SAÚDE MENTAL SAINT-CLAIR BAHLS IVETE C. FERRAZ
RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE SAÚDE MENTAL OBJETIVOS PSIQUIATRIA TRS. MENTAIS PSICOLOGIA MÉDICA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE
‘O Médico’ (1891) - Sir Samuel Fildes
QUAL A RELEVÂNCIA DOS TRS. MENTAIS? SAÚDE MENTAL QUAL A RELEVÂNCIA DOS TRS. MENTAIS?
5 DAS 10 DOENÇAS + INCAPACITANTES TRANSTORNOS MENTAIS POPULAÇÃO MUNDIAL 25% (LONGO VIDA) 5 DAS 10 DOENÇAS + INCAPACITANTES 25% ao longo vida. Revisão epidemiológica – Psychiatric Clinics of North America. 22% de todas as incapacitações por doenças. BRASIL 34 MILHÕES PESSOAS Jorge e Mari, 2001
THE GLOBAL BURDEN OF DISEASE LEADING CAUSES DISABILITY WORLDWIDE WORLD BANC WORLD HEALTH ORG. HARVARD MEDICAL SCHOOL Principais causas de prejuízo no mundo pessoas entre 15 - 44 anos. Murray e Lopez, 1996
DISABILITY-ADJUSTED LIFE-YEARS (DALYs) Principais causas de incapacitação (OMS - 2001) Ambos os sexos - 15 a 44 anos de idade HIV/AIDS Depressão unipolar Acid. Trânsito Tuberculose Uso Álcool Lesões auto-infligidas 7. Anemia ( ferro) 8. Esquizofrenia 9. Tr. Bipolar 10. Violência The Glolal Burden of Diseases. Harvard, WHO, WB.
DOENÇAS + INCAPACITANTES ( + 11.000 MÉDICOS = EUA ) MEDICAL OUTCOME STUDY DOENÇAS + INCAPACITANTES ( + 11.000 MÉDICOS = EUA ) Dç. Coronariana Aguda Trs. Depressivos Hipertensão Diabetes Artrite Dç. Pulmonar MOS = + 11mil médicos EUA = 1° estudo avaliou comparativamente níveis de incapacitação das doenças. Só não é mais incapacitante que as dçs cardiovasculares = coronarianas. Wells et al, 1989
OMS, ANDRADE L, 2006 (SÃO PAULO MEGACITY) 10% DA GRANDE SÃO PAULO PRECISA DE PSIQUIATRA Já foram entrevistadas + de 2.500 pessoas (Laura Guerra de Andrade). Folha SP, 09/04/06. 40% = tudo (trs leve, moderado e grave) = dep nicotina e álcool. OMS, ANDRADE L, 2006 (SÃO PAULO MEGACITY)
«GOYA E O SEU MÉDICO ARRIETA» 1820
MAIORIA DOS MÉDICOS DO PAÍS ESTÁ DOENTE CFM = 7.700 MÉDICOS A SAÚDE DOS MÉDICOS NO BRASIL 44% = DEPRESSÃO / ANSIEDADE 57% = SÍND. BURNOUT MEDICINA DOENTE = GP = 24/5/8: CAUSA = CONDIÇÕES DE TRABALHO. LEVANTAMENTO 112 HOSPITAIS E CLÍNICAS Pesq CFM livro. Burnout (coord. Genário Barbosa, 24 de maio de 2008) = Estafa e desanimo com o emprego. Os dist psiquicos nos médicos superam em 11 pontos percentuais a incidência na popul geral (33,4%). 20% com dçs cardíacas e 21,8% probl GI. Rg sul = 82,2% acumulam 3 ou + empregos. Barbosa G, 2008
MÉDICOS DEPENDENTES QUÍMICOS CRM-PR LEVANTA/ 112 HOSPITAIS E CLÍNICAS 79% TÊM MÉDICOS DEPENDENTES QUÍMICOS 79,5% = TABACO, ÁLCOOL, CALMANTES E OUTRAS SUBSTÂNCIAS. DROGAS LÍCITAS, ÁLCOOL E TABACO SÃO AS MAIS CONSUMIDAS. EM SEGUIDA VEM OS ANABOLIZANTES, CALMANTES, ANFETAMINAS, OPIÓIDES, MACONHA, COCAÍNA E CRACK. Abril 2007
MÉDICOS DEPENDENTES QUÍMICOS CRM-SP + UNIFESP (n = 200) DROGAS + CONSUMIDAS ÁLCOOL COCAÍNA BENZODIAZEPÍNICOS MACONHA OPIÁCEOS ANFETAMINAS SOLVENTES ESPECIALIDADES CLÍNICA MÉDICA = 25,2% ANESTESIOLOGIA = 12,6% CIRURGIA = 12,6% PEDIATRIA = 8,7% GINECO-OBST. = 6,5% OUTRAS = 4,7% 200 médicos em tratamento (30% voluntaria/) de 15 estados. Outras = psiquiatria, saúde pública e radiologia = 8 casos em cada. Gazeta Povo, 09/04/07 Abril 2007
USO DROGAS ESTUD. MEDICINA U. F. CEARÁ (627) - 1999 ÁLCOOL = 92% LANÇA-PERFUME = 46,9% TABACO = 45% XAROPES = 40,2% ANSIOLÍTICOS = 14,5% MACONHA = 13,1% S. J. R. PRETO (297) - 2002 ÁLCOOL = 86% TABACO = 42% INALANTES = 30% MACONHA = 25% ANFETAMINAS = 22% ANSIOLÍTICOS = 13,7% Utilização de drogas na vida, no último ano, no último mês. com idade média de 20,6 (+ 2,5) anos. As drogas mais consumidas na vida por ordem decrescente foram: álcool (92%), lança-perfume (46,9%), tabaco (45%), xaropes (40,2%), ansiolíticos (14,5%) e maconha (13,1%). Houve predomínio do sexo masculino no consumo na vida de álcool (95% x 87,5%) e tabaco (51,5% x 33,3%). Observou-se associação entre substâncias psicoativas, em especial: álcool e lança-perfume, álcool e tabaco. Verificou-se um incremento de 57,7% a 80,3% no consumo de álcool nos últimos trinta dias no decorrer do curso médico. Fabio Gomes de Matos e Souza et al, ???? Matos e Souza et al, Rev. Psiq Clin 26, 1999; Pinton et al, Arq Cienc Saúde 12: 91-6, 2005
INÍCIO USO APÓS COMEÇO CURSO MEDICINA FAC. MED. S. J. RIO PRETO 2002 (n = 297) ANFETAMINAS = 61% TABACO = 30% ANSIOLÍTICOS = 30% MACONHA = 25% INALANTES = 27% ÁLCOOL = 16% média 21,7 anos, 58% moram com amigos e 94% não trabalham. Cerca de 86% dos alunos usaram álcool na vida, 42% tabaco, 30% inalantes, 25% maconha, 22% anfetaminas, 13,7% ansiolíticos. Destes, 16% iniciaram o uso de álcool após o início do curso de medicina, 22% tabaco, 61% anfetaminas, 30% ansiolíticos, 27% inalantes, 25% maconha. Houve um aumento do consumo de anfetaminas diretamente proporcional às séries. Os homens foram responsáveis pelo maior consumo das drogas, exceto ansiolíticos.Cerca de 69% dos alunos já beberam até se embriagar, sendo 32% no mês anterior. As bebidas mais consumidas são cerveja e vinho e os locais de consumo mais freqüentes são festas de faculdade (46%) e bares (36%) e 74% costumam beber com amigos. Depois de beber, 61% dos alunos já faltaram às aulas, 45% dirigiram e 15% brigaram. Cerca de 35% dos alunos usaram álcool associado a outra droga no último ano. Pinton et al, Arq Cienc Saúde 12: 91-6, 2005
USO DROGAS ESTUD. MEDICINA FAC. MED. CURITIBA 2006 (n = 209/88) DROGAS + CONSUMIDAS ÁLCOOL = 78,41% TABACO = 38,64% MACONHA = 26,14% INALANTES = 21,59% ESTIMULANTES = 11,36% COCAÍNA/CRACK = 3,41% HIPNÓTICOS/SEDATIVOS = 2,27% ALUCINÓGENOS = 2,27% 55% acredita que o ambiente univ influencia no uso de drogas. Uso na vida. Tockus e Gonçalves, J Bras Psiq 57: 184-7, 2008
SINTOMAS DEPRESSIVOS ESTUDANTES MEDICINA UNIV. CALIFORNIA - SF (194) 1° e 2° ANOS - 1994 SD = 24% EM ATENDI/ = 22% RAZÕES NÃO ATENDI/ ESTIGMA = 30% 6 SITES (2.193) 2003-4 DM = 12,0% Dm = 9,2% EST. 25,0% x RES. 11,9% IS = 5,7% EST. 6,5% x RES. 3,9% University of Pennsylvania School of Medicine, Philadelphia, 19104, USA. Self-report + BDI RESULTS: Twenty-four percent (n = 46) of the medical students were depressed by BDI criteria. Of the depressed students, only 22% (n = 10) were using mental health counseling services. The most frequently cited barriers to using these services were lack of time (48%), lack of confidentiality (37%), stigma associated with using mental health services (30%), cost (28%), fear of documentation on academic record (24%), and fear of unwanted intervention (26%). 2) Estudantes e residentes = Center for Epidemiologic Studies-Depression scale (CES-D) and the Primary Care Evaluation of Mental Disorders (PRIME-MD) (measures for depression). Based on categorical levels from the CES-D, 12% had probable major depression and 9.2% had probable mild/moderate depression. There were significant differences in depression by trainee level, with a higher rate among medical students; and gender, with higher rates among women (χ2 = 10.42, df = 2, and P = .005 and χ2 = 22.1, df = 2, and P < .001, respectively). Nearly 6% reported suicidal ideation, with differences by trainee level, with a higher rate among medical students; and ethnicity, with the highest rate among black/African American respondents and the lowest among Caucasian respondents. first-, second-, and third-year students more likely than fourth-year students to report experiencing depression. There were no statistically significant differences by year of residency training. Women had a significantly higher rate of probable major depression compared with men for both students and residents Givens JL, Tjia J. Acad Med 2002; 77(9): 918-21; Goebert D et al. Acad Med 2009; 84(2): 236-41
SINTOMAS DEPRESSIVOS ESTUDANTES MEDICINA U. F. GOIÁS (287) 26,8% MODERADO/GRAVE = 6,9% LEVE = 19,9% MULHERES = 33,5% HOMENS = 19,0% 3° e 4° ANOS FCMMG - BH (342) - 2003 TR. DEPRESSIVOS MEDICINA = 8,9% R. SUICÍDIO MEDICINA = 7,5% 1-6 ano e BDI. Resultados acima da média, curso medicina = FR. 2) MINI Amaral GF et al. Rev. Psiq RS 2008; 30 (2): 124-30; Cavestro JM, Rocha FL. JBP 2009; 55(4)
White Coat, Mood Indigo - Depression in Medical School Medical students are more prone to depression than their nonmedical peers. Researchers recently surveyed medical students and found that about one fourth were depressed. The prevalence increases disproportionately over the course of medical school. A fourth-year medical student at Harvard estimated that three quarters of her close friends in medical school have taken psychiatric medications at some point during the four years. Haynes and others reviewed the policy for the university as a whole. They found that three of the top five medications that the plan was covering were new antidepressants. 1-6 ano e BDI. Resultados acima da média, curso medicina = FR. 2) MINI Rosenthal JM, Okie S. NEJM 2005; 353: 1085-8
QUANTOS SÃO OS TRS. MENTAIS? SAÚDE MENTAL QUANTOS SÃO OS TRS. MENTAIS?
EIXO I TRS. MENTAIS (15 GRANDES GRUPOS) DSM - IV - TR EIXO I TRS. MENTAIS (15 GRANDES GRUPOS) + EIXO II TRS. DE PERSONALIDADE RETARDO MENTAL 292 DSM-IV tem 292 classes (410) e o CID-10 329 tipos de trs mentais. Certas “categorias diagnóstica”são pc + q sints isolados = tricotilomania. Noçoes de espectro, comorbidades. Kessler e cols, em 1994, com + 8.000 pessoas nos EUA = 79% tinham + q um diag.
QUAL A ETIOLOGIA DOS TRS. MENTAIS? SAÚDE MENTAL QUAL A ETIOLOGIA DOS TRS. MENTAIS?
NEURÔNIOS 100 BILHÕES
PENSAMENTOS, SENTIMENTOS E COMPORTAMENTO SISTEMAS CEREBRAIS TR. MENTAL PENSAMENTOS, SENTIMENTOS E COMPORTAMENTO SISTEMAS CEREBRAIS CIRCUITOS NEURONAIS NEURÔNIOS MEMBRANAS MOLÉCULAS GENS
QUAL A ACEITAÇÃO DOS TRS. MENTAIS E SEUS TRATAMENTOS? SAÚDE MENTAL QUAL A ACEITAÇÃO DOS TRS. MENTAIS E SEUS TRATAMENTOS?
PERCEPÇÃO POPULAÇÃO GERAL DOENÇA MENTAL EUA 71% Devida a fraqueza emocional 65% Causada por más influências dos pais 45% Culpa da vítima 43% Incurável 35% Conseq. de comportamento pecaminoso Revisão epidemiológica – Psychiatric Clinics of North America 10% Tem base biológica, envolve o cérebro apud Stahl SM. Psicofarmacologia 1998
POPULAÇÃO GERAL (EUA - NIMH) DEPRESSÃO 43% FRAQUEZA CARÁTER 46% NÃO É PROBLEMA DE SAÚDE 33% NÃO NECESSITA TRATAMENTO Judd LL, Paulus MP, Wells KB, Rapaport MH. Socioeconomic burden of subsyndromal depressive symptoms and major depression in a sample of the general population. Am J Psychiatry. 1996;153(11):1411-7. apud Judd LL et al. AJP 1995; 152: 843-9
2009?
PROGRAMA TEÓRICO TRS. MENTAIS SAINT-CLAIR BAHLS SAÚDE MENTAL PROGRAMA TEÓRICO TRS. MENTAIS SAINT-CLAIR BAHLS
COMPÊNDIO DE PSIQUIATRIA 9ª EDIÇÃO ARTMED
2006
AVALIAÇÃO DO MEC REPROVA 27 CURSOS DE MEDICINA DO PAÍS CERCA DE 2.600 MÉDICOS SE FORMAM POR ANO NOS CURSOS QUE “NÃO TÊM CONDIÇÕES DE FUNCIONAR”. DE 153 CURSOS DE MEDICINA SÓ 4 TIVERAM NOTA 5 (FEDERAIS). 27 PIORES - UEL = 2. 4 MELHORES (FEDERAIS): FFFCMPA = POA; UFMT = CUIABÁ; UFRJ = RJ; UFRGS = POA Folha S Paulo, 07/08/2008