ECONOMIA E PLANEJAMENTO

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Transcrição da apresentação:

ECONOMIA E PLANEJAMENTO ASSOCIAÇÃO ENTRE MORTALIDADE NEONATAL E ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA: O USO DE TÉCNICA DE LINKAGE EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Zilda Pereira da Silva Maria Paula Ferreira Irineu F. Barreto Junior Ana Lúcia Brito Título da Apresentação Subtitulo, se houver SECRETARIA DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

JUSTIFICATIVA A mortalidade neonatal ganhou relevância com a diminuição da taxa de mortalidade infantil decorrente do decréscimo do componente pós-neonatal. As mortes dentro do ambiente hospitalar passaram a responder pela maior proporção dos óbitos infantis. A mortalidade infantil no primeiro mês de vida constitui-se no componente mais difícil de reduzir  fatores biológicos, assistência pré-natal, parto e ao recém-nascido. Prevenção envolve, principalmente, adequada organização da rede hospitalar assim como investimentos em serviços de tecnologia mais complexa .

JUSTIFICATIVA Algumas características maternas e do recém-nascido contribuem para o aumento do risco de morte neonatal e para demanda de maior complexidade da atenção hospitalar. O SUS é o grande financiador da assistência obstétrica, especialmente para as camadas mais pobres e adolescentes Existência de sistemas de informação obtidos a partir de registros administrativos que podem subsidiar a avaliação da assistência ao parto e ao recém-nascido Pesquisas com dados secundários apresentam baixo custo operacional

OBJETIVO GERAL Estudar as relações entre a mortalidade neonatal e as características do recém-nascido e da assistência obstétrica nos hospitais financiados pelo SUS, a partir do uso da vinculação de bases de dados secundários de informações administrativas e epidemiológicas.

MATERIAL E MÉTODOS Utilização da técnica de linkage Fonte (dados secundários): SIM e do SINASC  Base linkada de nascidos vivos e óbitos neonatais precoces (Fundação Seade) Nascidos vivos entre 01/01 a 30/06/2004 Óbitos neonatais pertencentes a essa coorte SIH/SUS  mantenedora e infra-estrutura hospitalar, e características dos procedimentos realizados durante a internação das mães CNES  apoio para identificação dos hospitais

MATERIAL E MÉTODOS Para os registros de nascimento e óbitos já vinculados procedeu-se à identificação dos hospitais, pelo código do estabelecimento, nome e endereço registrados na Declaração de Nascido Vivo – DN, utilizando-se como referência a base de dados do Sistema de Informações Hospitalares, de 2004, e a consulta ao Cadastro de Estabelecimentos de Saúde – CNES, disponível no site do Datasus. Dificuldades  identificação dos hospitais na DN

MATERIAL E MÉTODOS Os hospitais foram classificados em sete grupos , segundo composição das variáveis: Natureza: público e privado Existência de UTI Neonatal e/ou UTI Adulto Análise: 1) Análise descritiva das características dos RN e das probabilidades de morte, por tipo de hospital 2) Associação  análise multivariada de associação por meio do modelo CHAID (Chi-squared Automatic Interaction Detector ) Universo dos NV e dos óbitos Variável dependente  óbito neonatal

VARIÁVEIS INDEPENDENTES Recém-nascido, gravidez e parto Mãe Hospital Peso ao nascer Paridade Natureza Menos de 1.500 gramas Primíparas Público De 1.500 a 2.499 gramas Multíparas Privado 2.500 gramas e mais Anos de estudo da mãe Existência de UTI neonatal Duração da gestação Nenhum ano concluído Sim Pré-termo De 1 a 7 anos Não Termo De 8 a 11 anos Dias de internação da mãe Pós-termo 12 e mais Média por hospital Tipo de gravidez Idade da Mãe   Única Menos de 20 anos Múltipla De 21 a 34 anos Número de consultas de pré-natal 35 anos e mais Menos de 4 5 a 6 7 ou mais Tipo de Parto Cesáreo Vaginal

PRINCIPAIS RESULTADOS Tipo de Estabelecimento Nascidos Vivos (%) Municípios (%) Hospitais (%) Média de partos por hospital Média de permanência (em dias) Total 100   2,37 Público com UTI de Adultos e Neonatal 17,5 5,1 7,5 1.256,60 3,37 Privado com UTI de Adultos e Neonatal 18,2 7,7 8,3 1.192,30 2,43 Público com UTI Neonatal 4,9 1,1 1,2 2.178,80 3 Privado com UTI Neonatal 6,7 1 3.739,80 2,42 Público sem UTI 16,4 16 17,2 511,8 2,47 Privado sem UTI 24,5 59 54,6 242,1 2,18 Apenas com UTI de Adultos 11,7 10,1 10,2 618,5 2,38 82%

PRINCIPAIS RESULTADOS

PRINCIPAIS RESULTADOS O peso ao nascer é a variável mais importante, entre as consideradas no estudo, para a ocorrência do óbito neonatal. A probabilidade de sobrevivência ao período neonatal foi de 59,7%, para os recém-nascidos com menos de 1.500 gramas; de 97,4% para aqueles com 1.500 a 2.500 gramas e de 99,7% para os que tinham mais de 2.500 gramas.

PRINCIPAIS RESULTADOS

PRINCIPAIS RESULTADOS A partir das características analisadas foi possível identificar os grupos mais vulneráveis à mortalidade neonatal Grupo 1 (nascidos com menos de 1.500 gramas, de parto vaginal, com menos de 4 consultas pré-natal e em hospitais sem presença de UTI neonatal)  apenas 0,12% dos nascimentos, porém totaliza 8,51% dos óbitos. Sua probabilidade de morte é de 67,77%, ou seja, 70,1 vezes maior do que a observada para o total dos nascimentos.

PRINCIPAIS RESULTADOS Grupo 2 (nascidos com menos de 1.500 gramas, de parto vaginal, com menos de 4 consultas pré-natal e em hospitais com presença de UTI neonatal) registra 10,53% dos óbitos e uma probabilidade de morte de 55,77%. Do Grupo 1 para o Grupo 2, a probabilidade de morte foi reduzida em 18%, sendo que o único diferencial entre eles é a existência da UTI neonatal. .

CONCLUSÕES a mortalidade neonatal é influenciada por fatores vinculados à gestação e ao parto (peso ao nascer e a qualidade de assistência prestada no período pré-natal e neonatal) o uso da técnica de vinculação de base de dados secundários de natureza administrativa com dados epidemiológicos mostra-se uma importante ferramenta, com potencial que deve ser mais bem explorado. desafios  aprimorar os indicadores de assistência obstétrica e o registro dos hospitais na DN trabalhar com as informações georreferenciadas

FIM