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Fábula Literatura Infantil Prof. Ms. Wendel Cássio Christal.

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1 Fábula Literatura Infantil Prof. Ms. Wendel Cássio Christal

2 A DEFINIÇÃO Narrativa alegórica de uma situação vivida por animais, que referencia uma situação humana e tem por objetivo transmitir realidade. A exemplaridade desses textos espelha a moralidade social da época e o caráter pedagógico que encerram. É oferecido, então, um modelo de comportamento, em que o “certo” deve ser copiado e o “errado” evitado.

3 ORIGEM Narrativas populares – oralidade. Acredita-se que esse tipo de texto tenha nascido no século XVIII a.C., na Suméria. Há registros de fábulas egípcias e hindus, mas atribui-se à Grécia a criação efetiva desse gênero narrativo, reinventado no Ocidente por Esopo (Séc. V a.C.) e aperfeiçoado, séculos mais tarde, pelo escravo romano Fedro (Séc. I a.C.) que o enriqueceu em estilo. No entanto, coube ao francês Jean La Fontaine (1621/1692) o mérito de lhe dar a forma definitiva, introduzindo-a na literatura ocidental.

4 Monteiro Lobato Monteiro Lobato dedica um volume de sua produção literária para crianças às fábulas, muitas delas adaptadas de Fontaine. Dessa coletânea, destacam- se os seguintes textos: "A cigarra e a formiga", "A coruja e a águia", "O lobo e o cordeiro", "A galinha dos ovos de ouro" e "A raposa e as uvas".

5 Monteiro Lobato “As fábulas em português que conheço, em geral traduções de La Fontaine, são pequenas moitas de amora no mato – espinhentas e impenetráveis. Que é que nossas crianças podem ler? Não vejo nada. Fábulas assim seriam um começo da literatura que nos falta. Como tenho um certo jeito para impingir gato por lebre, isto é habilidade por talento, ando com idéia de iniciar a coisa. É de tal pobreza e tão besta a nossa literatura infantil, que nada acho para a iniciação de meus filhos. Mais tarde só poderei dar-lhes o Coração de Amicis – um livro tendente a formar italianinhos...” (Lobato, 1972, p. 246)

6 A cigarra e a formiga No Inverno tirava a Formiga da sua cova e assoalhar o trigo, que nela tinha, e a Cigarra com as mãos postas lhe pedia que repartisse com ela, que morria à fome. Perguntou-lhe a Formiga: - Que fizera no Estio, porque não guardara para se manter? Respondeu a Cigarra: - O Verão e Estio, gastei a cantar e passatempos pelos campos. A Formiga então, perseverando em recolher seu trigo, lhe disse: - Amiga, pois os seis meses de Verão gastaste em cantar, bailar é comida saborosa e de gosto. Esopo

7 A Formiga Boa - E que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa? A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois de um acesso de tosse. - Eu cantava, bem sabe... - Ah!...- exclamou a formiga recordando-se. - Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas? - Isso mesmo, era eu... - Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: “que felicidade ter como vizinha tão cantora!” Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo. A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol Monteiro Lobato Fábulas. São Paulo, Melhoramento,1994

8 Formiga Má [...] a formiga era uma usuária sem estranhas. Além disso, invejosa. Como não soubesse cantar, tinha ódio à cigarra por vê-la querida de todos os seres. - Que fazia você durante o bom tempo? - Eu... eu cantava!... - Cantava? Pois dance agora, vagabunda! E fechou-lhe a porta no nariz: a cigarra ali morreu entanguidinha; e quando voltou a primavera o mundo apresentava um aspecto mais triste. É que faltava na música do mundo o som estridente daquela cigarra morta por causa da avareza da formiga. Mas se a usurária morresse, quem daria pela falta dela? Os artistas, poetas, pintores, músicos são as cigarras da humanidade. Monteiro Lobato. Fábulas. São Paulo, Melhoramentos 1994.

9 A fábula na sala de aula Desenho: trabalha-se e estrutura narrativa para se propor o desenho de uma cena da narrativa, como, por exemplo, o clímax. Transformar a narrativa em uma história em quadrinhos; Reescrita dos textos após a audição, a fim de se perceber: uso de sinônimos, adição ou subtração de palavras, alteração de sentido... Um mesmo conteúdo sob diferentes formas. Uso de discurso direto e indireto; Personificação... Produção de um livro de fábulas feito pelos alunos!

10 O homem e a galinha Era uma vez, um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha como as outras. Um dia a galinha botou um ovo de ouro. O homem ficou contente. Chamou a mulher: - Olha o ovo que a galinha botou! A mulher ficou contente: - Vamos ficar ricos! E a mulher começou a tratar bem da galinha. Todos os dias mulher dava mingau para a galinha Dava pão-de-ló, dava até sorvete. E todos os dias botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse: - Para que esse luxo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão-de-ló. Muito menos sorvete! Então a mulher falou: - É, mas esta é diferente. Ela bota ovos de ouro! O marido não quis conversa: - Acaba com isso, mulher. Galinha come é farelo. Aí a mulher disse: - E se ela não botar mais ovos de ouro? - Bota sim! - O marido respondeu. A mulher todos dias dava farelo à galinha. E a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse: - Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode muito bem comer milho. - E se ela não botar mais ovos de ouro? - Perguntou a mulher. - Bota sim! - O marido respondeu. Aí a mulher começou a dar milho para galinha. E todo os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse: - Para que esse luxo de dar milho para a galinha? ela que cate o que comer no quintal. - E se ela não botar mais ovos de ouro? - A mulher perguntou. - Bota sim! - O marido falou. A mulher soltou a galinha no quintal. Ela catava sozinha a comida dela. Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Um dia a galinha encontrou o portão aberto. Foi embora e não voltou mais. Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló. ROCHA, Ruth. Enquanto o mundo pega fogo, 2.ed. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1984, pag. 149


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