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PublicouMatheushenrique De Brito Alterado mais de 10 anos atrás
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Um Bispo escocês percorria, sozinho e a pé, as montanhas de sua diocese. Quando se encontrava entre as árvores frondosas da floresta, a noite o surpreendeu, e ele se perdeu. Após voltas e voltas, numa longa procura, encontrou, finalmente, uma choupana onde residia uma pobre família. Seus bravos moradores o receberam, sem saber de quem se tratava, pois o estranho trajava costume civil, sob longa e pesada capa.
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O Bispo, por sua vez, ignorava quem eram seus anfitriões. Seriam católicos? Seriam protestantes? Não havia nenhum indício que pudesse esclarecer tal dúvida. Entretanto, após alguns momentos de mútua reserva e discrição, o Bispo notou que grande tristeza oprimia aquelas pobres pessoas.
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Tomando coragem, disse-lhes: "Vocês foram muito gentis e bons para comigo, mas sinto que vocês estão muito tristes." Infelizmente, o senhor tem razão - respondeu a mãe que parecia estar aguardando esta pergunta para desabafar. Naquele quarto, ao lado, o nosso velho pai está para morrer. E o que mais nos aflige, é que ele pretende viver ainda, e se recusa, obstinadamente, a se preparar para a morte.
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Posso vê-lo? - pergunta, emocionado e surpreso, o Bispo. - Naturalmente, respondeu a mulher, com aquela confiança própria das pessoas aflitas. Em seguida, fez entrar seu hóspede no quartinho onde se encontrava o enfermo. Efetivamente, o Bispo deparou-se com um velho, reduzido às portas da morte. Parecia que a morte só precisava de mais um passo para atingi-lo.
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À primeira alusão feita pelo Bispo, a respeito daqueles últimos momentos de vida do enfermo, este último, parecendo retomar todo o seu vigor, respondeu-lhe com firmeza: "Não, a minha hora ainda não chegou." E esta continuava sendo a sua resposta a todas as reflexões que se lhe apresentavam, na intenção de persuadi-lo a se preparar para o momento final.
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Mas, enfim, disse-lhe o Bispo, diga-me por que motivo o senhor acha que será curado. O moribundo respondeu-lhe: O senhor é católico? Sim, eu sou católico - respondeu-lhe o Prelado. Neste caso - disse o enfermo - eu lhe direi por que ainda não chegou a minha hora de morrer. Eu também sou católico, senhor.
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Desde a minha primeira Comunhão, até hoje, nunca deixei de pedir à Virgem Santa, a graça de não me deixar morrer sem ter um padre em meu leito de morte, e o senhor acha que minha Mãe do Céu deixaria de me atender? É impossível! A minha hora de morrer ainda não chegou.
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Meu filho - exclamou o Bispo, profundamente tocado, em seu coração - meu filho, você foi atendido. Este que está falando com você, é mais do que um Padre; ele é o seu Bispo. Foi a Virgem Santíssima quem me enviou aqui, fazendo com que eu me perdesse pelas florestas, e isto para abençoar e colher o seu último suspiro.
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Assim, abrindo a capa, fez brilhar, aos olhos do enfermo, a sua cruz pastoral. O doente, extasiado de alegria, exclamou: Ó Maria, ó minha boa Mãe; eu vos agradeço. Em seguida, volvendo-se para o Bispo, pediu-lhe: Dai-me a Confissão; agora eu sei que vou morrer. Pouco depois, purificado pela última vez, faleceu cheio de alegria e confiança. É a esta Mãe amorosa, que rendemos a nossa pequena homenagem neste mês dedicado a ELA, que é rica em bondade e misericórdia.
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02/05/2009
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