Constelações: uma infinidade de formas

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Transcrição da apresentação:

Constelações: uma infinidade de formas

As constelações são agrupamentos arbitrários de estrelas que as várias civilizações e povos foram construindo no seu imaginário ao longo da História. Em geral elas representam deuses, mitos, animais e até objetos de uso importante no cotidiano. Constelações, não seguem padrões de composição, brilho, cor, idade, e sim de proximidade aparente. Portanto, são o céu dividido em regiões. A divisão do céu em constelações facilitava a identificação dos objetos celestes, como estrelas, planetas, cometas, entre outros.

Baseados em vestígios arqueológicos, documentos históricos, relatos de tradições orais e registros etnográficos, eles deram consistência a uma disciplina, denominada etnoastronomia, que podemos chamar de astronomia antropológica.Esta procura entender as concepções sobre o Universo de diversos grupos étnicos e culturais. O fato de os mesmos fenômenos astronômicos terem sido contemplados por diversos grupos humanos nos permite, ao comparar essas diferentes visões, aprender muito sobre as sociedades que as originaram, as diferentes culturas e o mundo em que vivemos.

Constelações Ocidentais: As constelações surgiram na antiguidade para ajudar a identificar as estações do ano (escorpião típica do inverno e Órion é típica do verão no HS). Alguns historiadores suspeitam que muitos dos mitos associados às constelações foram inventados para ajudar os agricultores a lembrarem quando deveriam plantar e colher. Em 1929 a União Astronômica Internacional adotou 88 constelações oficiais, de modo que cada estrela do céu faz parte de uma constelação. Cada constelação tem sua coordenada.

São definidas 88 constelações, que podem ser classificadas em: Austrais – que localizam-se no hemisfério celeste sul. Boreais – que localizam-se no hemisfério celeste norte. Zodiacais - que são cortadas pela eclíptica, localizando-se próximas dos limites entre os hemisférios norte e sul celestes. Equatoriais - que são cortadas pelo equador celeste. Circumpolares Norte e Sul - próximas aos pólos.

As Constelações Chinesas: As constelações chinesas são muito diferentes da moderna classificação do UAI, que foram baseadas na Astronomia grega. Isto ocorreu devido ao desenvolvimento independente da antiga Astronomia chinesa. As primeiras cartas celestes chinesas datam de 400 a.C, e surgiram para fins astrológicos e calêndricos. Wang Xi-ming (dinastia Tang) dividiu o céu em 31 regiões: as Três Fortalezas (cercos) e as Vinte e Oito Mansões (Xiu). .

As Três Fortalezas ocupam a área perto do pólo celestial norte e podem ser vistas o ano todo. O céu em torno do pólo sul era desconhecido do chinês antigo. Foram introduzidos posteriormente, baseados nas cartas ocidentais outros 23 asterismos. Cada sete mansões formam um Símbolo. Os quatro Símbolos são: o Dragão Verde, o Pássaro Vermelhão, o Tigre Branco e a Tartaruga Negra. As Vinte e Oito Mansões são as regiões próximas à eclíptica e ocupam a região zodiacal do céu. Correspondem às quatro estações, por isto cada animal recebe a cor do elemento, ou estado de mutação, associado à estação: verde à madeira, vermelho ao fogo, branco ao metal e negro à água.

Para os chineses, o pólo norte celeste representava o imperador, colocado no centro de seu governo. Era o ponto central do céu, assim como o era o imperador em relação ao seu império. O pólo norte celeste, de fato, está sempre no céu de um país como a China, situado no hemisfério norte. Eles usavam o conjunto das 28 constelações para determinar a posição do sol por oposição exata. Uma vez determinadas essas constelações, fixavam a ascensão reta do início de cada mansão com a estrela circumpolar particular que tivesse a mesma ascensão reta (Os Xiu começam na região associada ao equinócio de outono porque são contados pela Lua cheia).

Green Dragon (East)

Black Tortoise (North)

White Tiger (West)

Red Bird (South)

Constelações Indígenas: Influência cultural dos indígenas e dos africanos é dominante em todo o Brasil. Em geral, as comunidades que habitam longe das grandes cidades têm seus referenciais do céu herdados desses povos. As semelhanças astronômicas entre esses povos pode ser destacada, que apesar de morarem em continentes diferentes, observavam, praticamente, a mesma região do céu.

Os desenhos das constelações ocidentais são feitos pela união de estrelas. Mas, para os tupis-guaranis, as constelações são constituídas pela união de estrelas e, também, pelas manchas claras e escuras da Via Láctea, sendo mais fáceis de imaginar. Muitas vezes, apenas as manchas claras ou escuras, sem estrelas, formam uma constelação. De acordo com um dos mais famosos mitos africanos, a Via-Láctea foi criada por uma menina da “raça antiga” que, há muitos e muitos anos, jogou as cinzas de sua fogueira para cima, fazendo uma estrada na escuridão do céu, para guiar de volta para casa um caçador que estava perdido.

Os indígenas davam um valor muito grande para a Via Láctea (Tapi’i Rape), onde as principais constelações indígenas estão localizadas. Os povos antigos que a viam como um lugar privilegiado para a morada de seus deuses. Ela representou o Nilo Celeste para os egípcios e o Caminho da Anta para os tupi-guarani. Muitas etnias africanas chamam a Via-Láctea de “Caminho de Estrelas” e dizem que a Via-Láctea organiza o céu e faz com que o Sol retorne ao lado leste ao amanhecer. As estrelas eram pequenos furos no céu que deixavam a luz solar passar.

Outro aspecto que diferencia as constelações Tupis- Guaranis das ocidentais está relacionado ao número delas conhecido pelos indígenas. A União Astronômica Internacional (UAI) utiliza um total de 88 constelações, distribuídas nos dois hemisférios terrestres, enquanto certos grupos indígenas já nos mostraram mais de 100 constelações, vistas de sua região de observação. Quando indagados sobre quantas constelações existem, os pajés dizem que tudo que existe no céu existe também na Terra, que nada mais seria do que uma cópia imperfeita do céu. Assim, cada animal terrestre tem seu correspondente celeste, em forma de constelação.

Referências celestes : Nascer do Sol no Inverno. Nascer de Aldebaran. Nascer do Sol na Primavera e no Outono. Nascer das Três Marias. Nascer do Sol no Verão. Nascer de Antares. Pôr-do-Sol no Verão. Ocaso de Antares Pôr-do-Sol na Primavera e no Outono. Ocaso das Três Marias. Pôr-do-Sol no Inverno. Ocaso de Aldebaran.

A constelação da Ema - (A cabeça da Ema é formada pelo Saco de Carvão perto da constelação do Cruzeiro do Sul. A cauda da Ema é formada por Antares, Al niyatn e outras estrelas da constelação do Escorpião)

A Constelação da Anta – (Tapi’i - A constelação da Anta fica entre as constelações ocidentais de Cefheus, Cassiopeia, Lacerda e Cygnus)

A Constelação do Homem Velho (Tuya’i - Essa constelação abrange as constelações ocidentais de Orion, Touro e o aglomerado das Plêiades.)

A Constelação do Veado (Guaxu – A constelação situa-se em uma área que abrange as seguintes constelações ocidentais: Cruzeiro do Sul, Vela, Mosca e Carina)

A Constelação da Canoa (indica a posição do ponto cardeal Norte)

A Constelação da Cobra

A Constelação da Cobra Grande

Referências: AFONSO, Germano, 2006, Mitos e Estações no Céu Tupi-Guarani.ScientificAmericanBrasil, Ed. Especial: Etnoastronomia. AFONSO, Germano, 2006, Relações Afro- Brasileiras.ScientificAmericanBrasil, Edição Especial: Etnoastronomia. Fonseca, O.M, 2007, Mitos e constelações indígenas, confeccionando um planetário a mão. RED POP – UNESCO.

Disponível em: http://www. museudaciencia Disponível em: http://www.museudaciencia.org/gfx//bd/0904010 14608_Germano_Afonso_TEXTO_1.pdf Disponível em: http://funk.on.br/maia/app2_hp/Astronomia_afr o-indigena.pdf Disponível em: http://chinaimperial.blogspot.com/2008/04/astro nomia-registros-e-mapas-do-cu.html