Sonar: O uso de equipamentos eletrónicos na prospeção indireta

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1 Sonar: O uso de equipamentos eletrónicos na prospeção indireta
Resumo: As prospeções arqueológicas subaquáticas possuem como objetivo a investigação e o registo de dados, a fim de caracterizar e analisar um determinado local. O uso de novas tecnologias para prospeção indireta são cada vez mais utilizadas pelas equipas de arqueologia subaquática, principalmente os sistemas de prospeção magnéticos e acústicos. O sonar pela sua alta capacidade de gerar imagens do leito marinho minimizando os custos da pesquisa é sem dúvida o mais utilizado. Sonar – Um breve histórico TIPOS DE SONARES Existem dois tipos principais de sonares para mapear imagens do fundo do mar: sonares multifeixe de batimetria e mapeamento e sonares de varredura lateral – Sidescan Multifleixe - Os sonares multifeixe (SMF) destacam-se pela potencialidade de cobertura total do fundo com elevada densidade de medições, permitindo a construção de modelos digitais de terreno que reproduzem de forma fiel o relevo submarino, melhorando a qualidade das informações representadas na carta náutica. Sidescan - Este tipo de sonar é geralmente rebocado junto ao fundo a partir de um navio. Os transdutores piezelétricos montados lateralmente no peixe de sonar emitem um impulso acústico, muito estreito no plano horizontal e largo no plano vertical, sonorizando uma fina fatia do fundo do mar em cada disparo. Quando a onda sonora atinge o fundo do mar, a maioria da energia pode ser refletida para longe do peixe no caso de fundos lisos, ou pode ser espalhada em diferentes direções no caso de fundos rugosos. A energia que regressa na direção do peixe de sonar é, assim, função das propriedades do fundo (rugosidade, composição e outros parâmetros físicos). SONAR é uma sigla em inglês que quer dizer Sound Navigation And Ranging ou numa tradução livre algo como Navegação e Determinação da distância pelo som. Para a navegação e para as pesquisas marítimas trata-se de um instrumento muito importante. Foi construído pelo físico francês Paul Langevin em 1917, para localizar submarinos alemães, mas só foi usado após a Primeira Guerra Mundial. Paul Langevin, utilizou a piezieletrecidade de cristais de quartzo, em 1916, com a construção do primeiro sonar. Fonte: O Sonar foi criado e desenvolvido como instrumento de guerra anti-submarino, amplamente usado durante a Segunda Guerra Mundial. Ele é um dispositivo criado para detetar e localizar objetos submersos na água por meio das ondas sonoras que os alvos refletem ou produzem. Esquema de funcionamento do sonar na detecção de submarinos. Fonte: Rapidamente os sonares evoluíram e passaram a ser utilizados não apenas com fins bélicos. Pesquisas financiadas pela indústria petrolífera, pelas empresas de transporte marítimo, entre outras, passaram a utilizar essa tecnologia como aliada no reconhecimento do leito marinho e de seus componentes. Hoje, esta tecnologia é amplamente utilizada por varias disciplinas inclusive pela arqueologia subaquática em prospeções arqueológicas. Vantagens Eficiente ferramenta no processo de prospecção indireta; Permite a varredura de grandes áreas; Não necessita visibilidade para mergulho. Em alguns modelos com imagens em alta definição. Desvantagens A imagem registrada não é de um objeto arqueológico, mas dados a serem interpretados; Preço elevado; Necessita de um técnico especialista, para operação e interpretação dos dados; Conclusão: Podemos observar que os equipamentos eletrónicos ligados a prospeção indireta de ambientes marinhos estão cada vez mais avançados e próximos das equipas de pesquisadores. O Sonar de Varredura Lateral apresenta-se como uma ótima alternativa na prospeção de grandes áreas ou de ambientes com pouca visibilidade. Com um relativo baixo custo de aquisição e de operação podemos obter excelentes resultados como o demonstrado na figura ao lado, porêm deve-se observar que o registo do sonar ou de qualquer outro equipamento eletrónico passa a ser um registo arqueológico após a interpretação de um especialista e do mergulho científico. Uso de sonares na varredura do leito marinho. Fonte: Esquema de funcionamento do “peixe” rebocado por uma embarcação. Fonte: Naufrágio detectado por um sonar de varredura lateral. Fonte: Quinta do Contador nº13, Estrada da Serra, Tomar (Portugal) Telf (ext. 3183) DEMATHÉ, A.