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Elementos Estruturais da Poesia e da prosa

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Apresentação em tema: "Elementos Estruturais da Poesia e da prosa"— Transcrição da apresentação:

1 Elementos Estruturais da Poesia e da prosa
Profa. Karla Faria (adaptado)

2 Versificação, metrificação e aspectos sonoros
Elisão A elisão é a supressão (na escrita ou na pronúncia) na vogal final de uma palavra e antes da vogal inicial da palavra seguinte. É usado para adequar o número de sílabas poéticas dentro de um verso. Ex.: Copo-d’água  -  Pau-d’alho

3 Metrificação – Escansão
Metrificação é a técnica para se medir um verso. Em Português, ela se apoia na tonicidade das palavras, a escansão; contagem dos sons dos versos. 1. Contagem das sílabas métricas:  a) só contaremos até a última sílaba tônica de um verso.    1    2    3 Tal / a / chu / va     1       2     3 Trans / pa / re / ce            2     3 Quan / do / des / ce (va/ce/ce - são as sílabas átonas e não entram na contagem poética)

4 2. Classificação do verso quanto ao número de sílabas:
a) Isométricos: são os versos de uma só medida. São classificados como: monossílabos dissílabos trissílabos tetrassílabos pentassílabos (ou redondilha menor) hexassílabos (heroico quebrado) heptassílabos (redondilha maior) octossílabos eneassílabos decassílabos (medida nova) hendecassílabos dodecassílabos (ou alexandrinos)

5 b) Heterométricos: são os versos de diferentes medidas, usados em um mesmo poema. c) Versos livres: são aqueles que não obedecem a nenhum esquema.

6 Estrofe Parte de um poema consistindo de uma série de linhas ou versos dispostos em uma certa configuração regular, definidos por metrificação (número de sílabas métricas) e rima (combinação de fonemas) que se repetem periodicamente.

7 As estrofes podem ser classificadas como:
1 - monóstico 2 - dístico 3 - terceto 4 - quarteto (ou quadra) 5 - quintilha 6 - sextilha 7 - sétima 8 - oitava 9 - nona 10 - décima Todas as estrofes que tenham mais de dez versos recebem a denominação de Irregulares.

8 Ritmo É uma alternação uniforme de sílabas tônicas e não tônicas em cada verso de uma composição poética. No verso livre a sonoridade rítmica obedece a um padrão próprio, não sendo governado por regras externas derivadas da alternação uniforme de sílabas tônicas ou de metrificação e rima, a essa modalidade dá-se o nome de Arritmia.

9 Rima A rima é um dos elementos do verso, mas não é essencial ou obrigatório. Atualmente, existem composições poéticas onde as rimas não são usadas, que recebem o nome de Poesia Branca ou Poesia Solta. As rimas são classificadas quanto à disposição nas estrofes, e de acordo com as classes gramaticais que a compõem. Veja alguns exemplos.

10 Pobre – Formada por palavras da mesma classe gramatical.
Ex.: De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. (Vinícus de Morais) Rica – Formada por palavras de classes gramaticais diferentes. Ex.: Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço: e trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua Rica mas sóbria, como um templo grego. (Olavo Bilac)

11 Rima consoante: apresenta igualdade sonora desde a última vogal tônica do verso.
Ex.: Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco. (Augusto dos Anjos) Rima toante (ou assoante): apresenta igualdade sonora apenas entre as vogais, a partir da última vogal tônica até o final do verso. Ex.: Leito de pedra abaixo rio menino eu saltava saltei até encontrar as terras fêmeas da Mata. (João Cabral de Melo Neto)

12 Esquema de rimas Emparelhadas, paralelas ou geminadas
Conhecidas como tipo AABB. Confira um exemplo de rima emparelhada: Aos que me dão lugar no bonde (A) e que conheço não sei de onde, (A) aos que me dizem terno adeus (B) sem que lhes saiba os nomes seus (B) (Carlos Drummond de Andrade)

13 Intercaladas ou Interpoladas
Conhecidas como tipo ABBA. Veja um exemplo de rima interpolada: Eu, filho do carbono e do amoníaco, (A) Monstro de escuridão e rutilância (B) Sofro, desde a epigênese da infância, (B) A influência má dos signos do zodíaco (A) (Augusto dos Anjos)

14 Alternadas, entrecruzadas ou entrelaçadas
Conhecidas como tipo ABAB. Observe um exemplo de rima alternada: Minha desgraça, não, não é ser poeta, (A) Nem na terra de amor não ter um eco, (B) É meu anjo de Deus, o meu planeta (A) Tratar-me como trata-se um boneco (B) (Alvares de Azevedo)

15 Aspectos visuais

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17 E. M. DE MELO E CASTRO

18 JOAN BROSSA

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20 ELEMENTOS DA PROSA ESTRUTURA DO ENREDO
No enredo tradicional, encontramos a seguinte estrutura: a) apresentação ou exposição- apresenta os personagens, o ambiente e as circunstâncias da história b) complicação ou involução- desenvolve fatos e ações c) clímax- é o ponto culminante da história, o momento de maior tensão onde ocorre a ação ou fato que percebe o desfecho ou solução d) desfecho ou solução (epílogo) – consequência do clímax, conclusão.

21 Tipos de narradores Primeira pessoa
Narrador-personagem: é o que conta a história da qual é participante. Ele é narrador e personagem ao mesmo tempo, e conta a história em 1ª pessoa "Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela trinta. Era noite de Natal. Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo, preferi não dormir (...).“ (Missa do Galo, Machado de Assis)

22 Terceira pessoa Narrador-observador (neutro): é o que conta uma história como alguém que observa o que acontece. Transmite para o leitor apenas os fatos que consegue observar e conta a história em 3ª pessoa, como nesse trecho: “Ninguém ali sabia ao certo se a Machona era viúva ou desquitada, os filhos não se pareciam um com os outros. A Das Dores sim afirmavam que fora casada e que largara o marido, para meter-se com um homem do comércio [...]". (Aluísio de Azevedo, O Cortiço)

23 Narrador intruso (onisciente): Não participa da história, mas faz várias intervenções com comentários e opiniões acerca das ações das personagens. O foco narrativo é em 3ª pessoa. “Flávia logo percebeu que as outras moradoras do prédio, mães dos amiguinhos do seu filho, Paulinho, seis anos, olhavam-na com um ar de superioridade. Não era para menos. Afinal o garoto até aquela idade — imaginem — se limitava a brincar e ir à escola.” “Se tinha medo, então era para a natação mesmo que ele iria entrar. Os medos devem ser eliminados na infância. Paulinho ainda quis argumentar. Sugeriu alpinismo. Foi a vez de os pais tremerem. Mas o medo dos pais é outra história. Paulinho entrou para a natação.” (Carlos Eduardo Novaes.)

24 Narrador imparcial: o texto é redigido em 3ª pessoa e procura marcar o distanciamento dos fatos apresentados. Tal forma de escrita foi muito utilizada no final do século XIX nos chamados romances-tese. “Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; [...]” Aluísio Azevedo

25 Narrativas polifônicas
Geni e o Zepelim Chico Buarque De tudo que é nego torto Do mangue e do cais do porto Ela já foi namorada O seu corpo é dos errantes Dos cegos, dos retirantes É de quem não tem mais nada [...] A cidade apavorada Se quedou paralisada Pronta pra virar geleia Mas do zepelim gigante Desceu o seu comandante Dizendo: "Mudei de ideia!" Quando vi nesta cidade Tanto horror e iniquidade Resolvi tudo explodir Mas posso evitar o drama Se aquela formosa dama Esta noite me servir

26 Espaço Espaço é onde ocorre a narrativa.
“O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.” Clarice Lispector

27 Tempo Tempo cronológico: linearidade da narrativa;
Tempo histórico: enredos vinculados a acontecimentos verídicos; Tempo mítico: imprecisão dos acontecimentos; Tempo cíclico: circularidade dos episódios; Tempo psicológico: relato descontínuo e fragmentado pela visão subjetiva.

28 personagens Protagonistas Antagonistas Secundárias Caricaturais Tipo

29 Tipos de discurso Direto: nesse tipo de discurso as personagens ganham voz. É o que ocorre normalmente em diálogos. Isso permite que traços da fala e da personalidade das personagens sejam destacados e expostos no texto. O discurso direto reproduz fielmente as falas das personagens. Verbos como dizer, falar, perguntar, entre outros, servem para que as falas das personagens sejam introduzidas e elas ganhem vida, como em uma peça teatral

30 Indireto: o narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens. É escrito normalmente em terceira pessoa. Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras suas para reproduzir aquilo que foi dito pela personagem. Ex.: “Elisiário confessou que estava com sono.” (Machado de Assis) Indireto Livre: O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a história, mas as personagens têm voz própria, de acordo com a necessidade do autor de fazê-lo. Sendo assim é uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem. Ex.: “D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando defeitos no próximo? Eram todos irmãos. Irmãos.” (Graciliano Ramos)


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