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A FENOMENOLOGIA DO ETHOS

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Apresentação em tema: "A FENOMENOLOGIA DO ETHOS"— Transcrição da apresentação:

1 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
VAZ, Henrique C. de Lima. Escritos de filosofia IV: introdução à ética filosófica 1. São Paulo: Loyola, p

2 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS Preliminares semânticos
Ethos com eta inicial (“e” minúsculo): conjunto de costumes normativos de um grupo social; Ethos com epsilon inicial (E maiúsculo): - refere-se à constância do comportamento do indivíduo cuja vida é regida pelo ethos-costume

3 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS Preliminares semânticos
Em suma (ethos com as duas grafias): A presença histórico-social do costume no comportamento dos indivíduos. - Ethos (com eta inicial), designa o “abrigo do animal em geral” e a “morada do homem”. Ou seja, o termo designa primeiramente o lugar onde os animais viviam e, depois, passou também, a designar a casa do homem. Assim, “o ethos é a casa do homem”.

4 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
- Como casa do homem o ethos quer significar um lugar de estada permanente e habitual, isto é, um abrigo protetor onde o homem pode descansar, estar sossegado, estar no seu lugar. - Esta metáfora da morada e do abrigo seguro é que vai indicar, propriamente, a partir do ethos, o espaço do mundo habitável pelo homem. Este espaço, espaço do ethos, não é dado ao homem, mas é por ele constantemente construído. Portanto, esta raiz semântica é que dará origem à significação do ethos como costume.

5 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
O ethos como costume é abrigo protetor, ou seja, lugar de estada permanente e habitual do homem. Desta forma, o espaço da physis (da natureza, do reino das necessidades) é rompido pela abertura do espaço humano do ethos no qual irão inscrever-se os costumes, os hábitos, as normas e interditos, os valores e as ações.

6 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
Como descreveu Heráclito: “o ethos é o gênio protetor do homem”. Desta maneira, “o ethos é a morada do animal e passa a ser a ‘casa’ (oikos) do ser humano, não já a casa material que lhe proporciona fisicamente abrigo e proteção, mas a ‘casa simbólica’ que o acolhe espiritualmente e da qual irradia para a própria casa material uma significação propriamente humana, entretecida por relações afetivas, éticas e mesmo estéticas, que ultrapassam suas finalidades puramente utilitárias e a integram plenamente no plano humano da cultura”.

7 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
- Por outro lado, ethos (com épsilon inicial) diz respeito ao comportamento humano que é resultado de um constante repetir os mesmo atos formando, assim, o que chamamos de hábito. Desta maneira, esse ethos-hábito é aquilo que ocorre freqüentemente ou quase sempre, mas não sempre e nem em virtude de uma necessidade natural. Então, Ethos (com épsilon inicial) significa uma constância no agir que se contrapõe ao simples impulso do desejo. Essa maneira de agir do indivíduo, que será para Lima Vaz a sua personalidade ética, deverá traduzir a “articulação entre o ethos como caráter e o ethos como hábito”.

8 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
1. PREMISSA: Propusemos uma definição nominal da Ética como sendo a ciência do ethos, atendendo à derivação etimológica do termo ética e à evolução que o levou a substantivar-se nas línguas modernas para designar um tipo específico de saber formalmente definido, e integrado no corpo epistemológico e didático, seja das Ciências humanas, seja da Filosofia.

9 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
1. PREMISSA: Usando uma velha terminologia escolástica, podemos dizer que na Metaciência – ou ciência formal – a forma é o id quod (o que é conhecido), ao passo que na Ciência real a forma é o id quo (a mediação lógico-linguística por meio da qual o objeto real é conhecido). No caso das ciências formais –Metaciências – o objeto e a forma se identificam; no caso das ciências reais, necessariamente se distinguem, sendo a forma o medium in quo, o perfil inteligível pelo qual o objeto real é pensado.

10 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
1. PREMISSA: A tendência atual em dar primazia aos problemas de Metaética derivada, sem dúvida, do fenômeno cultural e espiritual que poderia ser denominado a desrealização, a perda progressiva da referência ao real que atinge os grandes paradigmas éticos transmitidos pela tradição, traz consigo duas conseqüências inquietantes para o bem-estar moral de nossa civilização.

11 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
1. PREMISSA: 1ª consequência: A primeira diz respeito a esse outro traço marcante de nossa cultura em sua feição tecnológica, ou seja, à instrumentalização da forma. O predomínio da Metaética pode significar uma instrumentalização da lógica e da linguagem éticas que, indiferentes a seu conteúdo real, passam a servir à expressão de um universal relativismo dos valores, de acordo com as necessidades e fins subjetivos ou com os interesses ideológicos dos agentes éticos.

12 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
1. PREMISSA: 2ª consequência: A segunda consequência, estreitamente ligada à primeira, exprime-se na renúncia à tradição da busca de uma conceptualidade filosófica para a explicação da conduta ética, derivando a Ética para a órbita das Ciências humanas, ou seja, para a explicação do fenômeno ético apenas em termos de padrões culturais, ou de categorias psicológicas e sociológicas, corroborando novamente ou pressuposto de um universal relativismo ético.

13 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
2. ARISTÓTELES: Aristóteles foi o iniciador da reflexão metaética, ao definir a especificidade do conhecimento prático , do qual o conhecimento ético é uma espécie, e ao analisar a estrutura conceptual e analítica do conhecimento prático e do conhecimento ético, em particular ao expor nos livros VI e VI da Ética a Nicômaco e em outras passagens da sua obra as propriedades lógicas do chamado silogismo prático ; e ao investigar, nos primeiros capítulos do Livro I, a polissemia do termo bem – agathon.

14 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
3. CIÊNCIA DO REAL: A Ética, como ciência do real, tem por objeto o ethos, que se apresenta como um fenômeno histórico-cultural dotado de evidência imediata e impondo-se à experiência do indivíduo tão logo este alcance a primeira idade da razão. A própria possibilidade da Metaética e das ciências empíricas do ethos implica justamente a universalidade dessa experiência, traduzindo- se em formas paradigmáticas de linguagem e conduta e revelando um dado antropológico incontestável.

15 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
3. CIÊNCIA DO REAL: Constitutivas desse dado são certas constantes patentes à primeira observação do fenômeno ético, que irão oferecer um substrato empírico às categorias fundamentais da Ética. Tais serão, por exemplo, intenção a vida no bem e, consequentemente, o agir segundo o bem, do qual deriva a vida melhor ou mais feliz – eudaimonia - para o agente ético e a excelência ou virtude – areté – de seu agir e de seu ser.

16 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
4. O BEM DEVE SER REALIZADO: O bem deve ser realizado – agathon-deon – embora não pela coação mas pela persuasão. Todos esse termos da moral tradicional grega implicam em seu conteúdo semântico o conceito fundamental de bem – agathon, que será o eixo conceptual em torno do qual se construirão os grandes sistemas éticos da tradição ocidental.

17 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
4. O BEM DEVE SER REALIZADO: Sendo o ethos da cultura grega o que primeiro se prestou a uma transposição racional na forma de uma Ética, os termos básicos da linguagem ética dos gregos passam a ser um índice heurístico* importante para que termos equivalentes se descubram na linguagem dos ethea de outras condições. * (pesquisa de fontes)

18 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
5. A ESTRUTURA DO ETHOS: A experiência primeira do ethos revela uma estrutura dual característica e constitutiva: o ethos é, inseparavelmente, social e individual. É uma realidade sócio histórica. Mas só existe, concretamente, na práxis dos indivíduos; e é essa práxis que deixa seus traços nos documentos e testemunhos que nos permitem o acesso à fisionomia própria de um determinado ethos histórico.

19 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
O ethos nos oferece uma primeira via de acesso à sua elucidação racional mediante uma descrição fenomenológica, que deve indicar-nos o caminho para sua compreensão filosófica ou para a Ética propriamente dita. A fenomenologia apresenta-se como um método-caminho–propedêutico à Ética. A idéia de uma Ética rigorosamente fenomenológica viu-se em face de dificuldades que, nos casos mais significativos, tornaram inevitável o recurso a uma ontologia do sujeito ético.

20 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
- Portanto, o ethos-hábito é o “processo genético do hábito ou da disposição habitual para agir de certa maneira”. - Finalmente, “o ethos se desdobra como espaço de realização do homem, ou ainda como lugar privilegiado de inscrição da sua práxis”.

21 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
- “O Ethos é o ponto de partida para a compreensão do que funda o humanum, ou seja, ele é como que o alicerce que sustenta o humano. - É dinâmico, não estático, está na origem das normas e da própria diversidade das culturas e religiões. - Vemo-lo como a marca primeira do Criador impressa nos seres humanos” (AGOSTINI, 1993, p ).

22 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
“O conjunto de princípios que regem, transculturalmente, o comportamento humano para que seja realmente humano no sentido de ser consciente, livre e responsável” (BOFF, 1999, p. 195). “O Ethos é a maneira pela qual cada homem e cada cultura vive o ser. Se há história do homem, há também história do ethos” (DUSSEL, 1977, p.223).

23 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
“A expressão Ethos representa hoje alguma coisa que é aceita como válida, e pela qual também outras coisas se orientam, tornando-se assim princípio orientador de toda e qualquer ação tomada e tornada atitude moral básica de uma pessoa ou de um grupo (KÜNG, 1999, p. 169).

24 A FENOMENOLOGIA DO ETHOS
PARA REFLEXÃO/DISCUSSÃO: - Quem define o que seja ético e moral para a morada humana? - Que instância apontará os critérios de bondade ou de maldade, sejam da moradia humana (ethos) sejam dos costumes e valores (moral) que organiza essa moradia?


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