TÉCNICO EM GUIA DE TURISMO INSTRUTORA: ELISÂNGELA NEVES

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Transcrição da apresentação:

TÉCNICO EM GUIA DE TURISMO INSTRUTORA: ELISÂNGELA NEVES

UC5 - PRESTAR INFORMAÇÕES TURÍSTICAS NO CONTEXTO LOCAL E REGIONAL. DA COLONIZAÇÃO À FUNDAÇÃO DA CIDADE DO NATAL Prof. Elisângela Bezerra das Neves Holanda

O DESCOBRIMENTO DO BRASIL O Descobrimento do Brasil aconteceu no dia 22 de abril de 1500 pela esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral. A presença de navegadores espanhóis no litoral brasileiro antes de 1500 é discutida. É o caso de Alonso de Ojeda que teria chegado ao Rio Grande do Norte e de Vicente Yáñez Pinzón a Pernambuco.

A VIAGEM DE CABRAL A esquadra de Cabral partiu de Lisboa em 9 de março de 1500, acompanhado de Bartolomeu Dias, Nicolau Correia, Sancho de Tovar e Gaspar de Lemos. A viagem até o Brasil se estendeu até 22 de abril de 1500.

MUNICÍPO DE TOUROS: HISTÓRIA E CURIOSDADES O nome do município e de Touros, é de origem desconhecida. Existem três suposições: A primeira, seria um nome dado pelos navegadores fenícios que ali desembarcaram em épocas remotas, em homenagem à cidade de Tiro, tendo-se transformado depois em Touros; a segunda, seria um nome dado pelos portugueses que ao desembarcarem no século XVII encontraram ali bois pastando; seria ainda um nome dado pelos navegadores que por ali passavam ainda no século XVII, devido à semelhança (em épocas passadas) da rocha que se encontra em sua enseada com um touro, hipótese mais provável.

A elevação da povoação de Touros ao status de vila e sede de município ocorreu em 11 de abril de 1833, votada pelo extinto Conselho da Província, colegiado anterior à Assembleia Legislativa Provincial. Dois anos depois torna-se município  por meio da Lei Provincial nº21, de 27 de março de 1835. O município também é conhecido como “Esquina do Brasil” por estar localizado no extremo do mapa. Costuma-se dizer que o mapa do Brasil seria em formato de bota e, por isso, o Farol é chamado de “Farol do Calcanhar”. Exatamente esse ponto seria o mais próximo do continente Africano, seguindo em linha reta pelo Oceano Atlântico.

PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS 1- O MARCO DE TOUROS Expedição Gaspar de Lemos: teve o objetivo de conhecer as costas brasileiras e dar nome aos acidentes geográficos. O Marco foi chantado em 1501.

RÉPLICA DO MARCO O Marco foi levado por Câmara Cascudo para sua residência em Natal porque estava se deteriorando pela maresia e ação do vento, além de sofrer a ação dos próprios moradores da comunidade. O marco era cultuado como se fosse santo, e o chamam até de “Santo Cruzeiro”. A cruz inserida no Marco levava a comunidade a crer que esse era realmente divino, vindo diretamente de Deus para eles. Os habitantes dessa comunidade acreditavam que tirar algumas lascas de pedra do Marco para fazer chás não se constituía como uma agressão e sim como uma cura para suas doenças

Desde 1976, o Marco encontra-se nas dependências da Fortaleza dos Reis Magos, quando ele foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural. No local foi colocada uma réplica e entregue a comunidade. 

O Marco de Touros é uma pedra calcária de granulação fina, provavelmente de mármore português ou lioz, medindo cerca de 1,20m de altura. Na parte superior, contém a cruz da Ordem de Cristo (a famosa Cruz de Malta) em relevo e, abaixo, as armas do rei de Portugal e cinco escudetes em aspas com cinco quinas, sem as bordaduras dos castelos. No dia 7 de agosto data em que aconteceu a fixação do  primeiro Marco no Brasil, foi escolhido para ser a data do aniversário do Rio Grande do Norte.  A data foi instituída pela lei 7.831 de 31 de maio de 2000, de autoria do deputado Valério Mesquita.

2- CANHÕES COLONIAIS O segundo desembarque dos portugueses ocorreu no século XVII, quando uma expedição, organizada para combater os holandeses e comandada por Luiz Barbalho Bezerra, não podendo desembarcar em Recife, aportou na enseada de Touros. A partir daí, dirigiram-se por terra para o sul a fim de iniciar os combates, deixando para trás vários canhões, transferidos em 1956 para a sede do município, próximo à Matriz do Bom Jesus dos Navegantes.

3- A IMAGEM DO BOM JESUS DOS NAVEGANTES No século XVIII, quando os portugueses começaram a se fixar definitivamente em Touros, chegou à região a imagem do Bom Jesus dos Navegantes, padroeiro do município, não existem relatos de como a imagem chegou a localidade.

4- IGREJA MATRIZ DO BOM JESUS DOS NAVEGANTES A construção da capela, feita em pedras, teve início em 1778, sendo concluída em 1800. A igreja conserva traços da capela-mor, no entanto se encontra bastante modificada da sua arquitetura original. É considerada um precioso patrimônio artístico e histórico de Touros.

5- FAROL DO CALCANHAR A primeira construção foi em 1912, mas a torre foi substituída por uma nova no período da Segunda Guerra Mundial. A estrutura atual foi inaugurada pelo então presidente do Brasil, Getúlio Vargas em 1943. O Farol é uma estrutura metálica e de concreto com uma lâmpada, com 62 metros de altura e 298 degraus. É o maior farol do Brasil e da América Latina construído em concreto. O facho luminoso avança no mar até uma distância de 38mn da costa e as cores da torre, preta e branca, também facilita a orientação. 

UNIDADES DE MEDIDAS USADAS PARA AS INFORMAÇÕES TURÍSTICAS INTERNACIONAIS Milha Náutica Milha Náutica, ou Milha Marítima, é uma unidade de medida de comprimento ou distância, equivalente a 1852m (exatos), utilizada quase exclusivamente em navegação marítima e aérea e na medição de distâncias marítimas. A milha náutica foi historicamente definida como sendo o valor médio do comprimento de um minuto de arco medido meridiano terrestre. Sua medida foi adotada em 1929 na I Conferência Hidrográfica Internacional Extraordinária, realizada no Mônaco. 1 mn(milha náutica) = 1852m = 1,852km

6- MARCO ZERO DA BR-101 O marco Zero da BR-101 é um monumento de autoria de Oscar Niemeyer, inaugurado em 1999. O monumento, próximo ao Farol do Calcanhar, indica que ali começa a BR-101, com uma extensão de 4.542 quilômetros, ligando o município de Touros (RN) ao município de São José do Norte (RS). A BR-101 passa por 12 estados brasileiros e é conhecida oficialmente como rodovia governador Mário Covas.

7- TRAVESSIA DO ATLÂNTICO (DEL PRETE E ARTURO FERRARIN) Em 03 de julho de 1928 os famosos aviadores italianos Del Prete e Arturo Ferrarin atravessaram o oceano Atlântico, com destino a Natal, e, após 49 horas e 19 minutos de voo ininterrupto alcançaram o seu objetivo no dia 05, vencendo a distância de 9.520 quilômetros. Os aviadores do avião Savóia-Marchetti, modelo S-64, devido ao mau tempo e à péssima visibilidade perderam a referência e o avião pousou no trecho entre a vila e a ponta do Calcanhar, local que ficou conhecido pelo nome de “Lagoa do Avião”.

8- BANDEIRA DE TOUROS A bandeira do município de Touros, foi criada no dia 23 de março de 1970. Tratar-se de um retângulo todo azul, tendo no centro uma grande estrela branca onde se encontra o escudo com a representação das principais riquezas agrícolas do solo tourense, como o sisal e o coqueiro. Na parte central do escudo o farol ilumina a noite com o seu lampejo. Abaixo do farol uma jangada rústica lembra a pesca, uma das principais atividades econômicas do município.

A CAPITANIA DO RIO GRANDE As capitanias Hereditárias: o Brasil foi dividido em 15 lotes e distribuído entre 12 donatários; Para que o donatário tomasse posse era necessário da Carta de Doação e do Foral; A capitania do Rio Grande foi doada a João de Barros e Aires da Cunha.

OS FRANCESES NO RN Quando os franceses foram expulsos do Sul do País seguiram rumo ao Norte, mantendo um ativo comércio com os nativos. A porto francês ficava no bairro do Alecrim onde se ergueu a Base Naval (Rifoles).

UNIÃO IBÉRICA (1580 – 1640) Chamamos de União Ibérica ou União das Monarquias Ibéricas, o período que vai de 1580 a 1640, quando Portugal e suas colônias passaram para o domínio da Espanha. Isto aconteceu devido à questão da sucessão dinástica em Portugal. Depois de D. João III ("O Colonizador").

DOM SEBASTIÃO Neto e sucessor de D. João III, herdeiro do trono português, foi coroado rei aos três anos de idade e durante a menoridade ficou sob a tutela do cardeal D. Henrique, seu tio-avô paterno, e da avó, D. Catarina. Educado austeramente pelos jesuítas, logo demonstrou concentrar seus interesses nas artes da guerra e da conquista e ter como grande ambição a vitória sobre os muçulmanos para a glória do cristianismo. Desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir, no dia 4 de agosto de 1578, quando tinha 24 anos de idade. Seu corpo nunca foi encontrado.

CARDEAL DOM HENRIQUE Foi rei da Segunda Dinastia e o décimo sétimo Rei de Portugal foi filho de Dom Manuel I, rei de Portugal e de Dona Maria de Castela sua segunda mulher que nasceu em Lisboa a 31de Janeiro de 1512 e morreu em Almeirim a 31 de Janeiro de 1580 e está sepultado em Lisboa no Mosteiro dos Jerônimo, e não teve descendentes.

FELIPE II (ESPANHA) E I (PORTUGAL) Nascido na cidade espanhola de Valladolid austero e frio, que se acreditava designado por Deus para preservar a religião católica entre os súditos. Filho do imperador Carlos V e de Isabel de Portugal, foi preparado pelo pai na sua formação política e o fez colaborar em tarefas de governo.

A CONQUISTA DA CAPITANIA DO RIO GRANDE As primeiras tentativas de colonização: não foi possível em virtude da bravura dos índios. A conquista definitiva: se deu a partir do interesse do rei Felipe II no período da União Ibérica devido sua posição geográfica estratégica. Em 1597, chegaram à barra do Rio Grande Mascarenhas Homem e Feliciano Coelho.

A CONSTRUÇÃO DA FORTALEZA DOS REIS MAGOS E A FUNDAÇÃO DE NATAL A vitória Portuguesa: foram organizadas duas frentes de ataque. Uma por mar e outra por terra. Em 6 de janeiro de 1598 foi iniciada a construção da Fortaleza. A planta da fortaleza foi idealizada por Gaspar de Samperes.

A FUNDAÇÃO DE NATAL No dia 25 de dezembro de 1599 foi fundada a cidade Natal. As polêmicas sobre a fundação da cidade: a falta de documentos impedem que se conheça quem verdadeiramente fundou Natal, no entanto existem três hipóteses: a primeira atribui-se Jerônimo de Albuquerque, a segunda a Mascarenhas Homem e a terceira a Rodrigues de Colaço.

O local escolhido para a fundação da cidade foi um chão elevado e firme à margem direita do rio Potengi. A demarcação foi feita com cruzeiros de posse. A cruz do norte ficou na atual rua Junqueira Aires, a cruz do sul, no declive do baldo.