Medição da actividade económica Prof. Jorge Mendes de Sousa

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Conceito e Cálculo dos Agregados Macroeconômicos
Advertisements

CONTABILIDADE NACIONAL E AGREGADOS MACROECONÔMICOS
Introdução à Microeconomia Pedro Telhado Pereira João Andrade.
Faculdade de Direito UNL 2011/2012 José A. Ferreira Machado
Faculdade de Direito UNL 2012/2013 José A. Ferreira Machado
Faculdade de Economia do Porto Ano Lectivo de 2006/2007
Economia Internacional II Sinopse das aulas Versão Provisória 2º Semestre
Visão Global da Macroeconomia UNIVERSIDADE DOS AÇORES
Fundamentos de Economia
Fundamentos de Economia
GF 115: Economia do Desenvolvimento Prof
Abordagem Macroeconômica: Medidas da Atividade Econômica; O Lado Real
AGREGADOS MACROECONÔMICOS E IDENTIDADES CONTÁBEIS
VISÃO GLOBAL DA MACROECONOMIA E MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA
Sistema de Contas Nacionais SCN
Parte I: Panorama Descritivo da Economia Brasileira e Conceito Básicos
CAP2 MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA E CONTABILIDADE NACIONAL
Procura e comportamento Prof. Jorge Mendes de Sousa
Ciclos económicos e crescimento Prof. Jorge Mendes de Sousa
Prof. Jorge Mendes de Sousa
Políticas para o Crescimento Prof. Jorge Mendes de Sousa
Prof. Jorge Mendes de Sousa
Concorrência Imperfeita Prof. Jorge Mendes de Sousa
Consumo e investimento Prof. Jorge Mendes de Sousa
Prof. Jorge Mendes de Sousa
Prof. Jorge Mendes de Sousa
MEN - Mercados de Energia Mestrado em Engenharia Electrotécnica
MEN - Mercados de Energia Mestrado em Engenharia Electrotécnica
- 1 - Gestão de Congestionamentos nas Interligações em Mercados de Energia Eléctrica Jorge Alberto Mendes de Sousa Professor Coordenador Webpage: pwp.net.ipl.pt/deea.isel/jsousa.
MEN - Mercados de Energia Mestrado em Engenharia Electrotécnica
- 1 - Bombagem Jorge Alberto Mendes de Sousa Professor Coordenador Webpage: pwp.net.ipl.pt/deea.isel/jsousa MEN - Mercados de Energia Mestrado em Engenharia.
Macroeconomia Aula 4 Professora: Msc.Karine R.de Souza.
Macroeconomia Aula 3 Professora: Msc.Karine R.de Souza.
Macroeconomia André Nascimento.
Introdução à Macroeconomia Prof. Jorge Mendes de Sousa
Economia Brasileira_26/02/2007
Teoria da oferta e procura Prof. Jorge Mendes de Sousa
Produção e organização Prof. Jorge Mendes de Sousa
Mercados perfeitamente concorrenciais Prof. Jorge Mendes de Sousa
Os fundamentos da Economia Prof. Jorge Mendes de Sousa
- 1 - Bombagem Jorge Alberto Mendes de Sousa Professor Coordenador Webpage: pwp.net.ipl.pt/deea.isel/jsousa MEN - Mercados de Energia Mestrado em Engenharia.
Prof.ª Me. Marcela Ribeiro de Albuquerque
- 1 - Sessão #15 | 28 Julho 2010 :: :: :: Sessão #15 :: Análise e simulação do mecanismo de market splitting. Estudo de caso: MIBEL Jorge de Sousa Professor.
CONTABILIDADE NACIONAL
CONTABILIDADE NACIONAL
MACROECONOMIA.
PRODUTO INTERNO BRUTO Bibliografia: Lanzana, Antonio Evaristo Teixeira. Fundamentos e atualidades. 3ªEDIÇÃO. EDITORA ATLAS.
MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Produto agregado 2.1 Contas de renda e produto nacional são um sistema de contabilidade utilizado para medir a atividade econômica agregada. A medida do.
Macroeconmia Estuda a determinação eo comportamento dos agregados econômicos nacionais.
Contabilidade Nacional
Aula Teórica nº 4 Medição dos preços e da inflação.
Macroeconomia.  Macroeconomia É o estudo dos agregados econômicos. Estudamos o comportamento de variáveis como produto, inflação, desemprego, consumo,
Prof.: Ricardo Clemente
C ONTABILIDADE N ACIONAL Aula 1. C ONCEITOS C HAVES PIB – Produto Interno Bruto (GDP) Valor dos bens finais produzidos em um território em um dado período.
Contabilidade Nacional
Macroeconomia Introd. Macro. Medidas de Atividade Econômica
Agregados macroeconômicos: introdução à contabilidade social
CONTABILIDADE SOCIAL Mensurar a atividade econômica e social em seus múltiplos aspectos. Sistematizar regras para a produção e a organização contínua de.
MACROECONOMIA Princípios de Economia Aldo Roberto Ometto.
Renda Nacional: Produção, Distribuição e Alocação Aldo Roberto Ometto.
Micro e Macroeconomia O mundo da economia se divide em microeconomia e macroeconomia. A microeconomia se dedica ao estudo do comportamento de pequenas.
Mestrado Profissional em Economia PIMES - UFPE
CONTABILIDADE NACIONAL E AGREGADOS MACROECONÔMICOS
DADOS MACROECONÔMICOS
Capítulo 2 : Conceitos Introdutórios
Medindo a Renda de Uma Nação
Medindo o Custo de Vida.
Medição da actividade económica
Economia II – Estes materiais não são parte integrante da bibliografia da unidade curricular. Aula Teórica nº 4 Bibliografia: Obrigatória:Amaral et al.
Transcrição da apresentação:

Medição da actividade económica Prof. Jorge Mendes de Sousa Instituto Superior de Engenharia de Lisboa Medição da actividade económica Economia: Aula P4 Prof. Jorge Mendes de Sousa jsousa@deea.isel.ipl.pt ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Produto Interno Bruto (PIB) Contas nacionais Medição da actividade económica Conteúdo Introdução Produto Interno Bruto (PIB) Contas nacionais Índices de preços e inflação Tópicos para discussão ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Introdução A importância da medição objectiva Quando puder medir aquilo de que está a falar e puder expressá-lo em números, então sabe alguma coisa sobre o assunto; quando não puder medi-lo, quando não puder exprimi-lo em números, o seu conhecimento é fraco e insatisfatório. Lord Kelvin ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Produto Interno Bruto (PIB) A medida do desempenho de uma economia O produto interno bruto (PIB) é a medida mais abrangente da produção total de bens e serviços de um país. O PIB corresponde à soma dos valores monetários do consumo (C), do investimento bruto (I), das compras de bens e serviços efectuadas pelo Estado (G) e das exportações líquidas (X) produzidos num país durante um ano. Produto Interno Bruto PIB = C + I + G + X ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Produto Interno Bruto (PIB) Duas medidas: Fluxo de bens e fluxo de rendimentos ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Produto Interno Bruto (PIB) O problema da “dupla contabilização” Abordagem pelo valor acrescentado Para evitar a dupla contabilização, tem-se o cuidado de incluir apenas os bens finais no PIB e de excluir os bens intermédios que são usados na produção de bens finais. Com o cálculo do valor acrescentado em cada estádio, tendo o cuidado de subtrair as despesas de bens intermédios comprados às outras empresas, a abordagem pelos rendimentos do arco inferior evita adequadamente toda a dupla contabilização e regista exactamente uma única vez os salários, juros, rendas e lucros. ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Q = PIB real = PIB nominal / deflator do PIB = PQ / P Contas nacionais PIB real vs PIB nominal O PIB nominal (PQ) representa o valor monetário total dos bens e serviços finais produzidos num país num dado ano, em que os valores são expressos em termos de preços de mercado de cada ano. O PIB real (Q) retira a variação dos preços do PIB nominal e calcula o PIB em termos das quantidades de bens e serviços. O índice de preços do PIB (P) é o “preço do PIB”. PIB real vs PIB nominal Q = PIB real = PIB nominal / deflator do PIB = PQ / P ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Contas nacionais PIB real vs PIB nominal ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Contas nacionais Consumo ( PIB = C + I + G + X ) As despesas de consumo são divididas em três categorias Bens duráveis Por exemplo automóveis Bens não duráveis Por exemplo alimentos Serviços Por exemplo os cuidados de saúde ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Contas nacionais Consumo ( PIB = C + I + G + X ) ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Contas nacionais Investimento ( PIB = C + I + G + X ) O investimento representa acréscimos da massa de bens de capital duráveis que aumentam as possibilidades de produção no futuro. São exemplo de investimento a construção de edifícios, equipamentos, programas informáticos. Investimento líquido vs bruto O investimento líquido é igual ao investimento bruto menos a amortização. A amortização quantifica o montante do capital que foi consumido num ano. Assim, o investimento bruto inclui todas as máquinas, fábricas e edifícios construídos num ano – ainda que alguns fossem produzidos para substituir bens de capital velhos que foram derretidos ou atirados para a sucata. ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Contas nacionais Administração pública ( PIB = C + I + G + X ) Despesa pública (G) A despesa pública com bens e serviços (G) corresponde a todas as compras do governo tais como salários dos funcionários, custo dos bens adquiridos (estradas, pontes, aviões). Exclusão das transferências Nem toda a despesa do Estado é incluída no PIB uma vez que se excluem a despesa em transferências. As transferências do Estado são pagamentos aos indivíduos que não têm como contrapartida o fornecimento de bens e serviços. Assim, o salário pago pelo Estado a um médico, por ser o pagamento de um factor produtivo, será incluído no PIB. Por outro lado, o pagamento da segurança social a um pobre, dado que não é contrapartida de um bem ou serviço, é excluído do PIB (transferência). ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Contas nacionais Exportações líquidas ( PIB = C + I + G + X ) As exportações líquidas correspondem à diferença entre o valor das exportações e o valor das importações de bens e serviços. ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Contas nacionais PIB, PIL e PNB Produto Interno Líquido (PIL) O produto interno líquido (PIL) é igual ao produto final total produzido dentro de um país durante um ano considerando o investimento líquido obtém-se subtraindo a amortização do produto interno bruto (PIB). Produto Nacional Bruto (PNB) O produto nacional bruto (PNB) é o produto final total produzido com os factores que estão em posse de residentes num país durante um ano. Os lucros da Autoeuropa são incluídos no PIB português mas não no PNB, uma vez que diz respeito a capital alemão. Por outro lado, quando um professor português é convidado para um seminário na Alemanha, os seus rendimentos são incluídos no PNB português mas não no PIB português (será incluído no PIB alemão). ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Índices de preços e inflação Definições Um índice de preços é uma medida do nível médio de preços. Inflação corresponde a um aumento do nível geral dos preços. A taxa de inflação é a taxa de variação do nível geral de preços e calcula-se do seguinte modo: (nível preços ano t – nível preços ano t-1) / nível preços ano t-1 x 100 ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Índices de preços e inflação IPC, IPP e índice de preços do PIB Índice de preços no consumidor (IPC) O IPC é uma medida da variação média ao longo do tempo dos preços pagos pelos consumidores urbanos por um cabaz de mercado de bens e serviços de consumo Índice de preços no produtor (IPP) O IPP mede o nível de preços por grosso ao nível do produtor Índice de preços do PIB O índice de preços do PIB, ou deflator do PIB, é o preço de todos os bens e serviços produzidos no país ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Tópicos para discussão Ilustre com um exemplo cada um dos seguintes conceitos: Consumo Investimento interno privado bruto Compra de investimento e de consumo pelo Estado (incluído no PIB) Pagamento de uma transferência do Estado (não incluído no PIB) Exportações Os críticos das contas nacionais argumentam que “Não se podem somar maçãs com laranjas”. Mostre que com o uso de preços podemos somá-las na construção do PIB. ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica

Medição da actividade económica Prof. Jorge Mendes de Sousa Instituto Superior de Engenharia de Lisboa Medição da actividade económica Economia: Aula P4 Prof. Jorge Mendes de Sousa jsousa@deea.isel.ipl.pt ISEL ECONOMIA – Medição da actividade económica