História Tema 01 – A implantação da República (2 aulas) Prof. Luiz Antonio Dias História do Brasil República I
Nome da aula: Implantação da República Plano de Aulas DataAtividade 12 e 19/08José Murilo de - Os Bestializados. São Paulo: Companhia das Letras, P e p /08 e 02/09 IGLESIAS, Francisco – Trajetória política do Brasil: São Paulo: Cia das Letras, 1993, p e16/09 DECCA, Maria A. Guzzo - A vida fora das fábricas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, P /09Avaliação grupo 30/09 e 07/10 FAUSTO, Boris - Trabalho Urbano e Conflito Social. São Paulo: Difel, P /10Aula especial sobre a arte no Brasil (Pedro Américo, Semana de 1922) 21 e 28/10Tenentismo 04 e 11/11 Crise da República Velha 25/11 Prova 02/12Substitutiva 09/12Exame
Nome da aula: Implantação da República Crise do Império O enfraquecimento do Império deve ser entendido a partir das três questões: a) religiosa: império X igreja (Padroado e beneplácito) b) militar: após a Guerra do Paraguai o exército busca ampliar seu poder. Muitos oficiais passaram a ver com simpatia a república c) escravista: após a abolição, o império perdeu o apoio dos grandes escravocratas
Nome da aula: Implantação da República 15 de novembro de 1889: Deodoro da Fonseca implantou a República e assumiu o Governo Provisório Governos militares (1889 –1894): a) Estruturação da república b) Constituição de 1891 c) Crise econômica (encilhamento) República da Espada Cpdoc
Nome da aula: Implantação da República Introdução “O povo assistiu a tudo bestializado” (Aristides Lobo) Povo bestializado diante da república, ausência de cidadania (visão da elite). {Pensar as revoluções francesas 1789, 1830, 1848}. Mesmo com reduzida participação popular, a república trouxe esperanças aos excluídos do sistema anterior. [De forma geral, toda mudança, mesmo eleições, trazem novas esperanças.]
Nome da aula: Implantação da República Historiografia Dentro da historiografia oficial republicana, o povo era neutro e apático, manipulado por monarquistas e “bestializado”, por isso não apoiou a república. Análises maniqueístas = estado vilão X sociedade indefesa => estado responsável pela, suposta, ausência de cidadania. Essa visão maniqueísta “bestializa” constantemente o povo.
Nome da aula: Implantação da República O povo A república foi imposta através de um golpe militar, o que dificultava a participação popular, de um lado ou outro. Negros e pobres identificavam-se com a Princesa Isabel, levando-os ao choque físico (capoeiras) contra os republicanos. Os negros, também, acreditavam que a república poderia re- escravizar os libertos (realmente existia uma idéia de disciplinar o trabalho).
Nome da aula: Implantação da República A República Constituição de 1891 trouxe poucos avanços nos direitos civis e políticos: Criação de cidadãos de 1° classe = direitos civis e políticos 2° classe = apenas direitos civis. Voto como função social, concedido apenas aos indivíduos capazes. Excluídos = analfabetos; mendigos; mulheres; menores; praças; religiosos. Voto % eleitores 1824voto indireto e censitário10% 1881voto direto e censitário e alfabetizado1 % 1891voto direto, não censitário e alfabetizado 2%
Nome da aula: Implantação da República Revoltas Canudos: Movimento messiânico ( ) liderado por Antonio Conselheiro (30 mil pessoas). Censurava a separação da Igreja do Estado; o casamento civil e o pagamento de impostos. Depois de várias tentativas e fracassos, o exército arrasou o arraial de Canudos.
Nome da aula: Implantação da República Revoltas Contestado: (PR e SC) também messiânico unido com a miséria da população. Foi violentamente reprimido. Revolta da Vacina: (RJ 1904) movimento urbano da população pobre contra a imposição da vacina contra a varíola.
Nome da aula: Implantação da República Revoltas Revolta da Vacina: (RJ 1904) movimento urbano da população pobre contra a imposição da vacina contra a varíola. Feridos: 110 Mortos: 30 Presos: 945 Deportados: 461
Nome da aula: Implantação da República Revoltas Revolta da Chibata: Novembro Contra os castigos físicos e baixos soldos Líderes presos, expulsos da Marinha e deportados para o Norte
Nome da aula: Implantação da República Resistências cotidianas Em elementos simbólicos é possível perceber que o “populacho” tendia para a monarquia (tatuagens de coroas). Elementos ligados ao carnaval apresentavam várias referências ao regime monárquico (rainha do carnaval, rei momo, fantasias representando a nobreza), além dos cordões com referência à monarquia. Não existia nenhuma referência à república.
Nome da aula: Implantação da República Concepções de cidadania no movimento operário Positivismo: defendia a ampliação dos direitos sociais, porém, era contra a ação política para conquistá-los. Anarquistas: negavam a legitimidade da ordem política e a idéia de cidadania, não pactuavam com a ordem estabelecida. Socialistas revolucionários: defesa da ampliação dos direitos políticos e sociais dentro das premissas liberais (política legislativa).
Nome da aula: Implantação da República Concepção de cidadania para a elite Elite civil: setor vitorioso da elite republicana, manteve-se presa ao conceito liberal clássico de cidadania (direitos civis e sociais) e criou obstáculos à democratização. O liberalismo foi utilizado pela elite como instrumento de consolidação do poder.
Nome da aula: Implantação da República Estadania Excluídos: (do sistema) buscaram a “estadania”(cidadania a partir da máquina estatal), através de pedidos, favores, apadrinhamentos.
Nome da aula: Implantação da República República do café com leite Prudente de Moraes (primeiro presidente civil eleito) dá início à segunda fase da República Velha ( ) “República do café com leite”.
Nome da aula: Implantação da República Política do Café com Leite O eleitorado mineiro (maior do país) Poder econômico de São Paulo alternância entre paulistas e mineiros na presidência distorção do sistema federalista
Nome da aula: Implantação da República Política do Café com Leite Política dos Governadores Busca a conciliação entre as elites dominantes para manter as estruturas. O presidente da República estabelecia acordos com os presidentes de províncias e, conseqüentemente, deputados e senadores, para obter apoio e em troca apoiava a política nos estados. Acordo baseado no continuísmo e não em idéias
Nome da aula: Implantação da República Política do Café com Leite Coronelismo Coronelismo: Forma a base da Política dos Governadores. O coronel é o chefe político local que exerce um forte controle sobre a população. Coronel voto de cabresto clientelismo eleitor
Nome da aula: Implantação da República Coronelismo Estrutura X Troca de favores apoio X proteção. Colocavam-se inclusive acima da lei (cf. S. B. Holanda – Raízes do Brasil).
Nome da aula: Implantação da República Para discutir e refletir: a criação dos mitos O povo alienado: passivo e/ou manipulado A criação do mito do “herói” Salvacionismo e messianismo
Nome da aula: Implantação da República Tiradentes: O mito da República Aurélio de Figueiredo
Nome da aula: Implantação da República Tiradentes: O mito da República Décio Villares
Nome da aula: Implantação da República E os “heróis” populares? Zumbi Anônimos da Revolta dos Alfaiates Todos que lutam cotidianamente Importante pensar o indivíduo como sujeito histórico e entender suas especificidades e ambigüidade. “não mais erão precisos ministros para a governança dos povos e por isso devião logo ser mortos a faca” (João de Deus – Alfaiate, mulato) “a revolução se fará saqueando os cabedais das pessoas opulentas (…) huma formal, einteira sublevação (…) a liberdade a todos os creados, estabelecendo huma República deigualdade” (Manoel de Santa Anna – Soldado, pardo)