Emergências Relacionadas Profa. Dra. Cláudia Forjaz ao Ambiente CLIMA QUEIMADURA Mordidas e Picadas Profa. Dra. Cláudia Forjaz cforjaz@usp.br
Leituras para esta aula Livro: KAREN et al. Primeiros Socorros para estudantes Capítulos: Emergências relacionadas a queimaduras Emergências relacionadas ao calor e ao frio Mordidas e picadas
EMERGÊNCIAS LIGADAS AO CLIMA CALOR FRIO
Emergências relacionadas ao ambiente - calor UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE Emergências relacionadas ao ambiente - calor Prof. Rafael Fecchio Profª. Drª. Claudia L. M. Forjaz
Sistema de termorregulação Homeostase – equilíbrio entre mecanismos de perda e ganho de calor Explicar mais mecanismos
Sistema de termorregulação Homeostase – equilíbrio entre mecanismos de perda e ganho de calor Compensação
Sistema de termorregulação Homeostase – equilíbrio entre mecanismos de perda e ganho de calor Compensação – Crise – Falência
Emergências relacionadas ao calor Aumento do fluxo para concha gera redução do retorno venoso, volume sistólica e aumento da FC.
Emergências relacionadas ao calor - cãibras Cãibras por Calor Contrações involuntárias da musculatura esquelética (extremidades e abdomên). Ocorre quando o equilíbrio eletrolítico dos músculos é rompido. exercício físico – transpiração intensa; perda excessiva de eletrólitos; reposição com água, sem eletrólitos. EXPLICAR: EVAPORAÇÃO
Cãibras ao calor - conduta Condutas Repouso Remoção para local fresco Administrar água com sal ou bebida com eletrólitos Alongar a musculatura Aplicar toalhas úmidas na testa da vítima e nos músculos afetados Monitorar a vítima Repouso: afastar da fonte de calor PREVENÇÃO?
Emergências relacionadas ao calor - exaustão Exaustão por calor Perda excessiva de água e eletrólitos - exercício intenso em ambiente desfavorável Acúmulo de sangue na região cutânea, e diminuição do volume sanguíneo central Sistema de termorregulação está em crise, mas ainda funciona EXPLICAR: FLUXO SANGUÍNEO PARA CONCHA Ambiente desfavorável – quente e úmido
Exaustão ao calor – sinais e sintomas Transpiração excessiva Pele úmida, fria e pálida Tontura, fraqueza Náusea e/ou vômito Pulso fraco e rápido Dor de cabeça
Exaustão ao calor - conduta Condutas Remoção para local fresco Deite a vítima de costas com os pés elevados Reposição hídrica e de eletrólitos Resfriar a vítima (compressas estratégicas) Monitorar a vítima e chamar resgate caso: Vítima não melhore em 30 min Vítima inconsciente Temperatura > 38,3 oC Retorno venoso
Emergências relacionadas ao calor - intermação Intermação (insolação) Emergência grave que ocorre quando os mecanismos de termorregulação falham, e o corpo fica superaquecido. Lesão/morte das células cerebrais e colapso do sistema circulatório
Intermação – sinais e sintomas Aumento da temperatura corporal (≥40,5 oC) Pele quente, seca e avermelhada Confusão mental e/ou irritabilidade Tremores Convulsões Coma Dor de cabeça
Intermação - conduta Condutas Estabelecer as vias aéreas e remoção para local fresco Chamar resgate Resfriamento rápido (sem gerar calafrios) Remover vestimentas Água gelada bolsas de gelo, compressas frias Lençol úmido e ventilador Preparo para vômito e convulsões Infusão de soro resfriável* Compressas: sob os braços, na virilha, ao redor do pescoço, atrás de cada joelho, e ao redor dos tornozelos da vítima para resfriar os principais vasos sanguíneos superficiais CONDUÇÃO e Convecção
Sumário Complicações pelo calor Ocorrência Fase Gravidade Conduta Cãibras Mais comum Crise local Baixa 1os socorros Exaustão Intermediária Crise sistêmica Moderada 1os socorros e monitorar Intermação Menos comum Falência Alta 1os socorros e SAMU
PREVENÇÃO Prevenção Monitorar clima e ajustar o treinamento; Aclimatizar o atleta a temperaturas altas; Roupas leves para treino; Garantir hidratação e reposição de eletrólitos Garantir hidratação – se perder 2% do peso prejudica performance – sede com 3% de perda 500 ml água fria (10 a 15oC) ou isotônico antes 200 a 300 ml – 10 a 15 min antes 200 a 300 ml a cada 20 min > 50 min repor eletrólitos
FRIO Lesões pelo frio Hipotermia – corpo perde calor para o ambiente – temperatura diminui Geladura – Queimadura pelo frio Hipotermia
Geladura Causa Tecidos congelam – dedos, pés, nariz, etc Sinais Dor, coceira, queimação, ardência, formigamento – dormência – reaparece quando aquece Grau 1 – pele avermelhada Grau 2 – pele branca rígida e bolhas Grau 3 – bolha, pele azul, sinais de frio extremo Condutas Leve para local aquecido, retire roupas frias, coloque roupa quente e cobertor Graus 1 e 2 - reaqueça o tecido lesionado com pano encharcado com água quente (37 a 40oC) – não faça se houver chance de congelar de novo Grau 3 – Resgate – não reaquecer a área
Geladura NUNCA Esfregue ou massageie Coloque gelo Deixe que congele novamente
Hipotermia Causa Temperatura Corporal < 35oC Sinais Graduais com a queda da temperatura
Se hipotermia grave, não reaquecer Condutas Levar para área aquecida SAMU Retirar roupas molhadas e frias delicadamente Colocar roupas secas e cobertor Cubra cabeça, não rosto Retire contato com o chão com cobertores Pode usar seu corpo para aquecer ou evitar perda de calor Colocar próximo a fonte de calor (recipiente com água quente) Monitorar choque, necessidade de RCP Se hipotermia grave, não reaquecer
Hipotermia NUNCA Dê álcool, tabaco, café Líquidos quentes - apenas Após cessar calafrio Estar totalmente consciente
Queimaduras CALOR - FOGO SUBST. QUÍMICAS ELETRICIDADE
Queimaduras Gravidade: Profundidade (graus) Extensão (% do corpo queimada) Localização
Queimadura - Profundidade 1º Grau – pele superficial – epiderme – avermelhada, seca e dolorida 2º Grau – epiderme e derme – muito avermelhada ou branca, muito dolorosa e úmida, bolhas e inchaço 3º Grau – todas as camadas da pele, tec. subcutâneo, músculos, etc – pele seca, parece couro, coloração de carvão ou branca
Queimadura - extensão Superfície palmar Regra dos nove Palma da mão da vítima = 1% do seu corpo
Queimadura - Localização Rosto – perigo por causa dos olhos Pescoço – complicações respiratórias Mão, pés e genitália – risco de perda de função Se atingir completamente a circunferência do membro, pescoço ou tórax é séria
Queimadura Grave Leve Moderada + 75% 1º grau <20% 50 a 75% + 30% ad +20% cç 2º grau <15% adulto <10% criança 15-30% ad 10-20% cç + 10% ad +2-3% cç 3º grau <2% 2-10% GRAVES - Afeta rosto, mão, pés, genitália órgãos Por eletricidade Químicas
Condutas em Queimaduras LEVE SEG-KIT-EPI Resfrie o local com água fria corrente (não gelada abundante) Mantenha a água até aliviar a dor Se quiser, cubra com gaze seca, não aderente, estéril e limpa NÃO – colocar pasta de dente colocar gelo colocar manteiga, oleo MEDICAMENTO – só com orientação médica
Condutas em Queimaduras GRAVE SAMU SEG-KIT-EPI Apague o fogo se houver Remova joias, objetos e roupas que não tiverem aderido ao corpo Cubra com cobertor seco Monitore choque e necessidade de RCP
Condutas em Queimaduras Apagar o fogo Parte do corpo Cobrir com cobertor molhado Corpo todo Pessoa deve parar, cair no chão e rolar Cubra-a com cobertor molhado
Queimadura - Eletricidade Choque ou Raio Queimar, arritmias, parada respiratória Mesmo se entrada pequena – lesão pode ser grande
Queimadura - Eletricidade SAMU Sai do local se sentir formigamento na perna (está energizado) Verifique se é seguro tocar na pessoa NÃO toque se ainda estiver em contato com a fonte de eletricidade Formas de retirar Corrente normal - desligue a corrente, se possível use um objeto isolante (madeira) Alta tensão – NÃO mexa e nem desligue Verifique necessidade de RCP
Queimadura - Química SAMU LOC-KIT-EPI NÃO entre em contato com o agente Lave com água corrente fria, não gelada Não lave se a substância se tornar mais corrosiva com água
Mordidas e Picadas Picadas e mordidas de insetos, aracnídeos e cobras Normalmente sem importância Cuidado Pessoa é alérgica – CHOQUE ANAFILÁTICO Inseto é venenoso
Choque anafilático - asfixia Reação alérgica que causa EDEMA (inchaço) em garganta, lábios, língua. Morte em 10 a 60 minutos SINAIS E SINTOMAS AÇÕES Opressão no peito Dificuldade de respirar Tontura Chiado Edema Acione resgate ADRENALINA (Brasil não) Monitore RCP, se necessário
Cobras
Mordida de Cobra Sinais de que foi mordido marcas das presas que pode ou não sangrar ardor e inchaço ao redor da mordida mudança de cor da pele dormência náusea, vômito frequência cardíaca elevada e pressão arterial baixa fraqueza, entorpecimento sudorese convulsão, febre, dor de cabeça Gosto de metal na boca
Mordida de Cobra - Conduta NÃO Corte a pele Sugue o veneno Aplique gelo FAÇA Verifique sua segurança - cobra mesmo moribunda pode morder Afaste a vítima e você da cobra Acione Resgate – soro precisa ser aplicado Mantenha a vítima o mais quieta possível Limpe lesão com água e sabão Faça uma imobilização compressiva ao redor de todo o comprimento da extremidade afetada – retardar veneno
Mordidas ou Picadas de Insetos e Aranhas Maioria - Dolorida, incômoda, mas não letais Sinais comuns prurido – coceira até 2 dias Sinal específico marca da mordida Complicações sinais de infecção sinais de alergia Se venenoso - EMERGÊNCIA dor intensa, marcas no local espasmos musculares sintomas clínicos gerais – dor de cabeça, náusea, etc alterações de comportamento
Mordidas ou Picadas de Insetos e Aranhas - Conduta Se houver ferrão retire-o raspando suavemente com um cartão, faca ou unha remova a bolsa de veneno sem estourar Se for carrapato retire-o, pegando com uma pinça o mais próximo da pele, puxe e segure para ele soltar a pele – não sacuda, nem esprema
Mordidas ou Picadas de Insetos e Aranhas - Conduta Em geral Lave com água e sabão SEM esfregar Remova joias e roupas antes de inchar o local Aplique compressa fria se mordida ou picada de inseto ou aranha quente se mordida de animal aquático Aplique picada de abelha – pasta de bicarbonato e água picada de vespa – vinagre ou limão Observe a vítima por 30 min para reação alérgica
Emergências Relacionadas Profa. Dra. Cláudia Forjaz ao Ambiente CLIMA QUEIMADURA Mordidas e Picadas Profa. Dra. Cláudia Forjaz cforjaz@usp.br