FENOMENOS DE TRANSPORTE Luciana Barreiros de Lima Aula 9.

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Transcrição da apresentação:

FENOMENOS DE TRANSPORTE Luciana Barreiros de Lima Aula 9

TRANSFERÊNCIA DE CALOR Objetivos Apresentar conceitos básicos de Transferência de Calor Conhecer cada uma das formas de transmissão de calor com lei que justifica o processo e a equação que a representa. Estudo do mecanismo de condução. 2

O que leva um metal ser bom condutor de calor e outros materiais, como a borracha, ser um isolante térmico? Como é feito o isolamento térmico de um ambiente? Na aula de hoje abordaremos conteúdos pertinentes a estas perguntas que lhe proporcionarão ter as respostas destas e muitas outras perguntas ligadas às trocas térmicas tão comuns no nosso cotidiano. 3

RELEVÂNCIA DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR A transferência de calor é fundamental para todos os ramos da engenharia. Assim como o engenheiro mecânico enfrenta problemas de refrigeração de motores, de ventilação, ar condicionado, etc., o engenheiro metalúrgico não pode dispensar a transferência de calor nos problemas relacionados aos processos pirometalúrgicos e hidrometalúrgicos, ou no projeto de fornos, regeneradores, conversores, etc. 4

Em nível idêntico, o engenheiro químico ou nuclear necessita da mesma ciência em estudos sobre evaporação, condensação ou em trabalhos em refinarias e reatores, enquanto o eletricista e o eletrônico a utiliza no cálculo de transformadores e geradores e dissipadores de calor em microeletrônica e o engenheiro naval aplica em profundidade a transferência de calor em caldeiras, máquinas térmicas, etc. 5

Até mesmo o engenheiro civil e o arquiteto sentem a importância de, em seus projetos, preverem o isolamento térmico adequado que garanta o conforto dos ambientes. Como visto, a transferência de calor é importante para a maioria de problemas industriais e ambientais. Como exemplo de aplicação, consideremos a vital área de produção e conversão de energia : 6

Na geração de eletricidade (hidráulica, fusão nuclear, fóssil, geotérmica, etc) existem numerosos problemas que envolvem condução, convecção e radiação e estão relacionados com o projeto de caldeiras, condensadores e turbinas. Existe também a necessidade de maximizar a transferência de calor e manter a integridade dos materiais em altas temperaturas É necessário minimizar a descarga de calor no meio ambiente, evitando a poluição térmica através de torres de refrigeração e recirculação. 7

Calor é energia em trânsito devido a uma diferença de temperatura. Se dois corpos, a diferentes temperaturas, são colocados em contato direto, ocorrerá uma transferência de calor do corpo de temperatura mais elevada para o corpo de menor temperatura até que haja equivalência de temperatura entre eles, quando dizemos que o sistema tende a atingir o equilíbrio térmico. 8

Temos três tipos de mecanismos de transferência de calor: Por Condução Por Convecção Por Radiação 9

Quando a transferência de energia ocorrer em um meio estacionário, que pode ser um sólido ou um fluido, em virtude de um gradiente de temperatura, usamos o termo transferência de calor por condução. A figura a seguir ilustra a transferência de calor por condução através de uma parede sólida submetida à uma diferença de temperatura entre suas faces. 10

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Quando a transferência de energia ocorrer entre uma superfície e um fluido em movimento em virtude da diferença de temperatura entre eles, usamos o termo transferência de calor por convecção. A figura a seguir ilustra a transferência de calor de calor por convecção quando um fluido escoa sobre uma placa aquecida. 12

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Quando, na ausência de um meio interveniente, existe uma troca líquida de energia (emitida na forma de ondas eletromagnéticas) entre duas superfícies a diferentes temperaturas, usamos o termo radiação. A figura a seguir ilustra a transferência de calor por radiação entre duas superfícies a diferentes temperaturas. 14

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ESTUDO DO MECANISMO DE TRANFERÊNCIA DE ENERGIA POR CONDUÇÃO DE FORMA UNIDIMENSIONAL EM REGIME PERMANENTE Vale lembrar que para um sistema permanente nenhuma propriedade deve variar ao longo do tempo e, portanto, a temperatura e o fluxo de calor nas superfícies de controle não variam com o tempo. O mecanismo de condução pode ser representado conforme a figura a seguir. 16

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A capacidade das substâncias conduzirem calor – chamada de condutividade térmica- varia consideravelmente. Geralmente os sólidos são melhores condutores que os líquidos, que por sua vez, são melhores condutores que os gases. 18

Num extremo, encontram-se os metais como excelentes condutores – devido às ligações metálicas, onde há elétrons em movimento - e, no outro extremo encontra-se o AR, como péssimo condutor já que suas partículas se encontram bastante afastadas. Os sólido não- metálicos têm uma condutividade intermediária – neles há apenas a vibração das moléculas. 19

CONDUÇÃO – LEI DE FOURIER A lei de Fourier é que o comportamento do fenômeno de transporte de calor no mecanismo da Condução. Ela foi desenvolvida a partir da observação do fenômeno e não a partir de princípios fundamentais. 20

A lei de Fourier estabelece que o calor transferido por condução (Q) é diretamente proporcional à área (A), à condutividade térmica (K),à diferença de temperatura (ΔT) e ao inverso do comprimento, que se resume a: 21

Vamos chegar à dimensão de Q a partir do estudo dimensional 22

Chamamos de Resistência Térmica a relação: Logo, a expressão para a taxa de fluxo Q, é dada por: 23

Podemos expressar também o fluxo de calor, Q/A, por: no sistema SI, “q” será dado em W/m 2. A direção do fluxo de calor é sempre normal à superfície isotérmica. 24

CONDUÇÃO EM PAREDES EM SÉRIE 25

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Colocando a expressão em função da resistência térmica, temos: 27

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FENOMENOS DE TRANSPORTE LUCIANA BARREIROS DE LIMA AULA 9 ATIVIDADE

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