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10 Fogo purificador Na manhã imediata que o fogo purificador iria passar, a Casa Transitória ja tinha um outro local que se estabeleceria por um tempo.

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2 10 Fogo purificador Na manhã imediata que o fogo purificador iria passar, a Casa Transitória ja tinha um outro local que se estabeleceria por um tempo. Vários servidores de outras organizações ajudavam. André pergunta: A instituição pode alçar vôos de grande alcance? Instrutor responde: Devido os domínios vibratórios precisamos ser cautelosos.

3 10 Fogo purificador O Fogo purificador ( descarga eletricas do atomo etérico) produz uma assepsia do local, melhorando as condições de vida naquele ambiente e livrando-o de miasmas e demais substância deletéria produzidas pelos pensamentos mal sãos. Estes miasmas são conhecidos pelos médiuns que tem desenvolvida a capacidade de perceber como sendo uma substância esverdeada e gosmenta. O tecido perispiritual mostra cores escuras, espessas, podendo demonstrar deformações, atrofias devido as fixações mentais, os resíduos psíquicos venenosos e as tóxicos, provenientes de energias mórbidas. O fogo purificador ou etéreo queimam ou desintegram o excesso destas energias e toxinas. (Sob a luz do Espiritismo – Ramatis)

4 10 Fogo purificador É como as cores que percebemos, tão sômente, as que vão do vermelho ao violeta, onde a maioria das pessoas nada enxerga além das últimas cinco, que são o azul, o verde, o amarelo, o laranja e o vermelho, não registrando o índigo e o violeta. Existem, porém, outras cores no espectro, correspondentes a vibrações para as quais o olho humano não possui capacidade de sintonia. Manifestam-se raios infravermelhos e ultravioletas que o pesquisador humano consegue identificar imperfeitamente, mas que não pode ver. Ocorre o mesmo com a potência auditiva que assinala apenas os sons que se enquadram na tabela de “16 vibrações sonoras a por segundo”. As ondas mais lentas ou mais rápidas escapam-lhe totalmente. As leis nas duas dimensões são de acordo com a necessidade.

5 10 Fogo purificador A densidade da região influía nos serviços, todo o pessoal disponível fora convocado ao trabalho dos motores e da maquinaria complexa, indescritível na técnica humana. Zenóbia, nos pediu colaboração nas defesas magnéticas, em vista da mpregar maior número de cooperadores na preparação ativa do vôo. As murralhas não são altas e verticais como as terrestres, mas horizontalmente estendidas, formadas de substância escura, e emitiam forças elétricas de expulsão num raio de cinco metros de largura, aproximadamente, circulando toda a casa.

6 10 Fogo purificador Diversos focos de luz permaneciam acesos. Velavamos pelo funcionamento regular de certos aparelhos geradores de energia electromagnética, destinados à emissão constante de forças defensivas, e vigiavamos o setor que nos fora confiado. Levariam apenas os sofredores que se apresentarem renovados, com sinais legítimos de transformação moral para o bem. André: -Como nos asseguraremos, porém, dessa renovação? Instrutor responde: Os sofredores, já modificados para o bem, apresentarão círculos luminosos característicos em torno de si mesmos, logo que, estejam onde estiverem, concentrem suas forças mentais no esforço pela própria retificação.

7 10 Fogo purificador Entregávamo-nos, tranquilos, ao trabalho, quando indescritível choque atmosférico abalou o escuro céu. Clarão de terrível beleza varou o nevoeiro de alto a baixo, oferecendo, por um instante, assombroso espetáculo. Não era bem o relâmpago conhecido na Crosta, por ocasião das tempestades. Observava- se, ali, o contrário: a tormenta de fogo ia começar, metódica e mecanicamente. André experimenta um angustioso pavor, mas o Assistente Jerônimo revelava-se tão calmo que a sua serenidade era contagiante: É o primeiro aviso da passagem dos desintegradores.

8 10 Fogo purificador A distância de muitos quilômetros, víamos os clarões da fogueira ateada pelas faíscas elétricas na desolada região. O assessor comunicou que a Casa deveria partir dentro de 4 horas, e em virtude disso grande seria o numero de infortunados a procura-lhe as portas. O trabalho dos desintegradores etéricos, invisíveis para nós, tal a densidade ambiente, evita o aparecimento das tempestades magnéticas que surgem, sempre, quando os resíduos inferiores de matéria mental se amontoam excessivamente no plano. Outro trovão e o fogo riscou em diversas direções.

9 10 Fogo purificador André: Ouvíamos a ensurdecedora algazarra de multidões que se aproximavam gritando socorro. Ajoelhavam e rogavam ajuda, mas seus círculos continuavam escuros. As rogativas sensibilizavam qualquer cooperador menos avisado. Começaram a chegar entidades aureoladas de luz, emolduravam-lhes a fronte belos circulos uniformes. Trajavam farrapos e traziam comovedores sinais de sofrimento. Contemplavam o Alto e tentavam manter o pensamento alheio aos que gritavam insultos, cantando hosanas ao Senhor. Vinham, de mãos entrelaçadas, a fim de que se lhes aumentasse a força, num processo de troca instintiva dos valores magnéticos infundia-lhes prodigiosa renovação de poder, porquanto levitavam, sobrepondo-se ao desvairado ajuntamento.

10 10 Fogo purificador Enfermeiros e macas, em grande número, estacionavam, não longe de nós, promovendo socorros imediatos. Quatro horas se passaram e agora a paisagem era mais sufocante. Serpentes de fogo caiam no solo que começou a tremer sob os nossos pés, num calor asfixiante. O sino tocou para nos recolhermos e a imagem era devasta floresta incendiada, a desalojar feras e monstros de furnas desconhecidas. Começamos escutar os motores e eu pensava que seria de nós se eles invadissem?

11 10 Fogo purificador Todas as portas foram cerradas hermeticamente. Zinóbia nos chamou a sala de orações e explicou que a casa para movimentar-se com exito, não necessitava apenas de forças elétricas, mas, também, de nossas emissões magnético-mentais, que atuariam como reforço no impulso inicial de subida. Ela abriu a bíblia e leu o Salmo 104. No meio da leitura a Casa principiou a elevar-se vagarosamente no inicio e depois em movimento rápido. Todas as portas foram cerradas hermeticamente. Zinóbia nos chamou a sala de orações e explicou que a casa para movimentar-se com exito, não necessitava apenas de forças elétricas, mas, também, de nossas emissões magnético-mentais, que atuariam como reforço no impulso inicial de subida. Ela abriu a bíblia e leu o Salmo 104. No meio da leitura a Casa principiou a elevar-se vagarosamente no inicio e depois em movimento rápido.

12 10 Fogo purificador Decorridos quase uma hora de voo vertical, alcançamos uma região ensolarada. Após este momento a casa começou a movimentar-se no sentido horizontal. Conversávamos sobre a experiência e após 3:35 reparamos que suavemente a Casa Transitória descia. Regressamos ao círculo de substância densa, embora menos pesada e menos escura. Extensa legião de servidores aguardava a nossa chegada para colaborar no esforço de readaptação.

13 11 Amigos novos Despedimo-nos da instituição e colocamo-nos a caminho da Crosta, Jeronimo nos instruiu sobre um novo trabalho de assistência a amigos que estão prestes a se desfazer do corpo. No sono os conduziremos a Fundação Fabiano para que se habituem lentamente com a ideia de afastamento definitivo. Intrigado perguntei: Todas as mortes são acompanhadas de missões auxiliadoras? Jerônimo: Absolutamente. Reencarnações e desencarnações de modo geral obedecem simplesmente à lei.

14 11 Amigos novos Há princípios biogenéticos orientando o mundo das formas vivas ao ensejo do renascimento físico, e princípios transformadores que presidem aos fenômenos da morte, em obediência aos ciclos da energia vital, em todos os setores de manifestação. Nos múltiplos círculos evolutivos, há trabalhadores para a generalidade, como cooperadores que se esforçam mais intensamente nas edificações do progresso humano, há missões de ordem particular para atender-lhes as necessidades. Não se trata de prerrogativa nem de compensações de favor, o fato revela aproveitamento de valores. Se determinado colaborador demonstra qualidades valiosas no curso da obra, merecerá, sem dúvida, a consideração daqueles que a superintendem, examinando-se a extensão do trabalho futuro. No plano espiritual muito grande é o carinho que se ministra ao servidor fiel, de modo a preservar-lhe o devotado Espírito da ação maléfica dos elementos destruidores como: o desânimo e a carência de recursos estimulantes.

15 11 Amigos novos Atingimos pequena cidade do interior, em uma casa humilde. Conhecemos Dímas em lamentáveis condições, atacado de cirrose hipertrófica. Ele um colaborador dos nossos serviços de assistência, faz muitos anos, veio de nossa colônia espiritual, há pouco mais de meio século. Desenvolveu faculdades mediúnicas, colocando-se a serviço dos necessitados e sofredores. O quarto permanecia iluminado devido a incessante visita de espíritos benfeitores.

16 11 Amigos novos Nosso amigo fez-se credor feliz e agora chegou a hora de seu descanso. Surpreendido vi que Dimas se apercebeu da nossa presença. Serrou os olhos do corpo e nos via com os olhos da alma. Fez rogativa pela nossa colaboração. Estava exausto dizia, mas mantinha-se calmo. Jeronimo pediu que eu lhe desse passes. Dois amigos espirituais de Dimas chegaram ao quarto nos comunicando que se reuniriam na Casa Tansitoria para prepara-lo para a noite liberta-lo definitivamente do corpo.

17 11 Amigos novos Volitamos da pequena cidade para o Rio de Janeiro. Como era bom volitar depois de passarmos aquele tempo em local espesso e escuro. Penetramos no lar de Fábio onde matinha sinais de tuberculose. Ele conversava com duas crianças de 6 e 8 anos com formosa luz aureolava a mente do enfermo. — Papai, mas o senhor acredita que ninguém morre? — Indagou o filhinho mais velho. — Sim, Carlindo, ninguém desaparece para sempre e é por isso que desejo aconselhá-los, como pai que sou. — Creio que não me demorarei a partir... — Para onde papai? — atalhou o menor. — Para um mundo melhor que este, onde possa ajudá-los num corpo são, que Deus me concederá, e eu estarei com vocês, sem que me vejam. Jeronimo diz: vamo-nos Fabio ficara bem.

18 11 Amigos novos Fomos a um confortável apartamento onde uma senhora com idade avançada apresentava moléstia do coração. Dois espíritos a acompanhavam e explicaram ser filiada a organizações superiores de nossa colônia espiritual. Faz parte da Igreja Presbiteriana e, viúva desde cedo, trabalhou na area educativa, formando a infância e a juventude no ideal cristão. Jeronimo tocou sua fronta e ela pediu a Bíblia e eu apliquei-lhe passes reconfortantes. Chegou uma amiga de nosso plano que veio vela-la a cabeceira. Jerônimo explicou nosso trabalho. Havia um pedido de prorrogação em favor dela. Todos somos de parecer que deva ser chamada à nossa esfera com urgência, para receber o prêmio a que fêz jus. Todavia, há razões ponderosas para que seja amparada convenientemente, a fim de que permaneça com a família consanguínea, na Crosta, por mais alguns meses.

19 11 Amigos novos Saímos de lá e fomos a um hospital visitar Cavalcante que veio de nossa colônia a 60 anos. Um trabalhador cristão virtuoso no serviço ao próximo. Ele sofreria uma intervenção no duodeno no dia seguinte e eles voltariam para acompanhar. André fez aplicações magnéticas e Cavalcante não nos percebeu devido não possuir bastante educação religiosa para o intercambio. Ele sofria as vibrações do ambiente perturbado e assedio dos parentes desencarnados. Haviam os trabalhos de vigilância mas ele não se preparou para libertar-se do jugo da carne e sofre muito pelos exageros da sensibilidade, mantendo-se excessivamente ligado aos que ama.

20 11 Amigos novos Adentramos num edifício que asilavam numerosas criancinhas onde se sediava compacta legião de trabalhadores de nosso plano. Achava-se ali Bezerra de Menezes, abraçou-nos um a um. Jeronimo explicou sua missão e ele disse que Adelaide não daria trabalho, pois ela fora uma médium, trabalhou para os enfermos, amparou as crianças orfãos, lhe preparam a alma para esta hora. Adelaide emanava raios brilhantes em oração, Bezerra saudou-a e ela disse: sei que é o termino da jornada e estou pronta. Bezerra: sei que é devotada e o médico divino nos autorizou o seu repouso. Pequena auxiliar do instituto quebrou o colóquio anunciando visitas e Adelaide perdeu o contato com Bezerra.

21 12 Excursão de adestramento
O orientador da Casa transitório nos orientou que tomássemos como ponto de referencia o lar coletivo de Adelaide. Diversas entidades amigas operavam na instituição e era um dos raros edifícios da Crosta sem criaturas perversas da esfera invisível. Semelhando-se a Casa transitória a vigilância era severa. Visitávamos a instituição e de todos compartimentos havia luz de nosso plano com abundancia de pensamentos salutares. Devido a muitas visitas com emanações mentais somos obrigados, depois de cada sessão a minuciosas atividades de limpeza. Como sabem, os pensamentos exercem vigoroso contágio e faz-se imprescindível isolar os prestimosos colaboradores de nossa tarefa, livrando-os de certos princípios destruidores ou dissolventes. Esta instituição não apenas ampara as crianças mas também prepara os seres para o Evangelho para infundir espiritualidade superior a mente humana. As casas sociais funcionam como grandes navios abastecendo a coletividade faminta de luz.

22 12 Excursão de adestramento
Na divisão de trabalho Luciana e Irene trariam a irmã Albina e padre Hipólito e André trariam Dimas, Fábio e Cavalcante para a Casa Transitória em excursão de aprendizado e adestramento. Hipólito me explicou que os que se aproximam da desencarnação normalmente se ausentam do corpo por ação mecânica, ficando fácil leva-los para a tarefa de preparação. Encontrando Dimas ele pergunta se será hoje o fim e eles dizem que ainda não, que ele deve ir com eles. Demo-nos as mãos e partimos os três juntos para o Rio em busca de Fábio que se ligou a nossa caravana facilmente. Hipólito disse que não convinha levar todos de uma vez.

23 12 Excursão de adestramento
Levamos os dois e voltamos para buscar Cavalcante que mostrava-se muito aflito e com medo. Ministramos passes anestesiantes para que dormisse e o retiramos do corpo. Encontramos a caravana e Jeronimo organizou a corrente magnética, tomando posição guiadora e cada irmão encarnado localizava-se entre dois de nos e fomos para a Casa Transitoria através da volitação. Adelaide e Fabio mostrava-se conscientes e acostumados ao desdobramento. Os demais como Albina jubilava passagens biblicas, Cavalcante buscava a confissão para não enfrentar o juizo com a alma no mal.

24 12 Excursão de adestramento
Ao atravessar a região estratosférica a ionosfera surgiu e Dimas começou a perguntar que rio é este? Estou com medo? Não posso atravessar. O impulso magnético fornecido por Jeronimo era forte e chegaram a casa Transitória. Zenóbia começou explicar sobre o desligamento do organismo espiritual. Cavalcante perguntou: será aqui o céu? Albina perguntou a Luciana se aquela era a casa do senhor. Dimas inqueriu a Hipólito se o zona era uma dependência de Marte. Jeronimo considerou: — O plano impressivo da mente grava as imagens dos preconceitos e dogmas religiosos com singular consistência. O trabalho não deve ser brusco para não causar desastres emocionais. Como vemos não é a rotulagem externa ( religião) que socorre o crente nas supremas horas evolutivas. É justamente a sementeira do esforço próprio.

25 13 Companheiro libertado
André: Vivera Dimas toda a cota suscetível a ser aproveitada? Teria sido como fui suicida inconsciente? Pensou porque merecia o movimento excepcional de assistência individualizada? Jeronimo: Não fora determinado um dia exato, apenas atingira-se o tempo próprio. Não chegou a aproveitar todo o tempo prefixado, mas nosso amigo não é suicida. André: Mas se Dimas não aproveitou todo seu tempo não terá também desperdiçado como aconteceu comigo? Jeronimo: Dimas não conseguiu preencher toda a cota de tempo que lhe era lícito utilizar, em virtude do ambiente de sacrifício que viveu, desgastando o corpo, entre deveres e abnegações incessantes. Entregue ao serviço rude, constituiu a família, pingando suor no sacrifício diário com enorme despesa de energia. Mesmo assim, encontrou recursos para dedicar-se aos que gemem e sofrem nos planos mais baixos que o dele. Recebendo a mediunidade, colocou-a a serviço do bem coletivo.

26 13 Companheiro libertado
Perdeu, quase integralmente, o conforto da vida social, privou-se de estudos edificantes que lhe poderiam prodigalizar mais amplas realizações e prejudicou as células físicas, no acúmulo de serviço obrigatório. Noite a dentro, atenuou-se-lhe a resistência nervosa; pela inevitável irregularidade das refeições; pelas perseguições gratuitas de que foi objeto, gastou fosfato excessivamente e, pelos choques reiterados com a dor alheia, que sempre lhe repercutiu amargamente no coração, alojou destruidoras vibrações no fígado, criando afeções morais que o incapacitaram para as funções regeneradoras do sangue. Dimas poderia receber, com naturalidade, semelhantes emissões destrutivas, mantendo-se na serenidade intangívelm todavia, não se organiza de um dia para outro o anteparo psíquico contra o bombardeio dos raios perturbadores da mente alheia.

27 13 Companheiro libertado
Chegara a final de Dimas , porem ele se via psiquicamente muito ligado as algemas domesticas. Teme pelo futuro dos seus e inquieta-se pelos sentimentos da esposa e filhos. A esposa é o primeiro empecilho que precisamos remover. Improvisamos temporária melhora. Todos ficaram confiantes. Disse a esposa que fosse descansar a seu pedido. Diante de sua melhora todos saíram. Jeronimo coloca a mão em sua testa para uma prece final. Dimas agradece a Deus pela oportunidade e lágrimas escapam. Observamos que ele recordava a meninice, revia o colo materno e sentia saudades. Lembrou-se da cena de crucificação de Jesus e lembrou de Maria e implorou: Mãe dos céus, sou agora também o menino frágil com fome do afeto maternal nesta hora suprema. Neste momento sua mãe adentra com uma coroa de luz . Sentindo o afeto materno parecia esquecer todas as magoas.

28 13 Companheiro libertado
Porém segundo observamos, há existências que perdem pela extensão, ganhando, porém, pela intensidade, a visão divina jamais despreza minuciosas investigações sobre as causas. André calou-se, humilhado: dispuz do meu tempo com rigorosa independência nas decisões; cerrava a porta aos clientes antipáticos, quando me faltava disposição para suportá-los; nunca molestara o fígado por sofrimentos alheios, porque era ele pequeno para conter as vibrações destruidoras de minhas próprias Irritações, ao sentir-me contrariado nos pontos de vista pessoais, e, sobretudo, aniquilara o aparelho gastrintestinal pelo excesso de comestíveis e bebedices aliados à sífilis a que eu mesmo dera guarida, levianamente. Havia, portanto, muita diversidade entre o caso Dimas e o meu.

29 13 Companheiro libertado
Aconselhando-me cautela na ministração de energias magnéticas à mente do moribundo, começou a operar sobre o plexo solar, desatando laços que localizavam forças físicas. Há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma: o centro vegetativo(ventre) sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional(tórax), e o centro mental(cérebro). Com espanto, notei que certa porção de substância leitosa extravasava do umbigo, pairando em torno. Esticaram-se os membros inferiores, com sintomas de esfriamento.

30 13 Companheiro libertado
Dimas gemeu, em voz alta, semi-inconsciente. Acorreram amigos, assustados. Sacos de água quente foram-lhe apostos nos pés. Mas, antes que os familiares entrassem em cena, Jerônimo, com passes concentrados sobre o tórax, relaxou os elos que mantinham a coesão celular no centro emotivo, operando sobre determinado ponto do coração, que passou a funcionar como bomba mecânica, desreguladamente.

31 13 Companheiro libertado
Nova cota de substância desprendia-se do corpo, do epigastro à garganta, mas reparei que todos os músculos trabalhavam fortemente contra a partida da alma, opondo-se à libertação das forças motrizes, em esforço desesperado, ocasionando angustiosa aflição ao paciente. O campo físico oferecia-nos resistência, insistindo pela retenção do senhor espiritual. Com a fuga do pulso, foram chamados os parentes e o médico, que acorreram, pressurosos. No regaço maternal, todavia, e sob nossa influenciação direta, Dimas não conseguiu articular palavras ou concatenar raciocínios.

32 13 Companheiro libertado
Alcançáramos o coma, em boas condições. O Assistente estabeleceu reduzido tempo de descanso, mas volveu a intervir no cérebro. Era a última etapa. Concentrando todo o seu potencial de energia na fossa romboidal, Jerônimo quebrou alguma coisa que não pude perceber com minúcias, e brilhante chama violeta-dourada desligou-se da região craniana, absorvendo, instantâneamente, a vasta porção de substância leitosa já exteriorizada. Quis fitar a brilhante luz, mas confesso que era difícil fixá-la, com rigor. Em breves instantes, porém, notei que as forças em exame eram dotadas de movimento plasticizante.

33 13 Companheiro libertado
A chama mencionada transformou- se em maravilhosa cabeça, em tudo idêntica à do nosso amigo em desencarnação, constituindo-se, após ela, todo o corpo perispiritual de Dimas, membro a membro, traço a traço. E, à medida que o novo organismo ressurgia ao nosso olhar, a luz violeta-dourada, fulgurante no cérebro, empalidecia gradualmente, até desaparecer, de todo, como se representasse o conjunto dos princípios superiores da personalidade, momentaneamente recolhidos a um único ponto, espraiando-se, em seguida, através de todos os escaninhos do organismo perispirítico, assegurando, desse modo, a coesão dos diferentes átomos, das novas dimensões vibratórias.

34 13 Companheiro libertado
Dimas-desencarnado elevou-se alguns palmos acima de Dimas cadáver, apenas ligado ao corpo através de leve cordão prateado, entre o cérebro de matéria densa, abandonado, e o cérebro de matéria rarefeita do organismo liberto. A genitora abandonou o corpo grosseiro, rapidamente, e recolheu a nova forma, envolvendo-a em túnica de tecido muito branco, que trazia consigo.

35 13 Companheiro libertado
Para os nossos amigos encarnados, Dimas morrera, inteiramente. Para nós outros, porém, a operação era ainda incompleta. O Assistente deliberou que o cordão fluídico deveria permanecer até ao dia imediato, considerando as necessidades do “morto”, ainda imperfeitamente preparado para desenlace mais rápido. E, enquanto o médico fornecia explicações técnicas aos parentes em pranto, Jerônimo convidou-nos à retirada, confiando, porém, o recém desencarnado a mãezinha de Dimas no mundo físico.

36 13 Companheiro libertado
— Minha irmã pode conservar o filho à vontade até amanhã, quando cortaremos o fio derradeiro que o liga aos despojos, antes de conduzi-lo a abrigo conveniente. Por enquanto, repousará ele na contemplação do passado, que se lhe descortina em visão panorâmica no campo interior. Além disso, acusa debilidade extrema após o laborioso esforço do momento. Por essa razão, somente poderá partir, em nossa companhia, findo o enterramento dos envoltórios pesados, aos quais se une ainda pelos últimos resíduos.

37 13 Companheiro libertado
A anciã agradeceu com emoção e, dando a entender que lhe respondia às argüições mentais, o Assistente concluiu: — Convém montar guarda aqui, vigilante, para que os amigos apaixonados e os Inimigos gratuitos não lhe perturbem o repouso forçado de algumas horas. A mãe de Dimas revelou-se muito grata e partimos, a caminho da fundação de Fabiano, de onde nossa expedição socorrista regressaria à Crosta, no dia seguinte.

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