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Paulo Tadeu Meira Silva de Oliveira

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Apresentação em tema: "Paulo Tadeu Meira Silva de Oliveira"— Transcrição da apresentação:

1 Paulo Tadeu Meira Silva de Oliveira
Modelagem estatística na avaliação das condições das pessoas com deficiência Paulo Tadeu Meira Silva de Oliveira Instituto de Matemática e Estatística - USP, Rua do Matão, CEP , São Paulo, SP, Brasil Resumo: Desde tempos remotos, é considerado como fato, que sempre existiam ao longo da história pessoas com deficiência. Paulatinamente, as sociedades foram percebendo que, para além da caridade e assistência, tais pessoas deveriam ser incluídas em programas e políticas públicas que pudessem valorizar seu potencial produtivo. Na realidade, as próprias pessoas com deficiência foram dando mostras de que podiam e desejavam estudar, trabalhar, terem suas vozes ouvidas e serem plenamente incluídas na sociedade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima-se que mais de um bilhão de pessoas vivam com alguma forma de deficiência, algo próximo de 15% da população mundial (baseada em estimativas de 2010). Isto é menor do que as estimativas procedentes do IBGE, as quais datam também de 2010 e que sugerem aproximadamente 23,9% da população do Brasil, representada por milhões, são pessoas com pelo menos uma deficiência. Dessas pessoas, se encontram na área urbana e em áreas rurais. A região nordeste concentra os municípios com os maiores porcentuais da população com pelo menos uma das deficiências investigadas. Segundo a OMS, a deficiência é caracterizada como complexa, dinâmica, multidisciplinar e questionada. A transição de uma perspectiva individual e médica para uma perspectiva estrutural e social foi descrita como a mudança de um “modelo médico” para um “modelo social” no qual as pessoas são vistas como deficientes pela sociedade e não devido a seus corpos. As vidas das pessoas com deficiência são afetadas por resultados de saúdes precários, rendimento educacional inferior, menor participação econômica, taxas mais altas de pobreza, maior dependência e restrição à participação e inclusão. A deficiência no Brasil foi tratada de várias maneiras no decorrer da história sobre um viés da Cultura Pública. No início, nas populações indígenas, as crianças com alguma deformidade física eram abandonadas e excluídas do convívio social. Entre a população negra que era escravizada no País, a deficiência física e sensorial era decorrida dos inúmeros castigos físicos aplicados nas fazendas de café e engenhos de cana-de-açúcar. Já os colonos portugueses adquiriram limitações físicas ou sensoriais devido às condições climáticas. No século XIX, a deficiência tornou-se mais recorrente por causa dos conflitos militares. Segundo Vimieiro e Maia (2011) no século XX, principalmente, no período que compreende os anos de 1960 a 1984, a educação, saúde e trabalho eram tidas como as alternativas da época para a questão da deficiência, possuindo um caráter integrativo. A educação era utilizada para que essas pessoas "se educassem para parecerem normais" e o trabalho seria uma forma de voltarem à produtividade. Por outro lado, nos anos pós-1984, a temática entra na perspectiva do direito, remetendo a um caráter de inclusão. Para que haja um melhor suporte para as políticas públicas que visam melhor qualidade de vida a parcela da população formada por pessoas com deficiência, é de suma importância, antes de mais nada, descrever esse conjunto de pessoas sob o ponto de vista quantitativo, e como ponto de partida, começamos por estudar os dados do Censo Demográfico de 2010 realizado pelos recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do Questionário da Amostra (completo) formado por um conjunto de entrevistados. Neste trabalho pretendemos apresentar modelagem estatística a análises utilizando técnicas como análise de regressão logística binária, multinomial ou politômica e ordinal estereótipo e regressão em árvore como técnicas de seleção de variáveis utilizadas neste estudo. Palavras chave: índice deficiência, regressão logística, seleção de variáveis, pessoas com deficiência Introdução A deficiência é caracterizada como uma complexa experiência multidimensional, impõem inúmeros desafios de mensuração. As abordagens para mensurar a deficiência variam entre os diferentes países e influenciam os resultados. As medidas operacionais de deficiência variam de acordo com o objetivo e a aplicação dos dados, a concepção de deficiência, os aspectos da deficiência que se examina: deficiências, limitações para realizar e participar de determinadas atividades, restrições para participar de atividades, problemas de saúde relacionados, fatores ambientais – as definições, os tipos de questões levantadas, as fontes de informação, os métodos de coleta de dados e as expectativas de funcionamento. Como forma de colaborar com a reversão desse cenário, uma possível alternativa e que pode servir de suporte e monitoramento das políticas públicas nessa área é propormos o índice deficiência ponderado pelos diferentes graus de severidade das deficiências para enxergar, ouvir, caminhar e intelectual, de tal modo que, quanto maior esse índice, maior é o comprometimento dessa pessoa com a deficiência. Neste trabalho, com o intuito de selecionar quais são as variáveis mais significantes para cada modelo e qual dos modelos melhor se ajusta, em termos estatísticos utilizaremos modelos de regressão logística binária, multinomial e ordinal estereótipo; seleção de variáveis utilizando teste da razão de verossimilhança forward e de modelos utilizando os critérios AIC e BIC. Faremos um estudo comparativo entre a metodologia da regressão logística binária utilizada em Oliveira (2013), metodologia da regressão logística ordinal estereótipo considerada por Oliveira (2014) e multinomial ou politômica utilizada em Oliveira (2015), em função do variável índice deficiência que é uma composição entre as diferentes deficiências para enxergar, ouvir, física e intelectual. Materiais e Métodos : Motivação Sabe-se que as principais causas que pode fazer com que uma pessoa torne-se pessoa com deficiência pode ser: ao nascer devido a problema congênitos, má formação do feto e problemas genéticos; violência, mal tratos e acidentes: sejam em casa, no trabalho ou na rua; aumento da expectativa de vida e aumento de problemas acarretados pelo envelhecimento da população; e, por fim; problemas de má gestão, inexistência de prioridade e importância para esse problema, falta ou desvio de recursos a serem destinados, o que impede uma melhor eficiência na resolução deste problema. Índice deficiência Índice que visa medir o grau de gravidade de deficiência para cada pessoa, neste caso, o critério estabelecido foi baseado nos graus de severidade de deficiência de acordo com o estabelecido pelo IBGE no Censo demográfico de 2010 atribuindo 3 pontos para quem não consegue de modo algum enxergar, ouvir, andar e intelectual e apresenta deficiência intelectual; 2 pontos para quem consegue com muita dificuldade enxergar, ouvir ou andar; 1 ponto para quem consegue com alguma dificuldade, e, finalmente, zero para quem não apresenta qualquer deficiência que diz respeito às deficiências estudadas. O índice deficiência é a soma resultante das pontuações atribuídas para cada uma dessas deficiência, obtendo um escore que pode variar entre 0 a 12. Resultados e discussões Para este trabalho, fizemos: Criação do índice deficiência, obtido pela ponderação das diferentes deficiências e seus respectivos graus de severidade de acordo com a classificação definida pelo IBGE no Censo Demográfico de 2010 no questionário completo; Aplicação da técnica AID para cada uma das seguintes variáveis dependentes: deficiência e índice deficiência; Ajuste dos seguintes modelos de regressão logística: Regressão logística binária, considerando como variável resposta deficiência; Regressão logística multinominal, considerando como variável resposta índice deficiência, e, por fim; Regressão logística ordinal estereótipo, considerando como variável resposta índice deficiência. Por último; Para cada modelo ajustado foi aplicado: 10) Métodos de seleção de variáveis stepwise backward e foram excluídas as variáveis que não forma consideradas significativas pelo teste de Wald em cada passo; 20) Repetição da análise até que não existam mais variáveis para serem excluídas; 30) Cálculo do risco considerando os modelos logístico binário, multinomial e ordinal estereótipo. Figura 9. Diagrama em árvore para a variável dependente deficiência. Figura 10. Diagrama em árvore para variável dependente índice deficiência. Conclusões A partir das análises feitas para este trabalho, foi possível tirar as seguintes conclusões: 1) Existência de grande disparidade entre pessoas com deficiência e que não apresentam qualquer deficiência; 2) O risco deficiência aumenta na medida em que aumenta a idade e o número de filhos; 3) O modelo que necessitou de um menor número de variáveis explicativas foi multinomial ou politômico com 15, enquanto que, o que necessitou de maior quantidade de variáveis foi para o ordinal estereótipo com 22. 4) Neste trabalho, o modelo logístico ordinal estereótipo com resposta ordinal, foi possível melhorar a qualidade de ajuste, ao ser comparado com o ajuste por modelo logístico proposto em Oliveira, (2013) com resposta binária e o modelo multinomial proposto em Oliveira (2015). Ao utilizar a resposta ordinal, foi incorporado o índice deficiência para os diferentes graus de severidade. Elas também sentirão os efeitos da melhora social mais geral, por isso que as políticas específicas como gratuidades, cotas, isenções e benefícios não podem ser um fim em si mesmo, mas parte de uma estratégia mais ampla na qual, equiparando oportunidades, todos possam construir um país melhor, mais justo e humano A Tabela 1 mostra a quantidade de pessoas e suas respectivas porcentagens das que foram selecionadas para compor a amostra e responderam ao questionário completo do Censo 2010 do IBGE. Tabela 1. Frequência de indivíduos por índice deficiência em (%) Examinando a Tabela 1, é possível verificar que 76,27% eram constituídas por pessoas que não apresentaram qualquer deficiência (índice deficiência igual a zero) e que 10,177% apresentaram índice deficiência superior a 2, o que pode significar no mínimo uma deficiência grave ou duas deficiência de forma leve. Figura 8. Gráficos de probabilidade de ocorrência um determinado índice deficiência em função da variável número de filhos. Figura 4. Gráficos de probabilidade de ocorrência um determinado índice deficiência em função da variável idade.


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