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As infecções do trato urinário (ITUs) são caracterizadas pela colonização da urina normalmente estéril por bactérias ou fungos. Laboratorialmente, define-se.

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1 As infecções do trato urinário (ITUs) são caracterizadas pela colonização da urina normalmente estéril por bactérias ou fungos. Laboratorialmente, define-se bacteriúria significante aquela com crescimento bacteriano formando colônias, com ≥ 10² UFC (unidades formadoras de colônia) mais piúria (≥ 5 leucócitos por mm de urina). É importante que se classifique uma ITU pelo tipo de infecção, presença ou ausência de sintomas e presença ou ausência de fatores complicadores (tais quais uso de sondas, gravidez, bexiga neurogênica). Dessa forma, uma ITU pode ser uma cistite, uma pielonefrite ou pode haver uma bacteriúria assintomática. E, portanto, a sintomatologia deve variar de acordo com a localização e a presença ou não de complicações. A etiologia mais freqüente de uma infecção do trato urinário é de bactérias gram-negativas; destas, a Escherichia coli é a responsável por cerca de 85% dos casos de todas as ITUs sintomáticas, não complicadas, esporádicas e adquiridas na comunidade. O diagnóstico mais preciso de uma infecção do trato urinário é obtido através de uma urocultura. Todos os tipos de infecções sintomáticas devem ser tratadas, principalmente com o propósito de diminuir o risco de progressão para pielonefrite. Como a verificação da etiologia e a determinação da suscetibilidade às drogas antimicrobianas requerem, pelo menos, de um a dois dias, o tratamento normalmente é feito empiricamente. Uma escolha possível para esse tratamento é o sulfametoxazol-trimetoprim. Entretanto, é preciso que o médico saiba o padrão de suscetibilidade antibiótica na localidade em que atua. O presente projeto foi desenvolvido em função de uma publicação da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas. Tal publicação demonstra que um grande número de infecções do trato urinário está se tornando multirresistente à medicação mais utilizada para o tratamento. Esta medicação, com dois componentes, Sulfametoxazol e Trimetoprim, é amplamente utilizada; não somente para infecções do trato urinário, mas para outras infecções 1. A mesma publicação preconizava recomendar-se o uso de outra medicação, mais nova e de maior espectro – como, por exemplo, as quinolonas – caso fosse comprovada uma resistência uropatogênica maior que 10 a 20%, na comunidade em questão. MATERIAIS E MÉTODOS INTRODUÇÃO DISCUSSÃO E CONCLUSÕES As infecções do trato urinário (ITUs) estão entre as mais comuns infecções bacterianas. Sua magnitude pode ser julgada quer por consultas médicas, numa estimativa elevada de cerca de 8.000.000 de visitas por ano nos Estados Unidos (principalmente para casos de cistite), quer por hospitalizações, estimadas em 100.000 internações por ano nesse país (principalmente para casos de pielonefrite aguda). Uma variedade de regimes antimicrobianos, com diferentes drogas, doses, horários e duração têm sido usadas para o tratatamento de ITUs. Assim, a Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDSA) convocou uma comissão para análise deste tema, afim de desenvolver orientações para o tratamento antimicrobiano de cistite não complicada e de pielonefrite aguda em mulheres. Para a cistite bacteriana aguda não complicada, sabe-se que terapia com dose única é, geralmente, menos eficaz do que o mesmo antimicrobiano utilizado com maior duração. No entanto, a maioria dos antimicrobianos administrados por três dias são tão eficazes como o mesmo antimicrobiano administrado por um longo período. O Sulfametoxazol-Trimetoprim (SMX-TMP) utilizado por três dias deve ser considerada a atual terapia padrão. Trimetoprim sozinho e Ofloxacina são equivalentes ao SMX-TMP e outras Fluoroquinolonas, como Norfloxacina, Ciprofloxacina e Fleroxacin, são provavelmente a mesma eficácia. Fluoroquinolonas são mais caras quando comparadas ao SMX-TMP e ao Trimetoprim e é importante adiar a emergência da resistência às estas drogas, não recomendando-as como terapêutica empírica inicial. Esta ressalva, entretanto, não vale para comunidades com elevados índices de resistência (ou seja, entre 10% e 20%) ao SMX-TMP ou Trimetoprim entre os uropatógenos. Nesses casos, Nitrofurantoína e Fosfomicina podem ser mais úteis para o tratamento da ITU. Apoio: UNISUL - PUIC Trata-se de um estudo epidemiológico prospectivo e descritivo. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Análises Clínicas Santa Catarina, da cidade de Tubarão, Santa Catarina. Foram utilizadas uroculturas COMUNITÁRIAS positivas, realizadas no período de 2004-2008. Foram coletados dados de resistência antimicrobiana ao SMX-TMP para posterior análise do índice de resistência nessa comunidade. Todas as uroculturas positivas – ou seja, com crescimento bacteriano – realizadas no período entre 2004 e 2008 foram inclusas no estudo. Foram excluídas as uroculturas negativas (em que não houve crescimento bacteriano) realizadas no período, além de qualquer urocultura realizada pelo laboratório em ambiente hospitalar. A pesquisa foi realizada em dias aleatórios, no Laboratório Santa Catarina, utilizando-se o resultado de uroculturas como instrumento de coleta de dados. Durante período assinalado foram analisados os resultados de uroculturas comunitárias positivas. A cada análise de resultado foram cadastrados o número de uroculturas realizadas e a resistência do uropatógeno ao SMX/TMP. Estabelecidos os resultados, obtivemos os dados sobre a resistência bacteriana ao medicamento em questão. Essa pesquisa foi autorizada pela instituição envolvida, o Laboratório de Análises Clínicas Santa Catarina. O presente projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina. RESULTADOS Tabela 1- Prevalência de Resistência Bacteriana ao Sulfametoxazol- Trimetoprim na Cidade de Tubarão, Santa Catarina. 2004-2008. Ozir Miguel Londero Filho 1 ; Camila Roberta Brandt 1 ; Sandro Polidoro Berni Brum 2 1 Acadêmicos do 6º. ano do curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina. 2 Médico Urologista. Professor do Sistema Reprodutor e Excretor. Universidade do Sul de Santa Catarina. INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO COMUNITÁRIAS: PREVALÊNCIA DE RESISTÊNCIA BACTERIANA AO SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM NA CIDADE DE TUBARÃO (SC) Nosso estudo demonstrou que na cidade de Tubarão a resistência ao SMX-TMP dos microorganismos responsáveis por ITUs é considerada de índice elevado. A resistência entre os anos de 2004 e 2008 foi de 41,9%; 39,2%; 30,6%; 35,7% e 38,6%; respectivamente. A média de resistência ao SMX-TMP nesses anos foi de 37% nessa comunidade, o que já consideraria a terapia de ITUs com antimicrobianos com maior espectro de ação. Um estudo de revisão acerca do assunto, analisando as recomendações para o tratamento empírico de ITUs não complicadas. As conclusões dos autores contribuíram com as diretrizes da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas, mostrando que o tratamento de ITUs em mulheres é geralmente realizado com abordagem terapêutica antimicrobiana empírica, sem a obtenção de uroculturas prévias. O SMX- TMP continua sendo a primeira escolha para esse tratamento. Embora a resistência à esta droga esteja aumentando, mantém-se a cerca de 10% nas infecções adquiridas na comunidade, no Canadá. As preocupações sobre o aumento da resistência contribuíram para uma maior utilização de Fluoroquinolonas, porém, o generalizado uso empírico dessa classe de medicamentos pode promover a resistência aos mesmos. Além disso, os autores destacaram a importância do desenvolvimento de orientações relevantes para a comunidade médica acerca dos padrões de susceptibilidade local, para que se promovam estratégias para a realização das melhores práticas. Portanto, conhecendo-se o padrão em nossa comunidade, vimos que mais 35% das uroculturas foram resistentes ao SMX-TMP, devendo-se indicar o uso de outros antimicrobianos, com maior efetividade. O aumento da resistência antimicrobiana entre os uropatógenos faz o tratamento das cistites agudas não complicadas ser cada vez mais desafiador. Poucos estudos estão disponíveis com dados sobre os fatores de risco associados à resistência ao SMX-TMP, a droga de escolha na maioria das definições. Para avaliar esta situação, um estudo foi realizado de modo prospectivo, com mulheres com idade entre 18 e 50 anos de idade, que apresentavam sintomas da cistite. Para estas mulheres (103 casos), foi realizada uma urocultura e concluído um questionário sobre possíveis fatores de risco para resistência ao SMX-TMP. Nesse estudo, Escherichia coli foi o uropatógeno predominante (86%). Em quinze (14,6%) mulheres, o uropatógeno apresentava resistência ao SMX- TMP (todas foram E. coli). Em comparação com as mulheres que tinham organismos suscetíveis ao SMX-TMP, as mulheres com resistência apresentavam maior susceptibilidade de terem viajado e de serem asiáticas. O conhecimento desses fatores de risco para a resistência antimicrobiana poderia facilitar a seleção precisa de terapia empírica. Nosso trabalho levou em consideração apenas a porcentagem de resistência bacteriana ao SMX- TMP, não considerando outros dados e fatores sociais, demográficos ou existência de outras comorbidades. O único critério utilizado foi o da exclusão de uroculturas realizadas em ambiente hospitalar. Novos estudos podem ser realizados para confirmar a elevada resistência ao medicamento em questão, considerando-se outros fatores associados. Com os dados deste trabalho, é possível concluir que o SMX-TMP não deveria ser indicação de primeira linha no tratamento de infecções do trato urinário comunitárias.


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