Tempo Geológico 1. Pensamento ocidental medieval: interpretação literal dos 11 primeiros capítulos do livro de “Gênesis” (Bíblia); universo geocêntrico,

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1 Tempo Geológico 1. Pensamento ocidental medieval: interpretação literal dos 11 primeiros capítulos do livro de “Gênesis” (Bíblia); universo geocêntrico, Terra estática. 2. Copérnico ( ) / Galileu ( ) / Kepler ( ): sistema heliocêntrico, Terra dinâmica (em movimento: translação/rotação). 3. Uniformitarismo de James Hutton (1795)/Racionalismo: Terra dinâmica na forma, tempo “estendido”. 4. Catastrofismo / Netunismo (A.Werner, 1775): oceano primitivo; deposição de todas as rochas (granitos, basaltos, calcários, metamórficas em geral, sedimentares em geral). - fundamento “teológico” - aparente coerência com os fatos observados - autoridade de Werner Formações Universais

2 NETUNISMO - a idade das rochas é indicada pela litologia:
Quarta série: argila, areia e cascalho. Terceira série: arenito, calcário, sal, gipso, carvão e basalto. Segunda série: ardósia, grauvaca, xisto, calcário. Primeira série: granito, gnaisses, xistos e outras rochas cristalinas. Formações Parciais Formações Universais

3 5. Segunda metade do século XIX: Lei da Sucessão Faunística X Netunismo
6. Origem ígnea do basalto, em Auvergne, França: Netunismo 7. Charles Lyell ( ): consagração do Uniformitarismo/Atualismo. - processos geológicos que moldaram a Terra ainda são observáveis - o presente é a chave do passado - limitação: visão estritamente cíclica 8. Uniformitarismo/Atualismo ontemporâneos: - não estritamente cíclico - processos físicos, químicos e biológicos são os mesmos, mas a composição e os resultados finais nunca se repetem. Ex.: atmosfera primitiva sem O. 9. Darwin, Uniformitarismo e o Tempo Geológico: - mudanças graduais, fortuitas - seleção natural - sobrevivência do mais apto - é preciso TEMPO: 300 Ma desde o Mesozóico - registro geológico incompleto explica ausência de formas intermediárias - objeções principais: caracteres fortuitos se diluiriam (Fleming Jenkin); TEMPO (Kelvin)

4 10. PRIMEIRAS TENTATIVAS DE DETERMINAÇÃO DA IDADE DA TERRA
10.1 Charles Lyell ( ): : 20 M.a. para uma mudança completa de espécies de moluscos X 12 intervalos desde o Ordoviciano = 240 Ma 10.2 Salinidade (taxa de decomposição das rochas X aumento da salinidade dos oceanos) ·      - Projeto de Edmund Halley (1715): medir salinidade com espaço de 10 anos. ·      - determinações segunda metade da séc XIX: 90 M.a.; ·      - um dos problemas: intemperismo e erosão atual são maiores. 10.3 Acumulação (taxa de acumulação de rochas sedimentares) Dificuldades: taxas de sedimentação variada; compactação; hiatos. Estimativas da segunda metade do séc. XIX e primeira metade do séc. XX entre 3 Ma e 1,5 Ga (maioria menor que 100 Ma).

5 ! 10. PRIMEIRAS TENTATIVAS DE DETERMINAÇÃO DA IDADE DA TERRA
10.4 Kelvin (idade do Sol, resfriamento da Terra) Terra: observação em minas; fusão inicial; esfriamento tempo; 24 a 100 M.a. Sol: o Sol tornou-se suportável a poucas dezenas de milhões de anos; permanecerá assim por outros tantos; Terra habitável a aproximadamente 20 a 40 M.a. Todos, até Darwin, procuraram adaptar-se as idéias de Kelvin. ! 11. Radiatividade e tempo geológico: - fins do séc. XIX – princípio do séc. XX - Arthur Holmes (1991): datações entre 340 Ma e 1,4 Ga.

6 12. Tempo relativo: QUANTOS EVENTOS? EM QUE ORDEM OCORRERAM?

7 12. Tempo relativo: QUANTOS EVENTO? EM QUE ORDEM OCORRERAM?

8 13. O estabelecimento dos sistemas geológicos
13.1 Nicolaus Steno (1669): superposição e horizontalidade. 13.2 Giovani Arduino (1760): rochas quaternárias: aluviões e de planícies rochas terciárias: rochas pouco consolidadas, com conchas marinhas; vulcânicas rochas secundárias: estratificadas, duras, sem minérios, com fósseis rochas primárias: cristalinas com minérios metálicos 13.3 William Smith (1815): fósseis são melhor instrumento de correlações temporais. 13.4 Georges Cuvier (1812): Princípio da Sucessão Faunísitica - extinções e aumento da complexidade da Vida com o tempo - cada seqüência representa uma idade

9 13. O estabelecimento dos sistemas geológicos: alguns exemplos

10 14. A Carta Estratigráfica Internacional
(ICS, In: <

11 Exemplo de limite de unidades cronoestratigráficas/geocronológicas:
Limite K-P, Pedreira Poty, PE. O limite indicado é a porção mais argilosa da seqüência, onde ocorre a anomalia de irídio. (Fonte: