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A canção que eu quero Ninguém canta Talvez tu queiras me ensinar um dia Sobre um fundo de tapera Espira uma laranjeira por um bocejo de terra Um sapo, de sentinela Por esse vão de janela Guarda um pedaço de céu
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A canção que eu quero Ninguém canta Talvez tu queiras me ensinar um dia
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Todos trazem nesta vida Uma saudosa Querência Crescendo pela existência Numa cacimba velada Que passa o tempo enterrada Num pago feito de ausências
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A canção que eu quero Ninguém canta Ah! Minha terra crioula Talvez tu queiras me ensinar um dia
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Espere, a apresentação continua
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Pátria e Querência Não podem ser diferentes Querência é Pátria em semente e Pátria É a Querência grande Que cresceu dentro da gente
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Imagem: Paulo Vaz Texto e Música: Glênio Fagundes
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