Depois de meditar na santa vida de São José, rezemos a Ladainha e a oração da capa, e façamos o nosso pedido.

Quando contemplamos a vida de São José, descobrimos que esteve cheia de dores e alegrias. Mais ainda: o Senhor quis ensinar-nos por meio de sua vida que a felicidade nunca está longe da Cruz, e que quando se encaram com sentido sobrenatural a escuridão e o sofrimento, não demoram a chegar à alma a luz e a paz. Junto de Cristo, as dores tornam-se gozos.

Estando Maria desposada com José, e antes de conviverem, ela concebeu por obra do Espírito Santo. José conhecia bem a santidade de sua esposa, não obstante os sinais de sua maternidade. E isso mergulhou-o numa situação de perplexidade, de escuridão interior.

Amava a Maria com amor puro, mas, porque era justo, sentia-se obrigado a proceder conforme a lei de Deus. Para evitar a infâmia pública de Maria, decidiu em seu coração deixá-la secretamente mas com o coração despedaçado. E qual não foi sua alegria, quando se fez luz em sua alma, enquanto andava com pensamentos em coisas que não entendia, apareceu-lhe um Anjo em sonhos e disse-lhe: José não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo.

Podemos aprender que o Senhor ilumina sempre os que se conduzem com retidão e confiança em seu Criador. Meses mais tarde, José, acompanhado de Maria, dirigiu-se a Belém para recensear-se, conforme o edito de César Augusto.

E ali, na cidade dos seus antepassados, não conseguiram lugar par alojar-se. Aflito, José deve ter batido de porta em porta relatando a mesma situação: acabamos de chegar minha esposa vai dar à luz... Como podemos entrar na alma de José para contemplar tão grande tristeza? Todas as dores ficaram completamente esquecidas no momento em que a Virgem pode ter nos braços o Filho de Deus.

José inaugurou o mistério da Redenção procedendo ao rito da circuncisão. Aquele menino que chorava ao receber o seu nome iniciava naquele momento o seu ofício de Salvador. São José sofreu ao ver aquelas primeiras gotas de sangue derramado. Porque, conhecendo a Escritura, sabia, que aquele que era seu filho derramaria até a última gota do seu Sangue na Cruz.

Encheu-se também de alegria ao tê-lo nos braços e poder chamar-lhe Jesus. Sempre lembraria o mistério que continha este nome. Levaram-no a Jerusalém, para apresentá-lo ao Senhor para cumprir a lei de Moisés. Simeão anuncia-lhes que aquele menino será um sinal de contradição, porque alguns se obstinarão em rejeitá-lo;

E profetiza também que Maria estará intimamente unida à obra redentora do seu Filho: uma espada trespassará o seu coração. É uma dor indescritível, que atravessa sua alma. Junto desta dor, a alegria da profecia da Redenção do mundo. Jesus seria a luz que ilumina todos os povos Jesus e Maria, com o seu exemplo em Nazaré, convida-nos a recorrer a São José. A delicadeza com que ele os tratara é modelo para todos nós.