BC0101 AULA 10 OS LIMITES ÉTICOS DA CIÊNCIA. INTRODUÇÃO I. TESES A SEREM DEFENDIDAS : 1. Há limites éticos para a investigação científica, para a invenção.

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1 BC0101 AULA 10 OS LIMITES ÉTICOS DA CIÊNCIA

2 INTRODUÇÃO I. TESES A SEREM DEFENDIDAS : 1. Há limites éticos para a investigação científica, para a invenção e uso de tecnologia. 2. Produção e emprego de Ciência e Tecnologia são passíveis de controle crítico e institucionalizado de seus limites morais.

3 II. RELEVÂNCIA DO PROBLEMA: A Ciência é a mais importante contribuição da inteligência humana para o mundo contemporâneo. Portanto, conhecer as teorias científicas e entender o que é a Ciência são partes constitutivas da formação da inteligência de qualquer ser humano que deseje ser cidadão da sociedade moderna.

4 II. O PROBLEMA DOS LIMITES ÉTICOS DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA 1. A questão que investiga os limites éticos da Ciência e da Tecnologia é aqui proposta para ser resolvida a partir de uma concepção ilustrada do mundo. Isso significa que as limitações da Ciência e da Tecnologia são determinadas pelas limitações do ser humano como um agente racional. A Ciência é o resultado de um agir do ser humano, o qual avalia suas condutas conforme referenciais valorativos racionais. E a racionalidade se constitui num produzir conteúdos cognitivos que se processa em obediência a certas regras formais.

5 2. Aqui se concebe a Ética como um tipo de conhecimento racional que tem por objetivo a determinação das regras de conduta que prescrevem os atos que traduzem a noção de bem, ou felicidade, no agir humano. Nesse sentido, a responsabilidade moral dos cientistas indica a disposição que eles têm de justificar, de oferecer boas razões, para as formas de conduta que efetivamente possuem quando produzem suas teorias ou quando descrevem formas de conduta que poderiam produzir determinados resultados.

6 QUATRO TESES FUNDAMENTAIS : 1. A CIÊNCIA E A TECNOLOGIA NÃO SÃO MORALMENTE NEUTRAS: há indícios que características como universalismo, isenção pessoal, ceticismo, originalidade, humildade, tolerância expressam idéias sobre como o mundo deveria ser. Essas características precisam ser justificadas. Enfim, as visões do mundo que subjazem às teorias científicas precisam ser justificadas moralmente.

7 2. O PROGRESSO CIENTÍFICO NÃO É UM BEM EM SI MESMO PARA A HUMANIDADE: o avanço da Ciência e a inovação tecnológica não significam que o conhecimento caminha sempre na direção dos fins justificáveis conforme os critérios éticos.

8 3. A APLICAÇÃO DOS RESULTADOS DAS DESCOBERTAS CIENTÍFICAS E INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NÃO É SEMPRE UM BEM PARA A HUMANIDADE: Os resultados podem ser indesejados para alguns dos concernidos.

9 4. HÁ LIMITES MORAIS PARA A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E A INVENÇÃO TECNOLÓGICA: A invenção de teorias e de tecnologias deve ser controlada moralmente, conforme a possibilidade de ser justificada face a critérios morais. A justificação decorre da oferta de argumentos que evidenciem as possíveis conseqüências, principalmente as conseqüências inesperadas, das investigações científicas e das inovações tecnológicas.

10 CONTROLE CRÍTICO DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA: 1. É preciso avaliar as conseqüências das descobertas científicas e das tecnológicas. 2. É necessário que essa avaliação seja feita por cientistas e não-cientistas. 3. As informações sobre as conseqüências das descobertas científicas e das aplicações tecnológicas devem ser acessíveis a todos os membros da sociedade.

11 CONCLUSÃO É preciso ter medo das conseqüências da descoberta e da aplicação da Ciência e da Tecnologia. Não se pode perder a esperança que os resultados das novas descobertas podem ser colocados sob o controle daquilo que é nobre no ser humano. O ser humano deseja conhecer, mas deseja também agir segundo critérios de moralidade.