G O S T O D E ... Rosane Cardoso Erechim, maio de 2009.

Gosto muito de ler e de escrever, embora me atrapalhe com as palavras, gosto delas. Elas são as ferramentas de nosso ofício cotidiano, não há como fazer educação sem as palavras. Não existe aprendizagem sem as palavras, sejam escritas ou orais, elas estão aí, por toda parte e como temos, nós professores, educadores, dificuldades em lidar, trabalhar com elas. Mas, ao contrário de muitos que se afastam delas, eu me aproximo, me entrego e tento compreendê-las, me aproprio, tento domesticá-las, mas é difícil em tempo de tantas mudanças ...

Até a linguagem escrita está em mutação e não é só por influencia das tecnologias ou revolução social, que boquiabertos testemunhamos. Mas, os educadores das palavras, têm de se aproximar, se apropriar e fazê-las a nosso favor trabalhar.

Gosto de gente também, pois nem só de máquinas é nosso mundo, graças a Deus.

Gosto de gente grande (que gosta de aprender), gente pequena (não só dos meus filhos), gente gorda (bem fofa, mas com alegria de viver) ou magra (sem “neuras” por padrões estéticos), não olho se são altas ou baixinhas, mas considero importante que esta seja humanas, que valorizem as pessoas como são, pelo que são.

Respeito a opção religiosa, sexual e política de cada um, tenho amigos do peito que são colorados, mas não gosto de quem se aproveita da ingenuidade do povo, do humilde, do ignorante, do desavisado para tirar vantagens e explorar nossa terra.

Gosto de bichos, das plantas, das pedras e areia, que permitem que produzamos conforto a partir, de técnicas tão antigas, que em muitos casos evoluíram com o homem e moldaram a tecnologia. Tão útil, sedutora, às vezes, dependendo da mão que as conduz, são elas, as tecnologias muito perigosas.

Contudo, as tecnologias são alento e esperança para muitos que vivem em regiões onde não há meios de produzir alimentos, como no semi-árido brasileiro.

Regiões onde o acesso a educação básica é muito difícil ou inexistente, como no norte e boa parte do nordeste brasileiro. Então, viva a tecnologia e que nos apropriemos delas, bem como das palavras para levar a luz de novos conhecimentos a todos os recantos de belo país, que amo tanto quanto as pessoas que se fazem aprendizes desse mundo louco que não para de mudar.