Conjuntura Internacional do Petróleo

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Transcrição da apresentação:

Conjuntura Internacional do Petróleo Fernando Siqueira Diretor de Comunicações AEPET – Rio de Janeiro (21)2533-1110 Fax: (21)2533-2134 aepet@aepet.org.br www.aepet.org.br V.6 - Maio/2007

Introdução O petróleo é um recurso único, que constitui para a humanidade uma fonte de energia muito eficiente, fácil de extrair, transportar e utilizar, assim como uma matéria prima através da qual se obtém uma grande variedade de materiais. A abundante disponibilidade do “ouro negro” que se encontra no mundo atual está presente em quase tudo que utilizamos, sendo a fonte de energia que move 90% do transporte mundial. Por Fernando Bullón Miró – Asociación para el estudio de los recursos energéticos (AEREN), www.crisenergetica.org, Espanha, janeiro/2006.

Introdução O petróleo é matéria prima para mais de três mil produtos que utilizamos no dia-a- dia. O aumento nos preços e o desabastecimento podem levar a economia mundial a uma recessão sem precedentes, cujos primeiros sintomas serão notados de forma cada vez mais evidente. Por Fernando Bullón Miró – Asociación para el estudio de los recursos energéticos (AEREN), www.crisenergetica.org, Espanha, janeiro/2006.

Introdução A energia obtida na queima dos combustíveis fósseis deu a humanidade a possibilidade de explorar com maior intensidade outros recursos naturais, como a água, as terras ou a pesca (barcos pesqueiros), o que possibilitou a explosão demográfica do último século e o modo de vida baseado no elevado consumo energético de que hoje usufrui cerca de um terço dos habitantes do Planeta. Por Fernando Bullón Miró – Asociación para el estudio de los recursos energéticos (AEREN), www.crisenergetica.org, Espanha, janeiro/2006.

Introdução O petróleo compõe parte de todo tipo de plásticos, produtos químicos, materiais de construção, entre outros, estando presente em quase todos os bens de uso comum do nosso dia-a-dia. A lista seria interminável e engloba objetos tão variados como componentes de equipamentos eletrônicos, couros sintéticos, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, tintas, lubrificantes, PVC, fertilizantes agrícolas, medicamentos, asfalto, fibras sintéticas para roupas, móveis, máquinas fotográficas, baterias, lentes, xampus, telefones celulares, DVDs, pastas de dentes, canetas, pneus, entre outros. Por Fernando Bullón Miró – Asociación para el estudio de los recursos energéticos (AEREN), www.crisenergetica.org, Espanha, janeiro/2006.

Introdução O encarecimento do petróleo pode gerar processos inflacionários envolvendo todos os setores econômicos e causar impactos imprevisíveis sobre as economia de todos os países, o que pode pôr em risco o equilíbrio do sistema financeiro internacional e desencadear intensas crises sociais. Nesse sentido deve ser ressaltado que a demanda, longe de reduzir, nos últimos anos vêm sofrendo forte alta, em especial por conta do aquecimento econômico de países como a China e Índia, cujas populações somam 2,3 bilhões das pessoas em todo o mundo. Por Fernando Bullón Miró – Asociación para el estudio de los recursos energéticos (AEREN), www.crisenergetica.org, Espanha, janeiro/2006.

Introdução A partir dos anos 1980, o consumo de petróleo passou a superar o do seu descobrimento. Assim, na atualidade alcançamos a alarmante proporção: para cada barril que se descobre, quatro são consumidos. Por Fernando Bullón Miró – Asociación para el estudio de los recursos energéticos (AEREN), www.crisenergetica.org, Espanha, janeiro/2006.

Matriz energética global Fonte EIA (%) CE/WEC (%) Petróleo 39 32,5 Gás Natural 22 18 Carvão 25 26,5 Hidroeletricidade 7 6 Nuclear 5 Biomassa 0,4 (todos renov.) 11,5 Solar, Eólica 0,5 EIA : Energy Information Association / CE : Comisión Europea / WEC : World Energy Council

Reservas provadas de petróleo (em 109 barris) Arábia Saudita 264,2 Irã 137,5 Iraque 115 Kuwait 101,5 Emirados Árabes Unidos 97,8 Venezuela 80 Rússia 74 México 12,6 Líbia 36 Nigéria 31,5 EUA 29,4 Quatar 15,2 Brasil 14,2 Argélia 11,3 Noruega 10,3 Fonte: OPEP/ANP/UFRJ-Infopetro (2002) / EPE(2005).

Reservas mundiais provadas de petróleo por país 77,20 14,80 11,20 29,40 16,80 2004 16,00 10,60 2003 77,80 12,60 9,80 30,40 6,90 2002 77,70 26,90 8,50 30,00 6,50 2001 76,90 28,40 30,10 6,40 2000 72,60 8,20 28,60 6,80 1999 73,00 48,00 7,40 1998 71,70 40,00 7,10 1997 64,90 48,80 6,70 1996 64,50 49,80 6,20 29,90 1995 50,80 5,40 7,30 1994 63,30 50,90 5,00 31,00 1993 59,10 51,30 32,10 7,60 1992 4,80 33,80 7,90 1991 58,50 56,40 4,50 34,10 8,30 1990 Venezuela México Brasil Estados Unidos Canadá Fonte: ANP

Principais regiões produtoras Reservas provadas (Bilhões de barris - 2004) Golfo Pérsico (Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait, EAU, Qatar, Omã) 720,21 (69,3%) América do Sul (Venezuela, Brasil, Colômbia, Argentina, Equador) 100,94 (9,7%) Rússia 65.39 (6,3%) América do Norte (EUA, México, Canadá) 54,44 (5,2%) Norte da África (Líbia, Argélia, Egito) 51,01 (5,0%) África Ocidental (Nigéria, Angola, Gabão) 32,91 (3,1%) Mar do Norte (Grã-Bretanha, Noruega) 15,11 (1,4%) Fontes: World Oil e Oil & Gas Journal

EUA: produção (307) + importação (577) = 884: Produção 307 (34,8%) x importação 577 (65,2%)

O suspeitoso aumento do nível de reservas de petróleo OS ACRÉSCIMOS EXPOSTOS NÃO CORREPONDEM COM AS EXPLORAÇÕES CIENTÍFICAS. A OPEP CONSIGNAVA QUOTAS DE EXPORTAÇÃO EM FUNÇÃO DAS RESERVAS DECLARADAS. TAMBÉM ERRARAM UM VALOR PARA CONSEGUIR CRÉDITOS NO SISTEMA FINANCEIRO INTERNACIONAL. FIZERAM UM ACRÉSCIMO FICTÍCIO DE 287.000 MILHÕES DE BARRIS, CERCA DE 25% DAS RESERVAS TOTAIS. Fonte: Colin J. Campbell. The end of Cheap Oil. Scientific American. Março de 1998.

A situação internacional Técnicos independentes, quais sejam, Campbell, Laherrère, Deffeyes e outros, declaram que: A produção mundial de petróleo passa pelo seu máximo entre 2004 e 2010, ponto a partir do qual o preço do barril será sempre crescente (mesmo sem guerra). Há poucas alternativas para substituição do petróleo, além do gás natural, assim mesmo, por pouco tempo. No caso do Brasil a situação é bem mais confortável devido à energia alternativa. Muitos dos estudos sobre o futuro do petróleo (EIA/DOE/USA, IEA/OECD, World Oil Jornal, Oil & Gas Journal, BP Review, OPEP e outros) não são confiáveis, devido aos dados fornecidos pelos governos e empresas não serem confiáveis.

Fusões no mundo do petróleo Repsol (Espanha) - YPF (Argentina) Eni SpA. (Itália) - Repsol YPF (Espanha) Total (França) - Fina (Bélgica) Totalfina (França) - Elf (França) Exxon (EUA) - Mobil (EUA) BP (Grã-Bretanha) - Amoco (EUA) BP Amoco (Grã-Bretanha) - Arco (EUA)

Petróleo/gás e política internacional no século XXI Primeira crise do petróleo 16/10/73: aumento de preços pela OPEP, para US$ 5,11/barril; 17/10: embargo parcial contra os EUA; Arábia Saudita: adere ao embargo devido à aliança EUA/Israel; Watergate; Irã e Iraque aumentaram a produção; Empresas redirecionaram os fluxos; Preços (US$/barril): 1970 - 1,80; 1973 (dezembro) - 11,6; 1974: os primeiros acordos entre EUA, Israel e Egito;

Petróleo/gás e política internacional no século XXI Primeira crise do petróleo (cont.) 1974: fundação da Agência Internacional de Energia (OCDE); Situação pós-embargo: a OPEP havia conquistado o completo controle sobre seus próprios recursos; Rendimentos da OPEP: US$ 23 bilhões (1972); US$ 140 bilhões (1977); Em 1974 a OPEP tinha um superávit financeiro de US$ 67 bilhões e em 1978 um déficit de US$ 2 bi; Crise em países industrializados: PIB dos EUA caiu 6% entre 1973 e 1975; Nações industrializadas: política de conservação; Novas províncias petrolíferas: Alaska, México e Mar do Norte.

Petróleo/gás e política internacional no século XXI O segundo choque do petróleo Fevereiro de 1979: Revolução Iraniana; Dez 1978 a Out 1979: OPEP ampliou a produção, mas ainda restou um déficit de 2mm bpd; Déficit ampliado pela desorganização/pânico do mercado; o preço do barril bate recorde: U$ 87 em dólares corrigidos para 2005 (Banco Barclays) Possibilidade de alastramento da Revolução Iraniana

A importância do petróleo iraquiano Segunda maior reserva de petróleo do mundo: 112 Bbbl; Atividade de exploração praticamente parada desde 1990: grande potencial de novas descobertas; Produção do Iraque estava prejudicada pela falta de peças de reposição; Companhias de petróleo da França, Rússia e China, entre outros países, já tinham contratos assinados com o Iraque para manutenção de campos de produção e para exploração, mas só poderiam ser iniciados após o término das sanções da ONU; Com a derrubada de Saddam Hussein, tais contratos poderão ser contestados, o que explica a ambigüidade de alguns membros do Conselho em relação à guerra; As companhias americanas e inglesas não tinham nenhum contrato, embora o Iraque tenha acenado com essa possibilidade (Shell chegou iniciar conversações).

Iraque Histórico 1979 – Xá do Irã vai para o exílio e Komeini toma o poder – 2º choque do petróleo. Saddam Hussein se torna Presidente do Iraque. 1980 – Iraque invade o Irã. 1986 – Contra-choque do petróleo. 1988 – Cessar-fogo na guerra Irã-Iraque. 1990 – Iraque invade o Kuwait. ONU impõe embargo às exportações do Iraque. 1995 – Criação do programa “Petróleo por Comida”. 2002 – Bush cria a doutrina da guerra preventiva, invade o Afeganistão e prepara a “mudança de regime” no Iraque. 2003 – Estados Unidos e Inglaterra invadem o Iraque e derrubam Saddam Hussein.

Produção x Consumo (milhões de barris/dia) 2005 2025 Região Produção Consumo Estados Unidos 9,06 21,31 8,82 28,41 Canadá 2,36 2,24 1,57 2,80 México 3,96 2,07 4,85 3,48 Europa Ocidental 6,43 14,73 5,00 15,71 Japão 0,13 5,45 0,06 5,84 Austrália/N. Zelândia 0,62 1,11 0,86 1,69 Fonte: EIA/DOE/USA

Estimativas de consumo do petróleo (milhões de barris por dia)

Reserva mundial / consumo mundial / ano 1,150 bilhões de barris = 37,5 anos 84 milhões de barris/dia x 365 dias 823 bilhões de barris = 20 anos 107,9 milhões de barris/dia x 365 dias 2005 2015

produção demanda Os EUA continuam sendo, disparado, o maior consumidor de petróleo do mundo com a produção doméstica declinante e, agora, atendendo a menos de 50% do consumo. Fonte: http://www.oilcrisis.com/nations/2004/

produção demanda Embora ainda produza mais do que consome, os dias de exportador do Reino Unido estão contados. Fonte: http://www.oilcrisis.com/nations/2004/

produção demanda A China se tornou um importador em 1993 e está, agora, em uma trajetória de competição com os EUA pelas reservas remanescentes do mundo. Fonte: http://www.oilcrisis.com/nations/2004/

produção demanda A Índia sempre foi um país importador, mas o seu apetite por petróleo está crescendo a taxas de 4% a 7% por ano, tão altas quanto as da China (5% a 7% por ano). Fonte: http://www.oilcrisis.com/nations/2004/

produção demanda Em 2004, a Indonésia, membro da OPEP, se tornou um importador! Isto era evidente pelo que mostra a curva acima que vai até 2003. Fonte: http://www.oilcrisis.com/nations/2004/

O declínio do petróleo Fonte: The coming oil crisis – Colin Campbell, PhD por Oxford e geólogo de exploração em Bornéu, Trinidad, Colômbia, Austrália, Papua Nova Guiné, EUA, Equador, Grã-Bretanha, Irlanda e Noruega

Tendências da produção de petróleo 3º choque do petróleo Fonte: The coming oil crisis – Colin Campbell

Tendências da produção de petróleo The World Oil Supply Report - 2004 - 2050 (3rd edition) The future for global oil production by Douglas -Westwood (www.durangobill.com/rallover.html)

Produção (per capita) de petróleo Fonte: Richard C. Duncan, Ph.D. - www.hubbertpeak.com/duncan/olduvai2000.htm

Evolução do Preço de Petróleo – 1996-2004 Oil Price 70 60 50 40 Brent Crude $/b 30 20 10 1996 1998 2000 2002 2004 Fonte: Associação para o Estudo do Pico do Petróleo e do Gás (ASPO), fundada por Colin Campbell.

Alguns exemplos de declínio Campo Produção inicial (bpd) Produção atual (bpd) Cruz Beana (Colômbia) 500 mil (1970) 200 mil Forty Field (Mar do Norte - UK) 500 mil (1980) 50 mil Prudhoe Bay (Alaska - EUA) 1,5 milhão (1970) 350 mil Samotlor (Rússia) 3,5 milhões (1970) 325 mil Fonte:F. W. Engdahl

A dependência dos EUA Total 13.000 100,0 Origem Volume (mil barris/dia) % Canadá 2.210 17,0 Arábia Saudita 1.885 14,5 México 1.690 13,0 Venezuela 1.430 11,0 Nigéria 910 7,0 Iraque 520 4,0 Grã-Bretanha 468 3,6 Angola 390 3,0 Argélia 390 3,0 Noruega 286 2,2 Rússia 260 2,0 Kuwait 221 1,7 Colômbia 195 1,5 Equador 130 1,0 Gabão 130 1,0 Outros 1.885 14,5 Total 13.000 100,0 Fonte: EIA/DOE/US Gov

A realidade da indústria mundial de petróleo: fatos relevantes Petróleo: Fonte esgotável de energia - próxima “safra”: 10 milhões de anos Reservas Mundiais: 1 trilhão/barris - produção mundial: 24 bilhões barris/ano O mundo conta com reservas para mais 42 anos de produção, sem novas descobertas Modelo energético – mundo industrializado  Petróleo fonte de energia mais significativa Petróleo (óleo+gás): origem mais de 60% de energia consumida pelos países indústrializados Países industrializados maiores consumidores petróleo  não o produzem/ excessiva dependência de importações

Conclusões O petróleo já está caro; O petróleo está ficando raro; A posse do reservas de petróleo implica em risco e conflito potencial; Desenvolvimento de tecnologia e aplicação de fontes de energia alternativa representam, ainda, um espaço a ser ocupado; Energia alternativa é renovável e limpa; Uma política responsável deve investir no desenvolvimento de tecnologia e uso de energia alternativa.

Constituição Brasileira (1988) Art. 177 Constituem monopólio da União: I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos; II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro; III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores; IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem; §1º - o monopólio previsto neste artigo inclui os riscos e resultados decorrentes das atividades nele mencionadas, sendo vedado a União ceder ou conceder qualquer antecipação, em espécie ou em valor, na exploração de jazidas de petróleo ou gás natural, ressalvado o disposto no art. 20, 1o.

Artigo 26 Lei 9478/97 - Lei do Petróleo “A concessão implica, para o concessionário, a obrigação de explorar, por sua conta e risco e, em caso de êxito, produzir petróleo ou gás natural em determinado bloco, conferindo-lhe a propriedade desses bens, após extraídos, os encargos relativos ao pagamento dos tributos incidentes e das participações legais ou contratuais correspondentes.”

Artigo 60 Lei 9478/97 - Lei do Petróleo “Qualquer empresa ou consórcio de empresas que atender ao disposto no art. 5º poderá receber autorização da ANP para exercer a atividade de importação e exportação de petróleo e seus derivados, de gás natural e condensado. Parágrafo Único - O exercício da atividade referida no caput deste artigo observará as diretrizes do CNPE, em particular as relacionadas com o cumprimento das disposições do Art. 4º da Lei no 8.176, de 8 de fevereiro de 1991, e obedecerá às demais normas legais e regulamentares pertinentes.”

A PETROBRÁS sinaliza com planos de crescimento, diz o novo Presidente HOUSTON, 2 de abril – A PETROBRÁS – Petróleo Brasileiro S.A. planeja expandir sua produção de petróleo e gás, tanto internamente como para o exterior, manter a liderança, mas não o monopólio no refinamento e marketing domésticos e ajudar a desenvolver o mercado de gás natural no Brasil, participando da geração de energia elétrica, afirmou o seu Presidente Francisco Gros, em uma conferência sobre energia, realizada em Houston... Enquanto isso, o governo já abriu acesso para a infra-estrutura dos oleodutos da PETROBRÁS, para produtos crús e refinados. A legislação para acesso aos oleodutos de gás natural ainda está pendente... Resumindo, a PETROBRÁS está continuando a sua metamorfose de uma estatal para uma companhia de petróleo e gás, completamente privatizada, e internacionalmente competitiva, disse o presidente, educado nos moldes americanos, Gros. “Nosso desafio e objetivo é administrar esta organização para o lucro”, afirmou ele. Fonte: Matéria feita por Sam Fletcher, jornalista da revista “Issues et Analysis" – sobre a palestra do presidente Gros.

A venda de ações Valor estimado: R$ 8 bilhões. Parcela do capital: 18% Valor do patrimônio da Petrobrás: Refino: US$ 15 bilhões Transporte: US$ 6 bilhões Produção: US$ 12 bilhões Outros ativos: US$ 7 bilhões Reservas de óleo e gás: US$ 510 bilhões Total: US$ 550 bilhões (18% de US$ 550 bilhões = US$ 99)

Privatização / Desnacionalização através de Vendas da Ações Posição Acionária da PETROBRÁS: 1.086.101.087 Ações 330.000 acionistas (abril-2002) Julho-2000 Março-2002 Free Float 39,1% Free Float 59,1% Fonte: PETROBRÁS

Comparação entre as Estruturas de Preços de Gasolina no Brasil e nos EUA (janeiro 2002) Distribuição + Revenda Distribuição + Revenda 7% 22,2% Impostos 30% Álcool 10% Refino 19% Impostos 53,6% Refinador Óleo cru 44% Óleo cru + Refino 14,2% Refinador Fonte: http://tonto.cia.doe.gov./gdu/ Fonte: Petrobrás/Abast. E U A Brasil US$/galão R$/litro Preço ao consumidor (bomba) 1,41 0,9_ 1,62 Parcela do refinador 0,58 0,23

Relação Reserva/Produção O caso da Argentina Anos Reservas de Petróleo Bilhões de Bls Produção de Petróleo Mil b/dia Relação Reserva/Produção 1980 2,5 492,5 14 1981 2,4 497,2 13 1982 490,6 1983 490,7 1984 2,3 479,7 1985 459,7 1986 2,2 433,9 1987 428,4 1988 450,2 1989 460,3 1990 1,6 481,7 9 1991 1,7 493,2 1992 2,0 555,9 10 1993 593,6 1994 667,4 1995* 719,2 Nota (*): Os dados referentes ao ano de 1995 são preliminares Fontes: Anuário Estatístico Argentino (1994) e OLADE - Estatísticas e Indicadores Econômicos Energéticos (1996)

(Michael T. Klare – Folha de São Paulo, 17-10-05) “O Congresso americano vetou neste ano a compra da Unocal [companhia de petróleo com base na Califórnia] com argumentos de segurança nacional alegando que a aquisição de uma companhia americana pela China diminuiria a produção doméstica dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, China e Rússia ficaram mais firmes no propósito de diminuir a influência americana em áreas produtoras da Ásia Central e do mar Cáspio.” (Michael T. Klare – Folha de São Paulo, 17-10-05)

(Michael T. Klare – Folha de São Paulo, 17-10-05) “As maiores potências têm a tendência de retratar recursos vitais como essenciais à segurança nacional, legitimando o uso de forças militares para sua proteção” (Michael T. Klare – Folha de São Paulo, 17-10-05)

(Michael T. Klare – Folha de São Paulo, 17-10-05) “O que eu sei mais sobre o Brasil é que o país é um líder no desenvolvimento de fontes alternativas de energia, especialmente o etanol. Na minha cabeça, essa é a melhor saída que um país pode adotar nesta nova era. Penso que podemos aprender muito com o Brasil.” (Michael T. Klare – Folha de São Paulo, 17-10-05)

(Michael T. Klare – Folha de São Paulo, 17-10-05) “Até agora, as fontes alternativas de energia não estão disponíveis numa escala suficientemente ampla para substituir o petróleo quando este ficar escasso. A não ser que direcionemos muito mais investimentos para essas alternativas, podemos esperar condições muito duras nos próximos anos. Sob as circunstâncias atuais, o conflito será inevitável.” (Michael T. Klare – Folha de São Paulo, 17-10-05)