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Sou um guardador de rebanhos. Sou um guardador de rebanhos

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Apresentação em tema: "Sou um guardador de rebanhos. Sou um guardador de rebanhos"— Transcrição da apresentação:

1 Sou um guardador de rebanhos. Sou um guardador de rebanhos
Sou um guardador de rebanhos. Sou um guardador de rebanhos. O rebanho é os meus pensamentos E os meus pensamentos são todos sensações. Penso com os olhos e com os ouvidos E com as mãos e os pés E com o nariz e a boca. Pensar numa flor é vê-la e cheirá-la E comer um fruto é saber-lhe o sentido. Por isso quando num dia de calor Me sinto triste de gozá-lo tanto. E me deito ao comprido na erva, E fecho os olhos quentes, Sinto todo o meu corpo deitado na realidade, Sei da verdade e sou feliz. Alberto Caeiro, Heterônimo de Fernando Pessoa

2 Sou um guardador de rebanhos
Sou um guardador de rebanhos. Metáfora: eu lírico como um ser natural e que anula a oposição entre o pensar e o sentir. O rebanho é os meus pensamentos Metáfora: eu lírico considera que seus pensamentos, transitando livremente, são como animais de um rebanho. O universo campestre está presente até mesmo nas imagens poéticas. E os meus pensamentos são todos sensações. / Penso com os olhos e com os ouvidos Sensações: Alberto Caeiro não é adepto de uma visão de mundo recionalizante. Para ele, o importante é o conhecimento do mundo por meio dos sentidos. Por isso quando num dia de calor / Me sinto triste de gozá-lo tanto. Filosofia de vida: A exemplificação é um dos principais recursos argumentativos empregados para concretizar uma ideia. Caeiro, comprova sua filosofia de vida com a experiência de um dia ensolarado no campo. Ele é o mestre das vozes de Pessoa. É o homem ligado à natureza que se aproxima da visão pagã e apresenta um pensamento lúcido, simples e sábio.

3 Quando, Lídia Quando, Lídia, Vier o Nosso Outono Quando, Lídia, vier o nosso outono  Com o inverno que há nele, reservemos  Um pensamento, não para a futura  Primavera, que é de outrem,  Nem para o estio, de quem somos mortos,  Senão para o que fica do que passa  O amarelo atual que as folhas vivem  E as torna diferentes.  Ricardo Reis, Heterónimo de Fernando Pessoa 

4 Quando, Lídia Quando, Lídia, Vier o Nosso Outono Quando, Lídia, vier o nosso outono  Com o inverno que há nele, reservemos  Um pensamento, não para a futura  Primavera, que é de outrem,  Nem para o estio, de quem somos mortos,  Senão para o que fica do que passa  O amarelo atual que as folhas vivem  E as torna diferentes.  Ricardo Reis, Heterónimo de Fernando Pessoa  Metáforas: As estações do ano apresentam-se metaforizadas nas fases da vida do eu lírico. A compreensão tranquila da vida é representada pela forma como a voz poética compreende as etapas e as fases que devem ser cumpridas como se apresentam. Temos então os primeiros temas subjacentes a esse texto: a fugacidade do tempo e a efemeridade da juventude.

5 Quando, Lídia Quando, Lídia, Vier o Nosso Outono Quando, Lídia, vier o nosso outono  Com o inverno que há nele, reservemos  Um pensamento, não para a futura  Primavera, que é de outrem,  Nem para o estio, de quem somos mortos,  Senão para o que fica do que passa  O amarelo atual que as folhas vivem  E as torna diferentes.  Ricardo Reis, Heterónimo de Fernando Pessoa  Estoicismo: Ricardo Reis era adepto do estoicismo, doutrina que propõe viver de acordo com a lei racional da natureza. O comportamento sereno do eu lírico considera, sem juízo de valor, que cada momento da vida é diferente do outro.

6 Cruz na porta da tabacaria!
Cruz na porta da tabacaria! Quem morreu? O próprio Alves? Dou Ao diabo o bem-estar que trazia. Desde ontem a cidade mudou. Quem era? Ora, era quem eu via. Todos os dias o via. Estou Agora sem essa monotonia. Ele era o dono da tabacaria. Um ponto de referência de quem sou Eu passava ali de noite e de dia. Meu coração tem pouca alegria, E isto diz que é morte aquilo onde estou. Horror fechado da tabacaria! Desde ontem a cidade mudou. Mas ao menos a ele alguém o via, Ele era fixo, eu, o que vou, Se morrer, não falto, e ninguém diria. Álvaro de Campos. Heterônimo de Fernando Pessoa

7 Cruz na porta da tabacaria!
Cruz na porta da tabacaria! Quem morreu? O próprio Alves? Dou Ao diabo o bem-estar que trazia. Desde ontem a cidade mudou. Quem era? Ora, era quem eu via. Todos os dias o via. Estou Agora sem essa monotonia. Ele era o dono da tabacaria. Um ponto de referência de quem sou Eu passava ali de noite e de dia. Alegoria e metafísica: A presença da cruz na porta é a representação da morte de Alves, dono da tabacaria, e do assombro do eu lírico diante da finitude da vida, tema metafísico por excelência.

8 Cruz na porta da tabacaria!
Cruz na porta da tabacaria! Quem morreu? O próprio Alves? Dou Ao diabo o bem-estar que trazia. Desde ontem a cidade mudou. Quem era? Ora, era quem eu via. Todos os dias o via. Estou Agora sem essa monotonia. Ele era o dono da tabacaria. Um ponto de referência de quem sou Eu passava ali de noite e de dia. Meu coração tem pouca alegria, E isto diz que é morte aquilo onde estou. Horror fechado da tabacaria! Marcadores temporais: A repetição reforça a ideia de transformação na vida do eu lírico. É como se “desde ontem” houvesse a descoberta da temporalidade da vida e da sua insignificância nos centros urbanos

9 Cruz na porta da tabacaria!
Solidão e modernismo: o tema da solidão é típico em Álvaro de Campos, que disseca a vida anônima nas grandes cidades. A constatação de que ele também morrerá e não será sequer notado o angustia e revela sua condição de vazio. Meu coração tem pouca alegria, E isto diz que é morte aquilo onde estou. Horror fechado da tabacaria! Desde ontem a cidade mudou. Mas ao menos a ele alguém o via, Ele era fixo, eu, o que vou, Se morrer, não falto, e ninguém diria. Álvaro de Campos. Heterônimo de Fernando Pessoa

10 Bernardo Soares – Livro do Desassossego
Bernardo Soares – Livro do Desassossego. Bernardo Soares é ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. Narro indiferentemente a minha biografia sem factos, a minha história sem vida. Um ar de sofrimento, aquele sofrimento que nasce da indiferença que provém de ter sofrido muito. No meu coração há uma paz de angústia, e o meu sossego é feito de resignação. Tornar anódino o quotidiano para que a mais pequena coisa seja uma distração. A intriga, a maledicência, a prosápia falada do que se não ousou fazer ... Vou analisando em mim o desconhecido estado de alma deles. As costas deste homem dormem. Vai inconsciente. Vive inconsciente. Uma vaga religião formava-se no escritório. Ninguém estava quem era.

11 “(. ) Mas serenamente Imita o Olimpo No teu coração
“(...) Mas serenamente  Imita o Olimpo  No teu coração.  Os deuses são deuses  Porque não se pensam.” “(...) Começo a conhecer-me. Não existo.  Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,  ou metade desse intervalo, porque também há vida ...  Sou isso, enfim (...)”.

12 “(. ) Mas serenamente Imita o Olimpo No teu coração
“(...) Mas serenamente  Imita o Olimpo  No teu coração.  Os deuses são deuses  Porque não se pensam.” Ricardo Reis “(...) Começo a conhecer-me. Não existo.  Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,  ou metade desse intervalo, porque também há vida ...  Sou isso, enfim (...)”. Bernardo Soares

13 “(. ) Eu não tenho filosofia: tenho sentidos
“(...) Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar ... Amar é a eterna inocência, E a única inocência não pensar...”. “(...) Será que em seu movimento A brisa lembre a partida, Ou que a largueza do vento Lembre o ar livre da ida? Não sei, mas subitamente Sinto a tristeza de estar O sonho triste que há rente Entre sonhar e sonhar.”

14 “(. ) Eu não tenho filosofia: tenho sentidos
“(...) Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar ... Amar é a eterna inocência, E a única inocência não pensar...”. Alberto Caeiro “(...) Será que em seu movimento A brisa lembre a partida, Ou que a largueza do vento Lembre o ar livre da ida? Não sei, mas subitamente Sinto a tristeza de estar O sonho triste que há rente Entre sonhar e sonhar.” Álvaro de Campos


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