As Guianas no contexto da Amazônia entre os séculos XVI e XIX As diversas formas de produção e transmissão de conhecimentos sobre a formação das fronteiras.

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1 As Guianas no contexto da Amazônia entre os séculos XVI e XIX As diversas formas de produção e transmissão de conhecimentos sobre a formação das fronteiras e culturas nacionais nas Guianas ou Amazônia Caribenha Reginaldo Gomes de Oliveira Doutor em História Social/USP Pesquisador e Professor Associado/ História – UFRR Email: regiegomes@gmail.comregiegomes@gmail.com

2 Os séculos XVIII e XIX – Dos caminhos Históricos aos Processos Culturais. A Colonização espanhola, holandesa, portuguesa, francesa e inglesa nas guianas.

3 Os Fortes, As Fazendas, os Missionários e o Plano de Ocupação do rio Branco, com trabalho dos povos indígenas, no século XVIII. Em 1718, holandeses faziam uso das rotas das Guianas - do litoral ao rio Branco, com deslocamentos ora em trilhas fluviais e ora em trilhas terrestres. O século XVIII deu notícias do Comandante da Colônia Holandesa do Essequibo, Laurens Storm van Gravesande, que entre os anos de 1738-1741 desenvolveu incursões para o rio Branco navegando pelos os rios Essequibo, Rupununi, Tacutu e Uraricoera. O responsável pela expedição foi o alemão Nicholas Horstman que passou a comercializar no rio Negro, com os missionários Carmelitas instalados no Aldeamento Aracari, próximo ao delta do rio Branco. Por volta de 1700, os espanhóis administradores do Forte no rio Orinoco instalavam na região fazendas de gado e firmavam alianças indígenas em direção ao rio Branco. Em 1738, Horstman em nome dos holandeses expulsou espanhóis instalados no rio Uraricoera, afluente do rio Branco.

4 Guianas – Mão de Obra Indígena e as incursões entre o litoral e o interior.

5 Mapa dos povos indígenas no interior das Guianas Região de captura de escravos indígenas para o litoral.

6 Tratado de Utrecht 1713-1715 Em 1713 foi reconhecida a soberania de Portugal sobre as terras da América Portuguesa, compreendidas entre os rios Amazonas e Oiapoque. Em 1715 acordou-se a restituição aos portugueses da Colônia do Sacramento.

7 Mapa publicado por Charles-Henri de La Condamine, Viagem ao Amazonas, com base nas notas e mapas de Nicolas Hortsman, Paris/ 1745.

8 Tratado de Madri e os portugueses O Século XVIII, com o Tratado de Madri (1750), deu novos encaminhamentos jurídicos na posse da região pelos portugueses, espanhóis, holandeses e franceses que já estavam ocupando partes do território das Guianas. No final do século XVIII, os portugueses instalaram o Forte São Joaquim e em seguida as três primeiras fazendas de gado na região do rio Branco. A mão de obra usada foi toda de escravos indígenas, que eram negociados pelas Tropas de Resgates, ou nos Aldeamentos Missionários, ou presos de Guerras Justas, ou derrotados nas Guerras entre povos indígenas. Os séculos XVIII e XIX trouxeram outras reorganizações geopolíticas para a região amazônica das Guianas, mas os povos indígenas continuaram suas atividades apoiando os distintos grupos europeus instalados na região.

9 Divisão Geopolítica dos Estados Portugueses na América Século XVIII: 1 - Brasil, 2 - Maranhão e Grão- Pará, 3 - Guiana Portuguesa.

10 O Comércio, as Fazendas e os Fortes ampliaram a posse europeia, com variadas negociações, utilizando a mão de obra indígena.

11 Período Pombalino 1755-1777 1751 Estado do Grão-Pará e Maranhão capital foi transferida de São Luís para Belém. 1755 Capitania de São José do Rio Negro 1772, aconteceu nova divisão em dois Estados: o Estado do Maranhão e Piauí, com sede em São Luís, o Estado do Grão-Pará e Rio Negro, com sede em Belém. A Guiana Portuguesa que ora era administrada por Belém e ora por São Luís.

12 Século XVIII - Fronteiras holandesas nas Guianas. Internas: Suriname, Berbice, Demerara e Essequibo Externas: Guiana Espanhola, Guiana Francesa e Guiana Portuguesa O interior das Guianas (Território Sul) era uma região pouco conhecida pelos europeus.

13 O rio Branco e a expansão portuguesa: O Grão-Pará e o escravismo indígena. As missões religiosas nos séculos XVIII. O extrativismo, a expansão da pecuária e a formação sócio- econômica no rio Branco.

14 Divisão Geopolítica das Guianas no século XVIII - Guiana Espanhola, -Guiana Holandesa, - Guiana Francesa, -Guiana Portuguesa.

15 O Século XIX: conflitos políticos e territoriais na Europa e nas Guianas As Guerras Napoleônicas expulsaram da Europa o reino português que se instalou no Rio de Janeiro, em 1808. No ano seguinte, 1809, o príncipe regente D. João, com apoio militar da Inglaterra e dos portugueses do Maranhão e Grão-Pará, ocupou Cayenne e expulsou os franceses das Guianas, permanecendo até 1817. O século XIX viu também o surgimento do movimento de independência das Colônias nas Américas e Caribe. Foi no século XIX que os países independentes reorganizaram seus territórios e começaram os acordos diplomáticos para definição das fronteiras geopolíticas, que foram concluídas no início do século XX.

16 O Congresso de Viena,1814-1815. A ilha foi dividida em cinco Estados denominados de Guianas: Espanhola, Portuguesa, Inglesa, Holandesa e Francesa.

17 Revolta da Cabanagem: o Grão-Pará e o Rio Negro e a Guiana Portuguesa. Revolta contra a Monarquia do Brasil. Período da Cabanagem na Província do Grão-Pará (1835 a 1840). Estima-se que cerca de 30 a 40% da população de 100 mil habitantes do Grão-Pará tenha morrido no conflito. Integração do Estado do Grão-Pará e Rio Negro e a Guiana Portuguesa ao império do Brasil.

18 Abolição da escravidão nas Guianas Inglaterra 1833 França 1848 Venezuela 1854 Holanda 1863 Brasil 1888

19 As Guianas no contexto da Amazônia entre os séculos XVI e XIX As diversas formas de produção e transmissão de conhecimentos sobre a formação das fronteiras e culturas nacionais nas Guianas ou Amazônia Caribenha Reginaldo Gomes de Oliveira Doutor em História Social/USP Pesquisador e Professor Associado/ História – UFRR Email: regiegomes@gmail.comregiegomes@gmail.com