Metodologia da Pesquisa em Ensino de Ciências I

Apresentação em tema: "Metodologia da Pesquisa em Ensino de Ciências I"— Transcrição da apresentação:

1 Metodologia da Pesquisa em Ensino de Ciências I
Aula IV – Delineamentos de Pesquisa com intervenção

2 Pesquisa empírica experimental com intervenção
É o tipo de pesquisa que fazemos em campo quando agimos sobre o ambiente e queremos avaliar o resultado desta intervenção. Característica importante: Exemplo O pesquisador tenta controlar as variáveis intervenientes no processo. Quando queremos avaliar o efeito sobre a aprendizagem de uma nova metodologia de ensino. Curso de Metodologia da Pesquisa - Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

3 O que é um delineamento de pesquisa?
Um delineamento de pesquisa é composto pela escolha das atividades que serão desenvolvidas, da ordem na qual as atividades serão desenvolvidas e do momento no qual os dados serão coletados ao longo da pesquisa. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

4 Tipos de delineamento da pesquisa empírica com intervenção (CAMPBELL & STANLEY, 1979)
Critério de classificação: controle ou não dos fatores de validade interna (Aula 3). Delineamentos não experimentais Delineamentos experimentais Delineamentos quase-experimentais Não controlam Controlam todos ou a maioria Controlam parcialmente Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

5 Forma geral de expor um delineamento
Xj : indica o j-ésimo tratamento sob análise. O índice é omitido caso este seja o único tratamento; Oj : indica a j-ésima observação; A : indica a seleção por amostragem aleatória de um grupo; Linhas indicam sequências temporais de observações a aplicações do tratamento a um mesmo grupo; Colunas indicam observações ou tratamentos aplicados em um mesmo instante de tempo. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

6 Conceito de aleatoriedade
Qualquer indivíduo da população tem a mesma probabilidade de pertencer às amostras escolhidas. Fonte dos problemas: a não- aleatoriedade na escolhas das amostras Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

7 Delineamentos não experimentais
Não controlam os fatores de validade interna Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

8 Delineamento não-experimental de Tipo I
X O1 É um dos mais utilizados e não controla praticamente nenhum dos fatores de validade interna. Fatores de validade interna não controlados: História; Maturação; Seleção; Mortalidade; Efeitos de interação. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

9 Delineamento não-experimental de Tipo II
Este delineamento também é bastante utilizado. O1 X O2 Fatores de validade interna não controlados: História; Maturação; Testagem; Instrumentação; Seleção; Mortalidade; Efeitos de interação. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

10 Delineamento não-experimental de Tipo III
Fatores de validade interna não controlados: História; Maturação; Seleção; Mortalidade; Efeitos de interação; Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

11 Delineamentos experimentais
Controlam a maioria dos fatores de validade interna. Aleatoriedade na escolha das amostras é garantida. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

12 Delineamento de Tipo IV
X O2 O3 O4 Fatores de validade interna não controlados: Testagem; Instrumentação; Efeitos de interação. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

13 Delineamento de Tipo V A X O1 O2 Este delineamento controla todos os fatores de validade interna de um experimento, sendo considerado o verdadeiro delineamento experimental. Paradoxalmente, é o menos utilizado. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

14 Delineamento de Tipo VI – Quatro grupos de Solomon
X O2 O3 O4 O5 O6 Apesar de ser considerado experimental, este delineamento não controla o fator testagem; Ponto contra: na prática, é de difícil aplicação. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

15 Delineamentos quase-experimentais
São definidos assim por controlarem apenas parcialmente os fatores de validade interna de um experimento. Normalmente, a aleatoriedade na escolha das amostras não é garantida. Os mais usados na prática. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

16 Delineamento de tipo VII (Série Temporal)
Espera-se uma alteração consistente nos escores obtidos após o tratamento, se comparados com os escores obtidos antes do tratamento. Escores observados Linha de tempo Fatores que não controla: Seleção; História; Mortalidade; Maturação. Momento em que o tratamento foi aplicado Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

17 Delineamento de Tipo VIII (Amostras temporais equivalentes)
O1 X O2 X0 O3 X O4 X0 O5 X O6 X0 O7 X O8 Valor da variável observada Fatores que não controla: Seleção; História; Mortalidade; Maturação. Tempo Xo X Xo X Xo X Xo X Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

18 Delineamento de tipo IX (Grupo de controle não equivalente )
Este é o delineamento mais utilizado em pesquisas. O1 X O2 O3 O4 Neste delineamento, os grupos devem ser testados antes do tratamento e algum tratamento estatístico aplicado para determinar a equivalência inicial dos dois grupos. Fatores que não controla: Testagem; Instrumentação. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

19 Delineamento Tipo X (Delineamento contrabalançado)
Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo 4 Grupo A X1 O X2 O X3 O X4 O Grupo B X1 O Grupo C X3 O Grupos D Da mesma forma que o delineamento de quatro grupos de Solomon este tratamento é de difícil implementação. Fatores que não controla: Seleção; Testagem; Interação. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

20 Delineamento de tipo XI (Pré-teste e Pós-teste de amostras distintas)
Fatores que não controla: Seleção; História; Mortalidade; Maturação. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa C urso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

21 Delineamento de tipo XII (Grupo de controle com pré-teste e pós-teste de amostras distintas)
Fatores que não controla: Seleção; Maturação; Testagem; Interação. Da mesma forma que o delineamento de quatro grupos de Solomon este tratamento é de difícil implementação. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

22 Delineamento de tipo XIII (Séries temporais múltiplas)
Fatores que não controla: Seleção; História; Mortalidade; Maturação. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

23 Delineamento de tipo XIV (Delineamento de ciclo institucional periódico)
Fatores que não controla: Seleção; História; Mortalidade; Maturação; Testagem. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

24 Uma nova proposta de design
Grupo tradicional: passa pelo ensino tradicional. A X1 O1 X0 O2 O3 Grupo linha de base: não passa por tratamento algum e tampouco interage com o conteúdo. Curso de Metodologia da Pesquisa – Aula 4 Prof. Paulo Rosa Curso de Mestrado em Ensino de Ciências - UFMS

25 Fim da aula 4 paulo.rosa@ufms.br
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