerem diferentes níveis de conceptualização e de resolução de problemas. refere-se a um processo de produção de conhecimento em rede e capaz de fornecer respostas a problemas que escapam ao modelo linear pode ser concretizada na Internet que é o meio mais adequado para se desenvolver a partir de servidores disciplinares adequados e de motores de busca eficientes

25 DCP 2006 Segundo Koizumi (1999) a multi e interdisciplinaridade interpretam-se bidimensionalmente, de acordo com a figura:

26 DCP 2006 Para a transdisciplinaridade propõe uma representação tridimensional

27 DCP 2006 A Solução da Migração Conceptual Migração de conceitos nómadas de uma Ciência para a outra sem alteração substancial das regras disciplinares grãos de areia transportados pelos cientistas na sua deambulação pelas várias práticas disciplinares Solução mais consonante com uma visão disciplinar, convencional da Ciência Estas operações de migração conceptual têm, no entanto, sucessos diferentes, produzindo por vezes nas ciências acolhedoras verdadeiros conceitos a que estão ligadas práticas científicas reais e outras vezes a meras metáforas esvaziadas de sentido prático, para não dizer mesmo jogos de palavras

28 DCP 2006 A necessidade de um conhecimento Socialmente Robusto Com o processo actual de produção do conhecimento, por um lado mais socialmente contingente, mas também cada vez mais conectado e distribuído, atendendo também ao facto de o público em geral, que cada vez mais participa na Ágora Científica, dever ser cada vez mais cientificamente literado, Nowotny pensa que a fiabilidade não chega e que é preciso contextualizar o conhecimento científico, dotando-o assim do que chama robustez social e evitando o que chama a armadilha da objectividade. Interfaces entre público e Cientistas abertas recentemente, têm-se revelado muito férteis na criação de conhecimento novo e robusto nesses espaços híbridos

29 DCP 2006 4.4 A ligação com a Natureza: O conceito de Sustentabilidade e a Ciência da Sustentabilidade. A Relação Ciência - Sociedade é, em muitos aspectos, mediada pela Natureza - conceito de sustentabilidade e da Ciência da Sustentabilidade A ideia fundamental da sustentabilidade é de que não é possível manter um percurso de desenvolvimento ilimitado, sendo preciso fazer esforços para equilibrar as necessidades de uma população em crescimento, com os efeitos do desenvolvimento, que se fazem sentir negativamente sobre os sistemas que suportam a vida na Terra. A Ciência da Sustentabilidade vem dar resposta às interrogações sobre como se deve processar o Desenvolvimento Económico e a Investigação e Desenvolvimento Científicos que lhes estão associados, sem provocar a ruptura de um equilíbrio também dinâmico, que se pretende estável, entre os sistemas naturais e artificiais produzidos pelo Homem.

30 DCP 2006 4.5 A ligação com a Técnica. O modelo de Tripla Hélice para as relações Universidade - Indústria - Governo. O Modelo de Tripla Hélice estipula o modus faciendi da cobertura de negociações e trocas entre a academia, a indústria e o governo. Refere-se à possibilidade de gerar novas interfaces Público/ Privado, que encorajam as inovações baseadas no conhecimento. Mas como é que as capacidades regionais podem ser combinadas de uma forma inovadora? As redes emergentes do processo de globalização cruzam-se com as redes convencionais das instituições para produzirem um feedback, que constitui uma vantagem competitiva.

31 DCP 2006 4.6 A avaliação da Ciência numa perspectiva social A avaliação do trabalho Científico tem sido feita pelos pares (peer review) do mesmo ramo científico, que apreciam o artigo científico ou paper. Mas será esta a forma mais adaptada às características da Ciência, repensada, contextualizada, em rede, robusta, transdisciplinar, visando a sustentabilidade e o equilíbrio complexo com a política e a indústria? É preciso essencialmente tentar definir os produtos de conhecimento de alta qualidade que se ajustem a estas características e substituir, com este critério qualitativo e fundamentado, o critério quantitativo do número de papers. São aspectos como a criação de confiança (Trust) e a capacidade de impulsionar a Sociedade (Thrust) que devem fazer parte dos objectivos de avaliação da Ciência.

32 DCP 2006 4.7 O financiamento da Ciência A Ciência é uma actividade incerta o que a torna extremamente difícil de organizar e financiar, salvo os especialíssimos casos da saúde e da defesa que têm organizações e mecanismos de financiamento próprios. Tipicamente na Sociedade Industrial, mesmo encarando o capital investido como um capital de risco, os paymasters procuravam jogar no seguro, investindo em linhas de investigação relativamente previsíveis Na Sociedade contemporânea dominada pela Economia do Conhecimento, que tem por base a competição baseada na inovação, há muito mais tendência para arriscar, sendo mesmo formadas Sociedades de Capital de Risco para o efeito e sendo a tendência das empresas de investirem uma maior percentagem dos seus lucros em investigação, portanto no financiamento da Ciência.

33 DCP 2006 4.8 O Construtivismo Sócio-Científico Este tipo de construtivismo baseia-se na teoria da Construção Social da Realidade e implica uma integração de elementos pertencentes a narrativas diferentes num mesmo Universo Simbólico : Construtivismo contextualizado que resulta de um compromisso com o contexto e que reflecte o chamado Modo 2 de produção científica, que geralmente se apresenta também como robusto, isto é válido em condições reais, fora do laboratório. Construtivismo tácito que resulta de um compromisso com o conhecimento tácito dos ba Japoneses, que está na base do Modo 3 Japonês. Construtivismo prospectivo que resulta de um compromisso com a visão do Futuro, como no Modo 3 Escandinavo. Construtivismo transdisciplinar que resulta de um compromisso com a necessidade de abarcar várias disciplinas pela transdisciplinaridade ou pela migração conceptual.

34 DCP 2006 Construtivismo sustentável quando se trata de respeitar o ambiente. Construtivismo optimizado quando se trata de optimizar as relações com o Poder e a Indústria no Modelo da Tripla Hélice. Consiste na produção de um conhecimento científico segundo princípios tão diversos como a contextualização, a transdisciplinaridade, o respeito pela lógica interna das disciplinas científicas, a migração conceptual, a produção em rede, a necessidade de produção de conhecimento não só fiável, mas também robusto, a conveniência de análise prospectiva, a importância do conhecimento tácito, etc. Neste tipo de construtivismo o processo de construção do conhecimento é intermédio entre a acomodação e a representação. Trata-se de uma forma exógena de construtivismo que conduz à construção social da realidade sob a forma de uma rede que optimiza a relação Ciência - Sociedade

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