Teoria da Produção Em cada momento no tempo existe um conjunto de técnicas produtivas, ou tecnologias, que permite produzir determinado produto, a partir.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Introdução à Microeconomia Grupo de Economia da Inovação – IE/UFRJ
Advertisements

Introdução à Microeconomia Grupo de Economia da Inovação – IE/UFRJ
PARTE II Microeconomia.
INTRODUÇÃO Para Marshall a análise do funcionamento do sistema de mercado, para a determinação dos preços, começava com o estudo do comportamento dos produtores.
Amintas engenharia.
TEORIA DA PRODUÇÃO.
MICROECONOMIA I Pedro Telhado Pereira.
Sumário 28 Teoria do produtor
Modelo de Factores Específicos
Introdução Curva de Oferta Teoria da Produção Teoria da Firma
COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGROINDUSTRIAIS
Aldilene Silva Célia Regina Daniela Alencar Maria do Socorro
Concorrência Perfeita e Monopólio Natural
Fundamentos de Economia
Teoria da Produção.
Teoria da Produção.
Teoria do Custo.
Economia e Mercado 7ª AULA.
Ganhos e Discriminação
COMBINAÇÃO DOS FACTORES PRODUTIVOS
PROGRESSÕES JUDITE GOMES
Teoria da Produção e do Custo
Obsolescência Informática – 2ª etapa.
Investimento e o q de Tobin
Economia e Gestão Financeira
Informática Teórica Engenharia da Computação
Aula prática 6 Vetores e Matrizes
Passos utilizados numa regra de três simples:
Investimento – Modelo Acelerador
Teoria Econômica AULA 2 Profª Karine R. de Souza.
Custeio Variável Prof. Carlos Alexandre.
Microeconomia – aula 7 Microeconomia para Administração
Microeconomia – aula 9 Microeconomia para Administração
UNIDADE 1: INTRODUÇÃO A Escassez: O Problema Econômico
Teoria do Produtor.
TEORIA DA PRODUÇÃO.
Produção e organização Prof. Jorge Mendes de Sousa
MARSHALL( ) Escola de Cambridge
CAPÍTULO 30. SIMULANDO O FUTURO.
Teoria da produção e produtos marginais
TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 2 – 1/03/2006 Professores: Márcio Garcia Márcio Janot.
TEORIA DA PRODUÇÃO E CUSTOS
TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 3 Professores: Márcio Gomes Pinto Garcia Dionísio Dias Carneiro 08/03/2004.
Aula 3 Conjuntura Econômica e Estratégia Corporativa
Introdução à Economia Faculdade de Rolim de Moura – FAROL
BORISAS CIMBLERIS Termodinâmica e Economia Guilherme Seneguini Nº USP: Hélio Ji Iong Kwon Nº USP: Mark Grumberg Nº USP:
Aula 10: Custos de Produção
Teoria do crescimento - IV
Economia I - Aula 8 Teoria da produção
MICROECONOMIA Aula 7 – Análise da Teoria da Produção.
FUNDAMENTOS NEOCLÁSSICOS PARA A LEI DA OFERTA E DA DEMANDA
Introdução à Microeconomia Pedro Telhado Pereira João Andrade.
Economia I - Aula 8 Teoria da Produção
Disciplina Engenharia da Qualidade II
PRODUÇÃO
Produção Aula 8.
O Modelo OA - DA 7.1 Este modelo agrega todos os mercados, isto é, usa as condições de equilíbrio dos mercados de bens, financeiro e de trabalho para derivar.
1 Aula 9: CUSTOS DE PRODUÇÃO Disciplina: Microeconomia Profa. Andresa S. N. Francischini.
Os Custos da Produção II
A empresa: produção, custos e lucros
Importância do orçamento de capital
6.1 Tecnologia de produção
C USTOS DE P RODUÇÃO. Definir e explicar as variáveis utilizadas para medir custos em economia e a relação presente entre elas, bem como seus usos e importância.
RELAÇÕES ENTRE IDEIAS E DADOS DE FATO
Prof. Jorge Sant' Anna Produção
Produção e Crescimento
Fundamentos de Economia e Mercado
Objetivo da Firma A teoria do consumidor busca compreender como o indivíduo forma a demanda, tanto individual quanto total, e como consegue maximizar a.
Prof. Marcelo Santana Silva MICROECONOMIA TEORIA DOS CUSTOS 1 Introdução Custo de oportunidade X Custos Contábeis Conceito de Externalidade Custos de Curto.
O MERCADO DOS FATORES DE PRODUÇÃO (Fundamentos básicos da economia do mercado de trabalho) MK – Cap. 18 1º. Semestre de 2016.
Transcrição da apresentação:

Teoria da Produção Em cada momento no tempo existe um conjunto de técnicas produtivas, ou tecnologias, que permite produzir determinado produto, a partir da utilização de certa combinação de insumos ou fatores de produção. Para produzir um par de sapatos, por exemplo, precisa-se de uma máquina de costura, de mão-de-obra, de certa quantidade de couro, borracha, linha

Teoria da Produção etc. As quantidades de cada insumo, que podem ser utilizadas para produzir o par de sapatos, vão depender da tecnologia existente. Contudo, existem, em geral, várias maneiras diferentes de combinar os insumos para produzir o mesmo par de sapatos.

Teoria da Produção Pode-se, por exemplo, fazer toda a costura necessária manualmente usando, portanto, muita mão-de-obra, ou utilizando máquinas de costura. Pode-se ainda usar cola para fixar a sola do sapato, reduzindo o uso de linha de costura, ou fixá-la com linha de costura, usando, neste caso, menos cola.

Teoria da Produção Á medida que a tecnologia avança, vão surgindo novas formas de combinar os insumos, ou mesmo novos insumos, ampliando assim as possibilidades técnicas de produção. Há alguns anos, talvez fosse necessário utilizar um metro quadrado de couro para produzir um sapato, mas hoje, através da utilização de novas máquinas e novos processos

Teoria da Produção produtivos, que reduzem o desperdício, pode-se produzir o mesmo par de sapatos com uma quantidade menor de couro. Precisa-se, em primeiro lugar, de um meio para representar essas diferentes possibilidades técnicas de produção que estão abertas para a firma. Por simplicidade, supõe-se que existem apenas dois insumos, ou fatores de

Teoria da Produção produção, necessários para produzir sapatos, capital (K) e trabalho (L). Obviamente, o produtor vai concentrar-se apenas naquelas combinações que não envolvem desperdício de fatores de produção. Se é possível produzir um sapato usado 30 cm de linha de costura, não há razão para utilizar 35 cm, muito embora também seja possível produzir o sapato

Teoria da Produção desta forma. Em outras palavras, o produtor vai concentrar-se apenas nas possibilidades de produção eficientes. É importante que se destaque que o termo eficiência é usado aqui em um sentido bastante preciso. Eficiência técnica significa eliminar os desperdícios de recursos produtivos,

Teoria da Produção significa produzir o máximo possível com os recursos disponíveis. Esse conceito é, de certo modo, semelhante ao conceito de eficiência econômica, que será tratado com mais detalhes a seguir. A representação das possibilidades técnicas de produção é feita através da função de produção.

Teoria da Produção Uma função de produção fornece a quantidade máxima do produto que pode ser produzida a partir de cada combinação de insumos. Em outras palavras, a função de produção indica qual é a combinação de insumos que permite produzir certa quantidade do produto de forma eficiente.

Teoria da Produção Assumindo apenas dois fatores de produção, pode-se escrever a função de produção como q = g (K, L). Para cada combinação ou par de capital e trabalho a função de produção (g) indica qual é a quantidade máxima do produto que pode ser produzida. A função de produção reflete determinado estado da tecnologia, e,

Teoria da Produção portanto, é alterada à medida que ocorre progresso técnico. Assume-se inicialmente que existem certos limites impostos à firma no que diz respeito à quantidade de fatores de produção que ela pode utilizar, isto é, supõe-se que a quantidade utilizada de certo fator de produção é fixa no curto prazo.

Teoria da Produção Neste nosso mundo simplificado, onde existem apenas dois fatores de produção, parece ser mais intuitivo fixar a quantidade de capital a ser utilizada no curto prazo. A idéia aqui é que o estoque de máquinas e equipamentos está dado para a firma no curto prazo. Para comprar novas máquinas ou se

Teoria da Produção desfazer das existentes, é necessário esperar certo tempo. Assim, pode-se dividir a análise da firma em dois períodos de tempo, o curto e o longo prazo, sendo que o curto prazo é definido, não a partir de um período de tempo específico em dias ou meses, mas sim como o período de tempo para o qual um dos fatores de produção é fixo.

Teoria da Produção Pode-se então rescrever a função de produção de curto prazo como q = g (K, L), onde K representa a quantidade fixa de capital. Note-se que, neste caso, a firma só pode aumentar ou diminuir a quantidade produzida (q) através de variações na quantidade de trabalho

Teoria da Produção (homens/hora) utilizada. Portanto, está-se assumindo implicitamente que os fatores de produção são substituíveis, isto é, uma mesma quantidade do produto pode ser produzida por diferentes combinações de fatores. Quando este é o caso, lida-se com um setor produtivo em que não há uma proporção fixa de capital e trabalho.

Teoria da Produção Foi visto, na seção anterior, que a produtividade marginal de um fator de produção é inicialmente crescente e depois decrescente. Este fenômeno é em geral conhecido como a lei dos rendimentos finalmente decrescentes (LRD). Neste caso, tem-se uma produtividade marginal decrescente a partir de certo

Teoria da Produção ponto (isto é, finalmente decrescente), porque a produção está sendo aumentada através do aumento na utilização de um fator de produção apenas (o outro está sendo mantido fixo). Se y = f (x1,x2) então

Teoria da Produção PMg (x1,x2) = f1 (x1,x2) onde f1 (.) é a derivada parcial de f (.) em relação a x1. O Produto Marginal (PMg) decrescente é um pressuposto sobre uma segunda derivada parcial da função de produção. Para x1 > x”1, pressupomos que a derivada parcial do PMg em relação x1

Teoria da Produção negativa. Ou seja, PMg (x1) = f11 (x1,x2) < 0 para x1 > x”1 onde f11 (.) é a segunda derivada parcial de f (.) em relação a x1.

Teoria da Produção Cabe perguntar-se, contudo, o que acontece com a quantidade produzida ao se aumentar ou reduzir a quantidade empregada de todos os fatores de produção na mesma proporção. Neste caso, não se está promovendo variações marginais na produção, através de variações na utilização de um fator de produção apenas, mas sim alterando a escala de produção.

Teoria da Produção Suponha que se dobre o tamanho da firma, isto é passamos a utilizar duas vezes mais capital e trabalho; de quanto deverá ser o aumento de produção? Não existe uma resposta única para esta pergunta. Quando se dobra a quantidade de todos os fatores de produção

Teoria da Produção utilizados, dependendo das condições técnicas de cada setor, a produção pode dobrar, mas do que dobrar ou menos do que dobrar. Em alguns setores produtivos, principalmente na indústria, quando se dobra a escala de produção a quantidade produzida mais do que dobra.

Teoria da Produção Neste caso, diz-se que este setor apresenta retornos crescentes de escala. Já em outros setores, que apresentam retornos decrescentes de escala, quando se dobra a escala de produção a quantidade produzida menos do que dobra. Finalmente, diz-se que um setor

Teoria da Produção produtivo apresenta retornos constantes de escala se ao dobrar a escala de produção a quantidade produzida simplesmente dobra. Note-se, enquanto a LRD é um conceito de curto prazo, pois pelo menos um dos fatores de produção é mantido fixo, o conceito de retornos de escala é aplicável no longo prazo, quando a

Teoria da Produção quantidade utilizada de todos os fatores de produção podem ser alteradas.