BIOGRAFIA DO AUTOR  Nome: Rómulo Vasco da Gama de Carvalho  Ano de Nascimento/ Falecimento: 1906 / 1997 AnoPercurso Literário 1911/1916 Com 5 anos escreveu.

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2 BIOGRAFIA DO AUTOR  Nome: Rómulo Vasco da Gama de Carvalho  Ano de Nascimento/ Falecimento: 1906 / 1997 AnoPercurso Literário 1911/1916 Com 5 anos escreveu os primeiros poemas e com 10 decidiu completar ‘’Os Lusíadas’’ de Camões 1931 Licenciou-se em Ciências Físicas Químicas pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto 1932 Concluiu o curso de Ciências Pedagógicas na Faculdade de Letras do Porto sendo durante 40 anos professor pedagogo 1946 Dedicou-se à elaboração de compêndios (manuais) escolares com grafismos e formas inovadoras de abordar as matérias complexas de Física e Química 1952 Dedicou-se á divulgação cientifica através da coleção ‘’Ciência Para Gente Nova’’ e ‘’Física para o Povo’’

3 BIOGRAFIA DO AUTOR Ano Percurso Literário 1956 - Participou pela primeira vez num concurso de poesia - Publicou o seu primeiro livro de poemas ‘’Movimento Perpétuo’’ com o pseudónimo António Gedeão 1984Publicação do livro ’’Poemas Póstumos’’ 1990 (83 anos) Assumiu a direção do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa 1996 Homenagem a nível nacional onde foi reconhecido por personalidades da politica, das ciências, das letras e da musica como um grande professor investigador, pedagogo, historiador da ciência e poeta.

4 CURIOSIDADES  Nos seus poemas existe uma simbiose perfeita entre: ciência/ poesia, vida/sonho, lucidez e esperança.  Os seus poemas são bastantes comunicativos e marcantes numa geração reprimida por um regime ditatorial e atormentado por guerra.  Os versos de António Gedeão foram também usados por cantores como Manuel Freire em ‘’Pedra Filosofal’’ que se torna um hino á liberdade e ao sonho, e José Nisa com o seu inteiro álbum ‘’ Fala do Homem Nascido’’.

5 ENQUANTO (PÁGINA 84) Enquanto houver um homem caído de bruços no passeio e em sargento que lhe volta o corpo com a ponta do pé para ver como é; enquanto o sangue gorgolejar das artérias abertas e correr pelos interstícios das pedras, pressuroso e vivo como vermelhas minhocas despertas; enquanto as crianças de olhos lívidos e redondos como luas, órfãs de pais e de mães, andarem acossadas pelas ruas como matilhas de cães; enquanto as aves tiverem de interromper o seu canto com o coraçãozinho débil a saltar-lhes do peito fremente, num silêncio de espanto rasgado pelo grito da sereia estridente; enquanto o grande pássaro de fogo e alumínio cobrir o mundo com a sombra escaldante das suas asas amassando na mesma lama de extermínio os ossos dos homens e as traves das suas casas; enquanto tudo isto acontecer, e o mais que se não diz por ser verdade, enquanto for preciso lutar até ao desespero da agonia, o poeta escreverá com alcatrão nos muros da cidade:

6 PÁGINA 84 - COMPREENDER  O título ‘Enquanto’ repete-se insistentemente ao longo do poema. 1.1) Diz a que classe e subclasse de palavras pertence o vocábulo referido. 1.2) Escolhe, de entre as locuções subordinativas temporais que se seguem, aquela(s) que poderia(m) substituir ‘enquanto’ sem alterarem o seu sentido no contexto do poema. A. Desde queB. Todas as vezes que C. Sempre que D. Até que 2) Este poema fala-nos de guerra, miséria e abandono. 2.1) Sublinha os versos que, na tua opinião, melhor ilustram estas temáticas. 2.2) Caracteriza a atitude do ‘sargento’ descrita nos versos 2 e 3. 2.3) Explicita a expressividade do verbo ‘gorgolejar’. (v. 4) 2.4) Assinala as comparações utilizadas nos versos 4 a 10. 2.5) Substitui, por uma expressão sinónima, a metáfora ‘ grande pássaro de fogo e alumínio. 2.6) Sublinha no verso 19, a expressão que resume aquilo que o sujeito poético falou anteriormente.

7 PÁGINA 84 - COMPREENDER  1) O título ‘Enquanto’ repete-se insistentemente ao longo do poema. 1.1) Diz a que classe e subclasse de palavras pertence o vocábulo referido. RESPOSTA :

8 PÁGINA 84 - COMPREENDER 1.2) Escolhe, de entre as locuções subordinativas temporais que se seguem, aquela(s) que poderia(m) substituir ‘enquanto’ sem alterarem o seu sentido no contexto do poema. RESPOSTA : B. Todas as vezes que C. Sempre que

9 PÁGINA 84 - COMPREENDER 2) Este poema fala-nos de guerra, miséria e abandono. 2.1) Sublinha os versos que, na tua opinião, melhor ilustram estas temáticas. RESPOSTA :

10 PÁGINA 84 - COMPREENDER 2.2) Caracteriza a atitude do ‘sargento’ descrita nos versos 2 e 3.

11 PÁGINA 84 - COMPREENDER 2.3) Explicita a expressividade do verbo ‘gorgolejar’. (v. 4)

12 PÁGINA 84 - COMPREENDER 2.4) Assinala as comparações utilizadas nos versos 4 a 10.

13 PÁGINA 84 - COMPREENDER 2.5) Substitui, por uma expressão sinónima, a metáfora ‘ grande pássaro de fogo e alumínio.

14 PÁGINA 84 - COMPREENDER 2.6) Sublinha no verso 19, a expressão que resume aquilo que o sujeito poético falou anteriormente.

15 PÁGINA 85 - COMPREENDER 3) Atenta nos dois últimos versos do poema. 3.1) Interpreta o sentido do nome ‘alcatrão’ (v. 21), no contexto do poema. 3.2) Explicita o recurso aos dois pontos no verso 21. 3.3) Explicita o objetivo do uso das maiúsculas no último verso. 4) Faz a síntese da mensagem do poema.

16 PÁGINA 85 - COMPREENDER

17 PÁGINA 85 – FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA 1) Procura, no poema, cinco vocábulos que possam fazer parte do campo lexical* de guerra. 2) Explicita o sentido do vocábulo “sereia” em cada uma das suas frases seguintes. A) A sereia tocou insistentemente esta noite. B) Os pescadores dizem ter ouvido um canto de sereia. C) A Joana é uma verdadeira sereia. *Um campo semântico é o conjunto dos sentidos que uma palavra pode ter nos diferentes contextos em que se encontra.