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Níveis de linguagem Os textos: jornalístico e publicitário.

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1 Níveis de linguagem Os textos: jornalístico e publicitário.

2 Linguagem erudita Total apego à gramática, às regras.
Formal, especializada e de vocabulário amplo. Mais escrita do que falada. Usada por acadêmicos, intelectuais, cientistas.

3 Linguagem erudita “Minando à surda na touceira, queda a vívida centelha. Corra daí a instantes qualquer aragem, por débil que seja, e levanta-se a língua de fogo esguia e trêmula, como que a contemplar medrosa e vacilante os espaços imensos que se abrem diante dela” (Taunay).

4 Linguagem familiar Relativo apego à gramática.
Uso de gírias, coloquialismos. Mais informal. Falada e escrita. Usada pela mídia em geral.

5 Familiar A gente pensa, quando é apaixonado por alguma coisa, que todo mundo tem a mesma disposição. Amar a linguagem, a arte e a comunicação me fazem crer que todos têm de amar essas questões...

6 Linguagem popular Total desapego às regras, à gramática.
Falada, apenas. Só será escrita em situações estritamente específicas. Usada por camadas populacionais quase sem escolaridade.

7 Popular Nóis vai la atrais, mais nóis vorta correndinho... Nóis capota, mais num breca... Nóis temo que sabe fazê tudo... Pra mim levá o dia adiante, é só nóis pensá que no finar do dia, nóis discansa...

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12 Textos Jornalísticos, científicos e da oralidade.
Contexto jornalístico Linguagem predominantemente formal. Notícia – predomínio da narração: narrador – quem conta a história personagem – quem vive a história. ação – o que aconteceu tempo – quando aconteceu lugar – onde aconteceu

13 Contexto jornalístico
Opinião: forma de persuasão Ironia – dizer indiretamente Comparação – ligar fatos não totalmente semelhantes. Eufemismo – suavizar o que se diz. Suposição – imaginar um fato-exemplo Hipérbole – exagero.

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15 Contexto da oralidade Linguagem predominantemente informal.
Predomínio da descrição. Pode ser composta por: repetições, regionalismos, gírias, frases feitas, expressões populares. Uso dos sentidos: visão, tato, audição, olfato e paladar. Linguagem corporal. Predomínio da emoção sobre a razão. Presença da imaginação.

16 O Texto Publicitário: O texto publicitário não costuma seguir normas rígidas. Procura estabelecer a comunicação por meio de palavras simples, por vezes até mantém o trato coloquial importante para fornecer a informação para determinado público alvo. Contudo, precisa cuidar para não extrapolar o uso corrente e vivo da língua, evitando redundâncias.

17 O Texto Publicitário: Esses textos possuem alta circulação social, circunstância que os torna cada vez mais comuns em virtude das características da sociedade em que vivemos, baseada na produção e no consumo de mercadorias. São essencialmente persuasivos e estão preocupados com o alcance rápido e efetivo da mensagem pelos expectadores. Exemplo interessante da importância da redação na publicidade pode ser visto na campanha da W/Brasil a seguir:

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20 Tem gente achando que você é analfabeto, e você nem desconfia
O anúncio abaixo foi publicado no dia 13 de agosto de 2001 no Valor Econômico. O objetivo do mesmo era provar para cada cliente que é possível ter anúncios com textos sedutores e vendedores. Provando para cada publicitário que é possível criar textos inteligentes, instigantes e criativos. O resultado foi surpreendente. Foram mais de 400 mensagens enviadas a W/Brasil. Empresários, homens de marketing, advogados, jornalistas, engenheiros, publicitários, pessoas lacônicas ou tagarelas, gente de Brasília, Salvador, São Paulo, Praia Grande, Floripa, Rio de Janeiro, Centralina, Lages, Lisboa e muitos outros lugares escreveram. Com isso a W/Brasil publicou um livro contendo 227 páginas com esses relatos. Aí vai o anúncio:

21 "Semana passada, eu recebi um convite para fazer um anúncio para você
"Semana passada, eu recebi um convite para fazer um anúncio para você. Na verdade, nós: eu (meu nome é Ruy) e o diretor de arte Javier Talavera, também da W/Brasil. Aí, colocamos os pés em cima da mesa, pois é assim que se faz nas agências de propaganda quando é preciso pensar num assunto muito importante. O tema era livre, poderíamos anunciar qualquer coisa que quiséssemos, já que o espaço tinha sido cedido pelo jornal Valor Econômico para estimular a criatividade no mercado publicitário.Nós nem tínhamos começado o trabalho, e uma coisa já parecia resolvida: bastavam um título intrigante, um visual interessante, duas linhas de texto, e o anúncio estaria pronto. Pois é exatamente isso que algumas pessoas imaginam que você espera de um anúncio. E essas pessoas são as mesmas que têm falado algumas coisas bem desagradáveis sobre você nas salas de reunião. Eu tenho escutado que você não gosta muito de ler, que tem preguiça de textos longos, que jamais perderia seu tempo lendo propaganda. Por incrível que pareça, quem tem falado isso é gente bem-intencionada, são gerentes de marketing, donos de empresas, pessoas que garantem que conhecem você como ninguém, que fizeram pesquisas, falaram com seus amigos, conhecem sua mulher, seus hábitos em detalhes. São profissionais sérios, gente que decide propaganda, o que você vai ver num anúncio, o que vai ler e também o que não vai ler. Eu confesso que, nessas ocasiões, tenho discutido muito, insistido em dizer que, além de ler jornal todos os dias, você também gosta de ler notícias do produto que vai comprar. Embora eu não tenha instituto de pesquisa, não conheça você pessoalmente, não saiba sua idade, nem mesmo se você é homem ou mulher, de uma coisa eu tenho certeza: você é uma pessoa sensível, interessante e, principalmente, alfabetizada.

22 (...) Tenho garantido aos clientes que você aprecia o humor, gosta e precisa de informação, adora ler e é justamente por isso que assina ou compra jornal. Tenho lutado para que os anúncios não saiam das salas de reunião frios, burocráticos, chatos, sem graça nem emoção. Agora, confesso que várias vezes tenho sido derrotado nessas discussões, levando como lição de casa a tarefa de diminuir o texto para 2 ou 3 linhas e aumentar o logotipo do cliente em 4 ou 5 vezes.Por isso, o Javier e eu decidimos não fazer um anúncio nesta página vendendo alguma coisa, mas resolvemos aproveitar este espaço para contar tudo isto para você, para mostrar o que andam falando e pensando de você. E não existe espaço melhor para isso do que as páginas de um jornal. Por isso, se você leu este anúncio até aqui, para nós é uma grande vitória. Temos certeza que, se estivéssemos falando de um produto interessante para uma pessoa interessada como você, ele teria sido lido mesmo que o texto fosse tão longo como este. Por isso, obrigado por você ter confirmado que nós estávamos certos. E, se você quiser aproveitar a oportunidade para reforçar seu ponto de vista, mande um para a gente, pois, na próxima vez que um cliente falar que você não lê, nós vamos mostrar a ele o seu depoimento. Vamos provar que tem gente inteligente lendo anúncios, sim, senhor, gente que gosta de ouvir uma boa argumentação, gente que adora dar risada diante de um anúncio divertido, gente que quer se emocionar, gente que, antes de ser Classe B1, do sexo masculino, com rendimento de 10 salários e idade entre 25 e 55 anos, é gente. Gente que não quer ser tratada como analfabeta nem desligada só porque o mundo está cada vez mais rápido, mais visual e mais instantâneo. Mande seu . Talvez assim nós tenhamos anúncios melhores e consumidores mais bem informados. Como você, por exemplo." Criação: Ruy Lindenberg e Javier TalaveraW/Brasil

23 Liberação da Linguagem e do Pensamento
Enumeração- enumerar é um dos modos básicos de se redigir um texto, um modo milenarmente praticado, muito importante na literatura.

24 Enumeração Enumerar é relacionar uma série de elementos – idéias, acontecimentos, coisas, pessoas, paisagens, ações, memórias, etc. – que representem o teme proposto. É uma escrita muito mais solta, em que o fluxo das idéias vai se fazendo cada vez mais livre; a enumeração pode ser produzida com mais fluência e com mais intensidade do que a redação discursiva. Veja o seguinte exemplo de Bertolt Brecht:

25 Felicidades O primeiro olhar da janela da manhã O velho livro perdido e reencontrado Rostos animados A neve, a sucessão das estações Jornais O cachorro A dialética Tomar um banho, nadar um pouco A música antiga Sapatos macios Compreender A música nova Escrever, plantar Viajar, cantar Ser camarada (Bertolt Brecht – Poemas)

26 Manifesto sobre a cegueira
Seis horas, desperta para a rotina, maratonista cotidiana, mal humor, esta roupa, emagrece, engorda, escova dentes, louça suja, cadê as chaves? Trânsito, cabelo, signo, sono, beba isso, coma aquilo, use e abuse, em nome do pai do filho e do espírito santo, farol, farol, farol, promoção, atraso novamente, sapatos, bolsa, pente, gente, gente, gente, delinqüente, não tenho trocado. Direita, esquerda, segunda, terceira, cinqüenta, sessenta, setenta por hora, olha a hora, lotado, vaga de deficiente, foda-se, corra, cabelo, sapatos, espelho, cliente, lucro. Gente, bom dia, bom dia, bom dia, bom dia, que dia, quem diria atração, sábado, quem sabe? Café. Telefone, relatório, gráficos, gramática, menstruação, ação, bom dia, bom dia, sobe, desce, diminui, cresce, promoção, ascensão, vestido, sapatos, cores, sabores, eu sabia.

27 Café, obrigada, agenda, obrigada, , obrigada, telefone, obrigada, almoço, obrigada, café. Celular, células, celulite, gastrite, eno, espelho, aniversário, casamento, sábado, quem sabe? Comunista, fluminense, fértil, atraente, boa gente, mãe, pai, come, bebe, suja, lava, empregada, cão, peixes, sagitário, quem é essa? Tchau, beijos, abraços, obrigada, eu mereço, eu sabia, inteligência, influência, coerência, concorrência, esperteza, foda-se. Carros, carros, carros, carros, pan, self, pet, sexy, mac, farol, farol, farol, farol, coitado, cuidado, não tenho trocado. Alarme, corredor, elevador, corredor, chaves, novela, batom, calça, xampu, leia, seja, esteja, assista, beijo, beijo, beijo, tiros, tiros, tiros, enchente, gente, gente, gente, gente, gente, gente, solidão. Seis horas. Fernando C. Rodrigues

28 Descrição Descrever é caracterizar uma cena, um estado, um momento vivido ou sonhado através de nossa percepção sensorial e de nossa imaginação criadora. A visão, o olfato, o paladar, a audição e o tato – nossos cinco sentidos - constituem os alicerces da descrição.

29 Experiências descritivas
“Tudo o que parece morto, palpita. Não apenas coisas da poesia, estrelas, lua, bosque, flores, mas também um botão brilhando numa poça de lama de uma rua... Tudo tem uma alma secreta, que guarda silêncio com mais freqüência do que fala. (...) Uma rua pode ser observada através do vidro de uma janela , de modo que seus ruídos nos cheguem amortecidos, seus movimentos se volvam fantasmagóricos, e toda ela, apesar da transparência do vidro rígido e frio, apareça como um ser “do outro lado”. Ou se pode abrir a porta, sair do isolamento, aprofundar-se no “ser de fora”, tornar-se parte, e as pulsações da rua são vividas com sentido pleno. (...) O homem não é um expectador através de uma janela, mas penetra na rua. A vista, ouvido, nariz atentos transformam mínimas comoções em grandes vivências. De todas as partes fluem vozes e o mundo inteiro ressoa. Como um explorador que se aventura por territórios desconhecidos, fazemos nossas descobertas no cotidiano. O ambiente, quase sempre mudo, começa a expressar-se em um idioma cada vez mais significativo. Assim, tornam-se símbolos os signos mortos e o que era morto ressuscita.” Vassili Kandinsky

30 Narração Narrar é contar histórias, tecer enredos, criar personagens, fundir imaginação e realidade: coisas sonhadas, vividas, o que podia ter sido e não foi, o que pode vir a ser, saberes de diversas raízes, de diferentes procedências constituem a matéria-prima do texto narrativo. Narrar é imaginar, tecer possibilidades infinitas de novas histórias, novas maneiras de repetir o mesmo que nunca será exatamente o mesmo, mas que se renovará, se fecundará de novos sentidos, porque foi narrado.

31 Dissertação “Nunca deve valer como argumento a autoridade de qualquer homem, por excelente e ilustre que seja... É sumamente injusto submeter o próprio sentimento a uma reverência submetida a outros; é digno de mercenários ou escravos e contrário à dignidade humana sujeitar-se, submeter-se; é uma estupidez crer por costume inveterado; é coisa irracional conformar-se com uma opinião devido ao número dos que a têm... É necessário procurar sempre, em compensação, uma razão verdadeira e necessária... e ouvir a voz da natureza.” ( Giordano Bruno)

32 Dissertação Dissertar é debater, discutir, questionar. Apresentar nosso ponto de vista a partir de um tema que nos é proposto. Esta apresentação se dá através da argumentação, ou seja, a defesa, a fundamentação, a justificação, a explicação, a exemplificação. Enfim formas de expormos nossas idéias que levam ao convencimento.

33 Dissertação A capacidade de dissertar se transforma em uma capacidade maior, a de compreender mais livre e mais lucidamente a própria vida e de participar mais criticamente e criadoramente das lutas de transformação da vida.

34 Dissertação Três paixões, simples mas devastadoramente poderosas, governaram minha vida: um ardente desejo de amor, a busca do saber e uma insuportável piedade diante dos sofrimento dos homens. (Bertrand Russel – Autobiografia)

35 BIBLIOGRAFIA BÁSICA: PIGNATARI, Décio. Comunicação poética. São Paulo: Ateliê Editorial, 2005. VANOYE, Francis. Usos da linguagem. São Paulo: Martins Editora, 2007.


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