IRACEMA José de Alencar.

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Transcrição da apresentação:

IRACEMA José de Alencar

INTRODUÇÃO Um dos mais belos romances da nossa literatura romântica, Iracema é considerado por muitos “um poema em prosa, prosa poética ou romance poético”. A trágica história da bela índia apaixonada pelo guerreiro branco é contada por José de Alencar com o ritmo, musicalidade e a força de imagens próprios da poesia. Em Iracema, José de Alencar construiu uma alegoria perfeita do processo de colonização do Brasil e de toda a América pelos invasores portugueses e europeus em geral. O nome Iracema é uma anagrama da palavra América. O nome de seu amado Martim remete ao deus greco-romano Marte, o deus da guerra e da destruição.     O autor demonstra, já a partir do título, um evidente trabalho de construção de uma linguagem e de um estilo que possam melhor representar, para o leitor, “a singeleza primitiva da língua bárbara”, com “termos e frases que pareçam naturais na boca do selvagem”.O romancista deu larga preferência aos períodos compostos por coordenação (parataxe).

INTRODUÇÃO O livro, subtitulado Lenda do Ceará, conta a triste história de amor entre a índia tabajara Iracema, a virgem dos lábios de mel e Martim, primeiro colonizador português do Ceará. Além disso, como resume Machado de Assis, o assunto do livro é também a história da fundação do Ceará e o ódio de duas nações inimigas (tabajaras e pitiguaras). Os pitiguaras habitavam o litoral cearense e eram amigos dos portugueses. Os tabajaras viviam nos campos do Ipu, no interior, e eram aliados dos franceses.     José de Alencar recorreu a circunstâncias históricas, como a rixa entre os índios tabajaras e pitiguaras e utilizou personagens  reais, como Martim Soares Moreno e o índio Poti, que depois viria a adotar o nome cristão de Antônio Felipe Camarão. Mas cercou-os de uma fértil imaginação e de um lirismo próprios da poesia romântica

HEROÍNA IDEALIZADA Filha de Araquém, pajé da tribo tabajara, Iracema é a virgem consagrada ao deus Tupã; “guarda o segredo da jurema”, que é a preparação do licor que provocava êxtase nos índios tabajaras. Um dia, Iracema encontra, na floresta, Martim, que se perdera de Poti, amigo e guerreiro pitiguara com quem havia saído para caçar e agora andava errante pelo território dos inimigos tabajaras. O momento em que Martim encontra Iracema revela a idealização romântica em seu grau mais elevado:       “Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.     O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.”

HEROÍNA IDEALIZADA O narrador, seguidas vezes, compara Iracema à natureza exuberante do Brasil. E a virgem leva sempre vantagem: seus cabelos são mais negros e mais longos, seu sorriso mais doce, seu hálito mais perfumado, seus pés mais rápidos.     Iracema é apresentada por um narrador que, embora se apresente na terceira pessoa, é claramente emotivo e apaixonado. Retrata-a, portanto, como a síntese perfeita das maravilhas da natureza cearense, brasileira e americana. Iracema é muito mais do que uma mulher. Não anda, flutua. Toda a natureza rende-lhe homenagem: da acácia silvestre aos pássaros, como o sabiá e a ará. A heroína é o próprio espírito harmonioso da floresta virgem.  

A harmonia rompida     O narrador deixa clara a ruptura dessa harmoniosa relação de Iracema com o seu meio ao apresentar o surgimento de Martim: "Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta". A vista de Iracema perturba-se, impossibilitada de decodificar essa estranha aparição de uma etnia que lhe é desconhecida.     José de Alencar retrata, assim, o processo de estranhamento e fascínio mútuo que dominou o encontro dos dois povos. Começavam a se conhecer, sem sequer suspeitar as trágicas consequências do encontro para os indígenas.

A sedução     Iracema leva Martim para a cabana de Araquém, o qual abriga o estrangeiro: para os indígenas, o hóspede é sagrado. Enquanto esperam a volta de Caubi, o irmão de Iracema que reconduziria o guerreiro branco às terras pitiguaras, Iracema se apaixona por Martim, mas não pode se entregar a ele, porque, como afirmará depois o Pajé, “se a virgem abandonou ao guerreiro branco a flor de seu corpo, ela morrerá…” Uma noite, Martim pede à Iracema o vinho de Tupã, já que não está conseguindo resistir aos encantos da virgem. O vinho, que provoca alucinações, permitiria que ele, em sua imaginação, possuísse a jovem índia como se fosse realidade. Iracema lhe dá a bebida e, enquanto ele imagina estar sonhando, Iracema “torna-se sua esposa”.    

A sedução É muito importante notar o valor alegórico dessa passagem. Ao “possuir” Iracema, Martim está inconsciente, completamente seduzido e inebriado. Esse gesto há de provocar a destruição da virgem, assim como a invasão do Brasil pelos portugueses há de provocar a destruição da floresta virgem americana. No entanto, assim como Martim não tinha qualquer intenção de provocar a morte de sua amada – o faz por paixão – os invasores destruíram a natureza brasileira de forma inconsciente e inconsequente. A consciência ecológica de Alencar fez com que ele percebesse com clareza o processo de destruição de nossas matas.

O conflito     Martim é ameaçado pelo enciumado chefe guerreiro, Irapuã, que quer invadir a cabana de Araquém e matá-lo. Apesar da advertência de Araquém de que Tupã puniria quem machucasse seu hóspede, os guerreiros de Irapuã cercam a cabana, que é protegida por Caubi.     Iracema encontra Poti, que está próximo à aldeia dos tabajaras e deseja salvar o amigo. Planejam, então, a fuga de Martim. Durante a preparação dos guerreiros tabajaras para a guerra com os pitiguaras, Iracema lhes serve o vinho da jurema e, enquanto os guerreiros deliram, ela leva Martim e Poti para longe da aldeia. Quando já estão em terras pitiguaras, Iracema revela a Martim que ela agora é sua esposa e deve acompanhá-lo. Entretanto, os tabajaras descobrem que Iracema traíra “o segredo da jurema” e perseguem os fugitivos. Os pitiguaras, avisados da invasão dos tabajaras, juntam-se aos fugitivos e é travado um sangrento combate. Iracema luta ao lado de Martim contra a sua tribo.Os pitiguaras ganham a luta e Iracema se entristece pela morte dos seus irmãos tabajaras.

O exílio Iracema acompanha Martim e Poti e passa a morar com eles no litoral (futura Messejana, terra natal de Alencar). Martim passa pelo ritual de transformação (guerreiro branco para vermelho), sendo pintado com pelos de coati; daí recebe o nome de Coatiabo – gente pintada. Durante algum tempo, eles são muito felizes, e a alegria se completa com a gravidez de Iracema. Porém, Martim acaba por “saturar-se de felicidade” e seu interesse pela esposa e pela vida ao seu lado começa a esfriar. Iracema se ressente da frieza do marido e sofre. Martim se ausenta com freqüência em caçadas e batalhas contra os inimigos dos pitiguaras. Enquanto guerreia, nasce seu filho, que Iracema chama de Moacir, que significa “nascido do meu sofrimento, da minha dor”.    

Exílio Solitária e saudosa, Iracema tem dificuldade para amamentar o filho e quase não come. Desfalece de tristeza. Martim fica longe de Iracema durante oito luas (oito meses) e, quando volta, encontra-a à beira da morte. “— Iracema!. . . A triste esposa e mãe soabriu os olhos, ouvindo a voz amada. Com esforço grande, pôde erguer o filho nos braços, e apresentá-lo ao pai, que o olhava extático em seu amor. — Recebe o filho de teu sangue. Era tempo; meus seios ingratos já não tinham alimento para dar-lhe!” Ela entrega o filho a Martim, deita-se na rede e morre, consumida pela dor. “Pousando a criança nos braços paternos, a desventurada mãe desfaleceu, como a jetica, se lhe arrancam o bulbo. O esposo viu então como a dor tinha consumido seu belo corpo; mas a formosura ainda morava nela, como o perfume na flor caída do manacá. Iracema não se ergueu mais da rede onde a pousaram os aflitos braços de Martim.” Poti e Martim enterram-na ao pé do coqueiro, à beira do rio. Segundo Poti: “quando o vento do mar soprar nas folhas, Iracema pensará que é tua voz que fala entre seus cabelos.”

Exílio O lugar onde viveram e o rio em que nascera o coqueiro vieram a ser chamados, um dia, pelo nome de Ceará.     Martim partiu das praias do Ceará levando o filho. Alencar comenta: “O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça?”     O guerreiro branco volta alguns anos depois, acompanhado de outros brancos, inclusive um sacerdote “para plantar a cruz na terra selvagem”. “Poti foi o primeiro que ajoelhou aos pés do sagrado lenho; não sofria ele que nada mais o separasse de seu irmão branco. Deviam ter ambos um só deus, como tinham um só coração. Ele recebeu com o batismo o nome do santo, cujo era o dia; e o do rei, a quem ia servir, e sobre os dous o seu, na língua dos novos irmãos.” Começa a colonização e a narrativa termina: “Tudo passa sobre a terra.”

O NARRADOR     O romance é narrado na terceira pessoa, mas o narrador está longe de se manter neutro e mero observador. Abundam os adjetivos reveladores de admiração, principalmente em referência à natureza brasileira e à Iracema. Em alguns momentos o narrador arrebatado chega a revelar-se na primeira pessoa: “O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu.”     Tais arroubos justificam-se pela colocação, no início da obra, de que essa é “uma história que me contaram nas lindas várzeas onde nasci.” Assim, Alencar justifica a intromissão da voz na primeira pessoa em uma obra narrada na terceira.

MARCAÇÃO DO TEMPO A passagem do tempo no livro Iracema é medida por fatores ligados a astros (Sol, Lua), deixando-se o calendário gregoriano de lado. Assim, o MARCADOR DO TEMPO se dá por meio da indicação sensorial da natureza (o nascer do sol, o surgir da lua e outros elementos naturais), e não pela convenção cronométrica do relógio. “O sol, transmontando, já começava a declinar para o ocidente, quando o irmão de Iracema tornou da grande taba.” “Três sóis havia que Martim e Iracema estavam nas terras dos pitiguaras, senhores das margens do Camocim e Acaracu.” “O cajueiro floresceu quatro vezes depois que Martim partiu das praias do Ceará, levando no frágil barco o filho e o cão fiel.” Essa demarcação cronológica acentua o tom mítico dos fatos narrados, superando a mensuração do tempo material.

Considerações Relacionamento amoroso de Iracema e Martim representa o processo de conquista e de colonização do Brasil. É uma alegoria das relações Europa (Portugal = metrópole) e América (Brasil = colônia); é uma forma de dominação e abuso, da qual o mais fraco sai prejudicado; Intertextualidade (emulação) com o romance Átala (1801), do francês Chateaubriand.

Martim Soares Moreno é personagem histórica; PERSONAGENS Martim Soares Moreno é personagem histórica; Martim chega e conquista Iracema; Ele é metonímia (parte pelo todo) do colonizador português (Europa); predador do Brasil; Martim - Marte (deus da guerra); predestinado à guerra; Iracema – virgem dos lábios de mel; predestinada ao amor; anagrama de América; Não possui densidade psicológica, pois é símbolo, não um indivíduo; Ela abandona sua tribo para ficar com ele; Mente para seu pai; Quebra o tabu da virgindade; Esquece os preceitos religiosos; Luta contra seus próprios irmãos; Metonímia do Brasil; Vestal – sacerdotisa; Encarna a visão pessimista do contato entre a natureza e a cultura; Representa a ideologia romântica, que via no índio e na natureza os ideais de liberdade e de pureza

• Araken = sabedoria; pai de Iracema, pajé dos tabajaras PERSONAGENS • Araken = sabedoria; pai de Iracema, pajé dos tabajaras Caubi = amor fraterno; irmão de Iracema Irapuã = ciúme; chefe dos guerreiros dos tabajaras; personagem histórica Jacaúna = chefe dos potiguaras Poti = amizade; personagem histórica; amigo de Martim; Antônio Felipe Camarão Iracema = virgindade americana Martim = invasor europeu; personagem histórica. Moacir = Brasil mestiço, primeiro cearense.

(FUVEST 2011) Leia o trecho de Machado de Assis sobre Iracema, de José de Alencar, e responda ao que se pede. “....... é o ciúme e o valor marcial; ....... a austera sabedoria dos anos; Iracema o amor. No meio destes caracteres distintos e animados, a amizade é simbolizada em ....... . Entre os indígenas a amizade não era este sentimento, que à força de civilizar-se, tornou-se raro; nascia da simpatia das almas, avivava- se com o perigo, repousava na abnegação recíproca; ....... e ....... são os dois amigos da lenda, votados à mútua estima e ao mútuo sacrifício”. Machado de Assis, Crítica. No trecho, os espaços pontilhados serão corretamente preenchidos, respectivamente, pelos nomes das seguintes personagens de Iracema: a) Caubi, Jacaúna, Araquém, Araquém, Martim. b) Martim, Irapuã, Poti, Caubi, Martim. c) Poti, Araquém, Japi, Martim, Japi d) Araquém, Caubi, Irapuã, Irapuã, Poti. e) Irapuã, Araquém, Poti, Poti, Martim.